"Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros;
assim como eu vos amei, que também vos
ameis uns aos outros." (Jo 13.34.)
O velho mandamento, o menor grau de amor, falava de um amor
com limites. Era baseado no amor que
sentimos por nós mesmos. Ele ensinava a amar ao próximo desde que isto não implicasse em riscos para nós. Nesse
caso, se eu estiver em perigo, o amor que
dedico ao meu próximo se acaba.
Isto é o mínimo exigido. Naturalmente, nós pensamos que ele
exige até demais, e o chamamos de
máximo. Mas, na realidade, se alguma pessoa da igreja amar-me apenas como
a um próximo, devo sentir-me ofendido.
Eu não sou seu próximo — sou seu irmão. Não
fazemos parte de duas famílias vizinhas — somos da mesma família.
Os discípulos podem ter dito: "Conhecemos os dez
mandamentos; mas qual é este? Deve ser o
décimo-primeiro."
Jesus não estava muito preocupado com o rótulo que lhe
dariam, desde que o obedecessem.
"Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros..." "Isto nós já sabemos", diriam os
discípulos.
"...assim como eu vos amei." Ah! isto é novidade.
Que coisa estranha!
O velho mandamento determinava: "Amarás a teu próximo
como a ti mesmo." O novo diz:
"Amarás a teu irmão, assim como eu te amei."
Como foi que Jesus nos amou? Ele nos amou como a si
mesmo?
Não; ele nos amou mais do que a si mesmo. Ele deu sua vida
por nós.
Neste grau de amor, o eu desaparece. Temos que amar, amar,
amar — até quando? Até sempre! Mesmo que
isto nos custe a vida. Isto não significa dar apenas metade de nosso prato de comida, mas dar o prato todo, e a nós
mesmos também.
Este é o grau de amor que Jesus determinou para a Igreja, a
família de Deus; é o amor que deveria
imperar em nossa comunidade cristã. Não posso amar meu irmão como a mim mesmo porque o ego já não existe. Não sou eu
quem vive, mas Jesus.
Nós temos dificuldades em nos dar a outrem, não temos?
Existe como que uma grande barreira que
nos conserva encerrados em nós mesmos. Esta barreira é o egoísmo. Mas ela deve ser derribada, senão nunca
modificaremos a igreja. Os pastores, de seus
púlpitos, não podem modificar a estrutura da igreja. Cada um de nós deve
modificar sua própria vida, que até o
momento tem sido baseada no eu. Estou falando do esqueleto interno de nossa casa, a parte que não se vê,
escondida pelas paredes e pelos adornos e tijolos de paramento.
Às vezes, fazemos uma porção de modificações em nossas
casas, sem mudar sua estrutura interna.
Fechamos a janela do cigarro, e abrimos a da escola dominical. Fechamos a do teatro de comédias, e abrimos a do ensaio
do coro. Fechamos a janela da bebida alcoólica,
e abrimos a das ofertas para a igreja. Depois colocamos tapetes novos,
cortinas e papel de parede.
Mas a estrutura de nossa casa permanece a mesma; sua
configuração ainda é a mesma — eu. E,
mais cedo ou mais tarde, os problemas se revelarão novamente. Jesus não quer apenas cortinas novas e
janelas abertas; a cruz significa morte para a
antiga estrutura. Ele derruba a casa e começa tudo de novo. Existe um
cântico evangelístico que diz o
seguinte: "Deixa teu fardo aos pés da cruz e sê livre, pecador, sê livre.
' Mas isto não basta. Livrar-se do peso
do pecado é bom; mas se o ego sai disso ileso, não adianta nada.
Na cruz, temos que passar por uma experiência semelhante à
da deflagração atômica, uma experiência
que não apenas abale a firmeza de nosso fardo de pecados, mas que também destrua a estrutura do ego. Ela deve ser
substituída por uma estrutura em forma de C, isto é. Cristo.
No batismo, não é somente o cigarro, a bebida e o jogo que
ficam sepultados sob a água. É o ego.
Nosso povo precisa compreender isto. Quando uma pessoa sai da água, ela
está deixando para trás a si mesma. Ela
acaba completamente. Agora é um ser totalmente novo que inicia uma vida de obediência, e isto deve
ficar bem claro.
Nós, os pastores, às vezes, dizemos que devemos ter mais
comunhão uns com os outros. Nós
gostaríamos de nos avistar com o pastor da igreja metodista, o da
presbiteriana, com o padre local, e
assim por diante. Mas depois reclamamos: "Ah, mas eu não tenho tempo.
Estou muito ocupado com meu
ministério."
Somos uns grandes mentirosos. Temos tempo sim.
