CAPÍTULO 5- A FACE SEDUTORA DE JEZABEL
HERODIAS ODIAVA JOÃO BATISTA de todo o coração. Conquanto
ele estivesse preso, era como se sua voz jamais pudesse ser silenciada. No
entanto, essa situação logo mudaria. Embora seu amante, o rei, fosse um homem
perverso, não teria coragem de ordenar a execução do prisioneiro, o qual era
estimado pelo povo como profeta. Ele temia que tal decisão ocasionasse tumulto.
Por isso, Herodias teria de tentar outra coisa.
Embora odiasse ter de admitir, Herodias sabia que seu amante
tinha um desejo por sua filha Salomé. Pacientemente, ela aguardou até o dia do
aniversário do rei, quando todos os ricos e poderosos do reino se reuniriam no
palácio.
No dia da festa, Herodes estava muito alegre. Depois que já
tinha aguçado mais ainda seu desejo com grandes doses de vinho, Herodias se
aproximou de sua filha e disse: "Salomé, dance para Herodes. Ele dará
qualquer coisa que você pedir. Quando ele lhe perguntar o que quer, peça a
cabeça de João Batista.”
Vestida com uma túnica violeta que encobria todo o seu
corpo, a jovem se aproximou de Herodes e cochichou algo em seu ouvido. Ele
sorriu e lhe pediu que dançasse para ele. Quando a jovem começou a dançar, seus
movimentos sensuais atraíram os olhares de todos os presentes, principalmente
do rei. Embriagado e dominado pela paixão, ele disse à jovem que lhe daria
qualquer coisa que desejasse. Salomé olhou de soslaio para a mãe, sorriu e
disse: "Eu quero a cabeça de João Batista numa bandeja." Enfeitiçado
pela linda filha de Herodias, Herodes satisfez o pedido da garota.
A DANÇA DA SEDUÇÃO
O espírito demoníaco que inspirou Herodias a ordenar o
assassinato de João Batista (Mt 14.6-11) era o espírito de Jezabel. O espírito
de Elias que repousava sobre João Batista mais uma vez o ameaçava e desafiava.
Herodes, que tinha o espírito de Acabe, era incapaz de dizer "não" às
exigências da amante. Ao satisfazer suas exigências, ele recebia o que queria —
favores sexuais. Ela também recebeu o que queria - a morte do profeta que
ameaçava sua ascensão a posições ainda mais elevadas de poder e autoridade.
BAJULAÇÃO
A bajulação é o instrumento primário usado pelo espírito de
Jezabel. É a ferramenta usada para abrir a porta de acesso às posições de
liderança na igreja. Embora o elogio sincero que edifica a vida de outros seja
algo bom dentro do Corpo de Cristo, a bajulação é diferente em sua motivação.
Ela busca obter a aprovação e o reconhecimento daqueles que estão em posição de
autoridade. Portanto, este espírito só dá a fim de receber, roubando autoridade
e favor que deveriam ser legitimamente oferecidos a outrem.
Erroneamente, muitos pastores acreditam que uma pessoa que
tem um forte dom profético possui, automaticamente, o mesmo nível de caráter
moral. No entanto, uma pessoa dominada pelo espírito de Jezabel - bem como um
profeta imaturo — pode demonstrar um dom profético real e às vezes admirável,
mas mesmo assim ser extremamente fraca no caráter moral e no conhecimento
bíblico. Em pessoas com o espírito de Jezabel mais desenvolvido, a bajulação
pode transcender e nivelar qualquer diferença pessoal. Esse artifício pode ser
empregado como demonstração de profunda admiração pela visão e direção da
igreja. Tais pessoas falam a mesma língua do pastor e dos outros líderes, mas
seu objetivo é conquistar posições-chave e assumir o controle. Em outras
palavras, é a estratégia do "se não pode vencê-los, junte-se a eles".
