sábado, 24 de abril de 2021

Vaso para honra - 12 - Libertação



Capítulo 12

Libertação


          Este livro foi escrito para todos os filhos de Deus que têm fome e sede de um relacionamento pessoal, íntimo com ele. É para aqueles que anseiam "escutar" a sua voz no mais íntimo do seu ser, e que não se contentarão com nada menos do que a experiência da sua presença e da sua glória. É para aqueles que valorizam um relacionamento assim com o nosso maravilhoso Criador, o suficiente para estarem dispostos a pagar em sua própria vida o preço para obtê-lo - a dor de diaria­mente carregar a cruz. Este livro é para aqueles que estão dispostos a buscar a santidade em obediência ao nosso amado Senhor, Jesus.
          "Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus?"  (2 Coríntios 7:1)

          Há uma necessidade desesperada de que o povo de Deus desperte e traga a santidade à sua vida! Os cristãos professos do mundo oci-dental hoje em dia se acomodaram a um evangelho que cede aos pre­ceitos deste mundo. Doutrinas de prosperidade e de satisfação dos desejos carnais estão em primeiro plano nas igrejas. Ninguém quer pagar o preço de viver uma vida realmente separada e santa.
          A conseqüente pobreza na relação pessoal do cristão comum com o Senhor é espantosa. A pergunta mais comum que ouço de pastores ao telefone tem sido: "é realmente possível o Senhor comunicar-se comigo diretamente?" Como isso é trágico! Verdadeiramente, estamos vivendo numa época em que a igreja tem as características da igreja de Laodicéia:
          "Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas cousas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio, ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de cousa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Acon­selho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os teus olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso, e arrepende-te." (Apocalipse 3:14-19)

          O brilho das "estrelas cristãs" da televisão e do "entretenimento cristão" tem cegado os olhos do povo de Deus para a sua terrível pobreza. Os êxtases emocionais induzidos por refrães repetitivos nos cânticos de louvor e por uma música emocional em muitos cultos abafam completamente aquela voz suave do Espírito Santo que chama ao arrependimento e à santidade.
          A. W. Tozer sintetizou muito bem isso tudo em seu livro The Pursuit of God:
          "Vidas superficiais, filosofias religiosas sem conteúdo, a pre­ponderância do elemento da diversão nos encontros evangelísticos, a glorificação de homens, a confiança em demons­trações externas de religiosidade, comunidades aparentemente religiosas, técnicas de vendedores, a confusão de se tomar erradamente uma personalidade dinâmica em lugar do poder do Espírito. Essas coisas, e outras semelhantes a essas, são os sintomas de uma doença maligna, de uma doença séria e profunda da alma." (The Pursuit of God [À Procura de Deus], por A.W.Tozer, Christian Publications, Inc., 1982, p. 69)

            Aqueles que aceitaram a graciosa oferta do nosso Salvador para limpar os pecados com o seu precioso sangue derramado na rude cruz do Calvário têm de colocar o pecado e a profanação fora de sua vida. Purifiquemo-nos para que possamos nos tornar vasos para honra (2 Timóteo 2:21). A escolha é nossa. Você vai se tornar um vaso para honra ou para desonra?
          Há um pequeno livro de Phillip Keller que descreve com grande beleza sua visita à casa de um ceramista no Paquistão. Ele observou um ceramista experiente fazendo um vaso:
              "Mais uma vez, a pedra começou a girar. Mas de forma igualmente súbita ela parou uma terceira vez. Os ombros do oleiro descaíram numa expressão de desconsolo. Um olhar de desânimo de dar pena formou-se em seus olhos cansados. Em desespero, ele apontou para um profundo arranhão que formava um corte feio no corpo do lindo uten­sílio. Estava arruinado além da possibilidade de reparo.
              Com um gesto de frustração e indiferença, ele amassou o barro sobre a roda. Sob suas mãos, o barro era novamente uma massa disforme de lama, amontoada como um monte escuro sobre a pedra.
              'Como o vaso, que o oleiro fazia de barro, se lhe estra­gou na mão...' (Jeremias 18:4)
              O que fará o oleiro agora? ... Então o oleiro virou-se em seu banquinho cambaleante para olhar para mim. Seus olhos estavam embaçados, tristes, como poços profundos, cheios de remorso. Ele falou suavemente, hesitante. 'Vou apenas fazer uma rude lavanda de camponês com este barro!" (In the Master's Hands [Nas Mãos do Senhor], por Phillip Kellerm Vine Books, 1987, pp. 28-31.)
              "Qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade. Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de bar­ro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, Santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra. "(2 Timóteo 2:19-21— SBTB)

          A escolha é nossa. Resistiremos ao Senhor, tornando-nos assim um vaso para desonra? Se endurecermos o nosso coração e resistirmos ao Espírito Santo quando ele nos convencer de que precisamos purificar-nos, então seguramente acabaremos tornando-nos um vaso para desonra.
          É da purificação de nós mesmos que este capítulo fala. Temos de nos purificar. A responsabilidade é nossa. Repetitivamente, nas Escrituras, somos exortados a purificar-nos.
          "Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aper­feiçoando a nossa santidade no temor de Deus." (2 Co­ríntios 7:1)
          "Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tre­mor." (Filipenses 2:12)

          Jesus pagou o preço por nossos pecados na cruz, mas é nossa res­ponsabilidade apossarmo-nos do poder e da autoridade que nos fo­ram concedidos no nome de Jesus, para purificarmos o nosso templo, ou seja, nós mesmos.
          "Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado." (1 Coríntios 3:16-17)

          Porque o Espírito Santo habita em nós, que fizemos de Jesus Cristo nosso Senhor, Mestre e Salvador, temos de ter o cuidado de conser­var-nos puros. Isso significa não somente que temos de parar de pe­car, mas também que temos que remover toda impureza e imundície deste nosso templo, isto é, temos que remover demônios.
          Quanto mais conhecemos a Deus, mais conscientes tornamo-nos da nossa condição pecaminosa! Minha oração é que o Espírito Santo mostre a cada um de nós algo acerca da tremenda grandeza do nosso Deus.
          "O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino." (Provérbios 1:7)

          Somente quando alcançarmos uma reverente compreensão da grandeza e da total santidade do nosso Deus, vamos nos quebrantar e clamar:
          "Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio dum povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!" (Isaías 6:5)
         
          Humilhemo-nos e quebrantemo-nos diante do Senhor e arrependamo-nos de nossos pecados! Tenhamos o cuidado de nos purificar para que nos tornemos vasos que o nosso Senhor possa utilizar. Oh, como eu quero ser uma serva útil para o meu Senhor! Tudo o que quero em meu coração é agradá-lo. Não poderei fazer isso se me descuidar em relação ao pecado e em relação ao que profana este meu templo (eu).
          Dediquei vários capítulos anteriores deste livro a áreas de pecado que trazem a profanação, ou a habitação de demônios, em nós. Se você esteve envolvido em qualquer uma dessas áreas, então você precisa purificar-se. O cristão comum pode limpar-se a si mesmo por meio do poder e da autoridade que lhe foram dados pelo Senhor Jesus Cristo.
          Estou escrevendo este capítulo para que os cristãos façam isso.
          A menos que você tenha se envolvido profundamente no ocultismo, você não precisa de ninguém mais para ajudá-lo a purificar-se. Se você tem alguém que pode orar com você, isso será de ajuda, mas o que você tem que fazer é colocar-se prostrado diante de Deus e acertar-se diretamente com ele. Jesus é o nosso mediador. Não precisamos de nenhum outro. Eu o conclamo a purificar-se agora! Não adie mais. O tempo é curto. Estou convencida de que o retorno de nosso Senhor está próximo.
          Você vai "purificar seu vaso", em obediência ao mandamento do nosso Senhor? Ou vai continuar em rebelião e viver uma vida de con­forto e facilidades, e tornar-se um "vaso para desonra"?
          A escolha é sua.

          "Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios...'" (Marcos 16:17)
          "Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e es­corpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada abso­lutamente vos causará dano." (Lucas 10:19)

          Jesus dá a seus servos autoridade sobre os demônios em seu nome, Infelizmente, a libertação adquiriu péssima fama nas igrejas cristãs por causa de práticas antibíblicas que muitos usam na libertação.
          Todos nós passamos por um processo de aprendizado. Lamento não ter feito uma afirmação suficientemente clara em meu primeiro livro, "Ele Veio Libertar os Cativos", de que a luta que eu tive com os demônios em Elaine foi porque eu era ignorante sobre como lidar com libertação. O Senhor ordenou-me que escrevesse os meus erros, assim como os meus acertos. Quero enfatizar que agora eu não falo com demônios nem permito mais as manifestações físicas de demônios que permitia nos dias iniciais do meu ministério. Se eu soubesse naquela época o que hoje sei, não teria levado tanto tempo para libertar Elaine.
          Logo que comecei a exercer a medicina, passei a ver diariamente pessoas abandonando o Satanismo. Obviamente, eu não podia gastar muitas e muitas horas com cada um em sua libertação. Rapidamente busquei uma resposta do Senhor. Minha oração foi mais ou menos assim:
          "Senhor, por que é que quando Jesus ordenava a um demônio que saísse ele imediatamente saía, e eu gasto uma hora argumentando e lutando para fazer com que apenas um demônio saia?"
          A resposta do Senhor foi curta e direta:
          "Exatamente por isso!"
          Dá para entender? O fato de que eu estava falando e discutindo com demônios era o problema. Não somente o problema era esse, como também isso era pecado. Por quê?
          Primeiro, porque eu estava permitindo que a pessoa sendo liberta ca­ísse no pecado de tornar-se um "médium". O que é um médium? Um médium é aquele que permite que espíritos falem através de si, como define qualquer dicionário. Deus proíbe isso estritamente! (Deuteronômio 18:10-12). Por muitas vezes, obreiros de libertação pedem à pessoa sendo liberta que apenas relaxe e deixe os demônios falarem através dela. Eles estão pedindo diretamente à pessoa para que peque!
          Em segundo lugar, as Escrituras proíbem rigorosamente a prática de buscar contato com "espíritos familiares" (ver Deuteronômio 18:10-12). O que significa consultar um espírito familiar? Significa falar com um demônio para obter alguma informação através dele. As bruxas têm demônios especiais, que elas usam o tempo todo para obter infor­mações. Quando o obreiro de libertação confia em obter informações dos próprios demônios sobre quem eles são e como entraram, etc, o próprio obreiro está caindo no pecado de ter um espírito familiar, ou consultar-se com um espírito demoníaco!
          Por último, nós, cristãos, somos templos do Espírito Santo.
          "Que harmonia há entre Cristo e Belial?" (2 Coríntios 6:15-IBB)

          O Espírito Santo de Jesus Cristo não tem nenhum acordo, relaciona­mento ou trato com Belial ou com qualquer espírito demoníaco. Por­tanto, qualquer cristão que permite que um demônio se apodere e con­trole o seu corpo de qualquer forma está pecando! O livro de Tiago, especialmente os capítulos 3 e 4, ensina-nos que somos responsáveis por controlar o nosso corpo.
          "Porque todos tropeçamos em muitas cousas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear [controlar] também todo o seu corpo." (Tiago 3:2)

          Tiago 4:8 nos diz para purificarmos as nossas mãos e o nosso cora­ção. Há muitos trechos bíblicos que fazem referência à nossa respon­sabilidade de controlar o nosso corpo.
          O principal impedimento para a libertação é o pecado! Não deve­mos absolutamente pecar, obtendo informações de demônios, nem devemos permitir que a pessoa com quem estamos lidando peque, tornando-se um médium ou um canal pelo qual os demônios possam falar. Essas práticas são condenadas pela Palavra de Deus.
          O Senhor então me mostrou que a libertação deve ser um passo de fé. Toda a nossa caminhada cristã é baseada na fé. Tudo que recebe­mos do Senhor, recebemos por fé. A libertação não é diferente.
          Como a fé opera na libertação? É assim:
          Fé é a aceitação absoluta, como fato consumado, de que Deus sem­pre cumpre sua palavra. Portanto, a libertação é baseada na Palavra de Deus. É aceitar como sendo um fato real que, quando obedecemos aos mandamentos de Deus, ele sempre cumpre as suas promessas. A libertação é baseada nas seguintes passagens bíblicas:
          "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." (1 João 1:9)
          "Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano." (Lucas 10:19)

          Se nos arrependermos e confessarmos os nossos pecados, Deus nos purificará. É simples assim. A única condição para a libertação é o verdadeiro arrependimento.
          Arrependimento é:
·    Abandonar o pecado e dedicar-se a corrigir a sua vida.
·    Sentir dor, pesar ou contrição (Dicionário Webster).

          Não se pode libertar alguém que continua com pecados presentes em sua vida, ou que não quer ser liberto.
          Há quatro passos bem simples, na libertação:

Passo 1: Identifique as portas de entrada ou pecados que profanam o templo.
Passo 2: Arrependa-se e confesse esses pecados, pedindo a Deus perdão e purificação.
Passo 3: Ordene aos demônios que entraram por meio desses peca­dos que saiam de você para sempre.
Passo 4: Deixe de pecar! Sature a sua vida com a Palavra de Deus.