Temos vinte e quatro horas por dia, como qualquer outra
pessoa. Por que não sermos sinceros e
dizermos: "Eu tenho tempo; mas está todo tomado com meus interesses
próprios"? Pelo menos, desta forma,
não estaríamos sendo hipócritas. Estaríamos definindo nossa vida como ela é — centralizada no ego.
Quem pode obedecer o novo mandamento? Quem pode amar os
irmãos como Jesus amou?
Isto é possível; Jesus espera que nós obedeçamos. Ele deu
este mandamento a você e a mim.
Temos que arranjar tempo para amar os outros. Havia um
estudante em nossa igreja que parecia
estar sempre ocupado. Todas as vezes que eu o abordava para pedir-lhe algum
favor, dizia: "Ah, desculpe,
pastor, mas eu não tenho tempo. Estou estudando e trabalhando oito horas por dia. Por aí o senhor vê que não
posso fazer mais nada. Eu posso vir aos cultos uma vez por semana, mas o resto do tempo, estou
muito ocupado."
Então certo dia, ele se enamorou de uma jovem. E, de
repente, arranjou tempo para visitar a namorada
três vezes por semana.
Como foi que ele conseguiu isto? Eu não sei, mas foi o amor
que fez o milagre. Quando dizemos que
não temos tempo, estamos apenas revelando nosso próprio egoísmo. Estamos dizendo que todo o nosso
tempo é empregado na edificação de nosso
pequeno reino particular. Mas se estivéssemos para morrer, teríamos,
para os outros todo o tempo que fosse
necessário. Jesus tinha vinte e quatro horas por dia, para os outros. Não
tinha nada a fazer para si. Por quê?
Porque ele carregava uma cruz sobre os ombros, e ele disse que seus seguidores tinham que fazer o
mesmo.
Será que nós sabemos o que significa tomar a cruz? Algumas
pessoas crêem que a cruz é receber a
visita da sogra. Isto não é cruz. Quando um judeu via alguém na rua carregando uma cruz, já sabia o que iria acontecer
àquela pessoa. Ela estava para morrer.
Jesus disse para tomarmos nossa cruz e vivermos como mortos.
Será que estamos dispostos a fazer isto?
Estamos preparados para, a qualquer momento, ver aquela cruz ser fincada no chão e nós pregados a ela? Se
estivermos, não teremos dificuldade alguma em
obedecer a este novo mandamento.
Todos nós conhecemos o verso de João 3.16; mas será que já
observamos 1 João 3.16? Provavelmente,
não. Este verso não pertence ao Evangelho Segundo os Santos Evangélicos. Diz o seguinte: "Nisto conhecemos o
amor, em que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar a nossa vida pelos irmãos."
Este verso não é encontrado nas caixinhas de promessas. Se
fosse, ninguém as compraria. As pessoas
que confeccionam tais caixinhas sempre procuram os versos mais bonitos. Então os crentes tiram um
car-tãozinho e dizem: "Oh! veja só o que o Senhor está-me dando hoje!"
Eu creio que me divertiria bastante se fosse fazer uma
destas caixas compilando todos os versos
que não são sublinhados em nossas bíblias, versículos iguais a 1 João 3.16.
Que surpresa não seria!
O apóstolo João novamente nos apresenta um teste bem simples.
Conhecemos o amor? É fácil saber: não é
necessário possuir o dom de discernimento de espíritos, nem nada. Basta que perguntemos a nós mesmos se estamos
dispostos a dar a vida por um irmão. Pensemos
em uma determinada pessoa de nossa igreja. Será que morreríamos por
ela?
Alguns amigos, às vezes, chegam-se para mim e dizem:
"Juan, entreguei minha vida a Deus
por sua causa. Se alguma coisa acontecer a você, será o mesmo que acontecer a
mim. Portanto, minha vida está em suas
mãos. Se você precisar do meu sangue, ele é todo seu, como também minha casa, meu carro,
tudo."
Este é o tipo de amor de que fala o novo mandamento.
Deus irá possuir uma nova comunidade. Estão começando a
acontecer na Igreja alguns fatos de
características muito sérias. O mundo, em geral, ainda não tem conhecimento
disso, mas os sinais já estão surgindo.
Nós vamos nos tornar como uma cidade edificada sobre o monte, um exemplo de comunidade cristã em que
todos se amam uns aos outros.
E onde é que isto começa? Este amor deve começar entre
aqueles que pregam o amor. De um modo
geral, os pastores têm divergido mais entre si, têm estado mais cônscios de
suas diferenças, do que a congregação.
Por isso, precisamos dar o exemplo, e criar, em cada cidade, um congraçamento entre os pastores
locais. Nunca conseguiremos levar nosso povo a
amar, se nós próprios não amarmos. Afinal de contas, nós somos os
pastores do rebanho.
Todo pastor prega muitos sermões sobre o amor. Mas
precisamos pôr em prática aquilo que
temos pregado.
