1. “REVELAÇÃO de Jesus Cristo, qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus
servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e
as notificou a João seu servo”.
1. A revelação tem dois pontos focais: (a)
os propósitos de Deus; (b) a pessoa de Deus:
(Ad. a ) Por um lado, Deus informa os homens
a respeito de Si mesmo: quem é Ele, o que tem feito, o que está fazendo, o que
fará, e o que requer os homens façam. Assim é que o Senhor tomou Noé, Abraão e
Moisés, aceitando-se em relação de confiança; informando-os sobre o que havia
planejado e qual era a participação dos mesmos nesse plano (cf. Gn 6.13-21;
12.1 e ss; 15.13-21; Êx 3. 7-22). Semelhantemente, o Deus Todo-poderoso
declarou a Israel as leis e promessas de Sua Aliança (Êx capítulo 20 a 23; Dt
4.13 e ss; Sl 78.5; 147.19). Ele desvendou Seus propósitos aos profetas, seus
servos (Am 3.7). Cristo disse aos discípulos durante seu ministério terreno:
“...tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer” (Jo 15.15b). Deus
revelou a Paulo, o grande “...Mistério da Sua vontade, segundo o seu
beneplácito” (cf. Ef 1.9a e 3.3). No Apocalipse, Cristo revelou a João seu
servo “...as coisas que brevemente devem acontecer”.
(Ad. b) Por um lado, quando Deus envia a Sua
Palavra aos homens, Ele também os confronta consigo mesmo. “A Bíblia não
concebe a revelação como uma simples transmissão divinamente garantida, mas
antes, como a vinda pessoal de Deus aos homens, para tornar-se conhecido deles
(cf. Gn 35.7; Êx 6.3; Nm 12.6-8; Gl 1.15 e ss). Esta é a lição que devemos
aprender das teofanias do Antigo Testamento (cf. Êx 3.2 e ss; 19.11-20; Ez 1;
etc), bem como do papel desempenhado pelo enigmático “anjo (mensageiro) do
Senhor”, que evidentemente é uma manifestação do próprio Deus”. O Apocalipse
não revela apenas o princípio de formação do grande plano de Deus na obra da
redenção, mas de um modo particular, seu desenvolvimento e consumação.
4. O AUTOR. O autor desta grande obra é o
próprio Deus. É esta (diz H. H. Halley) a primeira declaração do livro. Do
ponto de vista humano, é atribuído a João, “o filho de Zebedeu” (Lc 5.10; Ap
1.1,4,9; 22.8). A autoria do Apocalipse a pessoa de João, é comprovada tanto
pelas provas externas como internas:
(a) Provas externas. Segundo tradição bem
estabelecida, desde a época dos País Apostólicos, e no julgamento da grande
maioria dos primitivos cristãos, o Apóstolo João, aquele que esteve reclinado
“sobre o peito” do Senhor (Jo 21.20), foi o escritor do Apocalipse. “Outro
testemunho direto a favor do Apóstolo João como autor do Apocalipse nos vem de
Irineu, que morreu em Lion, na França, perto do ano 190 de nossa era. Ele
nasceu e se criou na Ásia Menor, na esfera das sete igrejas. Foi discípulo de
Policarpo, que foi bispo duma das sete igrejas, a de Esmirna. Dentre outros do
passado, Clemente, de Alexandria, Tertuliano, de Cartago, Orígenes, de Alexandria
(223 d.C.). Hipólito, de Roma (140 d.C.). Outros que vieram depois, conclamaram
a mesma coisa: Basílio, o Grande, Atanásio, Ambrósio, Cipriano, Agostinho e
Jerônimo”. Teófilo, bispo de Antioquia (Síria ocidental), na última metade do
século II d.C., cita o Apocalipse como sendo obra do Apóstolo João, o último
sobrevivente dos companheiros de Jesus.
(b) provas internas. O próprio autor diz que
seu nome é JOÃO, descreve-se como “servo” de Deus (1.1), e como um dos
“profetas” (22.9). Com exceção de 1 Coríntios, Apocalipse é citado com o nome
do autor antes de qualquer outro livro do Novo Testamento. Em seu Evangelho e
Epístolas, João escreve na terceira pessoa, mas no Apocalipse, menciona seu
nome cinco vezes na primeira pessoa (1.1,4,9; 21.2; 22.8). A nossa solene
convicção é de que João o escreveu! Houve trovão quando Deus escreveu as
primeiras palavras da Bíblia (cf. Êx 19.16 e 30.18). Assim, suas últimas
palavras só podiam ser escritas por João, “o filho do trovão” (Mc 3.17 e Ap
22.18).
5. DATA EM QUE FOI ESCRITO. Irineu e
Eusébio afirmam categoricamente que o Apocalipse foi escrito no tempo de
Domiciano. (Ver Eusébio, História Eclesiástica III, 18,3 e Irineu, adv. Haer.
