terça-feira, 4 de maio de 2021

Lúcifer destronado - Capítulo 20

Regenerados, chamados e comissionados

Meu único problema (além da minha natureza pecaminosa) era que Sharon desde o início não gostou muito do mormonismo, e sua aversão crescia a cada dia. A grande diferença (exterior) entre a Wicca e o mormonismo é que, enquanto a Wicca era militantemente feminista e matriarcal, a Igreja dos Santos dos Últimos Dias era, cinicamente, patriarcal. Ignorante das coisas espirituais como eu era, presumi que Sharon não gostasse da Igreja Mórmon por ser discriminatória em relação ao sexo feminino, tratando as mulheres como tolas e dominadas.

Tornado cego, pelo meu próprio espírito religioso, não percebi que Sharon divisava além da falsidade do mormonismo e queria para si o verdadeiro cristianismo. Em sua infância, ela tivera um encontro de fé salvadora com o verdadeiro Jesus Cristo. No entanto, como fora educada em escolas católicas, as freiras forçaram-na, sob terríveis ameaças, a crer que o catolicismo era o único modo de seguir a Jesus, a Quem ela cultuava e adorava.

Sem discipulado, sem estudos bíblicos, Sharon foi intimidada assim a acreditar que o catolicismo era o verdadeiro caminho para Deus. Então, quando adolescente, começou a ver, por meio das falácias e hipocrisias do Vaticano, que isso não era verdade; não tinha idéia alguma para onde ir. Morava em Dubuque, Iowa, cidade 90% católica. Desiludida, foi alcançada pela onda cultural do movimento hippie e do ocultismo. Saiu do catolicismo para a feitiçaria e, depois de alguns anos, me conheceu. Todavia, a grande diferença entre nós era que eu nunca tinha nascido de novo em Cristo, mas ela tinha! Era por isso que podia expulsar demônios de pessoas, quando todos os meus rituais e todas as minhas “santas ordens" católicas falhavam.

Depois de ter passado alguns anos como mórmon, Sharon, arrasada, viu-se mais perto ainda do seu relacionamento inicial com Jesus, mas estava ainda a anos-luz de distância. Lendo a Bíblia, embora na versão mórmon, passou a se prover de um conhecimento cada vez maior do verdadeiro cristianismo. Diferentemente de mim, ela havia se desligado quase que inteiramente das obras de feitiçaria, por ver tais práticas como contrárias ao que a Bíblia ensina. Passou a delegar a outros, cada vez mais, suas responsabilidades no ocultismo e a falar sobre acabar com todos os nossos elos com a magia, todas as iniciações e relacionamentos com grupos de feitiçaria, até mesmo sobre nos desligarmos do mormonismo!

Falava comigo com muito empenho sobre deixarmos a Igreja, Mórmon, mas eu não lhe dava ouvidos. Estava encantado com o meu chamado especial para o sacerdócio da ordem de Melquisedeque e com o recém-descoberto senso de retidão própria.

Sharon percebeu que o único modo pelo qual poderia fazer alguma coisa para me ajudar a me libertar do mormonismo seria forçar-me a perder o meu sistema de apoio. Ela tomou, então, todas as providências para mudar-se de Milwaukee, onde morávamos, voltando para Dubuque, de forma a continuar seus estudos. Convidou-me a tomar a decisão de mudar-me também, indo com ela. O tempo todo, ela estava confiando no Senhor e orava secretamente para que, uma vez longe dos meus companheiros do sacerdócio mórmon, pudesse falar seriamente comigo. Sharon estava “abalando os céus” por minha causa, para que eu percebesse quão distante da verdade o mormonismo realmente se encontrava.

Protestei com ela quanto à mudança, dizendo-lhe que eu tinha assumido a responsabilidade de ensinar Novo Testamento no instituto da Igreja Mórmon, mas não teve jeito! Já estava decidida, de modo que eu acabei concordando, embora isso significasse perder meu emprego e mudar-me para uma área de Iowa onde poderia não ser fácil achar um trabalho.

O que Sharon não sabia é que eu também tinha encontrado algumas contradições dentro do próprio mormonismo, mas temia discutir esse assunto com ela. Sabia que ela já via a Igreja Mórmon com certo descrédito e eu não queria afastá-la ainda mais da Igreja.

Em meu ministério nessa Igreja, conheci muita gente que não estava sendo ajudada pelo mormonismo e vi que muitos ainda estavam vivendo uma vida muito aquém do padrão, não cumprindo os 4.000 mandamentos ali preceituados.

Além disso, eu fora chamado a ensinar Novo Testamento na instituição de ensino da Igreja,1 mas havia muitas passagens — especialmente em Romanos e Gálatas — que me atormentavam.

Todavia, eu não sabia para onde me dirigir. Quando o primeiro semestre letivo do meu contrato terminou, também me mudei para Dubuque.

