domingo, 2 de maio de 2021

Aprenda a viver como um filho do Rei - Capítulo 06


 COMO PARAR DE JOGAR

No começo de minha vida como novo cristão parecia-me que eu podia continuar fazendo o que bem entendesse, sem ser punido. Deus me dava ampla liberdade.

Mas depois veio um processo de limitação, e as coisas do mundo se tornaram cada vez menos desejáveis para mim. Não me propus deixá-las; elas é que me deixavam à medida que o tempo avançava.

Desde que me lembro, eu havia sido um fanático jogador de pôquer. Por mais que buscasse, não conseguia deixar o vício de jogar. Finalmente, parei de lutar contra ele e simplesmente disse: “Senhor, se verdadeiramente te pertenço por completo, este hábito é teu e não meu.” Eu não lhe pedia que me ajudasse a ganhar no jogo, mas o convidava para ir comigo, para sentar-se à mesa comigo. Eu dizia: “Senhor, se gostas de ver alguém jogar partidas de pôquer, o privilégio é teu, porque quando me assento? mesa, tu te assentas. E se isso é de teu agrado, ótimo. Vou esquecer tudo o que se passa por aí.” Em outras palavras, parei de lutar contra meu hábito de jogar, e comecei a entregá-lo a Deus.

Uma ou duas semanas depois, fui pescar num fim de semana com outros amigos, e jogamos várias partidas de pôquer. Ganhei todas. Não perdia nenhuma partida.

Não importava o que fizesse, eu os batia em cada rodada.

Normalmente, eu teria ficado contentíssimo. Mas à medida que o montão de notas crescia diante de mim, eu me sentia cada vez mais triste. Sabia que aqueles homens que estavam jogando comigo não podiam dar-se ao luxo de perder. Eu estava tomando posse do dinheiro de seus aluguéis, o dinheiro de suas compras de armazém, o dinheiro de tratamento dentário dos filhos. Mas quando o indivíduo está jogando pôquer, não desiste por motivos dessa índole. Tem de persistir nisso. Essa é a regra do jogo.

Quando esse fim de semana chegou ao seu termo, sentia-me tão doente pelo que havia feito, que eu disse:

“Senhor, por favor, Senhor, não quero mais jogar pôquer.” O desejo de jogar abandonou-me. Não tive de deixá-lo. Não tive de lutar. Ele simplesmente se foi para sempre.

Deus sempre sabe o que faz, e ele faz tudo para o bem quando confiamos nele.