V. 30.3). Esse testemunho foi aceito sem hesitação por Clemente de Alexandria, Orígenes
e Jerônimo. A data fixada por esta escola de interpretação, é o ano 96 d.C.
Nesta possível data, Domiciano decretou o “culto ao imperador”, fazendo disso
uma prova de lealdade ao império. Os cristãos, provavelmente, se recusaram a
adorar o imperador como se fosse um “deus”. E as conseqüências foram
desastrosas para os santos naqueles dias. Este imperador desalmado deportara
também a João para a ilha de Patmos “por causa da Palavra de Deus, e pelo
testemunho de Jesus Cristo” (1.1).
6. CONCEITOS
E MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO. O Apocalipse tem sofrido vários pontos de vista
de interpretações, tanto no passado como no presente, sendo, porém, cinco
defendidos com mais veemência:
(a) O ponto de vista preterista. (Do
passado). Este método é praticamente oposto ao método futurístico. Os
futuristas afirmam que nada do livro (com exceção dos capítulos 1,2, e 3) se
cumpriu ainda. Os preteristas, no sentido restrito do termo, afirmam que todo o
livro foi já cumprido nos dias do império romano, no primeiro século da nossa
era, embora, talvez haja acontecimentos relacionados ao segundo século. “A
palavra “preter” é um prefixo do latim “praeter”, que significa passado ou além
de. O derivado “preterista” aqui empregado significa aquele que encara o
passado o cumprimento do Apocalipse. Pieters acha que há dois grupos de
preteristas: os da direita e os da esquerda.
(b) O ponto de vista histórico. Os
intérpretes que assumem essa posição procuram encaixar todos os acontecimentos
previstos no Apocalipse em várias épocas da história humana.
(c) O ponto de vista futurista. (O que nós
aceitamos em razão de se coadunar com o conteúdo e argumento principal do
livro). Esse ponto de vista aceita que os acontecimentos narrados nos capítulos
1,2 e 3, são de fato históricos, e tiveram seu cumprimento nas igrejas
existentes naqueles dias, no pequeno Continente da Ásia Menor (hoje, atual
porção da Turquia Asiática). Porém, no que diz respeito aos seus métodos de
aplicação, têm servido para as igrejas de todos os tempos. A partir do capítulo
4 o livro é completamente futurista, e terá o devido cumprimento durante o
período sombrio da Grande Tribulação, seguido pelo Milênio; depois virá a
Eternidade.
(d) O ponto de vista simbólico. (Ou
místico). Os eruditos dessa escola crêem que o livro do Apocalipse não é
essencialmente profético e nem histórico, mas é uma vívida coletânea de
símbolos místicos, que visam a ensinar lições espirituais e morais. São os
idealistas que, somente vêem no livro apresentações simbólicas do conflito
entre o bem e o mal, e da vitória final do bem. Esse método de interpretação é,
sem dúvida rejeitado na declaração: “As coisas que brevemente devem acontecer”
(1.1).
(e) O ponto de vista eclético. (Citado pelo
Dr. Russell Norman Champrin, Ph. D.). Alguns intérpretes do Apocalipse
“misturam” todas as idéias expostas acima, de modo que nenhuma domina: as
demais. Não há dúvida de que devemos preservar “alguns elementos” (mas não
todos) de cada um desses métodos apresentados sobre o livro, em um grau ou
outro. O livro ensina-nos lições morais e místicas, aplicáveis a qualquer
época. Contudo, certamente erraremos, se não contemplarmos o livro do
Apocalipse como obra “essencialmente profética”, e da primeira ordem.
1. (a) A saudação; (b) A eternidade de Deus;
(c) Os sete espíritos que estão diante do seu trono: o trono de Deus e do
Cordeiro:
(aa) É importante observarmos a saudação de
João neste versículo. As sete igrejas que naqueles dias se encontravam dentro
dos limites da Ásia Menor , eram compostas de judeus e gentios. Ele diz “graça”
(para os crentes gentios – incluindo também gregos), e “paz” (para os crentes
judeus). O autor dirige-se às igrejas da Ásia, que a seguir serão especificadas
também geograficamente (1.11), mas por trás delas, dado o simbolismo do número,
que indica “totalidade”, está toda a Igreja, estamos nós também.
(bb) O autor sagrado continua e explica:
“...da parte daquele que é, e que era, e que há de vir”. (Trata-se de Deus que
segue continuamente seu povo, faz com que exista (“é”) no presente, como já fez
na história da salvação que pertence ao passado (“era”). Continuará esta ação
criadora a volta (“vem”) que Deus efetuará por meio de Cristo. Podemos
contemplar nesta passagem no que diz respeito a Deus, o presente do passado e
ainda o passado do presente. O tempo não pode desgastar a eternidade de Deus.
