5ª trombeta
1. Observemos que a descrição do juízo da
quinta trombeta que é o primeiro “ai”, em sua descrição, ocupa um espaço de
onze versículos, porquanto há completa descrição da invasão por parte das
hostes infernais, e aquilo que elas são. O espaço extraordinariamente grande
dado a essa visão, deve-se à tremenda modificação, para pior, que isso trará
para a humanidade. O quadro geral deste juízo divide-se em três partes, a
saber: (a) descrição geral, vs. 1 a 6; (b) descrição específica dos gafanhotos
infernais, vs. 7 a 10; (c) descrição do “anjo do abismo”. O rei dos gafanhotos,
v. 11. O presente juízo neste capítulo, começa com a queda de “uma estrela”. A
palavra “estrela” que freqüentemente, aparece nas Escrituras, não tem sentido
uniforme, mas versátil; pode significar um homem (cf. Gn 37.9 e Ap 1.20) ou um
angelical, santo ou decaído, dependendo do contexto. No presente texto porém, a
“estrela” significa o próprio Satanás, que é o “anjo do abismo”. (Ver v.11). No
livro do profeta Isaías 14.12 há uma passagem paralela à do texto em foco:
“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançada por
terra, tu que debilitavas a nações!”. Os anjos da Bíblia, especialmente na
poesia, são chamados de “estrelas (cf. Jó 38, e Ap 12.4-9). Neste versículo ela
é, pois, um ser pensante, um anjo decaído, Satanás o opositor de Deus e dos
homens.
(VER A CONSUMAÇÃO DESTE FLAGELO EM APOCALIPSE 16.10, QUE DIZ: “E O QUINTO
anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez
tenebroso...”).
1. O poço de abismo. Alguns estudiosos
traduzem também por “fenda do abismo”, isto é, porque grego “phear” tem esse
sentido. O poço do abismo aqui referido, não quer dizer apenas “o abismo”
(sentido comum), mas “o poço do abismo”, isto é, “o mais interior da cova” (cf.
Ez 32.23), ali pois, por expressa ordem de Deus, estão encarcerados os
poderosos que zombaram de Deus na “terra dos viventes”. Ezequiel diz que, sete
nações desceram ali e que “seus sepulcros foram postos no mais interior da
cova” (cf. Ez 32.18, 21 e ss). Nas epístolas de Pedro e Judas, encontramos
anjos ali aprisionados (2 pd 2.4 e Jd v. 6). No contexto teológico, e bíblico,
esse é um lugar chamado de “região tenebrosa e melancólica, onde se passa uma
existência consciente, porém e inativa”; longe de Deus (2Sm 22.6; Sl 9.17). “Há
uma tradução entre os escritos judaicos que diz: Originalmente, o poço do
abismo era reputado como o lugar que abrigava “os espíritos em prisão”; mas ali
viveram apenas como “sombras” a vaguearem ao redor”.
2. Hades. “O escondido”. A palavra
encontra-se em Mt 11.23; 16.18; Lc 16.23; At 2.27, 31; Ap 1.18; 6.8 e ss); é o
equivalente de Sheol do Velho Testamento. O Dr. C. I. Scofield chama a nossa
atenção para dois pontos importantes: (a) “Antes da ascensão do Cristo, as
Escrituras dão a entender que Hades consistia de duas partes, os lugares dos
salvos e dos perdidos, a primeira chamada “Paraíso” e o “Seio de Abraão”, ambas
as expressões vêem do Talmud dos judeus, mas foram empregadas por Jesus e
Paulo, em Lucas 16.22 e 23.43; 2Co 12.1-4, conscientes e eram “consolados” (Lc 16.25).