COLOCANDO A ARMADILHA
Por meio da bajulação, o indivíduo com o espírito de Jezabel
exalta o pastor pelas grandes coisas que ele faz, construindo falsas esperanças
e expectativas quanto ao futuro do ministério. Uma vez que a armadilha é
preparada, em momentos bem escolhidos de debilidade o indivíduo diz ao pastor
que existe um perigo para os planos de Deus; alguma coisa ou alguém está
impedindo o seu progresso. Pode ser seu cônjuge, um presbítero ou um membro da
congregação. O indivíduo pode ser ouvido orando para que Deus remova a pessoa
"misteriosa" a fim de que o líder possa "ser tudo o que Deus o
chamou para ser". Freqüentemente, ele esconde a identidade da pessoa
“misteriosa” até ter certeza de que tem um forte apoio da congregação. Então,
ele revela a identidade da pessoa considerada como ameaça. Isso em geral
resulta no afastamento da pessoa de sua posição de influência. Essas manobras
destrutivas podem causar enorme pressão sobre o pastor, o qual é desafiado a se
levantar e provar seu valor e sua unção diante da congregação.
JOGANDO UNS CONTRA OS OUTROS
A bajulação também pode se tornar um instrumento de divisão.
Geralmente esse fim é alcançado mediante a criação de "triângulos
amorosos" destrutivos. Num triângulo, Jezabel se torna amiga da pessoa A e
da pessoa B. No entanto, lentamente ela passa a convencer a pessoa A de que a
pessoa B não gosta delas. Ao mesmo tempo, vai convencendo a pessoa B de que a
pessoa A não gosta delas. Jezabel surge como a pacificadora que tem um profundo
desejo de que cada uma delas seja bem sucedida. Jogando o dom e a sabedoria de
uma pessoa contra a outra, este espírito provoca ciúmes, disputas e conflitos
até mesmo nos relacionamentos mais fortes.
Não há como satisfazer as demandas insaciáveis do espírito
de Jezabel, porque sempre há algo ou alguém em seu caminho, na sua busca de
poder. Essa situação conduz o pastor ao desânimo, derrota e desespero. Ao longo
dos anos, já vi muitos pastores se retirarem para outra igreja, em vez de
enfrentar essa batalha.
Alguém com o espírito de Jezabel buscará conquistar a
simpatia de muitas pessoas, em especial quando é confrontado. Irá alegar que
está sofrendo perseguição. Pode empregar frases de efeito para desarmar os
argumentos levantados contra ele. Se o pastor reagir de forma defensiva a esse
discurso, somente reforçará a alegação do espírito de Jezabel de estar sendo
perseguido. Se o pastor não tiver um forte relacionamento com os membros da
liderança, pode se envolver e ficar preso numa li nação ilógica e irracional. A
seguinte história ilustra este ponto. Kevin, que era pastor de uma pequena
congregação com 100 membros, começou a notar que seu líder do louvor, um homem
de quase 30 anos, estava tomando muitas iniciativas durante os cultos. Muitas
vezes obrigava as pessoas a fazerem vários gestos enquanto cantavam - como
dançar ou marchar em volta do auditório. Kevin ficou preocupado, pois achava
que tais atitudes tinham de ser resultado da direção do Espírito Santo, e não
uma tentativa de obrigar o Espírito a se manifestar.
Kevin também observou sinais óbvios de controle e
manipulação por parte do líder do louvor em relação a vários membros da igreja.
Num domingo, o irmão desafiou publicamente a autoridade e a capacidade de
liderança do pastor. Para complicar as coisas, a igreja estava crescendo e o
líder do louvor era a única pessoa habilitada para essa função. Kevin teve de
admitir que "estava com as mãos atadas".
O que o pastor devia fazer? As atitudes erradas do líder do
louvor foram piorando. Kevin devia ter coragem de afastá-lo, apesar das
conseqüências? Para fazer isso, ele teria de confiar na soberania de Deus. Não
importa como pareceria a princípio, com o afastamento do líder do louvor, a
igreja se tornaria mais saudável e assim cresceria de forma correta.