Quando a libertação é feita como um passo de fé, a manifesta­ção demoníaca não será permitida.
          Este foi um ponto chave muito importante para ajudar-me a entender como o Senhor quer que a libertação seja realizada. Não era de sur­preender que eu tivesse tantas dificuldades ao tentar expulsar os demônios de alguém. Quando eu permitia que os demônios falassem através da pessoa, eu estava, na realidade, pedindo que a pessoa pe­casse, e estava pecando também! É muito difícil fazer um demônio sair de alguém quando a pessoa está engajada ativamente num pecado.
          Uma vez que entendi isso e comecei a lidar com a libertação como um passo em fé, não houve mais lutas com demônios! A libertação tomou-se muito simples. Nós, seres humanos, tomamos as coisas muito complicadas. Deus faz tudo simples. A libertação, então, é assim:
·    Arrependa-se do pecado que permitiu que os demônios entrassem.
·    Ordene aos demônios que entraram por meio desse pecado que saiam.
·    Aceite pela fé que Deus sempre cumpre a sua palavra. Se uma pes­soa realmente se arrepender do seu pecado, Deus a purificará, e os de­mônios terão que sair. Uma vez que tenha ocorrido a confissão dos pecados e os demônios tenham sido comandados a sair, a pessoa aceita pela fé que eles foram embora.
          Agora, examinemos cada um destes quatro passos da libertação, um a um.

Passo 1: Identifique as portas de entrada ou pecados que profanam o templo.
          Como afirmei no capítulo 11, eu não creio que os demônios possam entrar em uma pessoa por meio de qualquer pecado. Eu acredito que os pecados que denomino "de profanação do templo" caem numa destas três categorias:
·    Herança.
·    Qualquer envolvimento com o ocultismo.
·    Pecados sexuais.
          Escrevi nos capítulos anteriores sobre muitos pecados específicos destas três áreas.
          O primeiro passo é sentar-se com uma caneta e papel nas mãos e cuidadosamente examinar a sua vida, do nascimento até o momento presente.   
          Peça ao Espírito Santo para trazer à sua memória quaisquer pecados de que você possa ter se esquecido. Faça uma lista desses pecados no papel. Tenho observado que é útil fazer essa lista de pecados em ordem cronológica - isso é, comece no nas­cimento, e liste-os à medida em que os cometeu, ao longo dos anos, até chegar ao momento presente.
          Se você estiver aconselhando alguém, peça-lhe para falar sobre sua vida, desde suas primeiras lembranças. Atente aos pecados que caem nessas três áreas. Não caia na armadilha de confundir sintomas com portas de entrada.
          As pessoas que chegam até o obreiro de libertação normalmente se queixam de depressão, ira, gênio violento, etc. Estes são apenas sinto­mas. A verdadeira causa é o pecado que abriu a brecha para os demônios. Todos os demônios causam depressão, ira, rebelião, ódio, etc. Procure sempre a raiz do problema.
          Em seguida, seja metódico. Para mim, uma das razões mais comuns para uma libertação incompleta é que as pessoas não foram metódi­cas. È por isso que tudo deve ser escrito numa folha de papel. Se você não escrever, os demônios poderão confundir a sua mente e fazer com que você se esqueça.
          Não é necessário que o obreiro de libertação peça à pessoa que dê os detalhes, especialmente na área de pecados sexuais. Se você fizer isso, estará abrindo uma porta para toda espécie de tentações por meio da lascívia. Por exemplo, há oito áreas no pecado sexual. Eu simplesmente pergunto à pessoa se ela esteve envolvida em uma ou mais dessas áreas. Se sim, então eu lhe peço que escreva o nome das pessoas com quem esteve envolvida, para que possa confessar cada contato sexual individualmente. Mas eu não lhe peço nenhum detalhe. Aqui estão as oito categorias de pecados sexuais:
·    Ato sexual com o sexo oposto, fora do casamento.
·    Ato sexual com alguém do mesmo sexo.
·    Incesto.
·    Sexo com crianças.
·    Sexo com animais.
·    Sexo com demônios.
·    Sadomasoquismo.
·    Pornografia.

          Quando você ajuda alguém a fazer uma lista das portas de entrada na vida dessa pessoa, é importante tentar entender quanta passividade há nela. Pessoas que foram envolvidas no ocultismo, e especialmente com problemas de depressão e suicídio, geralmente têm a mente muito passiva e preguiçosa. Os que se envolveram com o ocultismo torna­ram-se acostumadas a esvaziar a mente, cedendo assim o controle de sua mente e de todo o seu corpo aos demônios. Essas pessoas devem ser cuidadosamente ensinadas a reconquistar o controle da mente an­tes que uma libertação possa ter sucesso, e também para que estejam capacitadas a manter os demônios fora, depois da libertação.
          Tenho também observado que é muito útil interrogar a pessoa para ver quanto controle os demônios têm sobre ela. Ao longo dos anos, o Senhor constantemente me tem mostrado que, quanto menos passiva uma pessoa for em sua libertação, mais chance tem de se ver livre dos demônios após a libertação.
          Também é útil descobrir quanto controle a pessoa tem exercido so­bre o seu espírito, e/ou quanto controle uma outra pessoa conseguiu exercer controle sobre o espírito dela.
          Você deve fazer duas listas de pecados. Uma lista é para os pecados que permitiram que demônios entrassem na pessoa (pecados de pro­fanação do templo), e outra lista com os pecados que não são portas de entrada para demônios, mas que ainda assim são pecados que ne­cessitam ser confessados.        
          Veja o Apêndice B, que poderá ajudá-lo a fazer a segunda lista.
          O obreiro de libertação deve estar sempre em oração. Se o Espírito Santo não lhe dá paz de que a pessoa a quem você está ajudando foi completamente honesta com você na elaboração da lista de portas de entrada, não prossiga além desse ponto.
          Estou sempre me surpreen­dendo pelo modo como as pessoas mentem. Vez após vez, já me acon­teceu de a pessoa olhar para mim com um ar tão inocente e me dizer que me contou tudo acerca das suas portas de entrada, quando deli­beradamente ocultou áreas importantes de pecado! Não tenha receio de esperar. Nunca inicie uma libertação a menos que o Senhor lhe diga especificamente para fazer isso.

Passo 2: Arrependa-se e confesse esses pecados, pedindo a Deus perdão e purificação.
          Infelizmente acontece de se pregar tão pouco sobre o arrependi­mento nestes dias. Raramente os cristãos param para fazer uma lista de todos os pecados de que se lembram terem cometido, e daí con­fessarem esses pecados a Deus, um a um. Tenho observado que as pessoas que fazem isso na ocasião de sua salvação inicial têm pouca dificuldade em crer que são salvas. Muitos cristãos lutam com a certe­za da salvação. Se os cristãos fossem mais diligentes em confessar seus pecados, creio que poucos estariam travando essa luta.
          Ao confessar seus pecados, a pessoa deve mencionar todo pecado que puder perceber em sua vida. Mas só precisará ordenar que os demônios saiam quando estiver confessando aqueles pecados que permitiram que demônios entrassem nela (veja Apêndice A).
          Creio que fazer uma lista específica de pecados e fazer uma confissão, tal como estou apresentando, é uma forma de cumprir Tiago 5:16:
          " Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo." (Tiago 5:16)
          Os pecados são cometidos um a um. Eles devem ser confessados um a um, na medida do possível. Quando uma pessoa se arrepende de seus pecados e pede ao Senhor que a perdoe e a purifique, ela remove toda a base legal à qual os demônios poderiam apegar-se. É por isso que a libertação feita desta forma é muito mais rápida e fácil.
          Levei dez horas para libertar Elaine completamente. Desde que o Senhor me ensinou esta abordagem na libertação, agora leva apenas duas horas para ajudar a alcançar a libertação de alguém que esteja tão profunda­mente infestado por demônios quanto esteve Elaine.
          Se você sente que a pessoa não está realmente arrependida de seus pecados, então não vá adiante. Espere que o Espírito Santo traga con­vicção à vida da pessoa. Isso pode levar dias, semanas, meses ou anos. Repito: você tem que estar bastante sensível à direção do Espí­rito Santo em cada caso.

Passo 3: Ordene aos demônios que entraram por meio desses peca­dos ("de profanação do templo") que saiam de você para sempre.
          Muitas pessoas perguntam por que elas mesmas devem ordenar aos demônios que saiam, quando foi Jesus que claramente ordenou aos demônios que saíssem das pessoas. E porque nós dispomos do Espí­rito Santo agora. O Espírito Santo não estava disponível àquelas pes­soas durante o tempo em que Jesus andou e ensinou neste mundo. Depois que Jesus subiu para o Pai, deixando esta terra, nós entramos em uma dispensação inteiramente nova.
          As Escrituras agora exortam a nós, cristãos, que nos purifiquemos e desenvolvamos a nossa salvação (ver Filipenses 2:12). Nós temos uma responsabilidade, agora, que aquelas pessoas não tiveram nos dias anteriores ao Espírito Santo ter sido dado.
          Tenho descoberto ainda que, quando a pessoa estabelece autorida­de sobre os demônios que habitam em si, os demônios terão que ir embora. Isso é particularmente verdadeiro para aqueles que estiveram envolvidos no ocultismo. As pessoas no ocultismo estão acostumadas a obedecer os demônios e deixá-los fazer o que bem desejam.
           É um grande passo para elas perceber que, quando passam a servir a Jesus Cristo, agora têm mais poder em Jesus do que os demônios. É abso­lutamente necessário que, em nome de Jesus, a pessoa exerça autori­dade sobre os demônios que nela estão. Se não o fizer, não será capaz de manter os demônios fora, após a libertação.
          Não é necessário saber o nome de cada um dos demônios. Não é necessário ordenar aos demônios que saiam um por um. Ordene aos demônios que saiam, por área de pecado que os permitiu entrar. A única ocasião em que você deve lidar com nomes de demônios específicos é com pessoas envolvidas no ocultismo que trabalharam com espíritos familiares. Estes devem ser repreendidos individualmente, ordenando-lhes que saiam, citando seus nomes. Mas neste caso a pes­soa sabe os nomes desses demônios. Se ela lhe disser que não sabe, estará mentindo.
          Nunca é necessário permitir que um demônio se manifeste ou fale através da pessoa. Quanto mais a pessoa sendo liberta controlar os demônios que nela habitam, mais rápida e fácil será a libertação.
          A pergunta mais comum é:

          - Se os demônios não se manifestarem, como sabemos que eles saíram?
          A resposta é simples:
          - Porque o Espírito Santo diz a você.

          Lembre-se, os demônios são espíritos, e, como tais, nós não pode­mos vê-los. Se você estiver dependendo de manifestações físicas para poder saber que os demônios foram embora, você será enganado porque os demônios podem facilmente falsificar sintomas físicos de que foram embora. Somente o Espírito Santo pode ver os demônios. Você deve depender da direção dele.
          Além disso, se a pessoa tiver realmente se arrependido e confessado os seus pecados, os demônios terão que ir embora. Assim, você aceita por fé que eles foram embora porque Deus sempre cumpre a sua Palavra.
         
Passo 4: Deixe de pecar! Sature a sua vida com a Palavra de Deus. Eis aqui um ponto muito importante nisso tudo, que muitas pessoas não percebem. Este é o passo 4 na libertação: deixe de pecar!
          Você tem de ser um verdadeiro crente em Jesus Cristo para ter autoridade sobre os demônios. Mas você não pode ser crente sem ser também obediente.    
          "Se me amais, guardareis os meus mandamentos.... Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama, será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele!' (João 14:15,21)
          "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." (Mateus 7:21)
          Nada substitui a obediência. Se você pensa que crê em Jesus e que o está servindo, mas não está obedecendo aos seus mandamentos, conforme dados na Bíblia, você está mentindo para si mesmo. Você não é crente, a menos que seja obediente.
          "Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." (Tiago 4:7)
          Infelizmente, em geral apenas a segunda parte deste versículo é cita­da. Não dá para enfatizar suficientemente a real necessidade da pri­meira parte. Se não estivermos sendo submissos ao Senhor, e obede­cendo aos seus mandamentos, não poderemos esperar ter qualquer poder sobre os demônios. Não é raro eu parar de aconselhar alguém por não estar disposta a deixar um pecado presente em sua vida.
          É simplesmente uma perda de tempo tentar libertar alguém que esteja vivendo em pecado. Muitas vezes eu simplesmente oro e peço ao Espí­rito Santo que convença a pessoa de seus pecados. E também peço ao Senhor que opere em sua vida da maneira que seja necessária para fazer com que ela venha a se dispor a abandonar os seus pecados. Muitas vezes as pessoas buscam libertação somente para obter alívio de seus problemas, e não por quererem servir ao Senhor e viver uma vida agradável a ele.