O ladrão crente havia de estar nesse mesmo dia com Cristo no “Paraíso”. Os
perdidos eram separados dos salvos por “um grande abismo” (lc 16.26). Um homem
que representa os perdidos do Hades, é o rico de Lucas (16.26). Ele era
consciente, senhor de todas suas faculdades, memória, etc. e “em tormento”. (b)
Hades “depois” da ascensão de Cristo. No que diz respeito aos não salvos, a
Escritura não revela nenhuma mudança no seu lugar ou estado. No julgamento do
Grande Trono Branco, Hades comparecerá ali; sua missão será, entregar os
“mortos que nele havia”. Serão julgados, e passarão ao “Lago de Fogo e de
Enxofre” (Ap 20.13, 15). No contexto de Lucas 16.23, o “Paraíso” é retratado
como estando “acima” do Hades. Isso é observado nas próprias palavras: “E no Hades
(o rico), ERGUEU os olhos...”. Quanto ao “Paraíso” houve uma mudança. Paulo foi
arrebatado ao terceiro céu... ao Paraíso (2Co 12.1-4). O Paraíso, pois, agora
está imediata presença de Deus, “debaixo do Altar”, em “frente do trono” (cf.
Ap 6.9 e 7.9, 15). Entende-se que (Ef 4.8-10) indica a ocasião da mudança:
“Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro”. Acrescenta-se imediatamente que
Ele (Cristo) tinha primeiro “descido às partes mais baixas da terra?”, isto é,
à parte do Hades que era o Paraíso. As almas que foram mortas durante o período
sombrio da Grande Tribulação, são imediatamente colocadas debaixo do altar que
evidentemente, é parte do Paraíso (Lc 23.43; Ap 6.9 e ss). Durante o período
atual os salvos que morreram estão “ausentes do corpo e presentes com o
senhor:.
1. Os gafanhotos naturais não têm rei (cf.
Pv 30.17), esses porém, têm “sobre si, rei, o anjo do abismo” (v.11).
Observemos ainda dois pontos focais nesta secção: (a) O texto em foco, diz que,
os gafanhotos são seres inteligentes, discernem, pois receberam ordem
exclusivamente para não tocar “...à erva da terra, nem a verdura, alguma, nem a
árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de
Deus”. O autor alude ao trecho de (Ap 7.1 e ss). Ali, os quatro anjos guardiões
das forças da natureza, são proibidos de danificar as “verduras”, até que sejam
assinalados “os servos” de Deus. Aquele capítulo passa, então, a descrever os
144.000: (b) “Assim como Israel, no Egito, escapou das pragas que puniam aos
seus vizinhos egípcios, assim também o novo Israel (144.000) será isolado dos
ataques dos gafanhotos que emergirão do abismo”.
1. Focalizemos dois pontos importantes na
presente secção: (a) as interpretações históricas; (b) os gafanhotos literais:
(aa) Algumas interpretações históricas
pensam que esse número simboliza um período muito mais longo, pois cada dia
seria igual a um mês ou algum outro período de tempo. Em seguida procuram
encaixar o resultado em algum evento histórico, usualmente de caráter militar,
como o ataque dos sarracenos, sob Maomé, ou como os ataques posteriores, que
assaltaram o Egito, a Palestina, a Síria, Constantinopla e outros lugares.
Nesse caso, os “gafanhotos” seriam os próprios “sarracenos”. Essa maneira de
interpretar o texto, dificilmente se coaduna com a tese principal. Sendo dias
proféticos, assim um dia representava “um ano” (cf. Nm 34.14 e Ez 4.6),
afiançando que esse tempo está envolvido entre 612 a 762 d.C.
(bb) Os gafanhotos literais nascem na
primavera e morrem no fim do verão (de maio a setembro); exatamente cinco
meses. Durante esse tempo, ele se mostra ativo, e qualquer destruição por ele
produzida, tem lugar cinco meses. A praga dos gafanhotos sobrenaturais durará
também “cinco meses”. Esse espaço de tempo, é mencionado nas Escrituras com um
sentido especial; nele Deus trouxe o dilúvio “sobre o mundo dos ímpios”.
