Bobby e eu encontramos Ayaboquina, um chefe índio dos
motilones, sozinho lá na clareira nas selvas, no topo do penhasco. Brotos
verdes de bananeiras e vergônteas de mandioca já estavam surgindo através do
solo, e havia espaço suficiente para o gado pastar naquela área de cinqüenta e
cinco acres. Enquanto conversávamos com Ayaboquina a respeito do progresso que
os índios estavam fazendo, ouvimos o barulho de um barco a motor no rio, logo
abaixo. Estava muito junto à margem para que pudéssemos vê-lo, mas pudemos
ouvir quando ancorou. Usualmente são necessários diversos minutos para que
alguém chegue à clareira, porém, muito antes do que esperávamos, um homem
moreno surgiu ali.
— Boa tarde — disse asperamente em espanhol. Estava sem
fôlego e esperou impacientemente enquanto eu continuava conversando com
Ayaboquina. Vi, pelo rabo dos olhos, que era Humberto Abril, um dos foragidos
que se haviam estabelecido naquela área. Eu sabia que ele tinha um mau gênio e
que havia ameaçado os motilones. Agora, obviamente, estava enfurecido.
Quando terminei a minha conversa com Ayaboquina, respondi: —
Boa tarde, Humberto.
Ele suava profusamente, e gotas enormes de suor caíam de seu
rosto encovado, o qual estava contorcido de tal forma que me deixava
apreensivo.
— Eu vim aqui para dizer-lhes que saiam dessa terra — disse
ele —. Esta terra é minha. Eu sou um colono colombiano. Tenho o direito de
exigir terra para colonizar, e estou exigindo estas terras. Vocês podem sair! Falava
comigo, mas Bobby o interrompeu.
— E eu tenho algo a dizer —. Ele falava lenta e"calmamente,
porém com grande ênfase. — Esta terra é nossa. Sempre foi nossa terra. E sempre
será a nossa terra. Nós já cedemos bastante terra a você. Há seis meses cedemos
uma parte de nossas terras a você, de acordo com a sua exigência, e o que foi
que você fêz? Você as vendeu, e agora está exigindo mais ainda. Mas nós não
daremos mais nada. Nós protegeremos aquilo que é nosso.
A discussão não durou muito tempo. Humberto começou a tremer. Os músculos
de seu pescoço se distenderam como se fossem cordas de aço; seu rosto
enrubesceu intensamente. Pegou Bobby pelos ombros e gritou:
— Estas são minhas terras. Elas são minhas. Todo mundo
pode sair delas —. Depois, então, soltou Bobby e ficou ali tremendo.
O medo começou a percorrer-me a espinha, como gelo. Mas Bobby estava
seguro de si mesmo.
— Você se engana. Estas terras não lhe pertencem. Elas não
lhe pertencerão — disse ele calmamente.
— Cale a boca! — gritou Humberto. — Cale a boca, índio sujo.
Cale a boca!
A saliva lhe saía dos cantos da boca e deixava
pequenas marcas no seu rosto congestionado. E então colocou o dedo indicador
sobre o polegar de sua mão direita, de modo a formar uma cruz. Ele a apontou
para nós. Os seus olhos saltaram e a sua mão tremia tanto que quase não podia
mantê-la firme. Beijou os dedos.
— Por Deus — disse ele, beijando os dedos novamente, e
cuspindo no chão. — Por todos os santos — e cuspiu novamente, balançando a
cabeça tão violentamente, que mais parecia um espasmo do que um movimento
consciente. — Em nome da Virgem Mãe —. Pela terceira vez ele cuspiu. — E por
essa cruz —. Ele tornou a cuspir, e então, olhando diretamente para nós, levou
o seu polegar e indicador à boca e os beijou. A sua voz se tornou gutural: — Eu
te matarei!
E então ele gritou: — "Juro por esta cruz que eu te matarei!"
Ele virou nos calcanhares e desceu pela rampa abaixo.
