terça-feira, 8 de junho de 2021

Este mundo tenebroso - parte 2 - capítulo 39


 Marshall estava impaciente, e isso o tornava ansioso, e isso o tornava irritadiço. Ben Cole apenas mantinha-se andando pela casa, tentando pensar no que mais fazer, Kate sentou-se ao lado de Marshall à mesa de jantar, folheando todos os seus arquivos acumulados em busca de qualquer informação de que Marshall pudesse precisar, e Bev Cole apenas se mantinha de olho em tudo aquilo e orando baixinho: — Senhor Jesus, precisamos do Senhor agora!Marshall estava no telefone com John Harrigan, um amigo e contato com o FBI.

— Oh, sim, foi ela quem o escreveu, com certeza. Falei com a minha repórter, e ela já havia falado com esse sujeito Cliff Bingham, e ele certificou que a edição que encontrou é recente, publicada há apenas dois anos.

Marshall revirou os olhos e cerrou os dentes. Essa conversa não trazia resultados com rapidez suficiente.

— Isso quer dizer que o currículo que a escola nos deu estava alterado. O nome de Sally Roe foi tirado e substituído por dois outros nomes, e isso se encaixa direitinho com o modo como encobrem tudo de que lhe falei. Não, ainda não tenho um caso. Achei que vocês é que têm a responsabili­dade de investigar essas coisas. Bem, estou perto, bem perto, e acho que e algo para vocês cuidarem. O Centro Ômega fica em Fairwood, Massachusetts, e Sally Roe quase foi assassinada aqui do outro lado em Baskon, faça-me o favor! Ora, isso atravessa as divisas estaduais ou não?

Mais conversa do outro lado.

— Está bem, escute, pode me dar um número onde eu possa encontrá-lo a qualquer hora, isto é, bem no meio da noite se for preciso? Não chamarei a menos que tenha alguma coisa de verdade para você, mas quando eu conseguir o tempo estará tanto mais curto para Sally Roe. — Ele recebeu uma objeção. — Vamos, ficarei lhe devendo um. Lembre-se apenas daquela pista que lhe dei naquela operação de cocaína. — Marshall agarrou a caneta. — Amigão!

Ele obteve diversos números, despediu-se e desligou. Todos na casa convergiram sobre ele.

— E então? O que foi que ele disse?

— Ele estará de prontidão. Consegui números de telefone para falar com ele no trabalho, em casa, na igreja, e também o número do seu bipe, por isso ele não escapa. Mas ele espera mesmo é alguma informação firme que justifique o envolvimento do FBI.

Ben ficou indignado.

— O que está errado com todo esse negócio que você lhe deu?

— Foi o suficiente para fazer com que ficasse interessado, mas não o suficiente para fazer com que ele se arriscasse.

— E Wayne Corrigan? Kate respondeu:

— Deixei um recado no escritório dele. Ele receberá o que temos.

— Oh, Senhor Jesus, proteja a Sally Roe! - exclamou Bev.

Guilo havia retornado ao seu posto nas montanhas acima da pitoresca cidade de Summit, e embora as cercanias apresentassem a extraordinária beleza de sempre, o mal invisível estava pior do que nunca. Educadores, estadistas, juristas, artistas, magnatas de companhias e financistas de todo o mundo estavam reunidos a pouco menos de dois quilômetros no vale que subia de Summit, no Instituto Summit para Estudos Humanísticos. Sua conferência semi-anual estava apenas começando, e enquanto esses pla­nejadores globais se reuniam, os príncipes dos demônios e guerreiros da espécie mais conspirado» reuniam-se com eles, enchendo o vale com uma nuvem rodopiante, fuliginosa, cada vez mais espessa de espíritos. Os demônios pairavam, davam vivas, praticavam luta e se acotovelavam, mais numerosos, turbulentos e confiantes do que nunca.

— Eles estão esperando uma verdadeira festa — disse Guilo.

