1. Nesses capítulos há sete agentes
principais, a saber: (a) A mulher. 12.1; (b) O Dragão. 12. e ss; (c) O menino.
12.5; (d) Miguel, o arcanjo. 12.7; (e) A descendência da mulher. 12.17; (f) A
Besta do mar. 13.1; (g) A Besta da terra. 13.11 e ss. Se incluirmos as “duas
testemunhas” então haverá um total de nove.
2. Necessariamente três coisas devem ser
medidas nesta secção: (a) O Templo; (b) Os que nele adoram:
(Ad. a ): O TEMPLO. Realmente tem havido
muitas especulações e debates sobre a hipótese do Templo que será erguido e por
quem será erguido (o Anticristo ou judeus?) no local onde hoje se encontram as
Mesquitas de Omar e El-Aksa.
Em Ezequiel capítulos 40 a 47, encontramos
algo semelhante, onde se descreve a medição cuidadosa do Templo, em todas as
suas dimensões. A tarefa, realizada por um mensageiro celeste, foi feita com
“...um cordel de linho... e uma cana de medir”. C. Ez 40.3 cena similar
aparecer em Jr 31.39 (nestas passagens, a medição é uma providência
preparatória para a restauração e a reconstrução do Templo). Em 2Rs 21.13; Is
34.11; Am 7.7, 9; Lm 2.8, a palavra “medição” tem o sentido de “medido para
destruição”. Em Ez 40.1 e 41.13 e 44.31 e Zc 2.2-8, encontramos uma medição
completa do Templo e de suas cortes. Nestas passagens, medição tem o sentido de
“reconstrução”. No presente capítulo, porém, a destruição se destina apenas aos
que estão no “átrio que está fora do Templo”, e não dentro do Templo.
(Ad. b): “Quando Israel conquistou a parte
velha da cidade de Jerusalém com as ruínas do Templo, em 1967, o velho
historiador judeu, Israel Eldad, segundo citações da “Revista Time, teria dito:
“Agora estamos no mesmo ponto em que Davi estava, quando libertou Jerusalém das
mãos dos jebuseus”. E daquele dia até o momento em que Salomão construiu o
Templo passou-se apenas uma geração. Assim também acontecerá conosco”.
Recentemente declarou um rabino judeu: “Estamos prestes a ver o grande Templo
reconstruído, isto é, o Templo da Grande Tribulação”. E, sendo indagado: Quem o
reconstruirá: ele respondeu: o Templo é chamado de “...o Templo de Deus” (Dn
8.11, 14; Mt 24.15; 2Ts 2.4; Ap 11.1), e, evidentemente só os judeus serão
autorizados por Deus para sua reconstrução”.
(Ad. c): É sabido hoje que já há projeto em
Israel para a construção do novo Templo. “Desde o dia 7 de junho de 1967 foram
realizadas 50 tentativas violentas ou diplomáticas para devolver à posse judia
o monte do Templo, onde hoje se encontram as Mesquitas de Omar e EL-Aksa, para
que possa ser construído o terceiro Templo. No Knesset há defensores da
reconstrução do Templo, tanto entre os radicais como entre os liberais”. A
força de atração do monte do Templo judaico torna-se cada vez maior, afirma o
deputado liberal Penah. Já existe uma escola para preparar jovens israelenses
da tribo de Levi, instruindo-os nos rituais antigos dos holocaustos. Essa
escola chamada de “YESHIVA AVODAS HAKODESH” (coroa dos sacerdotes) foi fundada
pelo Rabi Hirsh Ha-Cohem. Foi inaugurada por ocasião da Festa da Dedicação
(chanuka), em dezembro de 1970. As informações mais recentes nos dão conta que
no Somete, a 430 metros do local do Templo original conforme os cálculos do Dr.
