sábado, 24 de abril de 2021

Ele veio pra libertar os cativos - 05 - Vivendo como uma sacerdotisa superior


Elaine:
Logo que assumi meus deveres de sacerdotisa superior de uma influente Assembléia, passei a ter muitos privilégios assim como conflitos. Os atritos com Satanás e os outros membros da seita, eram porque eles faziam coisas que eu recusava a fazer ou até mesmo envolver-me.
Minha maior responsabilidade era trabalhar com o sacerdote superior da organização para planejarmos as reuniões mensais. Essas reuniões aconteciam duas vezes por mês e em extremo sigilo. O sacerdote e eu, nos encontrávamos com as treze bruxas e os treze feiticeiros da Assembléia e assentávamos formando um Conselho. Esse contato era feito numa casa rica e espaçosa onde havia uma mesa enorme com lugar para todos.
O sacerdote superior e eu, assentávamos à cabeceira da mesa, de um lado ficavam as treze bruxas e do outro os treze feiticeiros em ordem de importância, listavam presentes outros que nós considerávamos indesejáveis. Eram conhecidos como lobisomens e estavam sempre carrancudos, eram observadores e ameaçadores, e ficavam sob a forma humana até Satã ordenar a mudança. A presença deles, era de caráter disciplinado. Não tocávamos neles e nem dialogávamos com eles. Pertenciam exclusivamente a Satanás. Nós os temíamos e os detestávamos. Ora exerciam a função de guardas, ora a de disciplinadores usados pelo diabo e seus anjos com o propósito de correção para a obediência às ordens dadas.
O Conselho planejava os encontros e se encarregava dos negócios da Assembléia. As ordens eram dadas diretamente por Satã ao sacerdote e à sacerdotisa ou através dos demônios neles. Sempre planejávamos dramáticos e excitantes encontros sem deixar de certificar de que teríamos álcool e drogas. Eu não usava drogas ou bebidas. Elas eram levadas à reunião por membros da seita envolvidos com o vício. Eu não me envolvera e nunca me envolveria naqueles negócios. Os membros de posição superior como a minha, tomavam muito cuidado para não se meterem em negócios que despertassem o interesse da lei. Tampouco se drogavam ou ficavam “ligados”, estávamos sempre sóbrios porque sabíamos que os outros desejavam as nossas posições.
Encontrávamos, também, com autoridades de outros grupos de ocultismo. Existem muitos que não fazem parte da Irmandade e tão pouco sabem à respeito da mesma. Mas, eles são cuidadosamente vigiados e controlados por ela.
Decididamente, eu me recusava a participar dos sacrifícios de animais ou humanos. Isso não era problema, porque muitos queriam fazê-lo, mas devido à minha teimosia eu era com freqüência castigada severamente por Satã e seus demônios. Os outros membros não podiam aproximar-se de mim por causa do poder. Então, a punição era aplicada por Satã e seus demônios. Torturaram o meu corpo com muitas doenças, entre elas, o câncer com todos os horrores da quimioterapia. Mesmo assim, eu me recusava, simplesmente não era capaz de tirar a vida de alguém.
Jovem, por favor ouça-me! Qualquer envolvimento com o ocultismo não vale a pena. Não se consegue sair dele facilmente. Satanás pode fazer com você o mesmo que fez a mim, ou pior. Oro, diariamente, para que Deus possa mostrar-lhe que é possível a libertação. Satã não pode retê-lo mesmo que tenha assinado qualquer pacto. O mesmo pode ser desfeito pelo sangue de Jesus Cristo. Você pode se tornar livre no instante em que pedir a Jesus para entrar em sua vida, perdoar todos os seus pecados e se tornar seu Senhor, Salvador e Mestre. Satanás trabalhará sempre para a sua destruição. No entanto, Jesus quer dar a você, vida!
Eu me divertia a valer em alguns encontros, algumas vezes nos ajuntávamos para conversar e jogar, exibindo nossos poderes. Acender uma vela do outro lado da sala, por exemplo, sem sequer tocar nela era apenas uma das diversões. Viajei diversas vezes para a Califórnia para participar de jogos e convenções. Realmente eu gostava disso.
Viajei em um jato particular para uma área restrita, perto da cidade onde, pela primeira vez, eu tivera contato com a seita. Ninguém fora da seita e poucos dentro dela sabem da localização. Fica muito bem guardada e fortemente armada. Normalmente, eu era apanhada pelo sacerdote superior e acompanhada por algumas bruxas e bruxos. Foi um grande encontro. O propósito era o de trocarmos Idéia e competirmos para ver quem era o mais forte. Eu me sobressai tanto nessas competições, que ocupei a posição de Noiva Regional de Satã no Conselho Regional. E, finalmente, o título máximo de Noiva de Satã por todo os Estados Unidos.
A estadia era semanal e as conferências aconteciam, sempre, antes do “Black Sabbath” (reunião de bruxos e bruxas no sábado à meia-noite, presidida por Satanás), e celebrado no final da semana da páscoa. Eu sempre achava uma desculpa para retornar para casa antes dessa celebração. Fomos a um lugar muito especial que fica nas montanhas da Califórnia, fora de Los Angeles. Lá, existe uma mansão construída especialmente para a seita. Suponho que ela tenha trinta dormitórios ou mais. As janelas de vidro e aço inoxidável, têm símbolos demoníacos do ocultismo. Dentro, uma exuberante mobília e uma enorme sala de jantar acoplada a um salão de baile, não deixando de mencionar as piscinas, quadras de tênis, golfe etc.
