domingo, 2 de maio de 2021

Aprenda a viver como um filho do rei - Capítulo 19


 COMO EVITAR ACIDENTES DE CARRO, FURACÕES, BOMBAS INCENDIARIAS E CHUVA DE FOGUETES

Antes de haver percorrido um quilômetro, tive a certeza de que Deus cuidara de tudo, e prossegui satisfeito para minha reunião. Isso aconteceu numa sexta-feira. Na manhã de domingo eu devia falar na igreja Metodista de Kent Island, próxima do local do acidente.

Contei à congregação minha experiência e disse que se algum dos presentes soubesse do resultado do acidente, eu gostaria de ouvir o que aconteceu depois. Eu sabia que algo de bom havia ocorrido. Era verdade. Três diferentes pessoas vieram a mim à saída do templo após o culto e me disseram que chegaram ao local da cena poucos minutos depois de ocorrido o acidente, pois moravam ali perto. O pneu do carro estourara; como ia em alta velocidade, descontrolou-se. As pessoas que viajavam no conversível caíram fora do veículo, e todas elas saíram andando do acidente! O carro espatifou-se, mas ninguém ficou ferido. Foi um milagre.

Um carro que vem diretamente ao nosso encontro em uma estrada plana não salta de repente para cima. A mudança de movimento horizontal para movimento vertical é impossível, a menos que atinja alguma coisa curvada para mudar o curso. E foi isso o que aconteceu naquele acidente. O curso do carro foi mudado quando ele atingiu uma superfície curva — o círculo curvo de luz que impediu que as trevas entrassem para aniquilar um filho do Rei. Havia milhões de quilogrâmetros de energia envolvidos, mas isso nada significa para um anjo do Senhor. Aleluia! Quando clamamos ao Rei, ele opera de modo sobrenatural para tirar-nos da dificuldade.

Um dos exemplos mais dramáticos que já vi, de como o Rei tira seus filhos de dificuldades, foi o caso de uma irmã cheia do Espírito, em Kansas.

A irmã Tarwater era crente recém-convertida. Recentemente recebera a plenitude do Espírito Santo e a certeza de que se usasse a Palavra de Deus com fé, todas as coisas eram possíveis. Deus lhe colocara na mente, no coração, em todo o seu ser, que, acontecesse o que acontecesse, ela devia permanecer firme na Palavra de Deus e esperar seu livramento.

A irmã Tarwater trabalhava certo dia na cozinha quando ouviu o rádio dar alarme de que se aproximava um tornado. Ela olhou para fora através da janela e viu o tremendo funil negro que se avizinhava lentamente pelas planícies, tragando e destruindo tudo por onde passava.

As casas iam pelos ares, as vacas, os celeiros — a destruição era total. Seus dois filhos brincavam no quintal exatamente onde devia passar o tornado. Mas em vez de deixar-se dominar pelo medo, ela disse: “Senhor, com Deus todas as coisas são possíveis, e tu dizes que devemos exercer autoridade sobre os poderes das trevas, e é isso o que vou fazer.”

Ela foi para o alpendre dos fundos. A essa altura o redemoinho já estava a uma distância de duas quadras de sua casa e se dirigia diretamente para ela. A mulher quase podia ver Satanás assentado sobre aquela coisa horrível e negra, e sendo assim apontou para cima e disse: “Satanás, em nome de Jesus Cristo, tira essa coisa daí”, e no instante em que proferiu tais palavras, o redemoinho dobrou a esquina e seguiu pela rua lateral, destruindo tudo em sua passagem. Mas a casa da irmã Tarwater não sofreu dano algum. Ela havia lançado mão de seus privilégios como filha do Rei.

E o nome de Deus é glorificado toda vez que ela narra o incidente.

Se todas as coisas são de Deus, como Deus o diz em 2 Coríntios 5:18, nada acontece a um cristão de modo acidental. Tudo quanto sucede pode, de alguma maneira, glorificar a Deus se ousamos firmar-nos nisso e tivermos coragem para atuar de acordo com esse ensino em cada situação. Você vai encontrar-se em algumas situações emocionantes e Deus obterá maior glória do que se você não se encontrasse.

Há questão de dois anos encontrei-me em uma dessas situações. Eu fora convidado para falar em uma reunião dos Homens de Negócios do Evangelho Pleno, em Albuquerque, no Novo México. Foi na ocasião em que os extremistas estavam incendiando e bombardeando a

cidade. Eram os donos da situação; agiram tão de repente, sem muito aviso, e tinham a cidade de Albuquerque sob o controle de seu programa terrorista.

Meus amigos menos fanáticos em casa procuraram convencer-me de que não devia ir. Disseram-me:

— Por certo você não pensa em ir lá. Esse é um lugar de dificuldades.