A. Kaufmann, descendente de Arão, os “Kohainim” estudam os procedimentos para o
novo Templo, e em Jerusalém Romena David Elbaum já está tecendo as vestes de
linho dos sacerdotes exatamente conforme as normas. A organização El Harhasem
(monte do Senhor), com sede na nova colônia Shilo, trabalha, em assuntos
diferentes à edificação do Templo, em cooperação fraternal com o cristão
evangélico Stanley Goldfoot, que com sua organização evangélica igualmente
apóia ativamente a reconstrução do futuro Templo”.
(Ad. d) O ALTAR. No Apocalipse o Altar
celestial é mencionado nas seguintes passagens (6.9; 8.3, 5; 9.13; 11.1; 14.18;
16.7). Em 11.1, o Altar deve ser o do sacrifício, que ficava no pátio dos
sacerdotes. No Apocalipse (ao aludir este ao Templo), aparece um único Altar,
em lugar dos “dois” altares do Templo antigo, na terra, mas que incorporava as
funções do “Altar do Sacrifício” (o de cobre), que ficava fora do santuário, e
as funções do “Altar” do Incenso, perante o véu do Santo dos Santos, pelo lado
desse véu. O Altar do presente texto, pode ser, literalmente, aquele do “Templo
reedificado”, porquanto não está aqui uma cena celeste, e, sim, terrena.
(Ad. e): OS QUE NELE ADORAM. A meditação
nesta terceira colocação, visa à proteção física e espiritual dos fiéis durante
o tempo sombrio da Grande Tribulação. Embora os escolhidos (judeus) nesse tempo
do fim tenham que sofrer, suas almas não sofrerão qualquer dano. E no que diz respeito
aos 144.000 (7.1-8 e 14.1-5), será também preservada a sua integridade física,
naqueles dias sombrios para os habitantes da terra. predições contemporâneas
indicam que, por essa época, o Templo terá sido reconstruído em Jerusalém, o
qual tornar-se-á, uma vez mais, o centro da adoração judaica. Sua medição
significa que Deus terá novamente um remanescente para si mesmo, e a esses
escolhidos será dada a proteção divina, de natureza espiritual e física.
“A = Átrio dos pagãos
B =
Átrio das mulheres
C =
Átrio de Israel
D =
Átrio dos sacerdotes
E =
Pórtico
F =
Lugar Santo
G = O
Santos dos Santos”.
O santuário durante o tempo da Grande
Tribulação será protegido de ser derribado; apenas será profanado (cf. Dn 8.14;
11.31; Mt 24.15; 2Ts 2.4); enquanto que o Átrio exterior, como o das mulheres e
dos gentios, serão entregues nas mãos das nações gentílicas. No contexto de
Lucas 21.24 e Ap 11.2, se depreende que o Átrio do texto em foco, compreende
também, a cidade de Jerusalém: observe bem a frase “...e pisarão a cidade
santa...”.
1. Quarenta e dois meses. Este período que
abrange o “pisar” dos gentios é dado em três formas: (a) quarenta e dois meses
(aqui e em Ap 13.5). Pensamos que isso aludi à “segunda metade” do tradicional
período de sete anos da tribulação; 9b) mil duzentos e sessenta dias (cf. Ap
11.3 e 12.6), que reputamos apontar para o mesmo período; (c) um tempo (um ano)
tempos (dois anos), e a metade de um tempo (meio ano) como confirma Daniel
12.7. Todas essas expressões foram tomadas por empréstimos do livro de Daniel
para descrever à parte final da Grande Tribulação.
1. Profetizarão...vestidas de saco. O pano
de saco era a vestimenta tradicional usada pelos profetas de grande poder. Era
uma fazenda de fabricação rude e tinha a cor negra (Ap 6.12). O pano de saco
usualmente era usado diretamente sobre a pele, para dar desconforto, pois
simbolizava o descontentamento com as coisas como elas estavam. “No dizer de
Charles: a vestimenta de “cilício” tipifica a natureza sombria da mensagem
deles (das duas testemunhas). Era também uma vestimenta que representava
aflição. Cf. Gn 37.34; 2 Sm 3.31; 21.10; 2Rs 6.30; Et 4.1-4; Jó 16.15; Sl
30.11; 35.13; 49.11; Is 3.24; 15.3; 20.2; Jr 48.37; 49.3; Am 8.10; Jn 3.5; Mt
11.21”.