As ovelhas desejam a união. Elas estão cansadas de divisões.
Mas nós, a liderança da Igreja, é que
constituímos o problema. Temos que ser batizados em amor, antes que Jesus venha novamente. Temos que dar o exemplo do
amor para o rebanho.
Alguns pastores me dizem: "É, eu sei. Conheço a
doutrina da unidade da igreja. Eu até
convidei outros pastores para nos reunirmos. Mandei cartas a todos eles;
mas ninguém apareceu."
Mas este modo de começar está errado. Os pastores estão
saturados de reuniões. Eles se sentem
como que intimidados. Se alguém nos apresenta uma moça bonita, não podemos dizer: "Satisfação em conhecê-la. Venha,
vamos casar-nos." Primeiro é preciso a-prender a amar. Da mesma forma, é preciso que
aprendamos a amar outros pastores, antes de podermos convidá-los a irem ao cartório para se
casarem conosco.
Geralmente, nossos encontros não são promovidos com o
intuito de se estimular a comunhão uns
com os outros. Se uma reunião está marcada para as 8:00 horas, por
exemplo, os pastores chegam ao local às
7:59, cumprimentam-se formalmente, e depois assentam-se e ficam cada um olhando para a nuca do que está
à sua frente. Quando a reunião é encerrada,
eles se despedem e saem.
Onde está a comunhão?
E, a propósito, existe o mesmo problema entre as ovelhas. Os
crentes se reúnem e dizem: "Olá,
como vai? Recomendações à sua família!" E fazem isto todos os
domingos, durante vinte anos, e nunca
aprofundam seu conhecimento uns dos outros. Nossa estrutura de cultos ou reuniões não nos permite mais
ensejos de confraternização e demonstrações de
amor.
Alguém já viu um rapaz dizer à namorada: "Olá! Como
vai? Como está sua família? Bom, está na
hora de ir para casa." Não. Eles cultivam uma boa camaradagem, para que
ela cresça. Depois, chega um dia em que
eles não podem fazer outra coisa senão casar-se.
É isto que deve acontecer com os pastores de cada cidade.
Seus espíritos e almas devem ser
despertados para amarem uns aos outros, como Jesus nos amou.
É por isso que não podemos começar organizando reuniões.
Temos que começar dizendo: "Senhor,
eu arranjarei tempo para amar dois ou três pastores desta cidade. Vou escrever seus nomes aqui. Nem mesmo os conheço,
já que sou contrário à sua doutrina, mas
quero amá-los, pois amar é um mandamento teu."
(Alguém pode dizer: "Está certo, irmão. Jesus nos deu o
mandamento de amarmos, mas se Deus não
nos der este amor, então não podemos amar."
(Que esperteza a nossa! Deus nos dá uma ordem, e nós damos
um jeito de reverter a situação de modo
que possamos transferir tudo de volta para ele. Nós pedimos a Deus: "Senhor, dá-me amor por este
irmão." E depois ficamos pensando que se não amamos, a culpa não é nossa — Deus não atendeu nossa
oração.
(Ouça-me — amar é uma ordem. Não precisamos perguntar de
onde virá este amor. Precisamos apenas
obedecer o Senhor. Quando nós obedecemos, os fatos ocorrem.) Como é que eu começo a amar os dois ou três
pastores cujos nomes escrevi? Primeiro,
começo a orar diariamente por eles e faço isto durante uma ou duas
semanas. Procuro saber se eles têm
familiares e parentes; procuro saber seus nomes e oro por eles. Oro pela sua esposa e pelos filhos na escola.
Passo pela casa, e digo: "Senhor Jesus, abençoa este lar."
E quando finalmente começar a amá-los, faço-lhes uma visita.
Bato à porta, com o coração cheio de
amor.
"Olá! É aqui a casa do Pastor Smith?" "Sim.
Sou eu mesmo." "Ah! Eu sou o pastor
Ortiz; vim visitá-lo." Ele ficará um pouco espantado, mas não faz
mal. "Entre", diz ele. "Por
que resolveu visitar-nos?" "Bem, vim apenas fazer-lhe uma
visita, irmão", respondo.
"É que eu estou um pouco ocupado hoje, portanto,
diga-me o que deseja. Qual o motivo que
o trouxe aqui?"
"O motivo é que eu desejava vê-lo. Sei que está muito
ocupado, então vou ficar só uns cinco
minutos. Como foram os cultos no domingo passado?"
Como é que ele pode recusar-se a responder a esta pergunta?
Ele diz: "Foi um domingo muito bom.
O sermão saiu a contento; o povo gostou e aceitou a mensagem; e a oferta
foi excelente — quase dois mil dólares.
Como vê, estamos indo muito bem."
"Ah, que bom!" comento. "O senhor é casado?"
"Sim, e tenho três filhos. Minha esposa está
doente."