Parece uma casa de campo para milionários, possui três porões com enormes galerias subterrâneas contendo bibliotecas de assuntos e histórias antigas do ocultismo. Nessas galerias podem ser encontradas moedas de todos os países do mundo, além de ouro e prata. Toda a área é escondida sob uma densa floresta e firmemente guardada tanto em terra como pelo ar.
Minha última viagem àquele lugar foi marcada por uma intensa competição que eu jamais experimentara. Na ocasião eu ostentava o título máximo de Noiva no país. Era uma competição internacional, o líder era um sacerdote superior diferente dos outros que já haviam passado por lá, era alto, elegante e sinistro. No entanto, possuía um poder de mau agouro que o tornara medonho e antipático a todos. Conduziu a competição, e obviamente, não se preocupava se alguém morresse ao falhar em fazer o que fosse pedido. Seus olhos negros e mau humorados faziam gelar quem quer que fosse até os ossos. Era rigoroso, e eu fiz o melhor que pude para evitá-lo. A competição consistia em aumentar o grau de dificuldade nas tarefas para exibir o poder dos competidores. Lembro-me que, em um determinado momento, eu deveria mudar, com um gesto de meus dedos, a forma de um gato para um coelho e vice-versa. As mudanças eram efetuadas sob os poderes demoníacos resultando na morte imediata dos animais. No último dia só eu ainda não tinha competido mas, mesmo assim, o sacerdote superior continuava a impelir-me e não tive escolha a não ser atender aos desejos dele. O incidente posterior poderia ter me matado se os demônios não fossem poderosos o suficiente.
Fizeram-me ficar de pé, parada, numa distância de frente para um homem que segurava uma magnum 357. Passei minha mão na frente do meu corpo invocando os demônios e coloquei-os de modo que formassem um escudo. Instantes depois o homem disparou seis tiros em mim. Não seria possível errar de tão perto.
No entanto, o escudo formado pelos demônios era tão forte que nem é preciso dizer que as balas caíram no chão a meus pés. Fui aclamada e honrada por vencer a competição.
Colocaram-me um coroa de ouro na cabeça e meus companheiros na seita se inclinaram e me prestaram homenagens. Fui tratada igual a uma rainha pelo restante da estadia. Deram-me belíssimas roupas, quaisquer que quisesse, banharam-me, pentearam os meus cabelos e me calçaram. Nas festas eu estava sempre acompanhada de um homem elegante que era também meu guarda-costas. Fomos na maioria dos restaurantes elitizados em Los Angeles, e o meu acompanhante sempre experimentava a minha comida para assegurar-me de que não estivesse envenenada. Também surfamos e cavalgamos. Aos membros não era permitido lutarem entre si durante a ocasião porque fora considerada tempo de louvor a Satanás. Orgulhei-me muito daquele tempo. Mas, logo o Senhor humilhou-me.
Foi durante a minha última visita à Califórnia que um incidente me colocaria no caminho para aceitar a Cristo. Comecei a questionar o porquê de Satanás exigir ser mais poderoso do que Deus. A sacerdotisa superior reuniu-se conosco e disse que havia uma família perto dali que interferia nos negócios de Satã. Eles converteram muitos satanistas ao inimigo, Jesus Cristo, usando-os como incômodo. Satã ordenara que todos fossem mortos. A sacerdotisa disse que iríamos todos, juntos, em nosso corpos espirituais (projeção astral) e os mataríamos. Então, assentamos como em um círculo em frente às nossas velas e, conscientemente, elevamos nossos corpos espirituais em direção àquela família, na intenção de matá-la. Na verdade, eu não me entusiasmara a respeito, mas não tive escolha. Se desobedecesse seria morta.
Para a nossa surpresa ao aproximarmos das redondezas da propriedade daquela família, não conseguimos entrar. Toda a área estava cercada por anjos enormes. Estavam lado a lado de mãos dadas. As roupas eram brancas e os ombros tocavam uns nos dos outros. Não estavam armados. Mesmo assim, nenhum de nós conseguiu passar. Por mais que tentássemos era impossível. Qualquer arma que usássemos não os atingia. Primeiro, sorriram para nós e fomos desafiados a tentar novamente. A cada momento, ficávamos mais e mais furiosos. De repente, as fisionomias deles se transformaram e os olhares que recebemos nos fizeram recuar e cair no chão. Devo admitir, foi uma experiência bastante humilhante.
Nunca esquecerei. Quando caí ao chão, olhando para eles, vi que um voltou-se para mim e disse em uma voz amável: “você não vai aceitar a Jesus como o seu Salvador? Se continuar no caminho em que está, será destruída. Satanás odeia você. Mas Jesus a ama tanto que morreu por você. Por favor pense em entregar sua vida a Jesus.” Era o fim da batalha para mim. Recusei-me a tentar mais, estava abalada. As outras tentaram de novo, mas nada aconteceu. Acredito que a família jamais soube daquela batalha fora da casa. Ela estava completamente protegida!
Chamamos essa espécie de anjos de “anjos-elos”. Nada, absolutamente nada, pode passar por eles. Intimamente estava grata por não conseguir fazê-lo e ter muito o que pensar.
Ainda se passariam dois anos, apesar da experiência, até eu aceitar ao Senhor Jesus. Ansiava mais e mais pelo poder recusando-me a enfrentar o fato de que ele estava me destruindo e conduzindo minha alma ao inferno eterno.