1. Os dois castiçais. Em Zc 4.14, Deus é o
“Senhor de toda a terra”, estando em foco naquela passagem a pessoa do Pai. No
versículo 11 do mesmo capítulo há uma pergunta repetida, tornando-a mais
específica: “...Que são as duas oliveiras à direita do castiçal e à sua
esquerda?”. Existe aqui dois “raminhos de oliveira e dois castiçais”; enquanto
que ali “dois raminhos de oliveira e dois tubos de ouro”. E, nos versículos que
se seguem o anjo intérprete dar o sentido dizendo: “são os dois ungidos (heb.
“os dois filhos de óleo”). Por analogia com outros exemplos do emprego da
expressão “filhos de”, o significado é: “cheios de óleo”; isto é uma referência
à unção de reis e sacerdotes, como a visão sugere. Nesse caso, segundo se
depreende do significado do pensamento, os “dois ungidos” eram, pois, Josué e
Zorobabel. Na visão contida em Zacarias, o Castiçal (a Igreja da Lei)
representava Israel restaurado, e as “duas oliveiras” os dois grandes elementos
na vida nacional, a Realeza e o Sacerdócio, refletidos respectivamente por
Josué e Zorobabel.
2. Para aqueles que defendem Moisés e Elias
como sendo as duas testemunhas, seguem o seguinte pensamento: “A “Lei” é a
Luz”. Por conseguinte, Moisés é associado a um dos candeeiros (cf. Pv 6.23).
Mas a profecia também é luz, o que justifica a missão de Elias. O Antigo
Testamento consiste da “lei e dos profetas”, e assim a mensagem de Deus para a
humanidade (cf. Lc 16.16). “Moisés e os profetas” (Jo 5.39) testificam de
Cristo. E no ministério das duas testemunhas fá-lo-ão de maneira especial,
cumprindo uma missão especifica. (Comp. Ec 3.15).
3. Para nós a interpretação contida no 2º
ponto é muito lógica, mas não se coaduna com o argumento principal. Na passagem
de Zacarias (4.12), as duas oliveiras, são os dois líderes que “vertem de si
ouro”. Isso significa que eles “vertem de si azeite dourado”. O que mostra que
seu testemunho será de grande “valia” (1 Sm 3.1). Aqui, porém, as duas testemunhas
serão, dois grandes vultos levantados por Deus, exemplificando: Moisés e Arão
que foram usados na corte do monarca Faraó durante um período sombrio de
angústia. As duas testemunhas cumprirão a vontade de Deus à risca do seu
propósito, e cumprirão a sua missão durante o tempo da Grande Tribulação. O
próprio Deus, as observa, protege e se utiliza delas. A missão que receberam
ser;a atribuída e provada pelo Senhor eterno.
1. “Cremos que naquela época (da Grande
Tribulação) Deus levantará dois grandes profetas dentre os pregadores do
“Evangelho do Reino” (um judeu e um gentio), que cheios de poder e autoridade
de Deus, anunciarão a mensagem do juízo, com o mesmo poder e operação de
maravilhas como aqueles dois grandes homens de Deus, no tempo em que estiveram
na terra”. No Antigo Testamento, Moisés converteu as águas em sangue (Êx 7.19)
e Elias fechou o céu para que não chovesse (Tg 5.17); ambos estiveram com Jesus
no monte da Transfiguração (Mt 17.3); ambos tiveram seus ministérios
interrompido (Nm 20.12 e 1Rs 19.16).