Ele disse a Moisés: “EU SOU O QUE SOU” (Êx 3.14). Ele nunca nasceu também nunca
morrerá (1 Tm 6.16).
(cc) E da dos sete espíritos. Esta expressão
é repetida nos capítulos 3.1 e 4.5. Ela está associada aos “sete olhos do
Senhor, que discorrem por toda a terra” (Zc 4.10). Significa: “...da parte do
Espírito Santo em sua plenitude Septiforme” (cf. 3.1; 4.5 e 5.6). São pela
ordem: “(aaa) o espírito do Senhor; (bbb) o espírito de sabedoria; (ccc) e de
inteligência; (ddd) o espírito de conselho; (eee) e de fortaleza; (fff) o
espírito de conhecimento; (ggg) e de temor do Senhor”. Is 11.1. Podemos
observar no presente texto, a multiforme operação do Espírito Santo, pois os
“sete espíritos de Deus” são: “as diferentes operações do Espírito Santo nessa
perfeição, que necessariamente, lhes pertence” (7). O Novo Testamento fala em
outras passagens, da pluralidade de funções do Espírito Santos (cf. 1 Co 12.11;
14.32; Hb 2.4).
Em resumo, esta saudação vem do Deus Trino:
o Pai saúda no v. 4 (aquele que era, e que há de vir). O Espírito Santo saúda
também (com suas sete manifestações de poder). Jesus, o Filho Eterno, completa
esta saudação no v. 5. A bênção de Deus no Decálogo, tinha uma forma tríplice:
“O Senhor (Deus) te abençoe e te guarde. O Senhor (Jesus) faça resplandecer o
seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti. O Senhor (o Espírito Santo)
sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz” (Nm 3.24-26).
1. A “frase” no presente texto: “...Jesus
Cristo; que é a fiel testemunha” descreve o relacionamento de Cristo com Deus
enquanto Jesus esteve na terra. Como fiel profeta Ele jamais falhou em declarar
todo o conselho de Deus. A palavra “testemunho significa alguém que vê, sabe e
então fala; é uma palavra característica de João (ele a usa mais de 70 vezes em
seus escritos)”.
2. Cristo é o Fiel em tudo aquilo que Ele o
deve ser: (a) Ele é genuíno e veraz em seu caráter; (b) Ele é fiel e digno de
confiança na concretização de sua missão; (c) Esse adjetivo pode significar
para nós confiança na pessoa de Jesus Cristo, em sua missão, e que Deus Pai,
depositou em seu Filho toda sua confiança; (d) Ele transmitiu fielmente a sua
mensagem, falando a verdade: Ele trilhou um caminho reto; não tinha curva,
revelando a verdade, sem jamais desviar-se de seu propósito.
3. O primogênito dos mortos. A presente
expressão reúne dois elementos fundamentais: (a) Ela revela o cumprimento à
risca das palavras dos profetas e do próprio Jesus, que predisseram com antecedência
de séculos, no primeiro caso, e de alguns meses, no segundo, o episódio, e até com
minúcias, em vários de seus elementos importantes. (Cf. Sl 16.10; At 13.34,
etc). A veracidade das Escrituras foi justificada, pois dependia do fato dessa
ressurreição (Lc 24.44-46; At 17.3). Foi também a evidência central da
divindade de Cristo, da sua exaltação e glorificação, do seu supremo poder
pessoal, o emblema expressivo da ressurreição da imortalidade, tanto no
presente se for necessário, como no futuro.
(b) Ela deu a certeza, e assegurou o testemunho
apostólico, a certeza do Juízo Final, o fundamento da esperança dos justos,
agora, no presente, no futuro, e por toda a eternidade. Foi, e é, o
fortalecimento da pregação evangélica, em qualquer época, tempo ou lugar (1 Co
15.14). A ressurreição de Cristo foi e é, realmente, a suprema e majestosa
história dos evangelhos e da humanidade.
1. Esse direito foi conferido à tribo de
Levi, em razão dessa tribo ter permanecido fiel ao Senhor quanto ao culto
idólatra diante do bezerro de ouro (Êx 32.1-29). O texto em foco ali, diz que
Moisés se pôs em pé na porta do arraial, e disse: “Quem é do Senhor, venha a
mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi” (Êx 32.26) Dentro da
dispensação neotestamentária cumpre-se o ideal de Deus quanto a esta promessa,
não adiantam obras e méritos humanos, e, sim, a livre graça divina, que torna
cada remido um sacerdote (1 Pd 2.6 e Ap 1.6; 20.6).
2. “No tocante ao “sacerdócio do crente”,
devemos considerar os pontos seguintes: (a) Esse sacerdócio se verifica por
direito de primogenitura; quando nos tornamos “filhos de Deus”, naturalmente
temos acesso a Deus Pai; (b) Esse sacerdócio indica um acesso superior a Deus.