Exatamente “cinco meses”: (de 17 do mês segundo; maio, ao dia 17 do sétimo mês:
setembro), prevaleceram as águas na terra (cf. Gn 7.11 e 8.4). Exatamente
“cinco meses”. As Escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada
detalhe! “Aqui notamos a preocupação de poupar a vida aos homens, conservando-lhes
a possibilidade de arrependimento, embora sob o aguilhão da dor. Tiveram um
prazo, porém, não buscaram a vida, mas inutilmente procuraram a morte”.
1. (a) “Cavalo
aparelhados para a guerra”. Sugestivamente, certas línguas, levadas pelo
aspecto da cabeça do gafanhoto, dão-lhe nome que sugere o cavalo (Cavalleta =
italiano; Heupferd ou cavalo de feno = alemão, etc.). A descrição dos “animais”
é horripilante e hedionda; João nada viu na terra que pudesse realmente
identificar-se com essas criaturas vinda do mundo exterior. Teve de servir-se
dos mais desconexos elementos comparativos para descrever-lhes a monstruosa
aparência. Eles são vistos equipados; Isso indica que eles pertenciam a uma
“Ordem de Guerreiros” vindo do “poço do abismo”. O cavalo é rápida e forte, e
produz a morte sem misericórdia (cf. Jó 39.19-25; Sl 33.17; 147.10). “Terrível
é o fogoso respirar das suas ventas” (Jó 39.20). Sendo que, essas criaturas são
mais ainda em grau supremo!
(b) “Coroas semelhantes ao ouro”. Os
gafanhotos descritos por João, trazem algo parecido “como coroas”, em contraste
com expressão em Apocalipse 4.4; 6.2; 12.1 e 14.14. Alguns intérpretes observam
que as cabeças dos animais terminam em forma de “Coroa”, como se fossem de
ouro. A passagem em foco, nos leva a pensar que, os gafanhotos pertenciam a uma
“ordem real” do “poço do abismo”, por cuja razão “tinham si, rei”. O rei dos
terrores! (Jó 18.18 e Ap 9.11). São seres animalescos de natureza bestial!
(c) “Seus rostos eram como rostos de
homens”. No paralelismo de Joel 2.7, os temíveis animais, andarão como se
fossem homens: “Como valentes correrão, como homens de guerra subirão os muros;
e irá cada um nos seus caminhos e não se desviarão da sua fileira”. Os rostos
semelhantes aos de homens dessas horas espirituais, sugerindo inteligência e
capacidade humana, dar-lhes-ão terror adicional. Alguns estudiosos aceitam isso
literalmente, como se dá no caso dos intérpretes históricos. “São homens”,
dizem eles, “como sarracenos”. Porém, para nós, essa forma de interpretação não
se harmoniza com aquilo que é depreendido do texto em foco. Segundo um rabino;
A expressão: “rostos como de homens”. Significa “uma face irada” (Pv 25.23) e
dura de ser encarada como a “pederneira” (Ez 3.9).
1. (d) “Tinham cabelos como de mulheres”.
Entre os comentaristas são seguidas várias interpretações sobre a presente
expressão: (a) porque as antenas dos gafanhotos sugerem isso, conforme pensam
alguns intérpretes, como diz um provérbio árabe: “o gafanhoto tem cabeça de
cavalo, peito de leão, pés de camelo, corpo de serpente e antenas como cabelos
de mulheres”. Algumas traduções trazem: “cabelos longos como de uma moça”. Seja
como for, neles havia algo feminino. (b) Ou então, conforme poderíamos esperar,
os “sarracenos” usavam os cabelos compridos, segundo dizem os intérpretes
históricos e em muita das vezes foram confundidos por alguém como se fossem
mulheres. (c) Eram monstros cabeludos como são descritos por Isaías 13.21:
“...e os sátiros pularão ali”. Isto é, “sã’ir” – Lv 17.7; 2Cr 11.15. O termo
significa “cabeludo” e aponta para o demônio como sendo um sátiro: demônio
feminino da noite, etc. (d) Para outros (talvez a forma predominante) “Eram
seres destituídos dos elevados padrões morais como bem pode ser contemplado
numa figura de retórica: “...rapazes escandalosos”, cf. 2Rs 22.47 e 1Co 11.4,
7, 14.