1. NA PRAÇA DA GRANDE CIDADE. O termo
“grande cidade”, neste livro, é termo técnico para indicar a cidade de “Roma”
(a Grande Babilônia). Cf. 16.19; 17.18; 18.10, 16, 18, 21); essa cidade é
chamada também de “Grande Babilônia”, em Ap 14.18 e 16.19; 17.5; 18.2. Mas, a
do texto em foco, não se refere à cidade de Roma, mas, sim, à cidade de
Jerusalém que espiritualmente se chama Sodoma e Egito (cf. Dt 32.32; Is 1.9; Jr
23.14; Ez 16.46, 49, 55). Vários escritores renomados afirmam que Jerusalém é
assim chamada. Sodoma e Egito são lugares representantes de profunda
iniqüidade. O Egito é o contínuo símbolo do mundanismo e da maldade opressiva,
e Jerusalém, a cidade do grande Rei, é assim denominada por causa de sua
iniqüidade. Dela disse o Senhor: “Importa, porém, caminhar hoje, amanhã, e no
dia seguinte, para que não suceda que morra um profeta fora de Jerusalém” (Lc
13.33). Evidentemente, as duas testemunhas serão mortas numa das “praças
principais” de Jerusalém. Naquela que fica em frente da “porta das águas” (Ed
8.13)? ou numa que circunda o Calvário? Certamente nesta última (Ec 3.15).
1. Não permitirão que os seus corpos mortos
sejam postos em sepulcros. “O sepultamento conferido aos mortos era questão de
grande importância e honra no mundo antigo. Mas negar o sepultamento indicava a
ignomínia na memória deste mundo e penalidade no mundo vindouro. As duas
testemunhas serão tratadas como os assassinos dos sumos sacerdotes Amano e
Jesus, na sétima década”. Certamente os espectadores, que evidentemente
simpatizarão com o Anticristo (comparar com Ap 16.12), incluirão tanto pagãos
quanto judeus.
I. “...os que habitam na terra se
regozijarão sobre eles”. Os dois personagens
serão reconhecidos publicamente durante o reinado cruel da Besta. Isso nos faz
lembrar de Moisés e Elias enquanto viveram aqui na terra. eles foram
reconhecidos como homens de grande poder diante de Faraó e Acabe.
1. Porquanto estes dois
profetas tinham atormentados os que habitam sobre a terra. como já tivemos
ocasião de focalizar em notas anteriores, sobre o paralelismo profético entre
as duas testemunhas e Moisés e Elias respectivamente, o aparecimento de Moisés
e Elias dentro da “septuagésima semana” da visão de Daniel (9.27) seria
indispensável trazendo “o testemunho de Lei (Moisés) e dos profetas (Elias)”.
No livro de Malaquias capítulo 4. 4 Deus exorta seu povo para “lembrar da lei
de Moisés”, e no versículo seguinte diz: “...Eu vos envio o profeta Elias,
antes que venha o dia grande e terrível do Senhor”.
2. O Dr. Larkin, representante da escola
futurista, interpreta literalmente as passagens (Ml 4.4 e Mt 17.11). Ele então
acha que se trata de Moisés e Elias; e explica que, segundo Malaquias 4.5-6,
Elias vai voltar como arauto do grande e terrível dia do Senhor. Isto não se
teria cumprido em João Batista, diz Larkin, porque ele só anunciou a primeira
vinda de Cristo e os julgamentos. Ele foge às afirmativas de Cristo em Mt
11.1-14 e 17.11-13, de que João era Elias, achando que Jesus quis significar
com essa expressão que João seria Elias, se o mundo recebesse o Reino; o mundo
rejeitou a Jesus e ao Reino, portanto, João não seria Elias!