Observamos a parte de trás de seu pescoço até desaparecer. Ela ainda estava
sangüínea, e os seus músculos e veias continuavam salientes como cordões. Ficamos em silêncio
até que o ouvimos dar partida ao seu barco, e depois desaparecer ao longe.
Eu estava tremendo. — Bobby, ele o fará. Ele vai matar
você. Eu sinto que ele está falando a verdade.
— Você está certo, Bruchko.
— E o que é que poderemos fazer a esse respeito? Ayaboquina,
Bobby e eu pensamos em algumas precauções
de segurança.
Mas, Bruchko — disse Bobby —, não há nenhuma segurança
perfeita nessas medidas. Somente Deus é que nos pode ajudar.
E então, nós três curvamos as nossas cabeças e juntos falamos com
Deus. Enquanto o fazíamos, o meu temor foi substituído pela alegria — que me
invadira quando pela primeira vez vira Bobby naquela manhã. Ela se espalhara
pela minha alma, indo até ao meu estômago. No entanto, não era a mesma alegria.
Era muito mais profunda, como se a dor e o perigo e o temor tivessem sido
injetados nela, tornando-a muito mais profunda e mais sensível.
Quanta coisa havia acontecido naquelas poucas horas desde que
meu avião sobrevoara a cidade de Rio de Ouro, para poder aterrizar.
Embaixo do avião podia ver a selva estendendo-se pelo horizonte, como um tapete
denso, pesado e verde. À direita, podia-se vislumbrar uma tira escura, como se
fosse um fio marrom mal colocado sobre aquele tapete verde. Era o Rio Catatumbo.
Voamos sobre ele até à balsa, e vi um aglomerado de casas, todas novas, que
compunham a cidade. Davam a impressão de estarem perdidas no meio daquela vasta
selva.
Mas está crescendo, pensei.
Lembrei-me, então, que justamente dez anos antes,
não havia casa alguma, senão árvores frondosas, bloqueando o sol, e a folhagem
densa sob elas. Talvez um papagaio tivesse gritado comigo. Agora, no mesmo
lugar, havia uma pequena cidade.
Um jato de alegria se apoderou de mim, não por causa da cidade,
mas porque estava voltando dos Estados Unidos e logo estaria junto com Bobby, o
meu irmão de pacto. Grudei os olhos à janela, tentando ver adiante do avião, e
as minhas emoções cresciam de meu estômago para as minhas costas, num arrepio.
À medida que o velho e gasto DC-3 perdia altura, as árvores estavam tão perto
do corpo do avião que davam a impressão de que certamente as rodas as tocariam,
e o avião viraria e nos jogaria nas selvas. Mas, repentinamente houve uma
abertura na folhagem, e estávamos sobre uma clareira — uma longa pista
estreita, cortada nas selvas. Tocamos o chão com umas batidas, e uma
sacudidela, os breques rangeram, tentando conservar o grande avião na pequena
pista.
Enquanto éramos levados até ao fim da pista, os meus olhos
buscaram a Bobby entre as pessoas que estavam ali. Não podia vê-lo. Mas, ao
descer a rampa, eu o vi, um pouco afastado; o seu tronco pequeno, forte,
parecia muito ágil e poderoso, até mesmo sob a sua camisa xadrez, folgada, e
suas calças escuras. O seu rosto era mais escuro do que o das outras pessoas
que estavam aguardando a chegada do avião, mas mesmo assim, lá da rampa, podia
ver os seus dentes brancos cintilando. Era um sorriso que dizia: "Você
voltou novamente, Bruchko, e como isso é bom." Ele nunca usava o meu nome
americano, Bruce.
Desandei a correr. Quando cheguei perto dele, eu o agarrei e
lhe dei uma saudação verdadeiramente Motilone. Creio que apresentávamos um
quadro bem exótico: um índio, de pele escura, baixo, abraçando um americano
loiro e alto. Mas aquilo não fazia diferença alguma para nós.