Hb 9.7; (c) O crente, na qualidade de sacerdote, oferece um sacrifício
superior: (aa) Seu próprio corpo, como um santuário para Deus. Rm 12.1; Fl
2.17; 2 Tm 4.6; (bb) O louvor de sua vida e de seus lábios, ele oferece a Deus.
Hb 13.15; (cc) Suas riquezas financeiras devem ser usadas para benefício do
próximo. Hb 13.16; (dd) Na qualidade de sacerdote, o crente, tal como Cristo e
o Espírito Santo, é um intercessor em favor de outros, 1 Tm 2.1-3; (ee) O
sacerdócio leva-nos à comunhão com Deus, o qual é nosso Pai, segundo se aprende
em Ap 1.6. Portanto, o sacerdócio é um meio de comunhão, e, nessa capacidade, é
conservador da nova natureza, segundo a imagem do Espírito do Senhor. 2 Co
3.18; (ff) O alvo, pois, é que tenhamos, perfeito acesso a Deus, e isso terá de
ser conseguido somente através da participação na própria natureza do Pai. 2 Pd
1.4. É nisso que consiste a “perfeição”, o que define, para nós, “como”seremos
aperfeiçoados. (Mt 5.48). O crente ao aceitar Jesus como Salvador, torna
participante de um “sacerdócio real”, isto é, “sacerdócio e realeza”. 1 Pd
2.5-9”.
1. Eis que vem. O Dr. Herbert Lockyer, Sr.
declara que a exclamação bíblica “Eis”, que significa “olhe atentamente e
considere”, aparece mais de 400 vezes na Bíblia e é usada nos tempos passados,
presentes e futuros. Eis também ocorre como um arauto de esperança ou de
horror. Esta palavra aparece cerca de 28 vezes no Apocalipse (ver. 1.18;
2.10,22; 3.8,9,11,20; 4.1,2; 5.6,11; 6.2,5,8,12; 7.9; 8.13; 9.12; 11.14; 12.3;
13.1,11; 14.14; 16.15; 19.11; 21.5).
2. E todo o olho o verá. O leitor deve
observar bem a frase inserida no contexto: “até os mesmos que o transpassaram”,
e verificar que estas palavras apontam diretamente para o povo de Israel, na
presente era, pois, os que crucificaram a Jesus no sentido literal, estão
mortos a quase dois mil anos (Mt 26.64). Predições contemporâneas feitas pelos
Apóstolos e pelo próprio Cristo (Mt 24.30), indicam que no retorno de Cristo a
terra com poder e grande glória, Jesus será visto fisicamente na Palestina,
quando forças confederadas do Anticristo tiverem conquistado a Terra Santa,
ameaçando aniquilar o povo judeu. A passagem de Zacarias 12.10 é a base da
predição de que todos verão a quem transpassaram: “...e olharão para mim, a
quem transpassaram; e o prantearão como quem prateia por um unigênito; e
chorarão amargamente por ele, como se chora pelo primogênito”. Na passagem de
Mateus 26.64 fala desse acontecimento: “Disse-lhes Jesus: Tu o disseste;
digovos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do
poder (vírgula), e vindo sobre as nuvens do céu”. Será esse o momento da
intervenção divina, e aparecerá “no céu o sinal do Filho do homem; e todas as
tribos da terra se lamentarão...”. Durante sua vida terrena, o Senhor Jesus era
o próprio “sinal” para aquela geração (Lc 11.30). Na sua vinda em glória (o
presente texto), os judeus olharão para os céus, e esses se abrirão; eles verão
a Jesus “assentado” à direita do poder de Deus (Mc 14.62). Jesus, nesse exato
momento, levantará suas mãos, e eles contemplarão “o sinal dos cravos em suas
mãos” (cf. Zc 12.10; Jo 20.25; Ap 1.7): Os judeus, pois, rejeitaram “a voz do
primeiro sinal (durante a vida terrena de Jesus), crerão à voz do derradeiro
sinal (em seu retorno)”. Êx 4.8. Para alguns comentaristas, Deus fará
intervenção, tal como fez no mar Vermelho. O sinal da cruz aparecerá no
firmamento, e o Senhor Jesus será literalmente contemplado pelo povo. Isso será
reconhecido como uma intervenção divina, por parte de Israel, o qual,
oficialmente, se declarará “cristão”.
1. Na língua portuguesa a pessoa de Cristo é representada em cada letra,
da seguinte forma:
(A) Advogado, 1 Jo 2.1. (B) Bispo das vossas
almas. 1 Pd 2.25. (C) Cristo. Lc 2.11. (D) Deus Forte. Is 9.6. (E) Emanuel
(Deus conosco). Mt 1.23. (F) Filho de Deus. Jo 1.34. (G) Governador. Is 55.4.