Santinelli, chefão da firma de advocacia Evans, Santinelli, Farns­worth e McCutcheon, Goring, o senhor e administrador do Instituto Summit para Estudos Humanísticos, e Steele, o impiedoso governante do Centro Ômega para Estudos Educacionais, estavam reunidos de novo, saboreando um brandy perto do fogo no chalé rústico de Goring no campus do Instituto Summit. Essa reunião trazia à lembrança a sua última reunião no Ômega, quando as coisas não estavam tão cor-de-rosa; podiam lembrar-se da indignidade de ter de suportar a mera presença daquela mais indesejável das personalidades, Kholl, e, naturalmente, naquela ocasião Sally Roe ainda estava às soltas.

Agora eles fizeram tilintar seus copos num brinde à vitória. De fato, com as notícias chegadas mais cedo naquele dia, as coisas estavam defini­tivamente diferentes.

— Ao futuro! — disse Santinelli.

— Ao futuro! — ecoaram Goring e Steele.

Eles beberam pequenos goles de suas bebidas, estalaram os lábios, e chegaram mesmo a permitir-se uma ou duas risadas.

Enquanto relaxavam no sofá macio e na cadeira preguiçosa de Goring, Santinelli voltou-se para os assuntos prementes diante deles.

— Mandei o nosso jato particular para trazer o Sr. Kholl e sua gente. Devem chegar aqui com o prêmio em questão de horas.

— Você já a viu alguma vez? — perguntou Steele. Goring e Santinelli trocaram olhares.

— Eu não — disse Goring — mas estou esperando ansiosamente o momento.

Santinelli concordou.

— Uma história exagerada sobre um peixe pescado nunca pode ser comparada a ver de fato o peixe sendo puxado da água. Na realidade,estou impressionado em ver que Kholl conseguiu conter-se e entregá-la viva.

Goring falou com grande antecipação.

— Será fascinante conhecê-la. Tenho muitas perguntas, com certeza.

— Oh — disse Santinelli — todos nós temos perguntas para ela — perguntas sérias.

— Disseram alguma coisa a respeito do anel e das listas? — perguntou Steele.

— Nada. Mas com Sally Roe sob nosso domínio, não posso imaginar que seja um problema.

Goring admoestou:

— Mas lembrem-se apenas de que há muitos delegados e visitantes por aí. O nosso negócio atual seria muito desagradável para a maioria deles, com certeza; por isso nossos hóspedes jamais devem saber a respeito dele.

— De acordo. E instruí Kholl para preservar a aparência da Roe, caso ela seja vista por alguém.

— Agora — disse Goring — há aquele outro assunto que discutimos...

— Claro — disse Santinelli — toda a questão de Kholl em particular e do Vidoeiro Quebrado em geral.

— Umm — resmungou Steele, assentindo com a cabeça. — Pensei a respeito disso também. Agora que estão nisto junto conosco, não se deterão enquanto não controlarem tudo.

— Já falei com o Sr. Evans e com o Sr. Farnsworth, e eles colocaram parte de seu melhor pessoal para examinar a coisa. Se nos movermos com cuidado, e estabelecermos um plano meticulosamente estudado, poderemos acumular alguma evidência condenatória contra o Vidoeiro Quebrado ao mesmo tempo que nos mantemos limpos. Evans e Farns­worth têm bastante certeza de que o bando todo deles pode ser preso por crimes totalmente desligados do nosso empreendimento.

Goring sorriu e moveu afirmativamente a cabeça.

— Excelente. Já falei com a minha diretoria, e eles acham que um plano desses seria viável. Conseguiremos resgatar alguns favores de nossas fontes em firmas e no governo, e estou certo de que elas estariam mais do que dispostas a ver o que desejamos que vejam e a desviar o olhar quando... valesse a pena.

— Então, precisamos prosseguir com isso sem delongas — disse Santinelli. — Kholl e o Vidoeiro Quebrado finalmente fizeram o seu trabalho, mas quando nos entregarem Sally Roe, precisamos apagar qualquer associação com eles.