(e) “Seus dentes eram como de leões”. Esta
figura é emprestada de Joel (1.6 e ss), onde uma nação hostil é comparada à
ameaça de uma praga de gafanhotos, que, destruiria toda verdura do campo:
“...os seus dentes são dentes de leão, e têm queixadas de um leão velho”. Na
simbologia profética, isso significa “sua terrível capacidade de destruição,
sua voracidade incessante e brutal”. A implicação desta figura é que os
terríveis gafanhotos nascidos da fumaça, serão cruéis, selvagens e implacáveis
no tormento que causarão aos homens sem Deus.
1. (f) “Couraças como couraças de ferro”. Os
temíveis animais tinham por assim dizer, couraças de ferro. Essas agentes
infernais de torturas são imunes a qualquer destruição pessoal. No presente
versículo, vemos o corpo escamoso dos gafanhotos comparado a uma couraça. O
General filistino, Golias, trazia também em volta de si uma couraça “escameada”
(1Sm 17.5). Aquele poderoso gigante era o maior homem do mundo. Ele, foi sem
dúvida, um agente direto de Satanás como também, esses serão, porém, em grau
supremo.
(g) “O ruído das suas asas”. Observemos aqui
a seqüência do paralelismo tirado de Joel 2.5: “como o estrondo de carros sobre
os cumes dos montes irão eles saltando; como ruído da chama de fogo que consome
a pragana, como um povo poderoso, ordenado para o combate”. O Dr. Robertson (in
loc) declara o que segue: “O quadro gráfico do avanço de exames de gafanhotos infernais
e a total incapacidade de resistir a eles, é dado aqui, como o “som de carros”,
de muitos cavalos que avançam para a guerra”. O tinido e o clangor das rodas
dos carros e o sacolejar dos cavalos, são aqui personificados (cf. Jl 2.4).
1. (h) “Caudas semelhantes às dos escorpiões”. O texto em foco, nos faz
lembrar de uma curiosidade interessante: “...Há uma espécie de gafanhotos, do
nome científico “Acridium Lineola”, comumente vendidos nos mercados de Bagdá
(Capital do Iraque), como alimento, que tem ferrões nas caudas”. Sendo porem,
que aqueles, são ordinários; esses, porém infernais. Os naturalistas dizem-nos
que o escorpião sacode a cauda constantemente a fim de atacar, e que o tormento
causado por suas picadas é muito severo. Tudo isso, e mais ainda, será
encontrado em grau supremo nos horripilantes animais contemplados por João.
(i) “Aguilhões nas suas caudas”. Na
declaração de Jesus a Paulo no caminho de Damasco (At 9.5), o “aguilhões”
representa uma força irresistível. A presente expressão proverbial, era também
encontrada em diversos autores de diferentes culturas, sob uma ou outra forma.
Tem sido encontrada nos escritos dos poetas gregos e até helenistas. Ela era
tomada no sentido de representar uma força espiritual, uma força do mal; que só
pode ser resistida por uma superior – O Espírito de Deus (cf. Lc 10.19). Num
cômputo geral na apreciação de João sobre esses seres, observemos o que segue:
(a) São gafanhotos, mas têm a malícia de escorpiões. (b) Avançam como soldados
montados para a batalha. (c) Usam coroas. (d) Têm a semelhança de homens em seu
rosto. (e) Há algo de feminino em sua aparência. (f) Em sua voracidade são
quais leões.
