domingo, 2 de maio de 2021

Aprenda a viver como um filho do rei - Capítulo 25

COMO CURAR POR MEIO DE UM SUBSTITUTO

Uma das coisas que aprendi a agradecer é minha própria ignorância nas áreas de problemas que me são trazidos. Se pensasse que sabia alguma coisa a respeito de um problema, eu poderia ter receitado remédio errado. Mas quando em minha fraqueza, em minha total ignorância, eu me vejo forçado a confiar no conhecimento de Deus, seu poder se aperfeiçoa em minha fraqueza.

Ele demonstra que a loucura de Deus é. muito melhor do que a sabedoria do homem.

Faz alguns anos, um grupo de médicos, enfermeiras e técnicos auxiliares de medicina, em Baltimore, a Comunhão Médica Cristã, pediu-me que fosse falar a seu grupo. Eles tinham ouvido dizer que eu possuía alguma experiência com curas. Suponho que haveria umas quinze ou vinte pessoas ali, entrando e saindo, porque alguns deles estavam de plantão ou sujeitos a algum chamado de emergência. Mas havia um médico que, segundo pude observar, não arredou pé dali durante a reunião toda, sem interrupção.

Narrei algumas de minhas experiências em curas, como eu havia sido curado, e como tinha visto curas em outras pessoas. Mas pelo fim da tarde, aquele que havia estado tão atento durante o tempo todo, disse:

— Tenho uma paciente que está muitíssimo mal. Acha o senhor que Deus poderia curá-la à distância?

Examinamos o “Manual do Fabricante” e verificamos que Jesus curou o servo do centurião à distância, sem mesmo vê-lo. E Jesus havia dito que faríamos as mesmas coisas que ele fez, e coisas maiores ainda porque ele tinha ido para o Pai, e desse modo tomamos essas palavras como nossa autoridade para crer que Jesus ainda cura à distância hoje. Ele diz: “Eu sou o mesmo ontem, hoje e para sempre. Eu não mudo.”

Ora, Satanás estava presente na reunião com o fito de desanimar-nos, de instilar temor de fracasso. “Você vai perder esta parada agora”, sussurrou ele. “Você está no meio de um grupo de gente da medicina. Que direito tem você de vir aqui e falar sobre cura? Essas pessoas são todas profissionais.” Eu podia sentir que ele zombava de mim.

Disse-lhe, como sempre o faço: “Tudo o que você disse é verdade” . Concordei imediatamente com o meu adversário. “Não tenho qualificações para vir e falar a um grupo do campo da medicina, mas Jesus é o grande Médico, e ele está em mim. Agora dê o fora, Satanás.

Não me aborreça. Estou ocupado nos negócios do meu Pai.”

— Sim, naturalmente Jesus ainda cura à distância — assegurei ao médico.

— Então eu gostaria de assentar-me na cadeira de oração como substituto de uma paciente minha que está gravemente enferma.

Foi tudo o que ele nos disse, e isso era tudo o que precisávamos saber.

Ele não revelou sua posição, se ele próprio era cristão ou não. Simplesmente havia mostrado sua preocupação por uma paciente muito enferma, e isso bastava. Jesus curou incrédulos. Ele curou muita gente que nem sequer sabia que ele as estava curando.

O médico assentou-se, na cadeira e tomamos o “Manual do Fabricante” e começamos em Romanos 8:14, colocando-nos a nós mesmos em condição de ser guiados pelo Espírito de Deus. Reconhecemos que não sabíamos como orar ou o que pedir em oração. Tudo estava à disposição do Senhor. “Senhor, tu te incumbes da situação daqui para a frente.”

Começamos a orar em línguas, e no instante em que impus as mãos sobre o médico, recebi uma revelação na forma de um quadro completo do sistema nervoso de uma pessoa, como uma radiografia, exceto que esta não revela os nervos. Este quadro, porém, os mostrava.

Revelava que o sistema nervoso estava completamente fora de equilíbrio. Em um lado do corpo se mostrava como um violino invertido, com todas as cordas sob tremenda tensão, esticando, retorcendo, distorcendo. No outro lado, todas as cordas estavam pendentes, desenroladas, completamente dasafinadas.

Ouvi-me orando: “Senhor, por favor, cura esta pessoa de seu desequilíbrio nervoso.” Tão logo as palavras me saíram da boca, fiquei embaraçado. Que coisa mais amalucada era esta — desequilíbrio nervoso. Nunca eu tinha ouvido falar de tal coisa.

Satanás chegou sem demora ao meu ouvido. “Hill, você realmente deu uma mancada. Desequilíbrio nervoso!

Não existe tal coisa.” Suas gargalhadas de escárnio soavam alto em meus ouvidos, e nunca me esquecerei do olhar de grande desgosto na face do médico. Podia ver que ele se sentia completamente perturbado com esse assunto.

Mas os filhos do Rei não devem impressionar-se com atitudes negativas, porque nosso Deus é um Deus que opera milagres. E ele nunca comete erros. Assim, o Espírito de louvor veio em meu socorro. Deus nos promete o manto de louvor em lugar do espírito de opressão. E assim eu disse: “Senhor, eu te louvo. Dou-te graças. Se pus isto a perder, tu ainda és o Deus redentor.

Se interpretei mal os sinais e orei erroneamente, esse problema é teu. Tu me puseste neste negócio. Tu vais ter de redimi-lo. Aleluia!” E fui libertado de condenar-me a mim mesmo.

Logo depois disto, recebi um pedido para assistir a outra sessão. Aconteceu que eu estava livre de compromisso, de modo que fui. Naquela noite estava ali um jovem formado, com seu diploma de filosofia, e ele estava muito interessado em tudo o que eu tinha para dizer-lhe. Mas não estava de acordo comigo.

— Posso facilmente provar que Deus está morto, assim como vocês, cristãos, podem provar que ele vive — disse ele. Com isso, o médico que esteve assentado como substituto para que orássemos a favor de sua paciente gravemente enferma, tomou a palavra, dizendo:

— Jovem, acontece que eu tenho um relatório para o grupo aqui esta noite, que prova que Deus vive. Na semana passada assentei-me na cadeira de oração, em lugar de uma paciente minha que estava muitíssimo enferma. Três dos nossos médicos havíamos realizado uma junta médica no dia anterior. Dissemos a essa paciente que tínhamos feito tudo o que estava em nossas forças. Clinicamente, não podíamos fazer mais nada, exceto retirar todos os seus órgãos internos e instalar tubos artificiais. Ela teria simplesmente de esquecer-se de que era uma jovem mulher, porque a operação lhe arruinaria o corpo. Era o melhor que podíamos oferecer-lhe porque ela tinha a bexiga espástica. Isso é clinicamente incurável.

Então o médico voltou-se para mim, e continuou:

— Quando o senhor orou pela cura de um desequilíbrio nervoso, pensei que isso era tão fora de propósito quanto podia ser, porque todo médico sabe que os órgãos espásticos não têm nada que ver com desequilíbrio nervoso. Mas quando examinamos essa paciente na manhã seguinte, descobri que todos os sintomas desse órgão espástico haviam desaparecido. Não se apresentaram por toda uma semana. Ela está completamente sã.

Entretanto, comecei a examinar a relação entre os órgãos espasmódicos, e descobri que eu havia ignorado totalmente uma área de investigação médica. Presentemente estou iniciando esta investigação.

Confiar no conhecimento de Deus em vez de confiar em nossa própria inteligência — ou falta dela — é um caminho seguro para a bênção. Isto faz parte do viver como filho do Rei.