— Meu irmão — disse eu — meu irmão Bobarishora —. Chamei-o
pelo seu próprio nome, como o fazia sempre nos momentos solenes.
Segurei-o a distância de um braço. — Você está com boa
aparência — disse eu —. Como vai a sua esposa? E o seu filho? Eles vão bem?
— Minha esposa está bem — disse Bobby —. Ela é muito sadia e
muito alegre.
Ela está sumamente feliz de ser a mãe de um filho sadio e
belo.
— Então ele está bem?
— Oh, sim. Ele é gordo. Você precisa vê-lo. E já está andando
pela casa como um macaquinho.
— Venha — acrescentou —. É melhor não ficarmos aqui o dia
todo. Vamos pegar a sua bagagem.
Enquanto caminhávamos até ao avião, onde toda bagagem era
requisitada, Bobby perguntou: — E como foram os seus negócios nos Estados
Unidos?
Pensei naquela imensidão de rostos, nos quartos sem fim dos
hotéis, todos eles semelhantes. Sacudi a cabeça.
— Não sei, Bobby. Acho que consegui fazer as coisas que
deveriam ser feitas. Mas estou imensamente alegre por estar de volta.
Bobby conversou sobre a sua família. Ele estava tão feliz
quanto eu podia me lembrar de vê-lo assim. Os seus olhos escuros estavam
brilhando. Eu me preocupara com ele depois que sua filha falecera, porque
durante algumas semanas ficara amuado, não se comunicando. Agora, parecia que
não podia parar de sorrir.
Depois de apanharmos a bagagem, decidimos comer algo. Fomos à
cidadezinha que fora fundada exatamente ao lado da pista de pouso. As suas ruas
estreitas, cobertas de pedras, estavam repletas de casas novas, com suas
paredes laterais ainda sem pintura e cheirando a madeira nova, seus tetos de
folha', ainda reluzentes, entre as casas velhas, com tetos de palmeira. Eram
umas coisas estreitas, vacilantes, que davam a impressão de que não poderiam
durar muito mais tempo.
Eu não comera coisa alguma no avião, e Bobby riu da maneira
como me fartava das guloseimas colombianas.
— Você terá um estômago bem cheio daqui em diante, Bruchko —
disse ele.
Eu sabia o que ele queria dizer ... Porque, para um motilone,
ter um estômago repleto, quer dizer que não iria querer mais alimento.
Significava contentamento, satisfação com a vida, alegria. Ele expressara muito
bem a maneira como me sentia.
— Como vai a criação de gado? — perguntei.
— Vai indo muito bem. A semana passada estive um tanto
apreensivo a respeito desse programa, porque algumas das vacas que ficam no
planalto, adoeceram. Na realidade, uma delas morreu. Julguei ter que fazer
sozinho todo o trabalho e cuidar delas até recuperarem a saúde. Porém, tudo deu
certo. Os próprios chefes cuidaram do problema, deram o remédio exato e
cuidaram das vacas até ficarem completamente curadas. Agora parece que estão
todas boas, dando bastante leite —. Ele se inclinou para a frente com um certo
ar zombeteiro. — Na realidade, Bruchko, lá em Iquiacarora estava sobrando leite
e estava-se estragando. Então nós fizemos queijo.
— O quê? Vocês fizeram queijo? Como é que fizeram isso? — Ele
fingiu estar surpreso. — Por que não? nós o fizemos simplesmente como uma
pessoa sempre faz queijo —. Então ele desandou a rir, e eu devia ter uma
expressão de surpresa.
— Nós tínhamos os comprimidos que você deixara conosco. Então
lemos as instruções e descobrimos como é que se fazia. Deu tudo muito certo.
Você poderá experimentá-lo quando chegarmos a Iquiacarora, se já não terminou.
Reclinei-me na cadeira, bastante surpreendido. Dez anos
atrás, Bobby era simplesmente um garoto amigo, com um sorriso maravilhoso. E
agora era o líder de um povo. Talvez a fabricação de queijo, em si, não fosse
coisa tão importante. Porém, demonstrava que os motilones eram um povo em si.