ASSOCIAÇÃO ESTRATÉGICA
O espírito de Jezabel estrategicamente se associa com outros
membros do Corpo que se movem na esfera espiritual. Geralmente faz isso com o
propósito de enganá-los. Ele reconhece que as pessoas espirituais são olhadas
com admiração. Portanto, compartilha desse prestígio por meio de uma associação
estratégica. Ele organiza uma campanha para conquistar popularidade e
reconhecimento pastoral, o que lhe proporciona influência progressiva. O
apóstolo Paulo e Silas estavam a caminho de uma reunião de oração quando
encontraram uma jovem com o espírito de Jezabel. Simplesmente andando ao lado
deles, ela dava a impressão de que também estava indo para a mesma reunião,
esperando assim conseguir a aceitação dos dois apóstolos e das pessoas que
observavam. Também começou a proclamar que eles eram servos de Deus (At 16.16).
Fingindo ser uma intercessora, ela tentava conseguir uma base espiritual na
cidade. Discernindo seus motivos, Paulo acabou libertando a jovem do espírito
de adivinhação. Por meio da associação estratégica, o plano demoníaco era
conseguir uma base mais sólida de influência na região.
DESMANTELANDO UM MURO DE ORAÇÃO
Robert era pastor de uma igreja pentecostal que estava
crescendo. Uma mulher que tinha uma forte unção "profética" começou a
freqüentar sua igreja. Alguns meses mais tarde, ela assumiu a liderança de
vários grupos de oração de diferentes igrejas. Infelizmente, a mulher começou a
usar os grupos como base para promover seus interesses pessoais. Sutilmente,
ela começou a instilar seu veneno de críticas contra Robert. Quando ele
descobriu o que ela estava dizendo, confrontou-a. Na ocasião, porém, ela já
tinha um amplo apoio, pois passara horas ao telefone falando com muitos membros
da igreja.
A mulher chantageou Robert ameaçando dividir a igreja,
amenos que ele cedesse às suas exigências. Afirmando que ele era um líder
fraco, a mulher disse que fora orientada "pelo Senhor" a agir do modo
como agira. Nas reuniões, Robert demonstrava uma hesitação incomum e, no final,
acabou concordando com ela. Oito anos mais tarde, quando ocorreu uma situação
similar, Robert reconheceu o que lhe tinha acontecido. No entanto, já era tarde
demais. Sua igreja, que estivera em franco declínio, agora se resumia a um
punhado de pessoas.
Desde que a tática de desmantelar os muros de oração é tão
eficaz, um dos objetivos do espírito de Jezabel é se infiltrar em vários grupos
de intercessão. O indivíduo dominado por esse espírito tentará controlar o
conteúdo e a direção da oração. Depois que o indivíduo assume a direção, é só
uma questão de tempo até que se torne o líder do grupo. O espírito de Jezabel
em geral força a ocorrência de certos eventos por meio de iniciativas
premeditadas; às vezes, o indivíduo não tem noção de como esse poder opera.
Conscientemente ou não, as forças impulsoras por detrás de suas ações provêm de
um espírito demoníaco.
Quando o indivíduo planeja assumir o controle, não é raro
que o atual líder do grupo de oração experimente problemas de saúde súbitos e
prolongados. Pode ficar confuso e sem direção. Finalmente, ele se afasta e
rapidamente o indivíduo movido pelo espírito de Jezabel assume e começa a
imitar a verdadeira liderança. Essa alteração súbita é desempenhada de tal
forma que tudo parece natural. No final, a falsa humildade e timidez
desaparecem. O indivíduo começa a declarar com ousadia que conhece a mente de
Deus e sabe como devem orar. Quando isso acontece, não é raro observar um
aumento na intensidade das orações. Sem suspeitar e sem discernir o que está
ocorrendo, os membros do grupo serão tentados a pensar que as coisas estão
melhorando. No entanto, não demorará muito para que a intensidade comece a se
dissipar. Lembremos que intensidade gerada pelas paixões da alma sempre tem
pouca duração. Somente a intensidade gerada por Deus será mantida pelo Espírito
e produzirá frutos duradouros.