(H) Homem. 1 Tm 2.5. (I) Imagem de Deus. Cl 1.15. (J) Jesus. Mt 1.21. (L) Leão
da tribo de Judá. Ap 5.5. (M) Maravilhoso. Jz 13.18; Is 9.6. (N) Nazareno. Mt
2.23. (O) Ômega. Ap 1.8. (P) Príncipe da Paz. Is 9.6. (Q) Querido do Pai. Sl
4.3. (R) Rei. Mt 2.2; Jo 18.37. (S) Salvador. Lc 2.11. (T) Tudo: no sentido de
bondade. Cl 3.11. (U) Ungido. Sl 2.2. (V) Verbo de Deus. Jo 1.1. (Z) Zelador da
casa de Deus. Jo 2.17. O (X) é substituído pelo “AMÉM”. Ap 3.14.
9. “Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo”.
1. O termo “patmos” significa “mortal”. O sentido original é, em razão de
seu aspecto tristonho representado pela mesma ilha que leva esse nome. No tempo
do império romano, a “ilha de Patmos” serviu de lugar de detenção para
criminosos de alta periculosidade. Atualmente, a “ilha” que leva esse nome, é
chamada “Palmosa”, encrava-se no Mar Egeu no pequeno Continente da Ásia Menor,
tem cerca de vinte milhas de circunstância. A “ilha de Patmos” antes do exílio
de João, não tinha conotação nenhuma com o mundo religioso; depois porém, como
sabemos, se tornou célebre pela prisão e visão ali vivida e presenciada. Lá
existe uma “caverna” chamada “Apocalipse”, onde milhares de pessoas religiosas
realizam uma peregrinação anualmente em rememoração ao sofrimento do Apóstolo
quando ali esteve. Alguns metros dessa caverna, encontra-se a escola grega,
onde existe um salão com uma inscrição posterior ao reinado de Alexandre Magno.
Esta inscrição, fez referência aos jogos olímpicos realizados durante o período
grego. “Na ilha há também o mosteiro de São João, com uma biblioteca fundada em
1088 d.C. construída no formato de uma fortaleza com seus muros ameaçados, onde
há curiosas obras. Em volta do mosteiro, agrupam-se as ruas tortuosas da
Capital da Ilha”.
1. Analisemos os quatro pontos seguintes no
que diz respeito ao: (a) Dia do Senhor Jesus Cristo; (b) Dia do Senhor, Cristo
ou Filho do homem; (c) Dia de Deus ou do Senhor: no sentido próprio; (d) Dia do
Senhor, do texto em foco:
(aa) O Dia do Senhor Jesus Cristo. O dia do
Senhor Jesus se relaciona exclusivamente com o arrebatamento da Igreja; (bb) O
dia de Cristo, do Senhor ou do Filho do homem, está relacionado com seu retorno
à terra com poder e grande glória; (cc) O dia de Deus ou do Senhor, no sentido
próprio, está relacionado com o Juízo Final; (dd) dia do Senhor do texto em foco,
está relacionado com o dia da ressurreição de Cristo. A presente expressão “dia
do Senhor”, significa; “O dia da Ressurreição” do Senhor Jesus Cristo, visto
que, a expressão “Senhor Jesus” só ocorre no Novo Testamento depois da sua
ressurreição (Lc 24.3), sendo identificado entre os cristãos como “o primeiro
dia da semana” (Mc 18.9). Para o cristianismo o primeiro dia da semana,
contrasta bastante com o sétimo (o sábado): O sábado recorda o descanso de Deus
na criação (Êx 20.11; 31.17); o domingo a ressurreição de Cristo (Mc 16.1,9).
No sétimo dia Deus descansou; no primeiro dia da semana Cristo esteve em
atividade incessante. O sábado comemora uma criação acabada; o domingo rememora
uma redenção consumada. O Dr. C. I. Scofield declara que “o sábado era um dia
de obrigação legal para Israel; o domingo, o culto espontâneo para o cristão. O
sábado é mencionado nos Atos dos Apóstolos somente com referências aos judeus,
e no resto do Novo Testamento, só duas vezes (Cl 2.16 e Hb 4.4). O sábado era
um dia de repouso total para Israel; para o crente em Cristo, esse repouso teve
lugar no momento que ele aceitou Cristo como Salvador. Hb 4.3”.