Problemas Posteriores à Libertação
          Descobri que em geral há cinco áreas de problemas que as pessoas enfrentam após a libertação:
·    Medo de que os demônios tenham voltado.
·    Exigências de recompensas emocionais.
·    Mente passiva.
·    Indisposição de suportar o assédio demoníaco que faz parte do perí­odo de colheita.
·    Disciplina da "carne" ou da natureza pecaminosa.

Medo de Que os Demônios Tenham Voltado
          Este é o problema mais comum. As pessoas ficam continuamente com receio de que os demônios tenham voltado para elas de novo. Há somente duas formas de os demônios entrarem novamente em alguém, após sua libertação:
·    Se a pessoa cometer um pecado de "profanação do templo".
·    Se a pessoa pedir diretamente aos demônios que voltem a entrar nela.
          Lembre-se, os demônios podem causar, do lado de fora, os mesmos sintomas físicos que causariam do lado de dentro. Sintomas físicos, ou pensamentos, não são provas de que os demônios tenham entrado na pessoa. A pessoa deve permanecer firme em fé, com a certeza de que eles foram embora.
          Se a pessoa cometer um pecado de profanação do templo, abriu do assim uma porta de entrada, todos os demônios retornarão, e muitos mais virão com eles. Os que estiveram no ocultismo são particular mente tentados a fazer "só mais um encantamento" para darem um jeito nas coisas, a seu modo. Se agirem assim, eles simplesmente terão pedido aos demônios para que entrem novamente neles.
          Lembre-se, também, que as Escrituras dizem que a rebelião é o mesmo que o pecado da feitiçaria. Você não pode rebelar-se contra os mandamentos  do Senhor. Se você persistir em andar em desobediência e rebelião, você será incapaz de impedir que os demônios retornem.
          Freqüentemente ouço pessoas me dizerem que não se sentem nem um pouco "diferentes" após a libertação. Sem problemas. Não há sen­timento na fé. Os frutos de sua vida vão mostrar que elas estão limpas. Você não pode confiar em sentimentos quando estiver lidando com o mundo espiritual.

Exigências de Recompensas Emocionais
          Oh, como nós, seres humanos, gostamos de recompensas emocionais! As pessoas sempre querem sentir algo. Elas querem sentir os demônios indo embora. Elas querem sentir o amor de Deus. Elas querem sentir-se bem.
          Esse nosso caminhar é por fé. Não há sentimentos na fé. Uma das primeiras coisas que o Senhor faz é nos afastar das recompensas emo­cionais. Você obedece, independentemente de como se sinta. Você vai também agir, não importando como se sinta.
          Os demônios têm o maior prazer em nos dar êxtases emocionais para nos escravizar a eles. As pessoas, após a libertação, não devem buscar êxtases emocionais pensando que são "experiências espirituais".
          Uma das queixas mais comuns que recebo das pessoas é que elas não acham que estão livres dos demônios porque não sentem vontade de ler a Bíblia ou de orar. A nossa natureza pecaminosa nos impedirá de "sentir vontade" de fazer as coisas que Deus espera de nós. Nós não podemos usar isso como uma indicação de que os demônios este­jam dentro ou fora de nós.
          As pessoas que tiveram demônios habitando em si por longos perío­dos de tempo tornam-se muito viciadas nas recompensas emocionais que os demônios lhes dão. É uma questão de autodisciplina começar a andar em obediência e fé ao nosso Senhor, sem os êxtases emocionais que desejamos.

Mente Passiva
          Esta é uma área de grande dificuldade. A mente é como um músculo. Se você não a usa por um certo período de tempo, ela se torna fraca e flácida. É doloroso reconstruir um músculo que não foi utilizado. É uma centena de vezes mais doloroso e difícil voltar a usar uma mente passiva.
          Quem se acostumou a esvaziar a mente, tenderá a fazer isso após a libertação. Cada vez que alguém permite que a sua mente se esvazie, abre diretamente uma porta de entrada para que demônios voltem para dentro de si. Ao se perceber que se permitiu que a mente tenha ficado vazia, deve-se imediatamente confessar esse pecado e ordenar então a todos os demônios que entraram, enquanto a mente esteve vazia, que saiam imediatamente.
          Tenho visto que a melhor forma de restaurar uma mente passiva é através da memorização intensa das Escrituras, e do uso das antigas tabuadas de aritmética. Uma das razões por que a maioria das pessoas odeia a matemática é devido à disciplina mental necessária para memorizar as tabelas de soma, subtração, multiplicação e divisão.
          É por isso que as companhias que fabricam calculadoras ganham tanto dinheiro! É porque as pessoas são basicamente preguiçosas. Com freqüência faço com que as pessoas que estiveram envolvidas com formas orientais de meditação ocultista exercitem-se com tabelas ma­temáticas, além da memorização das Escrituras. Isso é muito útil para vencer uma mente passiva.

Indisposição de Suportar o Assédio Demoníaco Que Faz Parte do Período de Colheita
          Jesus nos disse em uma parábola que, quando um demônio é expulso, ele traz outros sete, mais fortes do que ele, e volta, querendo entrar novamente (Lucas 11:24-26).
          Sempre digo às pessoas que a batalha para manter-se limpo após a libertação é sempre sete vezes pior do que foi a batalha para ser liberto.
          Muitas pessoas simplesmente não estão dispostas a passar por ne­nhum desconforto. Elas exigem que seus problemas sejam resolvidos, de forma que não tenham absolutamente nenhuma dificuldade. Isso simplesmente não é possível.
          Gálatas 6:7-8 nos diz que colheremos o que semearmos. Se tiver­mos semeado em pecado, permitindo que demônios entrassem em nós, parte do que vamos colher será o tormento demoníaco que ocor­re quando os demônios tentarem voltar, após a libertação.
          Sintomas físicos são comuns. Lembre-se, os demônios podem cau­sar, do lado de fora, os mesmos sintomas físicos que causariam do lado de dentro.
          Uma das formas comuns de tormento demoníaco após a libertação é um zumbido nos ouvidos. As pessoas não estão dispostas a passar por isso, preferindo dizer que não foram libertas. Recusam-se a acei­tar o processo de colheita e a lutar com os demônios. Cansam-se se tiverem que repreender os demônios ou pensamentos demoníacos mais do que duas ou três vezes. Na batalha para permanecerem limpas após a libertação, terão que repreender os demônios milhares de vezes! Terão que permanecer consistentes e firmes no Senhor.
          Os demônios nunca se cansam com a repetição. As pessoas cansam-se muito rapidamente. No caso de pensamentos demoníacos, repreen­da os demônios uma ou duas vezes, e então force a sua mente a voltar-se para as Escrituras, e ignore os demônios. A coisa mais comum que os demônios farão é lançar pensamentos na mente da pessoa, dizendo-lhe que ela não está liberta, que os demônios estão nela de novo. A pessoa tem que permanecer firme, na fé de que isso não ocorreu!
          No caso de tormento físico, repreenda os demônios, e então perma­neça firme...
          "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis." (Efésios 6:13)

Disciplina da "Carne" ou da Natureza Pecaminosa
          Aqueles que permitiram que demônios habitassem em si disciplinam a sua natureza pecaminosa raramente. Isso ocorre especialmente com quem esteve envolvido no ocultismo.
          Veja o capítulo 10 deste livro para uma discussão da natureza peca­minosa. É imperativo colocar o pecado fora de sua vida após a liber­tação. Ninguém permanecerá limpo se não fizer isso.

Casos Reais de Libertação 
          Vou dar uma série de exemplos para ajudar a demonstrar como de­tectar portas de entrada. Todas estas histórias são casos reais, mas modifiquei os nomes das pessoas para protegê-las.
          Abordarei posteriormente a libertação de pessoas anteriormente envolvidas no Satanismo, como um assunto separado.

Caso Número 1: Susan
          Susan (não é este o seu nome real), de 33 anos de idade, não sabia nada sobre o seu pai porque, quando ela nasceu, ele deixou a sua mãe. Porém havia uma longa linhagem de pessoas com doenças mentais na família de sua mãe e muitos dos parentes de sua mãe tinham um pro­fundo envolvimento na Maçonaria e na Ordem dos Templários.
          (Portas de entrada: herança, maçons, templários, do­enças mentais.)

          Susan foi educada como católica não praticante. Ela raramente ia à igreja, mas foi batizada na igreja, foi crismada e recebia a comunhão ocasionalmente.
          (Portas de entrada: Catolicismo Romano, batismo, crisma, comunhão.)

           Quando Susan tinha três anos de idade, sua mãe casou-se novamen­te. Seu padrasto começou a abusar dela quando ela estava com qua­tro. Ele a forçou a ter relações sexuais e a praticar a bestialidade.
          (Portas de entrada: incesto, bestialidade.)

          Como é comum com crianças que sofreram abusos sexuais, Susan envolveu-se com múltiplos contatos sexuais em seus primeiros anos da adolescência.
          (Portas de entrada: múltiplos parceiros sexuais.)

          Susan, com toda a habilidade que tinha, rapidamente aprendeu a ler cartas de tarô, a jogar com o tabuleiro de ouija, e tornou-se médium espírita. Ela também participou de hipnose, de vodu, e, finalmente, da projeção astral.
          (Portas de entrada: feitiçaria - cartas de taro, tabulei­ro de ouija, hipnose, vodu, projeção astral.)

          Entretanto, aos dezesseis anos, ela teve uma horrível experiência ao fazer projeção astral. Por causa do que passou, ela decidiu abandonar a bruxaria formal. Mas, procurando uma atividade substituta, ela bateu em todas as portas erradas.
          Susan deixou o seu lar de criação e envolveu-se com a Meditação Trans­cendental, com drogas e com álcool. Ao freqüentar diferentes bares, sentiu-se atraída pelos bares de gays e começou a ter um estilo de vida lésbico.
          (Portas de entrada: Meditação Transcendental, dro­gas, álcool, lesbianismo.)

          Susan era uma estudante inteligente e continuou seus estudos. Gra­duou-se em psicologia e sociologia e tornou-se conselheira de um pro­grama governamental. Entretanto, os demônios de perversão sexual parecem ter um gêmeo que anda de mãos dadas com eles. É o demônio da violência. Susan descobriu que estava cada vez mais violenta. Ela teve muitas brigas com suas várias parceiras sexuais, pois o ciúme doentio é comum em todas as relações lésbicas e homossexuais.
          (Portas de entrada: violência, múltiplas parceiras lés­bicas.)

          Em 1982 Susan teve uma terrível discussão com sua parceira lésbica e a matou. Foi presa. O assassinato foi julgado como homicídio involuntário, de forma que ela ficou presa apenas 25 meses.
          (Porta de entrada: assassinato.)
         
          Enquanto Susan esteve na prisão, pensou seriamente sobre a sua vida. Decidiu que a sua vida tinha que mudar. Afastou-se de todos. Colocou o álcool e as drogas inteiramente fora de sua vida e saiu do estilo de vida de lésbica, também. Ela foi liberada em pouco tempo por causa do seu bom comportamento. Mas a junta que lhe deu liber­dade condicional exigiu que, nessa situação, ela freqüentasse regular­mente a Associação de Homossexuais Anônimos e se unisse à Igreja Comunitária Metropolitana. Essa Igreja não é uma igreja evangélica, porque eles não aceitam a palavra completa de Deus, conforme escri­ta na Bíblia. É uma igreja somente de gays.
          Devido à sua associação forçada com os gays, Susan rapidamente caiu de novo em relações lésbicas e em lutas violentas. Foi com uma de suas parceiras que finalmente ela conseguiu romper o que a prendia naquela vida. Uma noite, enquanto discutia com sua parceira, Susan viu um demônio apresentar-se e manifestar-se através dela.
          Devido à sua experiência em feitiçaria, de anos anteriores, ela reconheceu que se tratava de um demônio. Isso a assustou. Disse então à sua parceira que ela "precisava de ajuda". Susan não sabia onde procurar ajuda com relação a um demônio, mas alguns dias depois viu, na TV, o anún­cio de um encontro cristão que seria realizado numa tenda, na área em que morava. Susan falou com sua parceira em ir àquele encontro, para ver se alguém poderia ajudá-las a se libertarem do demônio.
          As duas foram à reunião naquela tenda, mas a parceira de Susan não quis ficar e saiu cinco minutos depois do culto ter começado. Susan ficou, interessada em ver o que aconteceria, pois ela nunca havia estado num culto evangélico, de qualquer tipo. Ela me disse que a única coisa que passou por sua mente durante aquele culto foi a afirmação do pastor de que "estreito é o caminho e são poucos os que o encontram". Ela não sabia que caminho estreito seria aquele, mas resolveu descobrir.
          Após o culto ela foi à frente para receber oração, buscando a oportunidade de perguntar a alguém sobre esse "caminho estreito". O prega­dor foi orando de pessoa a pessoa, e parou diante de Susan para orar. Ele não deu a ela a chance de fazer nenhuma pergunta, mas estendeu a mão e tocou na testa dela. As pessoas que estavam ali disseram-lhe depois que, no instante em que a mão do pregador a tocou, seu corpo agitou-se e foi arremessado ao ar, dando duas cambalhotas e caindo ao chão a mais de seis metros de onde ela estava. Susan não sentiu o impacto porque estava inconsciente.
          Essa era uma reunião pentecostal, e, assim, várias pessoas reuniram-se em torno de Susan, impuseram as mãos sobre ela e oraram em línguas. Susan voltou à consciência falando em línguas. As pessoas alegraram-se e disseram a Susan que ela estava salva, liberta e cheia do Espírito Santo.
           Infelizmente, Susan não tinha absolutamente ne­nhuma idéia de como ser salva ou do que significa ser salva. Ela não sabia quem é Jesus ou o que ele tinha feito por ela. As pessoas daquele trabalho evangelístico cometeram um erro muito sério. Elas pensaram que o Espírito Santo opera de alguma forma mágica, fazendo as pes­soas caírem inconscientes e resolvendo tudo enquanto a pessoa está desacordada. Não é assim! Os demônios derrubaram Susan, e ela muito provavelmente não estava salva nem liberta!
          (Portas de entrada: falsas línguas.)