Se não for tratada, essa mudança na liderança culminará no
fim inevitável do grupo de intercessão. Um por um, os membros tio grupo terão o
desejo e a graça para orar drenados. O grupo começará a diminuir. Assim, os
atalaias da casa de Deus serão dispersos, e a igreja ficará sem proteção. As
forças demoníacas tomarão lugar. Algumas pessoas notarão o vento gelado
espiritual que agora sopra sobre a igreja.
FALSOS SONHOS E VISÕES
Quando te falar
suavemente, não te fies nele, porque sete abominações há no seu coração. —
Provérbios 26.25
Os indivíduos que
operam sob o domínio do espírito de lezabel têm facilidade de elaborar táticas
para frustrar os planos do Reino de Deus. Eles buscam reconhecimento tentando
manipular situações para sua própria vantagem. Do fundo da alma, eles terão um
número incomum de sonhos e visões. Também podem "tomar emprestado" os
sonhos e visões que Deus deu a outros, apresentando-os como se fossem
revelações pessoais de Deus. Ou podem exagerar e retocar seus sonhos para que
pareçam mais espetaculares e impressionantes.
A Escritura oferece uma excelente perspectiva da visão de
Deus sobre esta questão:
Eis que eu sou contra esses profetas, diz o Senhor, que
furtam as minhas palavras, cada um ao seu companheiro. Eis que eu sou contra
esses profetas, diz o Senhor, que pregam a sua própria palavra e afirmam: Ele
disse. Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o Senhor,
e os contam, e com as suas mentiras e leviandades fazem errar o meu povo; pois
eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e também proveito nenhum trouxeram a este
povo, diz o Senhor. — Jeremias 23.30-32
CARREGANDO FALSAS CARGAS
Esses indivíduos carregam falsas cargas do Senhor, desejando
parecer espirituais. Podem até acreditar que estão falando palavras
provenientes de Deus, incapazes de reconhecer o engano sob o qual estão
operando. Uma vez que essa pessoa consegue acesso ao pastor, não é raro começar
a bombardeá-lo com uma torrente de "revelações" que supostamente
recebeu do Senhor. Cada situação será sutilmente manipulada a fim de lançar uma
luz favorável sobre o indivíduo com o espírito de Jezabel, colocandoo numa posição
de proeminência maior do que o próprio Deus. À medida que as raízes desse
espírito vão se aprofundando cada vez mais no interior do indivíduo, os frutos
da justiça e da redenção finalmente desaparecem.
CRIANDO DEPENDÊNCIA ESPIRITUAL EM OUTROS
Brian notou a mulher no primeiro domingo em que ela foi a
sua igreja. Ficou observando a forma gentil como cumprimentava as pessoas.
Secretamente, desejava que ela demonstrasse as qualidades de liderança que ele
tanto precisava, devido ao recente crescimento da igreja. Brian e sua esposa,
Linda, convidaram a mulher para um jantar, no afã de conhecê-la melhor. Naquela
ocasião, ele não descobriu tanto quanto gostaria, embora a mulher parecesse
confiante e capaz de ouvir a voz de Deus. Ela contou como Deus a tinha dirigido
para aquela igreja. Brian esperava que fosse um sinal do mover do Espírito
Santo, que fosse a resposta às suas orações.
Nos cultos, a mulher começou a pronunciar palavras
proféticas com aparente humildade. Sua maneira de falar era gentil e graciosa,
geralmente entre lágrimas, o que fazia com que suas "profecias"
parecessem vir de Deus. No entanto, ela começou a falar cada vez mais,
profetizando com freqüência cada vez maior, Brian começou a ficar incomodado.
Também ficou preocupado ao perceber que a mulher estava atraindo membros da
igreja que pareciam carentes, inseguros e espiritualmente ingênuos. Quando o
marido dela finalmente apareceu na igreja, Brian sentiu certo alívio. Ele
sempre parecia estar fora, em viagens de negócios. Tudo parecia correr bem,
durante uns quatro meses. Então Brian começou a notar que vários líderes
estavam se ausentando das reuniões e dos cultos, o que não era comum neles.