2. Voz como de trombeta. João, focaliza
aqui: “grande voz, como...”. A palavrinha: “como” significa que João tenta
descrever o indescritível. Por isso a palavrinha “como” aparece aproximadamente
setenta vezes no Apocalipse. (Cf 1.10, 14, 15, 16; 2.27; 3.3, 10, 17, 21; 4.1;
5.6; 6.1, 12, 13, 14; 7. (ausente); 8.8; 9.2, 3, 7, 8, 9, 17; 10.1, 3, 7, 9;
11. (ausente); 12.15; 13.2, 3, 11; 14.2, 3, 4; 15. (ausente); 16.3, 6.15, 18;
17.12; 18.6, 21; 20.2, 11, 16, 21; 22.1). Além disso ele utiliza-se também da
expressão como “semelhante”. Aqui trata-se, portanto, de um som sobrenatural e
assustador, que contém tudo.
11. “Que dizia: O que vês, escreve-o num
livro, e envia-o às sete igreja que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmina, e a
Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardo, e a Filadélfia, e a Laodicéia”.
1. O leitor deve observar bem a frase
“escreve-o num livro, e envia-o”. Isso nos dá entender que não só a carta
endereçada a igreja devia ser lida, mas também todo o conteúdo do livro que
encerrava a visão (.13). O Dr. Russell Norman Champrin, observa que a posição
geográfica onde se encontravam essas igrejas, formavam um CÍRCULO. As cidades
foram numeradas partindo de Éfeso, na direção Norte, para Esmirna (64
quilômetros); daí para Pérgamo, 80 quilômetros ao norte de Esmirna; então,
atravessando 64 quilômetros para sueste, até Tiatira, descendo, então, 80
quilômetros para Sardo; daí para Filadélfia a 48 quilômetros a sueste de Sardo;
então Laodicéia a 64 quilômetros a sueste de Filadélfia.
12. “E virei-me para ver quem falava comigo. E virando-me, vi sete castiçais de ouro”.
13. “E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de um vestido comprido, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro”.
1. Filho do homem. Este título, que
freqüentemente é aplicado à pessoa de Cristo, lembra sua humanidade (Jo 1.14).
Cerca de 79 vezes esta expressão ocorre somente no Novo Testamento e com
exclusividade, nos Evangelhos, e vinte e duas vezes no livro do Apocalipse. Em
Ezequiel (por toda a extensão do livro), a frase é empregada por Deus 91 vezes.
Este título: O Filho do Homem (Jo 3.13) havia se tornado uma figura messiânica
mais corrente. Motivo porque um exame dos textos evangélicos permitem, quase
sem possibilidade de erro, preferir que, ao designar-se “Filho do Homem” o
Senhor Jesus escolheu esse título, evidentemente, menos comprometido pelo
nacionalismo judaico e pelas esperanças bélicas. Havia também uma esperança
judaica do “Homem dos últimos tempos” (Cf. Rm 5.12-21; 1 Co 15.22, 45, 47;
2.5-11).
2. Vestido até os pés. Esta visão inicial
que João recebeu não referia-se à graça pastoral de Cristo, mas à sua
autoridade judiciária. “É por isso que o Apocalipse deve ser visto como o livro
do juízo. “Juiz” e “Juízes” aparecem 15 vezes no livro”.
A veste comprida de Cristo era uma
vestimenta talar, usada exclusivamente pelos sacerdotes e juízes no desempenho
de duas funções. É isso realmente, a dupla função do Filho de Deus atualmente
(2 Tm 2.8 e Hb 3.1). “O cinto de ouro cingido a altura do peito era também
usado elo sacerdote quando este ministrava no santuário, estava à altura do
peio e não nos rins, para ajustar as vestes de modo a facilitar os movimentos;
assim, quando o cinto está em volta de seus lombos, o serviço é proeminente. (Cf.
Jó 38.3; Jo 13.4, 5), mas quando o cinto está em volta do peito implica juízo
sacerdotal dignificado, coisas que são inerentes ao Filho de Deus tanto no
passado como no presente. Na simbologia profética das Escrituras Sagradas
aponta também: a pureza, a inocência de Cristo (Sl 123.9).
14. “E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo”.
15. “E os seus pés, semelhante a latão reluzente, como se tivesse sido refinados numa fornalha, e a voz como a voz de muitas águas”.
1. No campo espiritual realmente isso
aconteceu com o Filho do homem durante a sua vida terrena. Ele passou pela
fornalha do sofrimento, e foi provado no fogo do juízo de Deus. (Cf. Lc 22.44;
Hb 5.7). Além de outros sacrifícios apresentados na antiga aliança que
tipificava a Cristo sofrendo até a morte, em lugar do pecador. Tomamos aqui
como exemplo a oferta de manjares: “Em Lv 2. a oferta de manjares tipifica
Cristo nas Suas próprias perfeições, e na Sua dedicação a vontade do Pai. A
flor da farinha fala de igualdade e equilíbrio no caráter de Cristo; o fogo, de
Ele ser provado pelo sofrimento até a morte de cruz. O incenso, representa a
fragrância de Sua vida perante Deus; a ausência de fermento, representa o
caráter de Cristo, como a verdade; a ausência de mel; que Nele não havia a mera
doçura natural que pode existir sem a graça de Deus na vida de alguém. Azeite
misturado, Cristo nascido do Espírito Santo; azeite untado, Cristo batizado
pelo Espírito, a frigideira, os sofrimentos mais evidentes de Sua vida; o sal,
o sabor da graça de Deus na vida de Cristo: o que faz parar a ação do fermento;
o forno, os sofrimentos ocultos de Cristo – consolidados no túmulo: a fornalha
final”.