Eu me levanto.
"Ah, lamento muito. Vou retirar-me agora, mas quero
orar antes de sair. 'Graças te damos,
Jesus, por este lar, por este irmão, pelos cultos realizados em sua igreja, e
por sua esposa. Cura-a, Senhor, peço-te,
e abençoa-a. Amém.' Obrigado Pastor Smith. Adeus."
E enquanto aquele pastor fecha a porta, murmura consigo
mesmo: Coitado! Acho melhor avisar o seu
bispo. Parece que ele anda meio esgotado.
"Alô! É o bispo? O Pastor Ortiz pertence à sua
denominação, não é?... Sim, ele veio à
minha casa hoje. O senhor notou alguma coisa estranha nele nestes
últimos dias? Eu acho que ele não está
muito bom. O senhor sabe, os pastores trabalham tanto, que às vezes a
mente deles dá um estalo... E, por
favor, fique de olho nele. Ele veio aqui sem motivo algum, imagine só. ...Está bem. Estou certo de que
vão cuidar dele. Adeus."
Na semana seguinte, o Pastor Ortiz volta a bater à porta do
Pastor Smith. Este olha pela janela e
diz: "Ih! Aí vem aquele maluco outra vez. Felizmente, ele demora
pouco." Então abre a porta.
"Bom dia, Pastor Ortiz. Como vai?"
"Muito bem, Pastor Smith."
"O que deseja?"
"Vim apenas visitá-lo."
Ele já sabe que terá de convidar-me a entrar. Então eu
pergunto:
"Como vai sua esposa? Eu e minha esposa oramos por ela
durante toda a semana passada, e minha
esposa pensou em visitá-la, mas não sabíamos se ela poderia receber
visitas. Mas mandou-lhe uma
lem-brancinha."
"Ah, muito obrigado! Diga à sua esposa que ela poderá
vir se quiser."
"Como foram os cultos da semana passada?"
"Bem, as reuniões foram ótimas."
"Bom, irmão. Vamos orar porque eu vou retirar-me.
'Graças te damos, Senhor Jesus, porque a
esposa deste irmão está melhor. Amém.' Adeus, irmão."
Na semana seguinte, novamente eu bato à sua porta. Na quinta
vez que o faço, ele já está
esperando.
Mas o passo seguinte ainda não é convidá-lo para uma reunião. Convido-o para jogar golfe comigo, ou para vir à minha casa para tomar um sorvete. Ele pode ser contrário à minha denominação, mas não pode deixar de gostar de sorvete. Eu o amo. Após a partida de golfe, e depois que ele vem à minha casa, e depois que ele convida a mim e à minha esposa para irmos à sua casa, então podemos considerar-nos amigos. Eu já conquistei sua confiança. É então que lhe falo de meus interesses em que os pastores da cidade se tornem verdadeiramente irmãos e se amem uns aos outros. O amor é o cavalo que puxa o carroção da fraternidade. Não ponhamos o carro adiante dos cavalos. Primeiro, que haja amor; depois, falamos de nossos sentimentos.
Isto é muito difícil. Jesus disse que nós tínhamos de
entregar a vida em favor dos irmãos. Ir
visitar um irmão pastor não é dar a vida. É apenas o começo. Depois que esta prática começa a operar entre
nós, os pastores, ela se espalhará
rapidamente entre as outras partes do Corpo de Cristo de nossa cidade.
Mas é preciso que comece conosco. Temos
que enxergar os outros com os olhos de Jesus. Quando Jesus olha para nossa cidade, ele vê pastores e ovelhas
— todos como uma unidade apenas. Se
estivermos em Cristo, veremos as coisas do mesmo modo. Nem todos nós
temos a posse das doutrinas
"certas". Mas isto não impede que Jesus nos ame. Nem deve impedir os
servos de Jesus.
Houve um homem de minha antiga denominação que, algum tempo
atrás, se tornou meu inimigo. Disse que
eu estava sendo desleal para com a igreja. E, eventualmente, ele começou a odiar-me.
Durante uma reunião de uma convenção, dirigi-me para ele,
dei-lhe um abraço, e disse: "Olá!
Como vai você?"
"Não me abrace", disse ele entredentes. "Não
gosto de você."
"Mas eu gosto de você", respondi.
"Você não pode amar-me porque eu sou seu inimigo",
retrucou ele, quase gritando. \y
"Glória a Deus!" respondi. "Eu não sabia que 'vtjcê era
meu inimigo; mas isto é bom, pois assim
tenho uma oportunidade de amar um inimigo. "Obrigado, Senhor Jesus, por
este precioso inimigo."
Sabem de uma coisa? Um ano depois, eu estava pregando em sua
igreja. O amor é a arma mais poderosa do
mundo. Jesus conquistou o mundo pelo amor. Nós
também faremos o mesmo.