Pouco tempo depois, ele descobriu que a mulher e seu marido tinham fundado uma
igreja. Para piorar, a mulher tinha telefonado aos membros da igreja insistindo
para que se afastassem de Brian. Ele ficou magoado e aborrecido, mas o que
poderia fazer? Deveria tratar do assunto publicamente? Deveria procurar o casal
em particular, seguindo o procedimento esboçado em Mateus 18?
PARECENDO MAIS ESPIRITUAL
Quando um indivíduo com o espírito de Jezabel é colocado
numa posição de liderança, tenta criar a impressão de que anda num plano
espiritual mais elevado do que a maioria. Quando estão perto dele, os outros podem
se sentir menos espirituais ou intimidados. Esse esquema cria dependência
espiritual. Sentindo-se espiritualmente inferiores, buscam direção do espírito
de Jezabel. Além disso, se alguém questiona sua espiritualidade, pode ser
vítima de retaliação.
Cristãos novos são especialmente vulneráveis à intimidação
sutil mas efetiva desses indivíduos. Alguns podem escolher se afastar, mas
aqueles que preferem continuar por perto geralmente cedem às demandas do
espírito de Jezabel, com medo de serem rejeitados. Uma vez unidos a pessoas com
esse espírito, cristãos fracos ou que se intimidam com facilidade terão
dificuldade para se afastar.
FALSA HUMILDADE
A integridade dos retos os guia; mas, aos pérfidos, a sua
mesma falsidade os destrói. — Provérbios 11.3
Quando o indivíduo
com o espírito de Jezabel recebe reconhecimento, inicialmente ele responde com
falsa humildade. Esse recurso serve para prender ainda mais as pessoas e
convencê-las de sua espiritualidade. No entanto, essa mansidão enganadora dura
pouco. A falsa humildade é, na verdade, uma máscara para esconder as raízes
profundas do orgulho e da presunção.
Quando a falsa humildade é descartada, o indivíduo
orgulhosamente oferece muitas mensagens "proféticas". Jezabel predirá
a chegada de um grande rebanho para o pastor. No entanto, quando essas
predições emotivas falham em se cumprir, a fé do pastor é abalada, assim como a
esperança que se adia faz adoecer o coração. Uma nuvem escura e envolvente de
depressão pode se formar sobre o pastor, que começa a lutar contra o desejo de
se afastar de sua congregação.
A essa altura, a pessoa com o espírito de Jezabel já criou
juízes na igreja. Sua expulsão ou afastamento da posição de autoridade
provocará um êxodo na congregação. Mesmo quando o pastor sabe o que deve fazer,
muitas vezes não tem mais condições de reunir forças para lutar. Se ele
enfrentar a situação, correrá o risco de parecer tolo, porque foi ele próprio
quem colocou o indivíduo numa posição de destaque.
CHANTAGEM EMOCIONAL
Ao se afastar (ou ameaçar
fazer isso), o espírito de Jezabel em geral busca desacreditar o pastor e
afirmar que ele não é mais tão espiritual quanto costumava ser. O espírito
também pode alegar que se preocupa apenas com o bem-estar da congregação.
Nesse ponto, começa a chantagem emocional. Desde que o
espírito de Jezabel agora tem a chave do equilíbrio emocional da congregação, o
indivíduo pode ser ousado e manter os líderes como reféns. O pastor, então,
fica preso e obedece às diretrizes do espírito demoníaco. Quando isso acontece,
ele pode sentir um súbito "chamado de Deus" para ir embora e liderar
outra congregação numa cidade distante. No entanto, este problema não
desaparecerá até que o pastor reconheça e admita que tinha um espírito de Acabe
e que tolerou o espírito de Jezabel.
Caso não faça isso, um destino similar o aguarda em outra
igreja. Enquanto não houver cura nessas áreas de sua vida, Satanás continuará a
explorá-lo por meio de pessoas que operam sob o domínio do espírito de Jezabel.
A realidade é que a misericórdia de Deus permitirá que esses atormentadores
continuem tendo acesso à vida do pastor, até que a fraqueza de Acabe seja
identificada e curada por meio do arrependimento.