Goring acrescentou:

— Qualquer lembrança deles em quaisquer círculos, se conseguir­mos!Santinelli ergueu o copo. — Bebo em honra disso! E foi o que fizeram.

O furgão havia estado a rodar pela rodovia serpeante, ascendente, sinuosa por um tempo que parecia horas, e Sally finalmente cochilou, o queixo contra o peito, sentada entre dois dos quatro carrancudos e corpulentos acompanhantes que haviam vindo com Kholl e com ela no avião. O vôo havia demorado diversas horas, a viagem por terra mais ainda, e agora era noite.

Sua aparência havia melhorado um pouco. Pelo menos Kholl havia achado que ela não podia escapar de um jato em vôo, e, recitando a ordem de Santinelli de "preservar a aparência de Roe", desamarrara-a e permiti­ra-lhe usar o banheirinho apertado para lavar o sangue seco e empastado da boca e do queixo, trocar a blusa manchada de sangue por uma limpa, mas tristemente amassada, e escovar os cabelos. Ela parecia um tanto melhor — para uma fugitiva totalmente exausta, maltratada e prestes a morrer.

Eles se dirigiam às montanhas, através de altas florestas de pinheiros que se tornaram monótonas depois de algum tempo. Sally dormia intermi­tentemente, acordando assustada a pequenos intervalos, mas apenas o tempo suficiente para ver mais árvores passando pela janela, e em seguida cochilava de novo.

Algum tempo mais tarde — ela não sabia quanto mais tarde — ela acordou para ver a luz matinal. O furgão ia mais devagar; Kholl e seus asseclas olhavam à volta, tentando orientar-se. Entravam numa cidade­zinha.

Kholl, sentado na frente, no banco do passageiro, voltou-se para dizer

— Bem-vinda a Summit.

Sally esfregou os olhos para afugentar o sono e olhou pela janela para uma cidadezinha graciosa cercada de todos os lados por picos pontiagudos cobertos de neve e espessas florestas imaculadas. Fora da janela da esquerda, logo acima dos telhados pontudos de uns pavilhões de esqui, o sol matutino transformava uma cachoeira distante em fios de ouro; fora da janela da direita, através de uma brecha nas pequenas hospedarias e lojas, a encosta das montanhas caía abruptamente até um prado alpino salpicado de flores. Retalhos de neve ainda restavam por toda a parte, pingando e rebrilhando à luz oblíqua do sol.

Por que viemos aqui? quis saber Sally. Dificilmente parecia o cenário para um negócio tão horroroso, e gente como Kholl e seu bando não pareciam encaixar-se ali de forma alguma.

Mas, quem sabe, talvez se encaixassem. Sally começou a notar alguns dos estabelecimentos e instituições na cidadezinha; começou a ler algumas das placas.

Centro de Retiro Taoísta. Projeto e Mosteiro do Vale Tibetano. Templo de Ananta. Biblioteca e Arquivos da Sabedoria Antiga. Escola Americana Nativa de Medicina Tradicional. Karma Triyana Dharmachakra. O Templo de Imbetu Agobo. Ashram Babaji. Santuário do Templo da Mãe Shiva. Os Filhos de Diana. Templo à Divina Mãe Universal. A Casa de Bel. A Ordem Sagrada e Real da Nação.

Ela inclinou-se para a janela. O acompanhante grandalhão colocou-lhe a enorme palma no peito e empurrou-a para trás. Ela retorceu-se e olhou pela janela traseira quando o prédio passou.

A Ordem Sagrada e Real da Nação. O pequenino gárgula rosnou para ela da porta da frente do templo de pedras negras e da fachada do prédio. Ela podia ouvi-lo guinchando: Bem-vinda a Summit!