— Certamente que vou — disse-lhes. — Onde se pode encontrar a Jesus senão em lugares difíceis? Essa é a razão pela qual ele veio. Os filhos do Rei nunca retrocedem; eles entram para possuir a terra quando Deus abre o caminho e oferece certeza. Nossa responsabilidade como cristãos é curar os enfermos, expelir demônios, libertar os cativos. Não foi isso que Jesus disse? Muito bem, pois é certo que vou para lá.

Não foi necessária muita fé para tomar o avião em Baltimore; foi preciso um pouco mais para ver os incêndios e ainda louvar ao Senhor à medida que nos aproximávamos de Albuquerque. Havia edifícios em chamas quando sobrevoávamos a cidade, edifícios que valiam cerca de três milhões de dólares, disseram-me mais tarde.

Minha boca continuava em ação: “Louvado sejas tu, Jesus. Louvado sejas tu, Jesus. Não sinto que vou gostar disto, mas continuo a louvar-te de qualquer maneira.”

Não é um sacrifício de louvor enquanto você não sente que o seja, não é mesmo? Continuei louvando ao Senhor em voz alta.

O presidente da seção local do Evangelho Pleno foi encontrar-me no aeroporto, e naquela noite fomos ao local onde devia realizar-se a reunião. O gerente do restaurante recebeu-nos à porta com estas palavras:

— Espero, minha gente, que vocês não tenham planos de reunir-se aqui esta noite. Os revoltosos enviaram um recado pessoal dizendo que jogam bombas incendiárias e acabam com vocês. A semana inteira eles vêm pondo fogo em edifícios aqui em Albuquerque segundo o programa deles. Vocês são os próximos da lista. Eles não gostam do pessoal do Evangelho Pleno. Já entrei em contacto com uma igreja local e eles cedem, com prazer, suas instalações localizadas a uns três quilômetros mais adiante. Lá vocês podem estar mais seguros.

— Seguros? — perguntamos. — Que pretende você dizer com isso? Podem os filhos do Rei estar mais seguros do que no desempenho de sua missão para o Chefe?

Claro que não. Vamos ficar aqui e ver a salvação do Senhor. Somos filhos do Rei, lembra-se?

Bem, o homem estava em pânico. Argumentou.

Implorou. Praticamente ameaçou. Ele fez tudo o que pôde para demover-nos. Por fim, advertiu:

— Não me responsabilizo pelo que acontecer à sua gente.

— Quem lhe pediu para responsabilizar-se? — perguntamos-lhe. — Jesus é responsável pelos seus filhos quando estão a seu serviço.

— Mas é perigoso — acrescentou ele.

Não precisava dizer-nos. Podíamos ouvir os carros de bombeiros e as sirenes tocando perto de nós. Os rebeldes estavam em plena atividade destruidora. E estávamos na mira deles como alvo principal.

O gerente ficava cada vez mais abalado, e não podíamos censurá-lo por isso. Porém ele nos deixou ficar, e jantamos. Algumas das pessoas na reunião pareciam um pouco nervosas, e também não podíamos culpá-las.

— Olhem, se houver alguém aqui que preferiría estar em outra parte, retire-se enquanto é tempo se achar essa medida mais conveniente — dissemos.

Sabíamos que não podíamos permitir-nos ter alguém queixoso ou temeroso no grupo.

Algumas pessoas se levantaram e saíram, e os que ficamos formávamos um grupo unânime.

Lá fora era uma balbúrdia. O gerente do restaurante baixou todas as cortinas; acho que ele pensava que essa providência desviaria provisoriamente alguns dos amotinados.

Então transferimos a responsabilidade para Jesus.

Dissemos-lhe: “Senhor, esta é uma oportunidade para descobrir se tua Palavra é uma história de fada que se conta na escola dominical, ou se ela diz realmente o que tencionas dizer.” Estávamos tentando a Deus? Em realidade, não. Apenas pondo à prova sua Palavra para ver se ela funciona, só isso. E acrescentamos: “Senhor, se tua Palavra não funciona, vamos descobri-lo de uma vez por todas. Sairemos daqui muito em breve com as fraldas da camisa em chamas como prova.” Estávamos começando a entusiasmar-nos.

De modo que iniciamos nossa reunião cantando hinos de vitória. E o gerente do restaurante andava de uma janela para outra, todo o tempo, procurando os incendiários.

Continuamos a ouvir os carros de bombeiros e as sirenes da polícia rondando por ali, mas não se aproximaram de nós, porque — bem, não sei explicar como o Senhor lidou com o problema, se enviando uma legião de anjos para apanhar as bombas incendiárias e fazê-las explodir tão longe de nós quanto possível, ou que outra medida tomou. O fato é que não vimos nem uma bomba.