Nossa mudança deve ter sido o que o Espírito Santo estava planejando no segundo dia após minha chegada a Dubuque. Colocaram um folheto à nossa porta, anunciando um Seminário sobre Profecias, que seria realizado num parque da cidade. Sabia que não era um evento mórmon, mas eu havia dedicado muito tempo estudando o livro de Apocalipse, principalmente por causa do curso de Novo Testamento que teria de ministrar. Achei, também, que possivelmente teria ali uma oportunidade de ganhar algumas pessoas para a Igreja Mórmon. Afinal, eu pertencia a uma Igreja dirigida por um “profeta vivo”!

Depois de assistir às reuniões algumas noites, comecei a sentir estranha excitação no meu coração. O pregador era alguém que citava passagens e mais passagens da Bíblia, e algo me atingiu quando ele falou sobre o sangue de Jesus. Finalmente, abordei o mais jovem dentre os dois pregadores que estavam dando o seminário e procurei convencê-lo da doutrina mórmon. Eu queria convencê-lo de que, para alguém receber o batismo, era necessária uma autoridade sacerdotal para ministrá-lo. Essa questão da autoridade, segundo os mórmons, era vital, argumentando eles que os protestantes e toda a sua “laia” ficariam numa terrível situação, que os levaria à morte, por não terem sacerdócio. Finalmente, perguntei-lhe como tinha recebido autoridade para batizar. Com um bondoso sorriso, ele simplesmente me respondeu:

— Recebi de Jesus Cristo, como todo cristão a recebe.

Então, citou Atos 16.31, dizendo que nem mesmo o batismo era necessário para ser salvo:

Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. (At 16.31)

Esta passagem bíblica penetrou a fortaleza do meu testemunho mórmon como um foguete Exocet, detonando todas as minhas defesas. Aquilo não saía da minha cabeça durante todo o tempo em que voltava para casa naquela noite:

“E se ele estiver certo?... É tão fácil assim? Era um pensamento que me incitava.

Senti-me como um condenado que apenas ouve o rumor de que pode vir a ser perdoado. Meu coração não ousava se arriscar. E se aquela palavra não fosse verdadeira e os mórmons estivessem com a razão? Eu poderia crer naquela palavra, ou teria de descartá-la?

Como precisava garantir meu sustento, comecei a procurar emprego. Tive pouco sucesso, de modo que em todo o meu tempo livre voltei a trabalhar com um livro que resolvera escrever para provar a verdade do mormonismo. Essa minha ocupação me fazia esquecer temporariamente do testemunho que eu tinha acabado de receber. A palavra, porém, aninhou-se silenciosamente em meu coração, como uma semente.

Concluí vários capítulos do meu livro e dei início a um capítulo sobre os antecedentes pagãos da Igreja Católica. Então, num lampejo, lembrei-me daquelas revistas em quadrinhos cristãs, pois mencionavam a Igreja Católica. Eu as li e observei, com grande interesse, todas as questões que me seriam úteis ao escrever o capítulo sobre o catolicismo. Uma vez mais, porém, senti uma palpitação de esperança ao ler a “versão protestante” do evangelho. Parecia fácil demais! Boa demais para ser verdade!

Verifiquei que poderia fazer um pedido de publicações diversas àquela editora, e assim fiz. Quando chegaram os livros, revistas e folhetos que encomendara, os “devorei” com avidez. Constatei, então, que despertavam certas percepções nada agradáveis em meu coração.

Aqueles livros apresentavam uma doutrina que eu nunca ouvira antes, exceto com conotação totalmente depreciativa. O que eu li foi que uma pessoa pode ser salva apenas por confiar em Jesus Cristo, e que sacramentos, templos, rituais ocultistas, sacerdócios, tudo isso é totalmente desnecessário — e até mesmo pernicioso — para você ter a vida eterna.

Fiquei meditando sobre isso por um bom tempo, mas tive que parar um pouco com a minha pesquisa. Consegui um trabalho de vendedor de aspiradores de pó, como autônomo. Durante semanas, eu me excedi nesse trabalho, mas não conseguia vender nada, e estava gastando um bom dinheiro com gasolina, indo por toda parte da cidade. Enquanto dirigia, porém, tive bastante tempo para pensar e orar. Passei por zonas rurais, locais de uma natureza fascinante naquele início de verão, e orei pedindo por orientação. Passei também em frente de pequenas igrejas do interior e, em vez de um condescendente escárnio de outrora, olhei atentamente para elas, como se fossem um tesouro raro que, de algum modo, eu tinha necessidade.

Secretamente, em meu coração, era aquilo que eu queria. O sonho que eu tinha tido, quando desci a montanha em direção àquela igrejinha que cantava o hino evangélico, estava o tempo todo em minha mente.