3. Os discípulos, quando desceram do monte
da Transfiguração, interrogaram a Jesus dizendo: “porque dizem então os
escribas que é mister que Elias venha primeiro?”. (Mt 17.10); “E Jesus
respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as
coisas” (Mt 17.11). Estas afirmação de Jesus a seus discípulos é interpretada
no versículo 12 da mesma secção: “Mas digo-vos que Elias já veio, e não o
conheceram, mas fizeram tudo o que quiseram...”. observe agora bem a frase:
“Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista” (v. 13). No
livro de São Mateus 11.14 fica terminantemente esclarecido o cumprimento desta
profecia sobre a vinda de Elias, quando Jesus dá testemunho de João dizendo:
“Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu
alguém maior do que João Batista... E, se quereis dar crédito (à profecia e ao
que esclareço aqui), é este (João Batista) o Elias que havia de vir”. (Mt
11.11, 14).
4. Cremos que a profecia de Malaquias sobre
Elias teve seu cumprimento na pessoa de João Batista que veio no “...espírito e
virtude de Elias” (Lc 1.17). Mesmo estando escrito em Hb 9.27: “E, como aos
homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”. Não é uma
limitação ao supremo poder pessoal de Deus: vemos isso pelos vários casos de
ressurreição referidos na bíblia (1Rs 17.17 e ss; 2Rs 4.18 e ss; 13.20 e ss; Mc
5.35 e ss; Lc 7.11 e ss; Jo 11.43 e ss; At 9.36 e ss; 20.9 e ss). Também não é
referido a morte de vivos quando forem arrebatados, mas apenas sua
transformação. Na interpretação de Hb 9.27 devemos, pois, ter presentes todos
esses fatos.
1. A cidade em referência é Jerusalém e não
Roma como tem sido defendido por alguns. “O terremoto tem sido uma forma de
expressão de julgamento divino. No livro do Apocalipse, quando os juízos de
Deus são derramados sobre a terra, não podiam faltar os terremotos. Há cinco
deles mencionados, e alguns no plural: 6.12; 8.5; 11.13, 19; 16.18”.
(VER A CONSUMAÇÃO DESTE FLAGELO EM APOCALIPSE 16.17, QUE DIZ: “E o sétimo
anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo, dizendo: Está
feito”).
O grande segredo aqui mencionado é o
estabelecimento do reino de Deus sobre a terra, que começará com o reino
milenial de Cristo (20.1-6), o qual, após o julgamento final, passará para o Reino
Eterno de Deus. O reino de Deus e de Cristo é um só. Em Ef 5.5, encontramos
menção ao “reino de Cristo e de Deus”.
1. Nas páginas dos evangelhos encontramos
comumente duas expressões similares! “O Reino de Deus” e o “Reino dos Céus”. O
Reino dos Céus pode ser o Reino de Deus. Mas o Reino de Deus não é,
necessariamente, a mesma coisa que o Reino dos Céus. O termo “Reino de Deus” é
usado apenas quatro vezes em Mateus (12.28; 19.24; 21.31, 43). Enquanto que
“Reino dos Céus” é encontrado trinta e duas vezes em Mateus. O Dr. C. I.
Scofield mostra a diferença entre “Reino de Deus” e “Reino dos Céus” da
seguinte maneira:
(a) “O reino de Deus é universal, incluindo
todas as criaturas voluntariamente sujeitas à vontade de Deus, sejam os anjos,
a Igreja, ou os santos do passado e futuro (Lc 13.28, 29; Hb 12.22, 23),
enquanto que o reino dos céus é messiânico, mediatorial e davídico, e tem por
alvo o estabelecimento do reino de Deus sobre a terra. Mt 3.2; 1Co 15.24, 25.
(b) Entra-se no reino do Deus somente pelo novo
nascimento (Jo 3.5-7), mas o reino dos céus é a esfera da profissão que pode
ser verdadeira ou falsa. Mt 13.3 e 25.1, 11, 12.
(c) Visto que o reino dos céus é a esfera
terrestre do reino de Deus universal de Deus, os dois têm quase tudo em comum.