          A única coisa boa que veio através dessa experiência foi que Susan decidiu que, agora que estava "salva e cheia do Espírito Santo", deveria obter uma Bíblia e encontrar uma igreja. Ela conseguiu uma Bíblia, mas nunca despendeu tempo algum lendo-a, pois não conseguia entendê-la.
          Uniu-se então a uma Igreja Episcopal avivada e decidiu andar "certo". Freqüentou a igreja durante menos de três meses, quando foi convidada a unir-se ao seu quadro de aconselhamento. Susan não era nem mesmo salva! Mas, por causa de sua experiência com meditação transcendental e hipnose, ela rapidamente tornou-se especialista em técnicas de aconselhamento e cura interior através da visualização e da auto-hipnose.
          (Portas de entrada: meditação transcendental, cura interior pela visualização e pela auto-hipnose.)

          Como Susan tinha tomado a decisão de andar "certo", ela foi encorajada a casar-se, como uma solução para o seu problema de lesbianismo.
          Ela casou-se com um jovem que também atuava no quadro de aconselhamento da igreja. O casamento durou somente seis meses, porque Susan logo descobriu que o seu marido era um satanista profundamente envolvido e ela chegou a entrar em pânico, de medo das coisas que ele fazia.
          (Portas de entrada: demônios do marido, que era sa­tanista.)

          Após o divórcio, ela deixou a igreja e rapidamente voltou à sua anti­ga prática de relações lésbicas e brigas violentas. Seis meses antes de eu conhecê-la, Susan descobriu e leu o meu primeiro livro. Foi então, ao ler este livro, que ela aceitou Jesus Cristo como seu Senhor e Sal­vador, e cortou relações com a sua parceira lésbica. Ela procurou-me, seis meses depois, em busca de ajuda. Foi então que Susan foi final e completamente liberta.
          Talvez você pense que esta história é incomum, mas permita-me di­zer-lhe que histórias como esta são bastante comuns! Eu não seria ca­paz de contar o número de pessoas a quem tenho dado aconselhamento, que têm histórias muito semelhantes.
          Da história de Susan, não somente obtive uma lista de portas de entrada, mas fiquei sabendo também que ela havia estabelecido uma ligação entre a sua alma e o seu espírito, por causa do seu contato com o mundo espiritual.
          Essa ligação foi estabelecida aos quatorze anos, quando ela começou a treinar-se em bruxaria, em mediunidade e em projeção astral. Susan teve um sério problema com a sua mente passi­va, por causa de sua extensa prática de meditação transcendental e de auto-hipnose.
          Quando eu a vi posteriormente, ela ainda estava tendo dificuldade de ter um emprego estável, porque não estava conseguindo controlar a sua mente, que simplesmente de repente ficava "em branco''. Ela tinha esses "brancos" em momentos cruciais e, como resultado, per­dia seu emprego. O problema de uma mente passiva foi, na prática, a pior coisa com que Susan teve de lidar depois da sua libertação.
          Eis aqui uma lista de suas portas de entrada, e como foi conduzida a sua libertação.

Portas de Entrada
Herança- maçonaria, templários, doenças mentais e herança de pai desconhecido. Por causa de sua história, certamente haveria alguma herança de seu pai, e assim esta foi quebrada, também.
·    Catolicismo Romano - batismo, crisma, comunhão.
·    Incesto.
·    Bestialidade.
·    Múltiplos contatos sexuais em sua adolescência.
·    Bruxaria.
·    Mediunidade.
·    Cartas de tarô.
·    Vodu.
·    Hipnose.
·    Tabuleiro de ouija.
·    Projeção astral.
·    Meditação Transcendental.
·    Drogas.
·    Alcoolismo.
·    Lesbianismo - múltiplas parceiras.
·    Violência e assassinato.
·    Demônio de falsas línguas.
·    Visualização.
·    Práticas de cura interior malignas, incluindo auto-hipnose.
·    Demônios do marido, que era satanista.

Procedimentos na sua Libertação
Passo 1
          Susan reafirmou a sua entrega a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Ela também orou pedindo especificamente que o Senhor Jesus Cristo se tornasse o dono total da sua vida.
          Então ela declarou, em voz alta, para Satanás e seus demônios, que agora ela era uma serva de Jesus Cristo e que nunca mais voltaria a servi-los.

Passo 2
          Susan percorreu toda a lista de portas de entrada. Ela pôs um risco em cada uma, à medida em que a fechava. Fechar as portas de entra­da é um processo de dois passos. Eis aqui um exemplo:
          Oração: Pai, em nome de Jesus, humildemente te peço que me purifi­ques de tudo o que herdei de meu pai e de minha mãe. Recuso-me a ter qualquer coisa de Satanás em minha vida. Quebra estas linhas de herança para sempre. Eu te agradeço, em nome de Jesus.
          Declaração: Em nome de Jesus Cristo, meu Senhor, eu agora ordeno a todo demônio que chegou até mim por herança que vá embora definiti­vamente! Em nome de Jesus Cristo, eu quebro todo e qualquer jura­mento ou pacto professado por meus parentes na Maçonaria ou nos Templários, que estejam sendo cobrados de seus descendentes. Orde­no a todos os demônios associados à Maçonaria e aos Templários que saiam de mim imediatamente, em nome de Jesus Cristo, meu Senhor!

          Oração: Pai Celeste, em nome de Jesus Cristo, eu te peço que me perdoes por todo o meu envolvimento no Catolicismo Romano. Purifica-me de todos esses pecados. Eu te peço isso e te agradeço, em nome de Jesus.
          Declaração: Em nome de Jesus Cristo, meu Senhor, eu renuncio a todo o meu envolvimento no Catolicismo Romano. Em nome de Jesus ordeno a todo demônio que veio a mim por meio do batismo católico, por eu ter sido crismada, por meio da comunhão e através de quais­quer outras práticas de que eu participei, que vá embora agora!
         
          Oração: Pai, no precioso nome de Jesus Cristo, teu Filho, eu te peço que me perdoes e que me purifiques do pecado de incesto com o meu padrasto. Eu te agradeço pelo teu perdão, em nome de Jesus.
          Declaração: Em nome de Jesus Cristo, ordeno a todo demônio, que veio até mim através de todas as relações sexuais que eu tive com o meu padrasto, que saia de mim agora!

          Oração: Pai, em nome de Jesus, humildemente te peço que me per­does por ter-me envolvido com a bestialidade. Purifica-me completa­mente desse terrível pecado. Muito obrigada por me purificar, em nome de Jesus.
          Declaração: Em nome de Jesus Cristo, meu Senhor, eu agora ordeno a todo demônio, que entrou em minha vida através da prática da bestialidade, que vá embora agora mesmo!

          Oração: Pai, em nome de Jesus, eu te peço que me purifiques dos muitos pecados que cometi, nos muitos contatos sexuais que tive du­rante a minha adolescência. Agora reconheço que tudo aquilo foi uma abominação para ti e arrependo-me desses pecados. Obrigada por purificar-me, em nome de Jesus Cristo. (Ela também fez confissões de arrependimento de relações específicas, mencionando o nome da pes­soa, tanto quanto conseguiu lembrar-se).
          Declaração: Em nome de Jesus Cristo, eu agora ordeno a todo demônio, que entrou através dos muitos contatos sexuais que tive du­rante a minha adolescência, que vá embora já!

          Oração: Pai, no precioso nome de Jesus, humildemente eu peço o teu perdão por todo o meu envolvimento na feitiçaria. Eu renuncio a tudo isso e arrependo-me de tudo isso, e nunca mais farei isso de novo. Pai, purifica-me de todo esse pecado. Eu te agradeço, em nome de Jesus Cristo.
          Declaração: Em nome de Jesus Cristo, eu renuncio completamente a todo o meu envolvimento com a feitiçaria Ordeno a cada demônio que
entrou em mim por meio da prática da feitiçaria que vá embora agora, em nome de Jesus!

          Oração: Pai, em nome de Jesus, peço o teu perdão por eu ter permitido que o meu corpo fosse usado como um meio para os demônios falarem. Humildemente te peço que me purifiques de meus pecados de funcionar como médium espírita. Eu te agradeço, no precioso nome de Jesus.
          Declaração: Em nome de Jesus Cristo, meu Senhor, eu renuncio, daqui em diante, a todo envolvimento com a condição de médium espírita. E ordeno a todo demônio que entrou em mim como resultado de minha atuação como médium que me deixe imediatamente! Etc. etc.

          Desse modo, Susan foi fechando cada uma das portas de entrada que ela tinha aberto. Ela confessava cada pecado e arrependia-se dele, pedindo a Deus Pai que a purificasse. Então ela ordenava aos demônios, que nela tinham entrado por meio daquele pecado, que saíssem.

Passo 3
          Como Susan havia se envolvido com feitiçaria, mediunidade, projeção astral, hipnose, meditação transcendental e visualização, sabemos que ela estava tendo contato intenso com o mundo espiritual. Ela tinha apren­dido a controlar o seu corpo espiritual, estabelecendo assim uma liga­ção demoníaca entre a sua alma e o seu espírito. Num caso assim, em que a pessoa desenvolveu a comunicação com o mundo espiritual, eu faço com que a pessoa realize uma limpeza geral final, após fechar todas as portas de entrada.
Limpeza Geral:
. No espírito.
. Cortar a ligação entre a alma e o espírito.
. Na mente.
. Na vontade.
. Nas emoções.
. No corpo físico.

          Oração (espírito): Pai, em nome de Jesus, eu te peço que me perdo­es pelo uso pecaminoso do meu espírito e que me purifiques completamente de quaisquer demônios que ainda restem. Eu te peço que seles o meu espírito de forma que nunca mais ninguém possa controlá-lo, exceto tu mesmo. Eu te dou graças por isso, em nome de Jesus.
          Declaração: Agora, em nome de Jesus Cristo, meu Senhor, eu orde­no a cada demônio que ainda reste, ou que ainda esteja afligindo o meu espírito, que vá embora, agora! Nunca mais o meu espírito será usado para servir a Satanás ou a qualquer um de vocês, demônios.

          Oração (cortar ligação entre alma e espírito): Pai, em nome de Jesus, eu te peço que retires completamente, para sempre, a capacidade de comunicar-me com o mundo espiritual de qualquer forma, exceto a que me for dada pelo Espírito Santo. Portanto, estou te pedindo que cortes definitivamente a ligação entre a minha alma e o meu espírito, conforme Hebreus 4:12, e removas todos os demônios que me deram a condição de poder controlar o meu espírito e de poder comunicar-me com o mundo espiritual.
          Declaração: Em nome de Jesus Cristo, eu ordeno a todos os demônios que estejam ligando a minha alma com o meu espírito, que me deram a capacidade de comunicar-me com o mundo espiritual e fazer projeção astral, que me deixem imediatamente!

          Oração (mente): Pai, em nome de Jesus Cristo, eu te peço que me purifiques completamente, que me cures e que faças uma renovação em minha mente. E peço o teu perdão por todas as vezes em que deliberadamente abri mão do controle da minha mente. Eu quero de agora em diante usar a minha mente para servir-te e honrar-te. Dá-me o poder de ganhar novamente todo o controle da minha mente. Eu te agradeço por isso, em nome de Jesus Cristo.           Declaração: Em nome de Jesus Cristo, eu ordeno a todo demônio em minha mente, ou que esteja afligindo a minha mente, que vá embora agora mesmo!

          Oração (vontade): Pai, em nome de Jesus Cristo, eu te peço que me perdoes por ter, com a minha vontade, participado de tantos pecados. Também te peço que me perdoes por deixar que a minha vontade se tornasse tão passiva, de forma a permitir que demônios me controlassem. Pela tua graça, purifica a minha vontade e envia o teu Espírito Santo para nela operar, para ajudar-me a desejar fazer a tua boa von­tade. (Filipenses 2:13.)
          Declaração: Em nome de Jesus Cristo, meu Senhor, ordeno a todo de­mônio em minha vontade, ou que a esteja afligindo, que vá embora, agora!