— Bobby — disse eu —, você agora é o líder de seu povo. É uma
grande responsabilidade.
Ele sacudiu os ombros. — Bem, não sou realmente. Há muitos
outros homens capazes de tomar o meu lugar. E além disso, Bruchko, Jesus Cristo
anda nos nossos caminhos. Ele conhece os nossos caminhos e sabe quais as coisas
de que precisamos. Enquanto nós não o enganarmos novamente, ele será o nosso
verdadeiro guia.
Concordei, sacudindo a cabeça afirmativamente.
— Bruchko — disse Bobby —, você precisa ver as escolas. Elas
estão superlotadas. A maior parte dos alunos já leu os livros que nós
traduzimos e estão pedindo mais. Especialmente mais do Novo Testamento.
Conversam sobre as coisas que estão aprendendo como se estivessem discutindo
uma caçada. Os mais velhos também. Precisamos nos pôr a trabalhar e traduzir
mais para eles, senão não nos deixarão em paz.
Eu ri. — Pois bem, começaremos a trabalhar nisso logo que
pudermos. Deverá ser muito mais rápido agora que já temos a maior parte das
palavras difíceis traduzidas.
A idéia de ter mais traduções a fazer deixou-me bastante
alegre. Uma coisa é certa, eu aprendera muita coisa sobre a Bíblia, fazendo
esse trabalho. Lembrei-me da palavra/é em motilone, a palavra que significava
"atado a Deus", justamente como um motilone atava a sua rede nos
caibros mais altos de seu lar coletivo. "Atados a" Jesus, podíamos
descansar, dormir, e cantar bem acima do solo, sem temor de cair.
Estou tão feliz de estar de volta com você Bobby — disse eu
—. Senti muita falta de você todo o tempo que estive fora. Creio que
simplesmente estou "atado aos motilones".
— E nós estamos atados a você, Bruchko.
O garçom nos serviu café, espesso e bem fumegante. Enquanto
Bobby mexia o seu café, o seu sorriso se transformou numa carranca. — Temos
tido muitos problemas com os colonizadores da terra. Eles nos têm enviado
várias cartas ameaçadoras.
Os colonizadores já nos haviam perturbado anteriormente.
Alguns deles eram fugitivos das prisões que moravam nas fronteiras, para evitar
que fossem presos. Estavam interessados em tomar as terras dos motilones como
suas próprias fazendas, e declarar, então, aquele território como um lugar de
refúgio.
— O que é que querem agora? — perguntei.
— Oh, você já sabe. Mais terra. Mais de nossas terras; eles
nos tratam como se fôssemos animais, que devem ser jogados em qualquer direção
que lhes seja conveniente.
— Então você espera deles problemas verdadeiros ou simplesmente
ameaças?
Não sei, Bruchko. Talvez os problemas sejam verdadeiros. A
maior parte dos colonizadores parece que se reuniram aos proscritos, e isso
significa que não irão parar por tão pouco. Acreditam que se os foragidos nos
expulsarem de nossas terras, terminarão por se apossarem delas, pois que os
foragidos nunca terão o direito de possuir terras.
— Então, o que é que você vai fazer, Bobby?
O seu rosto se entristeceu e olhou para baixo. — Bem, posso
dizer-lhe isto: nós não vamos entregar nem mais um pouco de nossas terras a
eles. Já entregamos muitas e muitas vezes, e não há fim nisso. Desta vez nós
mesmos a protegeremos. Mas, Bruchko — disse ele —, olhando para mim —, espero,
e oro para que não cheguemos a esse ponto.