Por este motivo muitas parábolas e outros ensinos são referidos ao reino dos
céus em Mateus e ao reino de Deus em Marcos e Lucas. Mas as omissões ou
acréscimos são significativos...”.
(d) O reino de Deus não vem com aparência
exterior (Lc 17.20) mas é maiormente interior e espiritual (Rm 14.17); enquanto
que o reino dos céus é orgânico, e será, manifestado com glória na terra. Zc
12.8; Mt 17.2; Lc 1.31-33; 1Co 15.24.
(c) O reino dos céus se tornará o reino de
Deus quando Cristo entregar o Reino a Deus, o Pai. 1Co 15.24-28”. Assim no
toque da sétima trombeta, o reino dos céus (o Milênio) entrará na terra com
poder e grande glória.
1. Os anciãos têm os seus próprios tronos e
as suas próprias coroas. De modo místico isso fala do poder que tem o crente de
reinar com Cristo (Mt 19.28). O senhorio de Cristo assumirá suas dimensões
apropriadas à face da terra. até mesmo os céus hão de expressar agradecimento à
pessoa do filho de deus na era futura. O propósito de Deus também será
realizado que é: “De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na
dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão
na terra” (Ef 1.10). Será um tempo em que o próprio filho de Deus, resigna seu
reinado mediante em relação ao Pai, para que Deus seja “tudo em todos”.
Posteriormente, porém, Cristo também é concebido como “tudo em todos” (Ef 1.23;
Cl 3.11). Esse reino será eterno. Comparar com Dn 2.44; 7.14, 27; Lc 1.33; Ele
jamais será destruído ou passará a outro povo!
1. E reinaste. A expressão “passaste a
reinar” é traduzido no tempo passado pela (ARC): “reinaste”. Segundo o Dr.
Ladd, o verbo, no grego, está de fato no passado, mas o grego tem o que nós
chamamos de um uso ingressivo do tempo aoisto (passado), que coloca a ênfase
sobre o início da ação, quase sem dar atenção ao tempo da ação. Isso explica o
significado do pensamento: “que és (reinas), e que eras (reinavas), e que hás
de vir” (para reinar).
18. “E iraram-se as nações, e veio a tua
ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o
galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a
pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra”.
1. O tempo dos mortos. O julgamento dos
mortos ainda é futuro, mas esta vinculado às recompensas dos justos. O reinado
de Cristo garante que os mortos serão julgados e que os santos serão
galardoados, e que aqueles que estiveram destruindo a terra serão destruídos.
Isso anunciado agora, mas o processo todo talvez requeira mil anos. Porquanto
será somente no fim do reinado milenial de Cristo que todos os ímpios da terra
serão destruídos. A “ira de Deus”, que já foi mencionada, fará exatamente isso.
Deus destruirá aos destruidores. Esta referência é alusiva a Satanás e seus
anjos. São eles que destroem os primórdios da criação. O poder de Deus fará
descer a “ira”, primeiramente contra os homens físicos, e então, quando do
julgamento das almas. Porém, Satanás e seus sequazes serão também destruídos no
“Lago de Fogo” (Mt 25.41; Ap 20.10).
1. A Arca tinha vários nomes dependendo da
expressão momentânea da “Arca do Senhor”, “Arca da aliança do Senhor” (Dt
10.8), e “Arca do Testemunho”. Ignoramos quando e porque desapareceu a Arca. A
Arca. A despeito da menção tardia de (2Cr 35.3), a desaparição deve ter
ocorrido, o mais tardar, sob o reinado de Josias. Provavelmente, desapareceu
quando os babilônios tomaram Jerusalém, em 586 a.C. Jeremias fala de um
fragmento dela em seus dias (Jr 3.16). Há uma tradição que diz que Jeremias a
ocultou numa caverna que lhe servia de habitação no monte Sinai onde devia
permanecer até a restauração da Arca no Templo celeste indica que o tempo da
restauração messiânica chegou (11.19 e 15.5).