1. (a) Abadom; (b) Apoliom: em ambas as
línguas quer dizer “destruidor”. (aa) ABADOM. Abadom, é um termo hebraico que
significa “destruição” ou “ruína”, conforme se vê em Jó 31.12. Algumas vezes é
usado como equivalente da “morte”. A palavra é também usada para o lugar da
destruição, sinônimo de Sheol ou mundo invisível dos mortos em (Jó 26.6; 28.22;
Pv 15.11 e 27.20), e é usada para o próprio mundo dos mortos (em Jó 31.12; Sl
88.11). João traduz a palavra para o grego não para o termo equivalente,
apoleia, “destruição”, mas por um particípio, apollyin, que significa “o
destruidor”. (bb) APOLION. Apoliom, esse termo grego é cognato do Apollumi,
verbo que significa “destruição”, e sua tradução em português acompanhou o
sentido original de “destruição”. Seja como for, é essa a missão sombria do
“anjo do abismo”: “Matar e destruir”. Ele é chamado de “o destruidor” porque do
ponto de vista divino de observação é o que ele é! (cf. Jo 10.10).
I. “...Ais”. O profeta Ezequiel, profeta do cativeiro, fala em seu livro
de “...lamentações, e suspiros e ais” (cf. Ez 2.10). O primeiro “ai” é a quinta
trombeta. O trecho de Ap 9.1-11 ocupa-se com a descrição desse primeiro “ai”. O
segundo “ai” é o juízo da sexta trombeta, descrito em Ap 9.13-21 e o terceiro
“ai” é o juízo da sétima trombeta, descrita em Ap 11.15-19. Durante o período
da Grande Tribulação, os juízos de Deus ir-se-ão tornando progressivamente mais
severos, procurando levar os homens ao arrependimento. Porém, os homens terão
mergulhado nas densas trevas do mal. Por conseguinte, o curso inteiro das mais
tremendas punições terá de sobrevir contra eles, até a plenitude dos tempos (o
Milênio) que virá com o “refrigério” de Deus (At 3.19-21. Finalmente, isso
trará uma “nova era”, o Milênio, como é anunciado no terceiro “ai” desta secção
(11.15), porquanto purificará a terra, possibilitando a ocorrência da
“Parousia” ou segundo advento de Cristo. Porquanto, os juízos divinos sempre
têm um propósito disciplinador e restaurador, e não meramente vingativo.
(VER A CONSUMAÇÃO DESTE FLAGELO EM APOCALIPSE 16.12, QUE DIZ: “E o sexto
anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates...”).
1. Baseados em Ap 16.12, cremos que a China
e seus satélites são o princípio de formação dessa grande profecia. Para o
vidente João, totalmente atônito ante o número imenso dos cavaleiros, faz uma
pausa para falar diretamente a esse respeito. Literalmente, o grego diz: “dois
dez mil de dez mil”, isto é, duzentos milhões. No presente texto, não é
mencionado um exército de carros, mas de cavalos – cavalaria. Os quatro anjos
prisioneiros a pouco assumem o comando invisível desse poderoso exército
sombrio (9.14). Orientando-o tomar direção à Terra Santa, concentrando-se, logo
a seguir, na grande planície que se estende do Jordão ao Mediterrâneo.
1. A maior parte dos comentaristas se
dividem na questão. Para alguns são cavalos literais; para outros, porém, são
armas modernas de artilharia e, ainda outros opinam que são cavalos
sobrenaturais. Observemos três pontos importantes sobre isso:
(a) Lendo as seguintes passagens (Pv 21.31;
Zc 14.15; Ap 9.15; 9.14; 14.20; 19.18), leva-nos a pensar que são cavalos
literais:
(b) Lendo passagens como (2Rs 2.11; 6.17; Ap
19.11, 14) e fazendo um paralelismo do significado do pensamento, leva-nos
pensar que são cavalos sobrenaturais:
(c) Lendo passagens como (Ap 9.17-19; 16.13-14),
leva-nos a pensar que não são cavalos literais e nem sobrenaturais e sim, armas
modernas de guerra. Cremos que o Apóstolo João em sua visão futurística, faz
menção, exatamente, às armas mais modernas usadas em seus dias: o cavalo que,
na simbologia profética das Escrituras, represente para nós, as possíveis armas
modernas da atualidade. Mas não é de admirar que, o Anticristo usará todos os
meios concebíveis de seus dias e, mesmo que usando, suas armas modernas, possa
contar, segundo se pensa, com um exército moderno de cavalaria para possíveis
eventualidades (cf. 2Ts 2.9).