Destruidor havia seguido os caçadores desde Chicago, e agora, enquan­to o furgão atravessava o vale e entrava na cidadezinha, ele ia gozar esse momento ao máximo. Deixou-se cair do céu, pousou no teto do furgão, e ficou ali, a espada erguida bem alto em sinal de vitória, as asas arrastando como flâmulas atrás de si, seus doze capitães formando sua guarda de honra. Dirigir debaixo do espesso manto de espíritos era como entrar num túnel escuro debaixo de uma montanha altíssima; em cada lado, e milhares de metros acima, demônios davam vivas e abanavam as espadas em trovejante demonstração de admiração.

Destruidor se deleitava na vitória e em sua recente fama. Essas hordas desprezíveis o haviam ignorado um dia, zombado dele, sem se importar em conhecer o seu nome. Agora, era escutá-las! Que o Homem Forte as escutasse! Um melhor anúncio de sua chegada ele não podia ter pedido.

Guilo voltou-se ao ouvir o som de asas atrás de si. O capitão havia chegado.

Os vivas dos demônios ecoando pelo vale poderiam somente ter uma razão de ser.

— Eles a trouxeram — informou Guilo.

Tanto ele quanto Tal mantiveram-se agachados entre as árvores com seus guerreiros. O enxame de demônios lá em baixo não era nada com que se meter antes da hora certa.

Guilo apontou.

— Lá! Aquele furgão azul que acabou de entrar no Instituto Summit! Eles podiam vê-lo apenas intermitentemente, tão diminuto quanto um

grão de areia, aparecendo através das partes mais finas do enxame demoníaco e depois desaparecendo de novo. Ele reapareceu apenas o tempo suficiente para que eles o vissem deixar a fita estreita e cinzenta da rodovia e desaparecer de vista debaixo do manto de espíritos que cobriam o Instituto Summit.

— Bem, agora ela está sozinha — disse Tal. — Não podemos passar por aquilo.

— E o fogo que o senhor ia começar? — perguntou Guilo. — Se jamais precisamos que algo acontecesse, é agora!

Tal meneou a cabeça.

— Estará com um dia de atraso. Por ora, tudo o que podemos fazer é esperar pelo sinal de Natã, e ter esperança de que venha logo.

A Conferência da Consciência Global, que se realizava duas vezes ao ano, começava; por isso o motorista do furgão teve de ir de um lado para outro no vasto estacionamento asfaltado diversas vezes antes de conseguir encontrar uma vaga desocupada. Sally passou esse tempo observando o Instituto Summit para Estudos Humanísticos. Ele lhe lembrava bastante o Centro Ômega, exceto pelo fato de ser mais novo e a arquitetura mais moderna. Pedra era um material abundante ali, e por isso foi usada na construção dos escritórios, salas de palestras, passagens e jardins. Fiéis à sua devoção religiosa à Mãe Terra, os arquitetos do campus não suplanta­ram o ambiente natural, mas deixaram que o campus se incorporasse a ele, quase escondido entre as árvores, as pedras e o terreno montanhoso.

Ainda era cedo, por isso não havia pessoas andando por ali. Que sorte dos captores de Sally!

Kholl voltou-se para Sally, erguendo na mão a faca como um lembrete.

— Tudo o que me pagaram para fazer foi entregar você aqui. Se for picada no estacionamento, é sua culpa e nada tenho com isso, entendeu?

Ela moveu afirmativamente a cabeça.

— Vamos levá-la à casa do Goring.

Um observador que estivesse a certa distancia, teria pensado que um importante dignatário havia chegado e estava agora cercado por agentes do Serviço Secreto. Sally mal aparecia dentro do grupo fechado de corpos que se formou fora da porta lateral do furgão e em seguida começou a subir o caminho na direção do chalé do Sr. Goring.