Essa não foi uma de minhas mais breves palestras.

Falei durante duas horas e quinze minutos e então realizamos mais alguns trabalhos. Interrompemos por volta da meia-noite e fomos para casa.

Agora posso relatar confiantemente que Deus pode livrar seus filhos das ameaças de bombas incendiárias.

Antes dessa reunião em Albuquerque eu não poderia dar tal testemunho, um exemplo mais de como Deus proverá livramento de dificuldade toda vez que o louvamos.

Em outro dia Deus me deu mais uma oportunidade de saber que os filhos do Rei podem andar pelo vale da sombra da morte sem temer mal algum.

Eu estava na estação rastreadora de satélites na Ilha Coopers, nas Bermudas. E lá que os mísseis são liberados para entrar em órbita se todos os sistemas o permitem, ou trazê-los de volta se funcionam mal.

Naquele dia, tudo funcionava em ordem. O foguete da primeira fase desengastou e começou a cair, e o restante do veículo continuou em ascensão. De repente vimos que alguma coisa havia falhado. Os técnicos haviam regulado os computadores um pouquinho lentos e o primeiro estágio do foguete vinha caindo diretamente sobre nós, cerca de quarenta ou mais cientistas de assuntos espaciais e um filho do Rei.

Tudo era eletronicamente reproduzido na parede da estação rastreadora enquanto contemplávamos petrificados e incrédulos. O tremendo cilindro quase do tamanho de dois celeiros de extremidade a extremidade caía direto sobre nós.

Vi que ele se aproximava, porém nada podíamos fazer. A estação espacial na Ilha Coopers está localizada bem numa ponta de pedra com uma queda íngreme de mais de sessenta metros para o Oceano Atlântico em todo o redor.

Não havia para onde correr, e assim comecei a regozijar-me. Eu disse: “Aleluia, Senhor! Este parece o dia em que receberei minha coroa. Dentro de poucos segundos estarei contigo. Quando esse negócio cair, vou subir. Aleluia!” Eu não tinha medo — estava alegre.

Então o Espírito me despertou, e pareceu-me que o Senhor dizia: Você pensa que pus você aí com que finalidade? Para regozijar-se no término de sua carreira?

Comece a interceder pelas outras pessoas que não se encontram na sua posição invejável.

Portanto comecei a orar nó Espírito. E enquanto essa oração perfeita subia, vi diante de meus olhos que uma lei da Física era violada, a lei que diz que um corpo que cai livremente nunca muda de trajetória, nunca se desvia de seu caminho, a menos que forças exteriores atuem sobre ele. Em outras palavras, esse corpo cai sem desviar-se de sua rota a menos que haja um tremendo vento lateral ou algo semelhante, o que não havia. Era um dia calmo e silencioso, exceto dentro da estação rastreadora. Ali não havia calma nem silêncio. Havia pânico entre os sabichões, porém eu tinha o Consolador.

E enquanto eu orava no Espírito, foi como se uma gigantesca mão desviasse de sua trajetória aquele primeiro estágio do foguete, um desvio de muitos graus, e lá se foi ele cair a boa distância de onde nos encontrávamos, no oceano Atlântico.

Deus livrou-nos de destruição certa naquele dia. Mas antes mesmo que viesse o livramento, eu só experimentava alegria. Pude entender o que o salmista sabia.

“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum.”

Quando louvamos a Deus e oramos no Espírito sem cessar, ele muda sua vontade permissiva para sua vontade perfeita bem no meio do que está ocorrendo.

Sua vontade permissiva era que quarenta ou tantos de nós morrêssemos naquele dia. Sua vontade perfeita disse: Não. Espere até que mais desses homens sejam salvos. Os filhos do Rei têm muito que ver com o adiamento das circunstâncias prestes a acontecer com eles ou com outros.

Comece a agir como se as promessas de Deus pudessem realizar-se. Caminhe para a situação. “Senhor, tu o disseste. Se não funcionar, e se não puderes fazê-la funcionar, então somos dois, porque certamente eu não posso. Mas vou descobrir se tu podes. Que venham as bombas. Que o inimigo faça o melhor ou o pior.”

Agüente e veja a salvação do Senhor. Isto é agir como filhos do Rei.

Então os que vivem nas trevas virão e nos dirão:

“Que é que você conseguiu? Cremos que precisamos disso.”

E ao fazerem a pergunta, têm direito a uma resposta:

“Foi Jesus. Ele me possui. Eu o possuo. Isso faz de mim um filho do Rei. Aleluia!”