Tive bastante tempo para pensar sobre o assunto, enquanto
navegávamos rio acima. Era uma viagem de sete horas, e o motor Briggs e Straton
fazia tanto barulho que era impossível conversarmos. Era incrível,
inacreditável que os colonizadores estivessem nos perturbando novamente. Era
coisa de gente de duas caras. Mais de três mil colonizadores haviam sido
tratados pelos índios motilones nos seus centros de saúde. Eles se sentiam
felizes por poderem ir aos nossos centros quando precisavam de auxílio. Os
motilones lhe davam as suas drogas e medicamentos. No entanto, quando cobiçavam
a terra dos motilones, faziam qualquer coisa para obtê-las.
Olhei novamente para Bobby, que estava pilotando o barco e
sorri. Como era estranho que estivesse nesse local, e que sentisse da maneira
como me sentia, a respeito desse povo. Fora Deus que me trouxera até ali. Nunca
teria chegado por mim mesmo. E mesmo que tivesse desejado, nunca teria
alcançado e vencido todos os problemas, agüentado a solidão e os perigos.
Realmente, eu mesmo nunca teria deixado o meu lar em Minneapolis, se não
tivesse tido sua Presença poderosa e determinante dentro de mim.
Enquanto sentava ali na canoa, agradeci a Deus por Bobby,
pelos motilones, pelas selvas que estavam em toda parte ao nosso redor, e até
mesmo sobre nós, como se fosse uma tenda. Árvores enormes, com troncos finos,
elevavam-se para o alto, buscando a luz do sol, que dificilmente penetrava até
ao chão das selvas. Um musgo espesso e verde pendia dos lados de cada árvore, e
sob elas havia uma vegetação espessa, trepadeiras da altura de um homem,
folhagens, touceiras, tudo isso de um verde brilhante. Quando o rio se tornou
mais estreito, e ficamos sob as árvores, parecia tão escuro quanto a noite. O
ar era quente, úmido e asfixiante. Os insetos circulavam ao nosso redor e nos
picavam. Mas eu estava imensamente feliz. Esse era o meu lar. Em todos os outros
lugares, eu me sentira fora do ambiente.
Navegamos durante cinco horas e meia. Nenhum de nós tentava
conversar, no entanto, havia comunicação entre nós. Indicávamos alguma coisa, e
nos lembrávamos de alguma experiência que havíamos passado juntos. Não vimos
vida alguma no rio. Alguns pássaros de cores brilhantes voaram por uns
instantes entre as árvores e depois desapareceram. Quando paramos o motor para
reabastecê-lo, podíamos ouvir os chamados dos animais. Porém não havia nenhum
sinal de colonização humana.
Repentinamente percebemos, pelas curvas do rio, que nos
estávamos aproximando do lar coletivo dos Ayaboquina.
Bobby olhou interrogativamente para mim, e apontou em direção
de uma casa que estava no topo de um penhasco. Você quer parar? Ele
estava perguntando. Fiz que sim. Dirigiu o barco em direção à margem do rio.
Amarramos o barco a uma árvore, depois subimos rapidamente a ribanceira. Lá no
topo, a poucos pés da casa, havia uma placa nova e grande, com letras bem
nítidas, informando que além daquele ponto era o território dos motilones e que
era ilegal estabelecer-se ali.
Indiquei a placa. — Finalmente o governo mandou colocá-la,
não é?
— Sim. Há duas semanas atrás.
Lá na casa, perguntamos por Ayaboquina, e uma das mulheres
nos disse que estava na clareira mais próxima. Estavam construindo uma nova
casa ali por perto, e haveria uma escola e um centro de saúde.
Fora ali que encontráramos Ayaboquina e fôramos ameaçados
por Humberto Abril.
Mais tarde, pensei naquelas palavras, "Por esta cruz eu
te matarei". Elas eram ameaçadoras, geladas. Eram simplesmente uma praga
ou uma maldição, uma ameaça, ou elas significavam muito mais? Eram proféticas
de algo que a cruz ainda faria por nós?
Fora pela cruz que eu amara os motilones e como recompensa era amado por eles. Mas era também pela cruz que eu haveria de morrer? Era também pela cruz que Bobby haveria de morrer?