Sally esforçou-se por todos os modos a fim de enxergar em volta das costas e dos ombros de seus acompanhantes e estudar a disposição daquele lugar. Naquele momento, atravessavam vasto jardim de ervas meticulosamente arranjadas com cercas esculpidas, passagens de pedra, e tanques de reflexão agradáveis à vista. No meio do tapete de musgo, um homem solitário sentava-se quase nu na friagem da madrugada, olhos fechados, pernas cruzadas na posição de lótus, totalmente arrebatado.Deixando o jardim de ervas, eles dobraram uma esquina, seguiram um caminho estreito, natural, de pedra, ladeado por cercas verdes vivas, e depois saíram em campo aberto. À direita, o chão descia a um anfiteatro natural, e além do anfiteatro, num panorama de fazer parar o coração, as montanhas alargavam-se e alteavam-se mais do que o olho podia abranger.

No centro do anfiteatro, um grupo bem grande de pessoas estava de pé em semicírculos ordeiros, concêntricos em torno de uma fogueira, entoando, zoando e jogando flores, grãos e frutas no fogo. Numa pequena plataforma à cabeceira do círculo, olhando embasbacados o fogo como que hipnotizados por ele, sete deuses de pedra recebiam as oferendas e a adoração desses devotos madrugadores enquanto uma mulher emaciada de cabelos brancos, trajando um roupão amarelo, cantava uma canção obsedante em sânscrito.

Sally lembrava-se da canção e ainda sabia algumas das palavras, embora fizesse dez anos que não a ouvia. Ela não conseguia lembrar-se de todos os nomes dos sete pequenos deuses, mas eram deuses secundários de qualquer jeito. Essa cerimônia tinha o fim de invocar primeiro a benção da Mãe Universal, e em segundo lugar, apaziguar esses sete anões.

Então ela viu de relance alguns dos rostos quando foram erguidos na direção do sol matutino. Não! Lá estava a Sra. Denning do Centro Ômega, e dois dos professores do Ômega! E aquele era o Sr. Blakely, seu con­selheiro na Faculdade de Pedagogia Bentmore? Ela achou ter-lhe reconhe­cido o rosto, e em seguida a voz que grasnava feito taquara rachada identificou-o com certeza. Perto do fogo, o rosto banhado por luz verme­lha, encontrava-se Krystalsong, uma bruxa, estudiosa, e mãe de quatro filhos, vinda do Litoral Oeste; ela e Sally haviam trabalhado juntas num programa holístico para a pré-escola.

Um belo regresso ao lar para todos nós, pensou ela.

Na rodovia que levava a Ashton, o caminhão do correio continuava rodando, bem dentro do horário. O carregamento matutino de correspon­dência estaria no Correio de Ashton assim que este abrisse as portas.

— Tem de ser aquele ali! — disse um espírito aos amigos.

Eles vinham zunindo e atirando-se impetuosamente ao longo da rodo­via, mantendo a mesma velocidade que o caminhão e olhando-o curiosa­mente. O espírito que os liderava havia estado numa luta terrível; as asas estavam em farrapos, o vôo estava inseguro e a cara deformada.

— Desta vez — falou ele indistintamente — não permitiremos que qualquer guerreiro celestial nos detenha!

— Destruidor nos recompensará! - disse outro.

— Deteremos o caminhão e pegaremos aquela carta!

Eles jogaram as asas fechando-as com força atrás dos ombros e caíram como torpedos rumo ao caminhão, cortando através das finas camadas da neblina matinal, o vento assobiando-lhes através das asas e dos pêlos. Isso deveria ser muito fácil. Eles podiam encrencar o motor, quebrar o volante, furar um pneu. Podiam...

LUZ! ESPADAS! GUERREIROS! O caminhão estava cheio deles!

Natã atirou-se ao ar e encontrou o demônio estropiado.

— Você de novo? — disseram ambos.

O demônio dissolveu-se em fumaça vermelha. Natã rodopiou para enfrentar outro.

Armoth fez em pedaços três demônios com uma passada da lamina, e depois rodopiou num borrão a fim de despedaçar dois outros com o calcanhar.

Uma dúzia de guerreiros havia explodido para fora do caminhão e agora girava em torno do veículo, golpeando e retalhando.

Seu piquenique estragado, os outros espíritos fugiram como mosquitos e o caminhão continuou a rodar.