1. A visão vista por João sobre estes
“cavalos” compreende também os “cavaleiros”. Os cavaleiros parecem ser de pouca
monta (importância) em relação aos cavalos, que causam maior terror; eles
apavoram e destroem. A atribuição de caudas, como de serpentes, àqueles cavalos
que sopravam fogo, os torna tremendamente grotescos. Podemos observar que nos
versículos anteriores, “...os cavaleiros têm couraça de vermelho fogoso, azul
fumegante e amarelo sulfúrico...”. São verdadeiras couraças que inspiram
“cisma” e “extremo terror”. “Os adversários virão velozes como cavaleiros,
fortes como leões, venenosos como as serpentes, a soprarem elementos que cegam
e queimam com poder mortal. Temos aqui, portanto, força mortais, letais,
poderosas, maliciosas e incansáveis, enviadas contra a humanidade, por causa de
seus pecados e de seu mundanismo”.
2. “João vê agora todos os horrores da
guerra. Em seus dias a cavalaria era uma força das mais terríveis, e ele vê
esta em primeiro lugar. Mas enquanto olha, toma consciência de que estes não
são “cavalos comuns” mas monstros estranhos que destroem com a fumaça que lhes
sai da boca, e de outras bocas na “ponta das caudas” como as de serpentes. Não
há dúvida de que oi permitido a João ver os instrumentos destruidores na forma
de artilharia”. Mas tudo controlado, por poderes do mundo exterior.
1. (a) Demônios. São seres espirituais do
mundo tenebroso, assim chamados, em virtude de suas disposições hostis, opondo-se
contra Deus e contra os homens. O Senhor Jesus, em seu imortal ensino, falou da
existência deles. Os profetas do Antigo Testamento, e os escritores do Novo,
comprovam a mesma realidade (cf. Lv 17.7; Sl 106.37; Mt 4.22; 8.16, 18, 33;
12.22; Mc 1.32; 5.15, 16, 18; Lc 6.18; 9.39; At 8.7; 16.16; 1Co 10.20; Tg 2.19;
Ap 16.14). Entre os gregos tinha vários significados a palavra “demônios”; às
vezes era considerado um deus, ou uma divindade no sentido geral; O gênio ou a
fortuna; A alma de alguém que pertenceu a idade de ouro; E que se transformou
em divindade tutelar. Um deus de categoria inferior. As Escrituras sempre
focalizam os demônios, como seres imundos, violentos e maliciosos.
(b) Ídolos. Paulo diz que “o ídolo nada é no
mundo” (1Co 8.4). Mas, em razão de ser cego, surdo e paralítico. Torna, como
arma de Satanás, o homem cego, surdo, apático. O texto em foco, tem seu fundo
histórico no Salmo 115, onde lemos: “Os ídolos deles (dos pagãos) são prata e
ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca mas não falam; têm olhos, mas não
vêem; Têm ouvidos, mas não ouvem; nariz têm, mas não cheiram. Têm mãos não
apalpam, têm pés, mas não andam...” (vs. 4 a 7). Tememos o sábio conselho deste
mesmo autor do Apocalipse: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”. Amém.
1. É observado que a lista de vícios tem
continuação aqui. Todos esses vícios se originam na idolatria pagã, conforme é
sugerido no versículo anterior. A “idolatria” será aumentada em sua intensidade
até aos “últimos dias” e ao surgir em cena o Anticristo, o homem do pecado,
será revivida a “idolatria” da pior modalidade. Por meio do Anticristo, o
próprio Satanás será adorado. Os homens com orgulho nos corações, adorarão
ainda a Besta e o falso profeta de sua corte (cf. 13.4, 8, 12, 15; 19.20).