          Oração (emoções): Pai, em nome de Jesus, eu te peço que me perdo­es por todo o meu ódio, amargura e lascívia, e qualquer outra emoção pecaminosa. Perdoa-me por ter vivido para agradar as minhas próprias emoções. Pela tua graça, purifica as minhas emoções e cura-as, para que elas sejam agradáveis a Ti.
          Declaração: Em nome de Jesus Cristo, meu Senhor, ordeno a todo demônio em minhas emoções, ou afligindo as minhas emoções, que vá embora agora mesmo!

          Oração (corpo físico): Pai Celeste, humilde e sinceramente arrepen­do-me de todas as coisas terríveis que fiz com o meu corpo, pecando contra ti. Em nome de Jesus, peço-te que purifiques completamente o meu corpo e que o cures. Senhor, ajuda-me a usar o meu corpo físico para glorificar-te e honrar-te em tudo que eu fizer. Eu te agradeço por isto, no precioso nome de Jesus.
          Declaração: Em nome de Jesus Cristo, ordeno a todo demônio dei­xado em meu corpo que saia, agora mesmo!

Comentários
          Susan teve grande dificuldade em expulsar os demônios que nela entraram por meio da meditação transcendental, da hipnose e da visualização. Ela tinha passado muitas horas esvaziando a mente em seu intenso uso da meditação transcendental. Quando ela tentava or­denar a esses demônios que saíssem, perdia a consciência ou ficava muito confusa. Ela lutou durante uma hora ou mais, amarrando esses demônios novamente a cada tentativa, até que, finalmente, estabeleceu autoridade sobre eles. Ela orou e pediu ao Senhor que a ajudasse e fortalecesse, para que, pela primeira vez na vida, ela firmasse a sua vontade para não esvaziar a mente.

Acompanhamento Pós-libertação
          Depois da libertação, Susan continuou a ter uma luta com a mente. Ela havia permitido que a sua mente se tornasse extremamente passi­va. Ela impôs a si mesma um programa de memorização das Escritu­ras. Durante as semanas iniciais, chegou a cair várias vezes, permitindo que sua mente se esvaziasse.
          Cada vez que percebia que sua mente havia ficado em branco por um certo período de tempo, ela imediata­mente confessava aquilo como pecado e ordenava aos demônios que haviam voltado a ela, durante o tempo em que havia esvaziado a men­te, que fossem embora imediatamente, em nome de Jesus Cristo. A luta foi intensa, mas ao longo de um período de alguns meses, Susan gradualmente foi reconquistando o controle de sua mente. Assim fa­zendo, conseguiu de novo manter um emprego estável.
          Susan também teve uma luta para aprender a caminhar por fé, ao invés de pelas emoções. Ela estava acostumada a viver em freqüentes extremos emocionais. Êxtases emocionais, lascívia e muitos momentos de recesso emocional, também. Ela queria sentir o amor de Deus, e experimentar êxtases emocionais sentindo o amor de Deus.
          Ela queria ter a alegria e o desejo de ler as Escrituras, ao invés de fazer isso apenas por obediência, quando não sentia vontade alguma de fazê-lo. Com o passar dos meses, à medida em que se firmava em andar em obediência aos mandamentos de Deus na Bíblia, apesar de seus senti­mentos, suas emoções começaram a tornar-se mais regulares, deixan­do de ocorrer aquelas enormes flutuações emocionais.
          Quem quer que tenha estado infestado por demônios por tantos anos, como Susan, deve entender que leva pelo menos um ano para estabi­lizar-se, após a libertação. É necessário tempo, persistência e  obediência à Palavra de Deus, para desenvolver um caminhar com o Se­nhor em fé. Seja paciente. O Senhor fará grandes mudanças em sua vida, mas isso leva algum tempo.

Caso Número 2: Ron
          Ron (não é este o seu nome real), de 30 anos, veio procurar-me apre­sentando, como queixa principal, não estar mais conseguindo ler a Bíblia ou orar, exceto em línguas. Ele tinha dores abdominais quase contínuas, dificuldade em dormir e profunda depressão. Tinha buscado ajuda em várias igrejas no ano anterior, sem sucesso.
          Sua mãe, tendo se deparado com os meus livros, pediu a Ron que os lesse. Depois de lê-los, ele telefo­nou e pediu para me ver pessoalmente. Eu concordei, e prestei acon­selhamento a Ron juntamente com um pastor que trabalha comigo. Eu gostaria de enfatizar de novo que nunca ministro homens sozinha. Sempre trabalho com outro irmão em Cristo, que conduz a entrevista.
          Eis aqui a história de Ron, tal como nos contou quando o entrevista­mos sobre a sua vida.

A história de Ron
          Ron nasceu de pais cristãos, que eram missionários no México. Ele não tinha conhecimento de quaisquer problemas de herança, pois seu pai e sua mãe vinham de uma longa linhagem de famílias cristãs.
          Tudo correu bem até Ron completar dezesseis anos. Naquela épo­ca, seus familiares voltaram aos Estados Unidos por um ano. Durante aquele período, sua mãe caiu em adultério e, como resultado, o casa­mento se desfez. Na luta emocional por que passou com o divórcio de seus pais, Ron buscou ao Senhor pessoalmente pela primeira vez.
          Ele aceitou Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Teve uma experiên­cia profunda com o Senhor e passou a servi-lo com muito entusiasmo. Sua alegria era ler a Bíblia e orar.
          Cerca de seis meses depois da sua salvação, Ron foi convidado a participar de um reavivamento de jovens num retiro cristão. Ele foi, e gostou muito do fim de semana. O retiro foi bom, exceto por uma coisa. Eles ensinaram errado sobre o batismo no Espírito Santo. Ao final do último culto no retiro, que foi um culto muito emocional, foi feito um convite a todos os que queriam receber o batismo no Espírito Santo. Naturalmente, Ron queria, e assim ele foi ao altar receber ora­ção.
          Infelizmente, as pessoas que foram ao altar foram orientadas a fechar os olhos e manter os braços e mãos levantados. Então lhes dis­seram para sacudir os braços e as mãos, relaxando-os, e daí parar completamente de controlar os braços e as mãos, esvaziando a mente e abandonando o controle da mente e do corpo ao "Espírito Santo". Disseram a eles que, quando fizessem isso, o Espírito Santo estaria então livre para entrar e assumir completamente o controle deles. Ron era um cristão muito jovem e inexperiente para perceber o erro de tal ensino, e assim procurou seguir as instruções completamente.
          Ron disse que, quando começou a relaxar os braços e as mãos, e esva­ziar a mente de todos os pensamentos, subitamente sentiu algo apanhar suas mãos. Então sentiu uma carga de energia percorrer seus braços até o estômago, com uma força tal que o lançou de costas. Ele sentia como se uma bola de fogo estivesse em seu estômago, irradiando-se para o peito à medida em que ele começava a falar em línguas. Ele sentiu regozijo e foi para casa pensando que havia sido batizado no Espírito Santo. Infelizmente, Ron havia cumprido as condições para receber um demônio, esvaziando a mente e abandonando o controle sobre o seu corpo.
          Pouco depois do retiro, alguém deu a Ron um livro sobre como ouvir o Senhor falar. Este livro ensinava que o cristão tem que esvaziar a mente, desvencilhando-a de todos os pensamentos, e esperar silen­ciosamente no Senhor, para que o Espírito Santo pudesse lhe falar. Isso está, é claro, completamente errado, mas Ron aceitou isso como verdade, porque foi assim que ele começou a falar em línguas no culto do retiro.
          Agindo assim, Ron aprendeu a esvaziar a mente rapidamente e experimentou muitos momentos de êxtase emocional, que inter­pretou como sendo a presença do Senhor. Através desses momentos de meditação, Ron recebeu três espíritos-guias. Como você supõe que eles se auto-denominavam? "Pai, Filho e Espírito Santo", natural­mente. De que mais os espíritos-guias chamariam a si próprios, para um cristão?
          Naturalmente, Ron não percebeu que eram espíritos-guias demoníacos. Pensou que estava ouvindo o Senhor. Ele teve longas conversas com o "Senhor" e recebeu muitas direções desses espíritos. Porém, Ron devia ter percebido que ele não estava ouvindo o verda­deiro Senhor, quando os espíritos começaram a conduzi-lo ao peca­do. Eles disseram a Ron que ele era "especial" e torceram e modifica­ram as Escrituras para possibilitar toda sorte de pecados que vão diretamente contra os mandamentos de Deus.
          Ron foi a um colégio cristão e então prosseguiu entrando em um seminário. Enquanto estava no colégio, seus três espíritos-guias rapidamenente o levaram à pornografia, a múltiplas relações sexuais e, finalmente, ao homossexualismo.
          Ron terminou seus estudos e tornou-se pastor associado em uma grande igreja avivada no Texas. Ele era o pastor da mocidade. No tempo em que esteve nessa igreja, envolveu-se em cura interior utilizando  visualização e imaginação dirigida. Por causa de sua habilidade de esvaziar a mente e contatar o mundo espiritual, tornou-se especialista nessas técnicas e era muito procurado, no quadro de aconselhamento da igreja.
          Paulatinamente foi atraindo mais e mais jovens a uma experi­ência homossexual, sentindo-se justificado diante de seus pecados em todo o tempo por seus três espíritos-guias demoníacos.
          Após cerca de três anos trabalhando como pastor da mocidade, Deus, em sua misericórdia, começou a operar na vida de Ron. Um irmão cristão veio à igreja de Ron e o desafiou, dizendo-lhe que suas experiências no mundo espiritual não eram de Deus.
          Ron ficou chocado e não podia aceitar a possibilidade de estar sendo enganado. En­tão, como resultado do desafio daquele irmão, Ron começou a convencer-se de que seus encontros homossexuais eram pecado. Decidiu corrigir-se e casar-se. Ron começou a sair com uma moça que também fazia parte do quadro de aconselhamento da igreja. Entretanto, ela era uma feiticeira.
          Ela queria casar-se com Ron, e começou a colocá-lo sob o seu controle. Ron ficou apavorado quando percebeu que ela estava controlando toda a sua vida. Ron tentou interromper o seu relacionamento com ela e foi então que o problema começou.
          Quando ele não estava fisicamente na presença da moça, sentia fortes dores abdominais. Rapidamente chegou ao ponto em que não podia mais ler a Bíblia nem orar, exceto em línguas. Assustado e deprimido, Ron fugiu.
          Largou o emprego como pastor associado daquela igreja e foi para outro estado, ao norte, em busca de ajuda para libertar-se dos encantamentos que a feiticeira havia colocado nele. Ele foi de igreja em igreja durante um ano, sem conseguir nenhuma ajuda. Foi então que ele veio nos procurar.
          Conversamos por um longo tempo com Ron, fazendo uma lista de portas de entrada. Ron teve grande dificuldade de aceitar o fato de que os três espíritos-guias que ele ouvia tão regularmente eram, na verdade, espíritos-guias demoníacos. Mostrei a ele, pelas Escrituras, que esses espíritos davam provas da sua natureza pelo fato de que o haviam conduzido a toda sorte de pecados sexuais. Pela primeira vez, Ron teve que encarar de frente o fato de que Deus não fez nenhuma exceção especial em seus mandamentos, como os espíritos-guias lhe haviam dito.
          Ron ficou particularmente hesitante em abrir mão de suas línguas. Ele argumentou que a única forma em que podia orar era em línguas. Isso, por si só, era prova de que suas línguas não eram do Espírito Santo, Os demônios tinham levado Ron a tal escravidão que ele, literalmente, não podia orar em sua própria língua. Ele podia orar somente sob o controle do demônio, em uma língua demoníaca.
          Passamos várias horas com Ron, ajudando-o a orar com relação a todas as portas de entrada, arrependendo-se, fechando-as e ordenando aos demônios que fossem embora. Enquanto orava, o Senhor fez uma obra notável, revelando-lhe continuamente outros pecados que ele tinha esquecido de nos contar.
          Depois de Ron haver fechado, uma a uma, cada porta de entrada, ele também fez uma limpeza geral do espírito, cortando a ligação entre alma e espírito, e entre alma e corpo,. como descrevi no caso número 1. Depois de concluir tudo isso, estávamos exaustos.
          Demos um grande suspiro de alívio e assentamo-nos no chão, onde estivéramos ajoelhados.
          - Uau!, Ron, - comentei - o Espírito Santo realmente fez uma obra poderosa em você. Não foi maravilhoso como ele lhe foi mostrando aquelas áreas que você tinha se esquecido de nos dizer?
          Ron sacudiu a cabeça, dizendo:
          - Sim, creio que sim, mas acho que não aconteceu nada.
          - O que você quer dizer com isso? - perguntei.
          - Quero dizer que acho que nenhum dos demônios foi embora, pois eu não senti nada.
          Foi somente a graça do Senhor que me impediu de agarrar o pescoço de Ron ali mesmo. Já estava muito tarde e havíamos gasto cerca de cinco horas exaustivas com ele, e ele achava que nada havia acontecido porque ele não sentia nada! Esta é uma demonstração muito boa da armadilha em que muitos milhares de cristãos têm caído. Se eles não sentem algo, acham que nada aconteceu!
          Mas na fé não há sentimentos!