2. A sua voz como a voz de muitas águas. Em
sentido geral, o Apocalipse é o livro de grandes vozes e são elas que trazem as
mensagens: (Cf.1.10, 12, 15; 3.20; 4.1; 5.2, 11, 12; 6.6, 7, 10; 8.13; 9.13;
10.3, 4, 7, 8; 12.10; 14.2, 7, 13 e 15; 16.1, 17; 18.2, 4, 17; 18.2, 4, 22;
19.1, 5, 6, 17; 19.1, 5, 6, 17; 21.3). Em sentido similar, a sua voz do anjo,
em Dn 10.6, se assemelhava à de “uma multidão”. Tal como aqui, a voz de Deus,
em Ez 43.2, é como a de “muitas águas”. O autor continua atribuindo, o sentido
da voz, a pessoa de Cristo, como aquilo que o Antigo Testamento, diz acerca de
Deus Pai. Em Ap 14.2 repete-se o simbolismo da figura da voz como de “muitas
águas”. Ao que é adicionado “um grande trovão”. Em Ap 19.6 a voz é a de uma
“multidão” e também de “muitas águas” e de “grandes trovões”. Seja como for,
tudo na esfera celestial, se reveste de primeira grande e é elevado a terceira
potência!
1. As sete estrelas. Sobre a presente
expressão: “as estrelas”, existem várias interpretações, sendo que, duas delas,
são aceitas no campo teológico e a segunda, sem exitação:
(a) As sete estrelas (anjos), são
instrumentos nas mãos de Cristo, seres angelicais literais, que ministram à
Igreja, controlando seus ministros, e, pelo menos em alguns casos, servindo de
mediadores dos dons espirituais. Por extensão dessa idéia, podemos supor que
todas as comunidades locais dos crentes contam com os seus próprios anjos
guardiões...”. (Cf. Sl 34.7; 1Co 11.10).
(b) As sete estrelas na mão direita do
Senhor, são interpretadas por Jesus como sendo os “sete anjos (pastores) das
sete igrejas” da Ásia Menor. Cf. v. 20. Este sete “mensageiros”, foram homens
enviados pelas igrejas da Ásia para saberem do estado do velho Apóstolo, então
um exilado em Patmos (compare-se Fl 4.18); mas (sendo na sua volta portadores
das “sete cartas”) pode figurar também em nossos dias um ministro de Deus
portando uma mensagem especial para uma igreja. A palavra “anjo” é apenas
transliteração do grego para o português e significa “mensageiro”. É portanto,
o pastor ou pastores que aqui estão em foco.
2. Seu rosto era como o sol. As igrejas são
castiçais; seus ministros são estrelas; mas Cristo é o sol (Ml 4.2). Ele é para
o mundo moral, o que o sol é para o mundo físico. A luz do rosto de Jesus
Cristo é tal que na nova Jerusalém “não necessitarão de lâmpada nem de luz do
sol...” porque “...o cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 21.23; 22.5). Num contexto
geral do significado do pensamento, o rosto dos justos resplandece como o sol
(Mt 13.43), o que também sucede no caso dos anjos (Ap 10.1).
1. “A interpretação comum é que as chaves
dadas a Pedro representam a essencial honra que lhe foi concedida: a de ser o
primeiro a anunciar o Evangelho aos judeus: (no dia de Pentecostes) e aos
gentios: (na casa de Cornélio), tendo sido o Espírito Santo dado do céu em cada
uma dessas ocasiões (At capítulo 2 e 10). Pedro mesmo descreveu seu privilégio
assim: “Deus me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a
palavra do Evangelho, e cressem” (At 15.7). Assim ele anunciou o perdão dos
pecados a todos os que crêem, e semelhantemente tal autoridade de Deus foi
conferida não só a Pedro mais aos demais discípulos do Senhor (cf. Jo 10.23)”.
O Dr. Geo Goodman declara: “É comum salientar o lugar de Pedro no dia de
Pentecostes, abrindo o reino aos judeus, e depois, na pessoa de Cornélio, aos
gentios. Podemos admitir que ele ocupava um lugar eminente entre seus colegas,
enquanto que negamos que lhe fosse um lugar exclusivo”.