Acompanhamento
          Ron teve um ano muito difícil depois da sua libertação. Ele exigia continuamente recompensas emocionais, e sentia que o Senhor não estava interessado em um relacionamento com ele, porque não havia lhe dado os sentimentos que ele desejava. Ron também continuou a sentir dor abdominal, embora não tão aguda. Eu lhe disse que os demônios podiam criar e criariam, fora dele, os mesmos sintomas que tinham criado quando estavam nele. Mas Ron recusava-se a aceitar qualquer desconforto. Aconselhei-o a realizar um exame médico com­pleto, e ele o fez.
          Os médicos não foram capazes de identificar nenhum problema físico. O pastor que me ajudou na libertação de Ron continuou a aconselhá-lo e, por fim, Ron firmou-se em uma boa igreja cristã. Estimulei Ron a passar bastante tempo estudando a Bíblia e memorizando as Escrituras. Também o aconselhei a pedir ao Senhor para falar com ele somente através das Escrituras por algum tempo, porque Ron estava acostumado a ter comunicação com os demônios.
          Foi um ano muito difícil, mas Ron começou a crescer espiritualmente e a aceitar andar pela fé. Ele sentiu facilidade imediata para orar, após  a libertação, e pôde ler a Bíblia sem dificuldade. Conseguiu um emprego secular e disciplinou a sua vida. Perdi o contato com ele depois de passado um ano, mas a essa altura a sua dor abdominal tinha cessado e ele estava crescendo ativamente no Senhor.
          O que entristece o meu coração é ver terríveis danos como esse sendo feitos a tantos jovens, que se dispõem a servir ao Senhor com tanto fervor, causados por um ensino errado.
          Quantos Rons haverá em nossas igrejas hoje? Acho que ficaríamos espantados se soubéssemos. Como essas coisas devem entristecer o coração do nosso Senhor. Eu louvo muito ao Senhor por sua paciência e por sua maravilhosa graça na vida de cada um de nós, e na vida de pessoas como Ron. Verdadeiramente, Jesus veio para libertar os cativos!

Caso Número 3: Sam
          Sam (não é este o seu nome real) tinha 18 anos de idade quando o vi pela primeira vez. Ele tinha ouvido falar de meus livros num estudo bíblico que estava freqüentando, mas ainda não os havia lido quando veio procurar-me. Ele veio à minha procura por causa de uma experi­ência horrível por que passara duas semanas antes. Ele buscava uma explicação para o que lhe tinha acontecido.
          Sam estava em seu quarto uma determinada noite quando, subita­mente, sentiu um terrível odor como de enxofre queimado. De repente dois enormes demônios entraram através do chão do seu quarto e apareceram a ele. Os demônios lhe disseram que ele não era o cristão que pensava ser. Disseram que ele estava, na verdade, servindo a Sa­tanás e que Satanás estava exigindo que ele assinasse um contrato com o seu próprio sangue, vendendo o seu corpo, a sua alma e o seu espírito. Chegaram até mesmo a dizer-lhe que tinha que demonstrar a sua absoluta fidelidade e submissão a Satanás, matando a professora do seu estudo bíblico.
          Depois de dizerem tudo isso a Sam, os demônios desapareceram da mesma forma súbita como haviam aparecido. Sam perguntou a si mes­mo, a princípio, se tinha sonhado tudo isso, mas a experiência toda era muito real para ser um sonho. Falou então com a professora do estudo bíblico acerca do episódio e ela recomendou que ele me procurasse, em busca de aconselhamento.
          Dizer que Sam estava extremamente abalado seria pouco. Antes daquela visita dos demônios, Sam nem mesmo acreditava que eles existiam e, certamente, nunca acreditou que eles poderiam visitá-lo!
          É óbvio, deveria haver algo bem mais abrangente nessa história de Sam do que simplesmente essa visita de demônios. Quero enfatizar novamente que não devemos nos deixar ser levados a olhar para os sintomas ou para uma única ocorrência. Há sempre uma causa funda­mental para o problema.
          Pedi a Sam que me falasse sobre a sua vida tão detalhadamente quanto conseguisse lembrar-se. Esta foi a sua história:

A História de Sam
          Sam nasceu de pais cristãos. Cresceu num lar cristão e freqüentou somente escolas cristãs. Aos cinco anos, Sam recebeu uma visita de Jesus e foi chamado a pregar o evangelho. Como resultado, durante toda a sua vida, Sam planejou tornar-se pastor.
          Tudo ia bem até Sam completar treze anos. Subitamente, para seu horror, passou a sentir desejos homossexuais muito fortes! Sam nunca havia sido molestado sexualmente nem participado de pornografia ou de homossexualismo de nenhum tipo.
          Ele não escutava música rock, nem ia ao cinema, nem mesmo assistia à televisão exceto em raras ocasiões. Sam sabia, pela palavra de Deus, que o homossexualismo é uma abominação para o Senhor.
          Ele não ousava falar com ninguém sobre o problema porque não conhecia ninguém que pudesse enten­der a situação. Sam lutava sozinho contra os desejos homossexuais. Ele não se deixou levar a praticar nenhum ato homossexual de ne­nhum tipo. Quanto mais ele se esforçava para colocar as ânsias e os desejos para fora de sua mente, piores eles pareciam ficar.
          Com a idade de quinze anos, Sam ingressoou numa escola cristã. Os desejos homossexuais cresciam rapidamente, com intensidade tal que Sam caiu em profunda depressão por causa do problema, que parecia não ter solução.
          Suas notas começaram a ser afetadas - ele sempre tinha tirado notas muito altas. Ao fim do primeiro ano na escola, Sam estava tão deprimido que tentou cometer suicídio  tomando uma dose excessiva de pílulas. Ele foi levado inconsciente às pressas, para um hospital, mas a sua vida foi salva.
          Sam procurou o pastor de sua igreja para aconselhar-se, mas não conseguia contar ao pastor o seu verdadeiro problema. A tentativa de suicídio foi considerada uma reação ao estresse de uma nova escola, e ao fato de ser aquele o primeiro ano do nível médio.
          Quando ingressou no segundo ano, começou a beber álcool, para tentar superar a depressão. Por perder suas inibições em decorrência do álcool, começou a ter contatos homossexuais. Ele odiava o que estava fazendo, e sabia que era errado, mas não conseguia parar. Sua vida tomou-se um ciclo interminável de arrependimento e clamor para que Deus o ajudasse: vinha a depressão por não encontrar nenhum auxílio, então bebia para superar a depressão, e então tinha desejos homossexuais, e de volta vinha-lhe o sentimento de culpa, seguindo-se o arrependimento.
          Vez após vez, esse ciclo continuou durante os seus últimos três anos na escola. Sam notou que, imediatamente após o seu primeiro encontro homossexual, ele subitamente passou a ter um tem­peramento violento e tinha dificuldades de controlar-se, quando se enfurecia cegamente. Sam nunca havia tido problemas de tempera­mento violento antes. Descobriu que pensamentos de matar alguém enchiam a sua mente durante grande parte do tempo. Isso era algo por que Sam nunca tinha passado antes. Isso aumentava a sua culpa, a sua depressão, o seu alcoolismo, e todo esse seu ciclo vicioso.
          Ao graduar-se na escola, Sam inscreveu-se num seminário cristão em que planejava estudar para tornar-se pastor. Cortou seus contatos com seus parceiros homossexuais durante o verão, antes do seminário, e começou a freqüentar um grupo de estudo bíblico, num esforço adicional para dar um fim a seu problema. Foi em agosto, um mês antes de ter que sair para ir ao seminário, que os demônios apareceram a ele.

A Libertação de Sam
          Depois de ouvir a história de Sam, eu sabia que estávamos nos de­parando com dois problemas principais. Demônios tinham entrado em Sam através da tentativa de suicídio, do alcoolismo, e dos atos ho­mossexuais, naturalmente. Mas o primeiro problema que enfrentáva­mos era: de onde tinham vindo os seus desejos homossexuais? É claro que foi por meio de um demônio que estava em Sam, mas qual teria sido a porta de entrada?
          O segundo problema era o seguinte: Sam claramente tinha um chamado especial de Deus. Mas, por tudo que Sam disse, eu não estava convencida nem mesmo de que ele era salvo. É incontável o número de pessoas que vêm me procurar em busca de aconselhamento, que foram criadas em lares cristãos e freqüentaram igrejas cristãs durante toda a sua vida e que não estão salvas.           Elas simplesmente presumem que estão!
          Comecemos pelo começo. Eu desafiei Sam:
          - Sam, se você caísse morto neste exato momento, para onde você iria: para o céu ou para o inferno?
          Ele parou por um momento e disse, sério:
          - Bem, espero que seja para o céu.
          Eis aí a minha resposta. Sam não era salvo, exatamente como eu suspeitava. Prossegui então questionando-o:
          - Diga-me, Sam, você deu uma resposta àqueles demônios?
          Sam sacudiu a cabeça, negativamente.
          - Não, eu queria dizer a eles que desistissem, pois eu jamais serviria Satanás, mas eu simplesmente não pude. Eu não entendo por quê.
          Era óbvio que Sam estava amarrado pelos demônios. O irmão cris­tão com quem eu estava trabalhando nessa ocasião nunca tinha visto um caso de aprisionamento demoníaco impedindo a salvação, e assim eu conduzi Sam a prosseguir, para mostrar claramente àquele irmão o que estava acontecendo.
          - Sam - disse-lhe - decida agora a quem você vai servir. Você quer servir a Satanás, ou a Jesus Cristo?
          Sam moveu-se inquieto.
          - Rebecca, eu quero decidir, mas simplesmente não consigo tomar tal decisão. Realmente não consigo.
          Levantei-me e entreguei a Sam um pedaço de giz para escrever no quadro-negro que havia no escritório. Fui ao quadro e desenhei uma linha vertical bem no centro. Eu escrevi "Satanás" de um lado, e "Je­sus" do outro. Então perguntei a Sam:
          - Você conhece as Escrituras melhor que qualquer rapaz de dezoito anos que eu já tenha visto. Quero que você escreva os prós e os con­tras de servir a Satanás e de servir a Jesus. Então tome a sua decisão.
          Sam foi ao quadro e escreveu versículo após versículo. Ele não levou muito tempo para encher todo o quadro. Quando terminou, virou se para nós e disse:
          - A resposta é óbvia. Não há nenhum benefício em servir a Satanás.
          - Muito bem, - disse - então, decida, Sam. A quem você vai servir? Sam sentou-se, em postura de derrota.
          - Eu quero decidir-me por Jesus, mas simplesmente não consigo. Oh, é inútil. Eu sou incapaz de tomar uma decisão.
          - Não é não, Sam. O que você não percebe é que os demônios que estão em você literalmente o estão impedindo de aceitar a Cristo. Na verdade, eles o têm aprisionado desde a infância. Você sabe que foi chamado por Jesus Cristo para um ministério, mas nunca foi capaz de realmente tornar Jesus seu Senhor e Salvador, não é?
          Sam acenou afirmativamente.
          - Sim, é verdade. Eu não podia dizer a ninguém em minha família, ou na igreja. Todos sabiam que eu tinha recebido uma visita de Jesus com a idade de cinco anos. Todos sabiam que eu era chamado para pregar. Como poderia dizer a eles que eu não era sequer salvo? Eu simples­mente não podia!
          Pastores, quantas pessoas há em suas congregações com este terrí­vel problema? Eu os conclamo a colocar-se de rosto em terra diante do Senhor e descobrir. Então falem com as pessoas. Façam com que saibam que problemas deste tipo existem, e assim não terão receio de falar com vocês sobre isso.
          Pedi então ao irmão que me assistia na ministração de Sam que o ungis­se com óleo e tomasse toda a autoridade sobre os demônios que estavam em Sam, e que os amarrasse, em nome de Jesus. E assim ele fez.
          Antes de Jack terminar completamente a sua oração, Sam saltou da sua cadeira e caiu de joelhos no chão, com lágrimas escorrendo em sua face. Ele chorava, chorava e orava, pedindo a Jesus que o per­doasse e lavasse seus pecados com o seu precioso sangue. Pediu a Jesus Cristo para tornar-se seu Senhor, Salvador e dono da sua vida, e entregou completamente a sua vida a Cristo. Sam ficou algum tempo chorando diante do Senhor e confessando seus pecados. Levantou-se então do chão sendo agora um rapaz diferente, isso eu posso garantir.
          Agora que Sam estava realmente salvo, começamos a procurar a raiz do problema. Minha experiência tem sido que demônios de natu­reza sexual que são herdados, ou que foram colocados numa criança numa idade muito pequena, vêm à tona na puberdade.
          Quando os hormônios começam a fluir, à medida em que os jovens atingem a idade entre 12 e 14 anos, os demônios sexuais vêm à tona para assu­mir o controle. Foi isso o que aconteceu com Sam.
          Não conseguimos descobrir em Sam nenhuma porta de entrada em sua infância. Então voltamos a nossa atenção para a possibilidade de herança. A mãe de Sam tinha antecedentes cristãos. Mas a história de seu pai era diferente.
           Antes de casar-se com aquela que foi a mãe de Sam, seu pai tinha sido um homem muito promíscuo sexualmente, ape­sar de Sam não saber de nenhuma homossexualidade nele. A mãe de Sam ficou noiva de seu pai sabendo que ele não era cristão. Finalmente, na noite antes do casamento, a mãe de Sam disse ao seu futuro marido que se ele não aceitasse a Cristo naquela noite não haveria casamento no dia seguinte. O pai de Sam fez uma declaração de fé naquela noite, mas é de se questionar o grau de sinceridade de tal declaração.
          Sam disse que o casamento deles não foi um casamento particularmente feliz, mas, até onde ele sabia, seu pai nunca havia tido encontros sexuais fora do casamento. Ele freqüentava a igreja regularmente, apesar de não com muito entusiasmo. Eis aí a fonte da herança de Sam: seu pai.
          Sam então enumerou e confessou todas as portas de entrada e ex­pulsou os demônios que haviam entrado nele através dessas portas de entrada. Para recapitular, suas portas de entrada tinham sido:
·    Herança.
·    Tentativa de suicídio.
·    Embriaguez.
·    Práticas homossexuais.
·    Violência.