2. O Dr. Graham Scroggie observa: “E de fato
não podemos excluir os outros Apóstolos no dia de Pentecostes; nem caso de
Cornélio podemos concordar que esse fosse o único uso das chaves com relação aos
gentios, nem admitir que fosse necessário outra chave diferente daquela que
abrira o Reino aos judeus. Um só ato não havia de esgotar o uso da chave, nem
seriam duas chaves para abrir a porta duas vezes. Podemos entender que a porta,
uma vez aberta, assim permaneceu para nunca mais precisar da chave? Pelo
contrário, creio que se pode demonstrar concludente que a administração do
Reino, simbolizada por estas chaves, ainda não terminou: não findou num só ato
inicial de autoridade. Os homens ainda recebem o Reino e são recebidos no
Reino, e o Reino é a esfera do discipulado, então a chave é, de fato, somente
autoridade”.
3. Podemos entender que depois da porta do
Evangelho está aberta para os gentios, Deus através de sues discípulos abriu
uma nova porta para eles, os gentios: a porta da FÉ (At 14.27). “Ora, as
chaves, e não simplesmente uma chave; e se o nosso pensamento é acertado nesta
forma de interpretação, isto significa uma dupla maneira de admitir. A primeira
é que o Senhor chama “a chave da ciência” a qual Ele diz que os doutores da lei
tiram do povo (Lc 11.52). Semelhantemente Ele denuncia os fariseus por fecharem
o Reino dos céus contra os homens: “Nem vós entrais nem deixais entrar os que
estão entrando” (Mt 23.13). Pedro não recebeu as chaves da Igreja, mas do
reino. Uma chave é sinal de autoridade (Is 22.22), e que o poder de “ligar e
desligar” significava para Pedro, significava também para os outros discípulos
(Mt 18.18; Jo 20.23). Ligar e desligar, na linguagem rabínica, queria dizer:
permitir ou proibir, e é isto que a Igreja tem feito desde os dias dos
Apóstolos até a presente era (Jo 20.23; 1Co 5.4-5; 2Cor 5.18-19).
19. “Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer”.
1. As coisas que tens vis to. É a primeira
das três divisões deste livro. É, sem dúvida, a menor das três partes deste
compêndio divino: um capítulo, apenas! Também pela pequena duração dos
acontecimentos a que se refere.
2. E as que são. Esta se refere à segunda
parte do livro. De exposição, pouco mais extensa em conteúdo (capítulo 2 e 3).
No que diz respeito ao tempo, é o mais longo período: abrange ensinos para a
vida inteira da Igreja desde os primitivos tempos, e como te servido durante
toda a dispensação da Graça, até o momento do arrebatamento.
3. E as que depois destas (das duas
primeiras) hão de acontecer. A terceira parte, é essencialmente futurísticas,
vai do capítulo 4 a 22. Porém os fatos decorrerão com rapidez e as profecias
que terão lugar neste tempo, sofrerão uma reação em cadeia, e comprir-se-ão
sucessivamente. Porém, mesmo assim, devemos observar que, esta parte do livro,
inclui o Milênio de Cristo e o estado Eterno ao dia da Eternidade (2Pd 3.18). O
livro do Apocalipse é o único livro profético do Novo Testamento, é a única
iluminação certa que dos acontecimentos atuais e futuros. Enquanto que o livro
de Gênesis é o início da Bíblia, dando começo de todas as coisas na terra, o
livro de Apocalipse encerra o livro divino, descrevendo a consumação de todas
as coisas.
1. Vejamos! (a) O mistério das sete estrelas
e do sete castiçais. 1. 20; (b) O mistério de Deus. 10.7 e 11.15; (c) O
mistério da grande Babilônia. 17.5; (d) O mistério da mulher. 17.7.
2. No texto em foco, a interpretação da
misteriosa visão, é dada pelo próprio Cristo; isso é muito freqüente nas
Escrituras quando trata-se de um “mistério” (cf. Mt 13.19-23, 37-43). O Senhor
Jesus Cristo aqui segue o mesmo exemplo, e explica a visão para João seu servo.
Ele diz: “As sete estrelas” (são os sete anjos das sete igrejas). E “...os sete
castiçais” (são as sete igrejas). Este versículo se divide em duas partes:
texto e contexto (metolinguagem); a primeira sendo uma visão; a segunda: uma
interpretação do próprio Senhor. O primeiro capítulo deste livro, a começar
pelo quarto versículo, é uma espécie de apresentação em favor do livro inteiro,
introduzindo o autor sagrado a sua mensagem à Igreja, além de aludir, em termos
breves, àquilo que está contido no livro. Portanto, o livro inteiro do
Apocalipse, apesar de ser um livro profético, é moldado na forma de uma
“carta”, endereçada as sete igrejas da Ásia Menor, e, através dessas igrejas, à
Igreja Universal do Filho de Deus. Amém.