          Como observei anteriormente, tenho visto que a violência e o assassinato andam de mãos dadas com demônios do homossexualismo. Não sei por que isso ocorre, é apenas um fato que tenho constatado.
          Depois que Sam terminou de expulsar todos os demônios, eu lhe disse
          - Sam, você ainda tem algo pendente que precisa concluir.
          Ele me olhou com aquela cara demonstrando uma grande interrogação
          - O quê?
          - Você ainda não deu a Satanás e àqueles demônios uma resposta direta quanto à exigência que eles lhe fizeram quanto a servi-los.
          Um grande sorriso despontou na face de Sam. Ele pulou, colocando-se de pé.
          - Você está certa! - exclamou, e continuou:
          - Satanás e vocês, demônios, agora eu sou servo de Jesus Cristo e o servirei para sempre. No precioso nome de Jesus Cristo, meu Se­nhor, eu ordeno a vocês que saiam de mim para todo o sempre!
          Mantive contato com Sam durante dois anos, depois da sua libertação. Ele continuou a lutar com desejos homossexuais em seus pensamentos. Os demônios colocavam esses pensamentos em sua mente, agindo de fora. Ele dedicou-se a um programa de memorização das Escrituras e disciplinou vigorosamente a sua mente para trazer todo pensamento cativo em obediência a Cristo (2 Coríntios 10:5).
          A bata­lha não tem sido fácil, mas Sam está crescendo no Senhor e não caiu novamente na embriaguez ou no homossexualismo, desde a sua liber­tação. Louvo a Deus por sua obra maravilhosa na vida de Sam!
          Eu poderia escrever um livro exclusivamente contando histórias e mais histórias, reais, de casos de libertação. Entretanto, creio que es­tes três casos lhe darão um bom exemplo de como conduzir uma liber­tação. Escrevi um capítulo separado sobre a libertação dos que estiveram envolvidos no Satanismo. Antes, porém, vou abordar breve­mente mais algumas situações específicas com respeito à libertação.

Libertação de Pessoas que Tiveram Envolvimento com Religiões Asiáticas
          Esta é uma área de libertação na qual admitirei francamente que te­nho mais perguntas do que respostas. Os que se envolveram com re­ligiões asiáticas e formas orientais de meditação desenvolveram uma mente extremamente passiva.
          Um outro problema sério é o uso inten­so de técnicas de lavagem cerebral e hipnose. Há "ganchos" demoní­acos profundos colocados na mente dessas pessoas. Esses "ganchos", diante de uma visão, de uma palavra, de um gesto, ou apenas de um odor, fazem com que se desencadeie um transe e o controle demonía­co completo.
          Eu não sei, até este momento, como fazer para remover esses "ganchos" demoníacos. Uma pessoa que teve esse envolvimento pode parecer estar completamente liberta, mas subitamente entra em estado de transe (um estado em que a sua mente fica vazia e ela perde o controle), sem nenhum motivo aparente. Este estado, naturalmente, permite que os demônios voltem a entrar nelas. Tenho visto isso ocor­rer muitas vezes com pessoas oriundas dos diversos segmentos dentro do movimento da Nova Era.
          As pessoas que ficam sob o controle de gurus dão ainda mais um passo muito perigoso. Como sabemos, os satanistas ocidentais sabem que estão fazendo o mal, mas estão dispostos a isso para obter poder. As pessoas que ficam sob o controle de um guru perdem a capacidade de distinguir entre o certo e o errado e aceitam o mal como sendo bem. Eu ainda não vi ninguém nesse estado ser liberto.
          O problema principal com todos os que saem de uma forma oriental de meditação e das religiões asiáticas é superar a mente passiva! Cui­dado. A única coisa que impede que os demônios operem livremente através de um ser humano é o seu livre arbítrio.
          Deus deu a cada um de nós o precioso dom de uma vontade livre. O objetivo de todas as religiões asiáticas é levar o ser humano a abrir mão totalmente de seu livre arbítrio. Isso permite que os demônios assumam o controle des­sas pessoas e as usem para fazer o que desejarem.
          Renunciar ao nosso livre arbítrio é um pecado muito sério. O próprio Deus não controla a nossa livre vontade. As Escrituras nos dizem que o Espírito Santo opera em nós para nos capacitar a fazer a vontade de Deus (Filipenses 2:13).
          Freqüentemente eu oriento essas pessoas a pedirem perdão a Deus por abrirem mão do seu livre arbítrio, pedindo ao Senhor que lhes restitua a sua livre vontade. Este parece ser um ponto chave para ajudá-las a estabelecer controle sobre os demônios que estão nelas.

Libertação de Crianças
          É extremamente importante libertar as crianças numa idade bem pe­quena. Pais, se vocês tiveram que fechar as portas de entrada na vida de vocês, então vocês devem cortar as linhas de herança em seus filhos e ordenar aos demônios que eles herdaram para irem embora.
          Escrevi sobre a libertação de crianças em Prepare-se para a Guerra e, assim, não repetirei aqui o que já disse. Vou apenas fazer algumas observações adicionais.
          A libertação de crianças que foram criadas por pais envolvidos no ocultismo é muito difícil. Esta é uma outra área em que eu tenho mais perguntas do que respostas.
          Quando uma criança atinge a idade de apro­ximadamente quatro anos, rapidamente aprende a controlar os demônios dentro de si. É nesse ponto que o terrível problema começa! Crianças pequenas têm grande dificuldade em ser consistentes. Mas, mais do que isso, é muito difícil persuadir uma criança pequena de que ela não deve fazer algo que a beneficie.
          Tendo sido expulsos os demônios, na primei­ra vez em que a criança quiser alguma coisa que não puder ter, pedirá aos demônios para que entrem nela, de forma a poder usá-los para obter o que quiser! O ciclo parece ser interminável!
          Nunca subestime a força demoníaca que as crianças podem mani­festar. Um menino de seis anos esteve morando em minha casa por quatro meses. Ele tinha sido criado em um grupo local satânico. O menino era tão poderoso no uso da feitiçaria que matou um de nossos animais de estimação apenas olhando para ele, quebrou um de meus ossos com um de seus encantamentos, e quase matou duas outras pessoas.
          Essa criança tinha sido especialmente gerada para uma alta posição na bruxaria e foram-lhe dados demônios muito poderosos ao nascer. Tentamos levá-lo a Cristo, mas cada vez ele se recusava a manter os demônios fora de si mesmo por mais de um dia, porque sempre queria usá-los em seu benefício. Ele controlava todos os garo­tos de sua classe na escola e os professores também.
          Quando come­çou o primeiro ano, em dois dias estava lendo como um menino do terceiro ano. Naturalmente, seu espírito-guia demoníaco realizava a leitura para ele. Dava sempre para saber os poucos dias em que ele não estava com os seus demônios, porque ele fazia errado todos os deveres da escola daquele dia. Nos outros dias, ele tirava a nota má­xima em tudo.
          Pais, estejam alertas para os sintomas de demonização em seus fi­lhos. Quaisquer sinais de maturidade, funcionamento ou interesse na área do sexo numa criança, além do que é normal em sua idade, deve ser considerado um sinal de alerta muito forte. Tentativas de matar seres humanos ou animais são um sinal seguro. Pesadelos freqüentes com conteúdo demoníaco e os diversos sintomas que mencionei no capítulo "O Abuso de Crianças em Rituais", em "Prepare-se para a Guerra", nunca deverão passar desapercebidos.
          Recomendo enfaticamente o livro do Dr. Dobson, "The Strong Willed Child" (A Criança Voluntariosa). Este livro não trata do assunto de crianças possuídas por demônios, mas os princípios expostos no livro serão muito úteis a qualquer pai com uma criança assim. Os pais têm de ser absolutamente consistentes na disciplina de tais crianças. A cri­ança deve aprender que a vida é muito mais agradável quando ela mantém os demônios fora de si, do que quando os deixa entrar.
          Os pais devem ordenar que os demônios que estão na criança sejam amarrados, antes de punir a criança, ou a criança usará os demônios para não sentir nenhuma dor. (Veja no próximo capítulo informações adicionais sobre libertação em casos de abuso em rituais.)
          Pais, estejam alertas com relação aos brinquedos de seus filhos e com relação aos desenhos animados que assistem. Um dos espíritos-guias mais comuns que tenho encontrado em crianças é She-Ra, princesa das trevas, do desenho animado do He-Man. Quando pergunto à criança como ela soube que She-Ra é um espírito, a resposta é, sempre, "enquanto eu brin­cava com ela e assistia o desenho, ela apareceu e me disse isso".

Libertação de Pessoas que Foram Católicas
          O problema básico do catolicismo romano é a idolatria praticada. Conclamo o leitor a ver o capítulo sobre o catolicismo em "Prepare-se para a Guerra". São quatro os sintomas comuns em pessoas que saíram do catolicismo romano e que aceitaram a Cristo, mas que nun­ca foram libertas:
·    Uma luta quase contínua para obter a certeza da salvação.
·    Um forte e atormentador desejo ou compulsão para voltar a partici­par da comunhão católica.
·    Uma tendência à automutilação, por causa da penitência que é co­mumente praticada nessa igreja.
·    Alguns têm visões freqüentes no mundo espiritual. Isso advém da comunicação ocultista e orações aos espíritos de pessoas mortas, como a Maria e aos santos.

O estabelecimento da ligação entre a alma e o espírito é comum.

Sintomas que Ocorrem Quando Há Ligação entre a Alma e o Espírito
São os seguintes:
·     Visões freqüentes ou comunicações com o mundo espiritual.
·     A pessoa tem como controlar quando receberá uma visão ou comu­nicação do mundo espiritual.
·     Habilidade de ver auras. Auras são luzes de vários tipos e cores, em torno de pessoas e objetos.
·     Habilidade de "ver" demônios freqüentemente.

          A ligação entre alma e espírito pode ocorrer quando houve envolvimento com qualquer uma das seguintes práticas:
·     Projeção astral ou experiências fora do corpo.
·     Visualização e imaginação dirigida.
·     Qualquer forma de meditação oriental ou qualquer coisa que esvazie a mente.
·     Habilidade de ver espíritos no espelho, ou mudanças na imagem do espelho.
·     Habilidade em "ver" o jogo em Calabouços & Dragões e em outros jogos de fantasia tipo RPG.
·     Contatos sexuais com espíritos - esteja sempre alerta a isso, são comuns!
·     Habilidade de levitar objetos.
·     Habilidade de ver ou ouvir espíritos demoníacos.
·     Ter servido como médium espírita.
·     Envolvimento em artes marciais.
·     Envolvimento em terapia corporal (biofeedback).
·     Hipnose - especialmente a habilidade de hipnotizar uma outra pessoa.
·     Contato com UFO's ou com extraterrestres.

Sexo com Demônios
          Esta é uma área sobre a qual bem poucas pessoas estão dispostas e escrever porque têm receio de ser ridicularizadas. A maioria dos cristãos ri só de ouvir falar nisso e diz que isso é impossível. Mas os ocultistas sabem a realidade disso, e o mundo também sabe.
          Apenas dois meses antes da publicação deste livro a CBS apresen­tou um filme de duas horas de duração pela primeira vez na TV, cha­mado "The Entity" (A Entidade). Este filme conta a verdadeira história  sobre o que aconteceu em Los Angeles em 1976, e foi pesquisada por pessoas na UCLA (Universidade da Califórnia - Los Angeles). É a história de uma mãe jovem, divorciada, que tem três filhos, e que os cria sozinha. De repente, numa noite ela é atacada e estuprada por um ser invisível. Os ataques continuaram e envolveram as crianças e, finalmente,  os pesquisadores.
          Esse filme partiu o meu coração! Quão acuradamente ele ilustrou a total impotência de uma pessoa à mercê de um poder demoníaco! Se tão somente aquela mulher fosse cristã e conhecesse o poder que es­tava à sua disposição em nome de Jesus Cristo! No final do filme, foi informado que ela havia se mudado para o Texas, mas agora, já tendo se passado mais de dez anos, ela ainda vinha sofrendo esses ataques, apesar de não com tanta freqüência.
          Como eu oro para que o nosso Senhor faça essa mulher cruzar o caminho de algum cristão que não se ria dela nem diga ser impossível isso por que ela diz estar passando, mas que lhe compartilhe a solução - o poder que existe em nosso maravilhoso Senhor Jesus Cristo!
          Se você quiser ler um outro livro que aborda brevemente esses pro­blemas, leia Earth's Earliest Ages (As Épocas Mais Antigas da Ter­ra), de G. H. Pember (Kregel Publications, Grand Rapids, Michigan).
          Gênesis 6:8 e outras passagens nos deixam muito pouca dúvida acerca da validade das experiências dessas pessoas. Tal pecado sexual é uma abominação ao nosso Senhor! Mas nós, cristãos, temos que ser ca­pazes de ajudar as pessoas a se libertarem da escravidão dessa forma de pecado.
          Todas as pessoas em todas as formas de feitiçaria, de Satanismo e de religiões orientais têm relações sexuais com vários tipos de espíri­tos. Em países asiáticos, isso é chamado "sexo astral". Como isso ocorre?
          A pessoa sente todas as sensações físicas do ato sexual, ape­sar de o parceiro ser um espírito e não um parceiro físico.
          Pessoas envolvidas com o Satanismo têm comumente sexo com demônios. O problema é que, uma vez que elas se entreguem a Cristo, os demônios não estão dispostos a desistir delas. Há uma luta muito real após a libertação, para derrotar os demônios que periodicamente voltam para tentar estuprar a pessoa.
          A única opção é lutar! Recordo-me de uma jovem com trinta e poucos anos de idade, a quem aconselhei, que havia sido sexualmente muito usada e abusada, na feitiçaria. Após sua salvação e libertação, ela passou por um período terrível, em que os demônios vinham de noite para estuprá-la.
          A princípio, ela cedia, devido à terrível dor física que sentia quando tentava resistir a eles. Cada vez que ela cedia, mui­tos demônios eram colocados nela através do encontro sexual.
          Conversamos bastante sobre o problema e, finalmente, mostrei a ela a seguinte passagem em Hebreus:
          "Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes re­sistido até ao sangue." (Hebreus 12:4)

          Eu lhe disse que ela deveria pedir ao Senhor uma dose extra de graça para suportar até o fim toda a dor por resistir ao ataque demo­níaco, custasse o que custasse. Ela finalmente o fez. Na ocasião se­guinte em que um demônio veio para ter sexo com ela, começou a repreendê-lo no nome de Jesus, ordenando-lhe que fosse amarrado e que fosse embora imediatamente.
          Os demônios provocaram nela do­res muito fortes, mas ela ficou firme e continuou a repreendê-los e a ordenar-lhes que fossem embora, em nome de Jesus. Não importando quanta dor os demônios infligissem, essa mulher havia se decidido a resistir até o fim. Ela fez isso, e o demônio finalmente a deixou sem conseguir completar o ato sexual. Houve somente três batalhas como essa, para obter uma vitória completa.
          Outra tática comum dos demônios é vir estuprar e espancar uma pessoa enquanto está dormindo. Se a pessoa orar antes de dormir, e pedir ao Espírito Santo que a acorde e alerte imediatamente antes de qualquer ataque demoníaco, ela terá como repreender e ordenar que o demônio pare e vá embora antes de ser atingida por ele. Dessa forma, é possível ter a vitória.
          Muitas vezes os atos sexuais com demônios são interpretados como "sonhos", mas a pessoa acorda sexualmente excita­da. Isso pode ser a causa de freqüentes "sonhos molhados" em homens.
          O pecado da masturbação freqüentemente conduz ao sexo com espíri­tos demoníacos por causa da intensa visualização envolvida. Jesus ensi­nou que se uma pessoa olhar com intenção impura em sua mente, já cometeu o pecado sexual. Isto aplica-se também à masturbação.
          Esses problemas são muito reais, meu irmão ou irmã em Cristo.
          Nós, como obreiros cristãos, devemos ter paciência e amor para ajudar as pessoas a ter vitória nessas áreas.
          Por várias vezes tenho enfatizado a necessidade de que o cristão se purifique e se limpe. Na ocasião em que este livro estava sendo prepa­rado para impressão, recebi uma carta maravilhosa de uma jovem senhora que leu as informações contidas em "Prepare-se para a Guer­ra" e que se purificou completamente através do poder de Jesus Cris­to. Publico aqui uma parte de sua carta para encorajar o leitor, para dizer-lhe que você pode purificar-se a si mesmo.
              "Quando eu li o seu livro, havia tanta informação valiosa que eu li o livro todo, uma primeira vez, e então o li nova­mente para fazer anotações. O Espírito Santo realmente abriu os meus olhos e o meu coração para lidar com certas coisas. Eu vinha tentando expulsar os demônios de mim mesma por cerca de um ano, antes de ler o seu livro. Uma coisa que o Espírito Santo me mostrou foi que eu estava na verdade tentando expulsá-los um a um, nome por nome... Ufa! Seu livro ajudou-me a expulsar o demônio principal e seus comandados, e a fechar todas as portas de entrada. Natu­ralmente, foi muito mais fácil.
              Todo o tempo eu procurava expulsar os demônios "mais evidentes" - pelo menos aqueles que eu conhecia. Muitas vezes, o Senhor chamou a minha atenção para mais alguma coisa que eu deveria mandar embora. Não foi nada fácil; foi terrível. Mas eles realmente iam embora e então havia ou­tros piores e mais escondidos para expulsar.
              O Senhor foi muito gracioso para comigo durante todo esse tempo, não me sobrecarregando com muitas coisas e dando-me sempre pe­ríodos de descanso. E ainda ele me deu um maravilhoso marido cristão que se fez presente, com a Bíblia e com orações, sem­pre que foi necessário (e isso com grande freqüência).
              Per­manecemos indo cada vez mais a fundo contra os demônios com que podíamos lidar. (Parece fácil nesta carta, não é? Mas não foi nada fácil!). Tinha chegado a um determinado ponto e ali parei, mas eu sabia que não estava ainda com­pletamente liberta. Então eu li o seu livro "Prepare-se para a Guerra" e fiz o que você me disse para fazer. Depois, fiz tudo o que você explicou no capítulo 17.
              Como nunca estive envolvida com o ocultismo, como Elaine, eu pensava que não podia ter um espírito-guia, ou um de­mônio que me conectasse com o mundo espiritual. Mas o Senhor continuou chamando a minha atenção para aquela seção do seu livro e diversas coisas aconteceram.
              Uma noi­te, vi uma moça "cristã" indo a uma igreja que nós tínhamos freqüentado durante algum tempo, mas da qual não tínhamos gostado. Insisti com o meu marido que não era um sonho, que tinha visto realmente aquela moça, e que ela devia ser uma bruxa. Isso não conferia com sua declaração de que o Senhor não quer que vejamos o mundo espiritual (somente Jesus nos permite ver, quando é da sua vontade). E assim percebi que eu devia ter um demônio que me colocava em contato com o mundo espiritual.
              Finalmente, uma tarde, adormeci profundamente e tive um sonho. Nesse sonho havia um homem que era 'escuro' e que eu o conhecia havia muito tempo, eu 'confiava nele e o amava'. Ele tinha me protegido durante toda a minha vida!
              Nós estávamos num prédio e ele me colocou em um barco; ele estava conduzindo o barco de volta ao Egito, quando entramos numa neblina e batemos numa rocha e o barco quebrou-se em pedaços. Então eu o vi deitado, como se estivesse morto, com velas em redor e outras pessoas (pes­soas? - eu não podia ver seus rostos) estavam chorando e dizendo que, se eu não quisesse que ele partisse, ele não partiria, e que eu era responsável pela sua morte.
              Ufa! Quando acordei e contei o sonho ao meu marido, ele disse que isso parecia com algo que ele tinha aprendido numa aula de história. Como a água em que nós estávamos não era um lago ou oceano, mas parecia-se mais com um rio, meu marido identificou as práticas de sepultamento dos faraós no Egito.  
              Ele disse que eles realmente construíam um barco para a jornada da pessoa morta no rio, até o outro lado da vida. Percebi então que eu tinha, de fato, um espíri­to-guia, porque ele conduziu o barco e me manteve ocupa­da o tempo todo fazendo alguma coisa. Eu nunca fazia nada por mim mesma, ele sempre dirigia tudo! E o demônio de conexão era o rio para o barco deslocar-se para a frente e para trás.
              Eu sabia que tinha de expulsá-los. Por algum tempo não fiz nada, porque estava com muito medo. Orei e orei. Então, no dia em que ia expulsá-los, su­bitamente começaram a aparecer lágrimas em minha car­ne, que começaram a sangrar. Foi apavorante. Meu marido disse que seria melhor eu colocar mãos à obra e expulsá-los porque eu nunca tinha estado numa situação tão ruim. E assim nós os expulsamos, e em seguida expulsamos todos os seus subalternos.
              Isso não foi nada fácil, e no dia seguinte eu estava exausta. Eu não conseguia parar de chorar e depois fiquei vomitan­do - estava em petição de miséria. Permanecemos em ora­ção e lendo a Bíblia, e então compreendi o que ocorrera. Um de meus demônios principais era o que eu chamarei de "Surrupiador".
              Ele tinha sido colocado em mim quando eu era ainda bebê e ficou surrupiando coisas de mim durante toda a minha vida. Lembranças, percepções, coisas que o Senhor Jesus me dizia - tudo. Simplesmente 'puf.' e tudo desaparecia. Era por isso que eu não podia lembrar-me de nada e era por isso que outras pessoas, como conselheiros cristãos, tinham tanto controle sobre mim.
              Eles simplesmen­te contavam com o fato de que Surrupiador dava sumiço nas coisas e assim eu não me lembrava mais delas. Ele também surrupiava qualquer som que eu ouvisse e, muitas vezes, eu ficava confusa, como se as coisas que eu escuta­va estivessem somente em minha imaginação, sei lá. Depois de expulsá-lo, repentinamente vi um demônio ao qual eu havia na verdade me curvado e entregue a minha alma!
              Nós o expulsamos e imediatamente eu adormeci, mas os sonhos e visões foram horríveis, e então orei e o Senhor me ordenou que eu renunciasse às visões e a todos os demônios associados a elas, e à Imaginação e a todos os demônios que lhe são associados, e a todas as portas de entrada.
              Fiquei exausta. Mas, finalmente, tenho lágrimas que são de verdadeira alegria. Até que, enfim, eu posso ter conversas com Jesus sem que me sejam surrupiadas. Finalmente, pos­so memorizar as Escrituras! Ler a Bíblia é agora uma grande alegria. Durante o tempo em que eu expulsava os demônios, vivi um terrível tormento. Mas pedi uma mente sóbria porque Jesus a prometeu, e pedi ao Espírito Santo que restringisse a atuação dos demônios para que eu pudesse expulsá-los.
              Dois dias antes de o Senhor me revelar que de fato eu tinha esses demônios, tive que tomar uma decisão. Eu podia permanecer daquela forma pelo resto da minha vida, ou podia deixar que o Senhor me purificasse de todos eles. Decidi permitir que Deus me purificasse, pondo-os para fora da minha vida, porque eles estavam interferindo em meu caminhar com Jesus. Compreendi também que não seria nada fácil. É como se o nosso caminhar com Jesus fosse uma série de 'sins', porque ele não nos obriga nem nos força a nada.
              Rebecca, é importante que as pessoas entendam que, se você nasceu no ocultismo, e mesmo que você não tenha tido nada a ver com eles e sempre foi forçado a fazer tudo, você ainda assim recebe demônios. Por causa de meus pais, eles tinham direito legal. E expulsar os demônios não é uma experiência agradável, mas vale a pena! Vale a pena mil vezes, e assim podemos ter a certeza de que Jesus é real. Agora, eu tenho a certeza de uma vida abundante - seja o que for que ele tenha reservado para mim."

          Meus agradecimentos, de coração, à escritora desta carta! E oro para que muitos cristãos sigam o seu exemplo e avancem ousadamente, em fé, para se purificar. Que todos nós tenhamos o propósito de nos tornarmos um vaso para honra!