Li, então, Romanos com muita ansiedade, comparando-o com o que os folhetos e os livros me diziam. Vi como tudo era tão simples. Li e reli várias vezes, e comecei a jejuar e orar para ter certeza de que esta era, de fato, a verdade.

Quatro dias depois, decidi tentar uma abordagem diferente.

Peguei uma daquelas revistas cristãs em quadrinhos. É que me lembrei de que, na última página, havia uma oração específica para receber Jesus como Salvador e Senhor.

Dobrei-me e, ajoelhado ao lado de minha cama, fiz aquela oração com todo o meu coração. Inclusive dei uma paradinha e retirei, naquela hora, a vestimenta mórmon que usava por baixo da roupa, para que não houvesse nenhuma “interferência espiritual” em minha oração. Confessei ao Senhor que eu era de fato um pecador, talvez o principal dos pecadores (veja Romanos 3.23).

E com sinceridade renunciei os meus pecados e me arrependi (Lc 13.5), confessando que Jesus Cristo morreu na cruz por meus pecados e ressuscitou dos mortos para que eu pudesse ter vida eterna (Rm 10.9,10). Pedi a Jesus que me salvasse de meus pecados (Rm 10.13) e passasse a ser o Senhor absoluto da minha vida (Rm 12.1,2).

Não ouvi nenhum coro celestial cantar naquele momento. Mas senti, de fato, uma tranquilidade e uma paz extraordinária vindo sobre mim; uma paz que até agora flui de meu interior quando escrevo estas linhas, anos depois! Era uma paz como nunca, mas nunca mesmo, eu tinha experimentado, em mais de 30 anos de vida. Antes eu nem mesmo sabia quão vazio estava, até o momento em que me enchi desta paz.

Senti-me, então, muito melhor, mas ainda tinha algumas dúvidas. Decidi que iria “testar” tudo isso. Primeiro, deixei de lado a vestimenta de magia mórmon. Sharon estava ainda na Escola de Enfermagem, de modo que fiquei sozinho com meus pensamentos. Senti que precisava conversar com alguém, mas não me veio à mente o nome de quem quer que fosse que pudesse me compreender, a não ser o nome dela.

Naquela noite, conversamos bastante. Sharon estava exultante de alegria pelo fato de eu ter finalmente encontrado o caminho certo. Eu tinha sido salvo pela graça e liberto pelo sangue do Cordeiro.

Ao explicar-lhe o que tinha descoberto na Bíblia, nos folhetos e nas revistas, ela sorriu, demonstrando que se sentia muito feliz. Explicou-me, então, que fora desse modo que ela acreditara no princípio, e que sua experiência, naquele tempo, tinha sido igual à minha. Disse-me que vinha em busca dessa fé que ela havia perdido desde que viu a hipocrisia que há na Igreja Católica, tantos anos atrás.

Ficamos exultantes ao vermos que nós dois, por caminhos independentes, tínhamos chegado às mesmas conclusões. Depois disso, passaram ainda alguns meses para nos desembaraçarmos da Igreja Mórmon. Mas havia ainda algumas medidas que precisariam ser tomadas.

Eu estava ainda pensando sobre que tipo de igreja deveríamos agora frequentar, uma vez que os mórmons estavam errados. Sabia que queria uma igreja em que a Bíblia, e apenas a Bíblia, fosse usada como autoridade para estabelecer o que é a verdade. Além disso, meu novo Amigo, o Espírito Santo, incomodava-me com respeito ao enorme volume de livros ocultos, e de toda a parafernália do ocultismo que ainda permaneciam num armário, fechado à chave, em nosso depósito, no andar de cima.

Milagrosamente, o Espírito levou-me (pela primeira vez) a uma livraria evangélica. Meus líderes mórmons sempre me diziam que eu não deveria entrar nessas livrarias, pois estavam cheias de lixo, com materiais renegados e sectários. Assim, fiquei por algum tempo do lado de fora e dei uma volta naquele quarteirão, até certificar-me de que ninguém conhecido estava por perto; então, entrei apressadamente na loja.

Lá dentro, fui andando por entre as estantes de livros, quando de repente um livro literalmente caiu da prateleira em minhas mãos.

Era o livro The Beautiful Side ofe vol,2 de Joanna Michaelsen [publicado no Brasil sob o título A Face Atraente do Mal, pela Editora Candeia]. Com um pouco de nervosismo, folheei rapidamente o livro e vi que continha exatamente os ensinamentos de que estava precisando. Ainda com algum receio de que poderia estar sendo visto por um mórmon, fui ao caixa, sentindo-me como se estivesse comprando uma obra pornográfica da pesada. Assim que ele embrulhou o livro e eu o paguei, lancei-me para fora da loja como se o diabo estivesse correndo atrás de mim.

Quando cheguei a casa, tive ainda algum receio quanto ao que Sharon poderia dizer; assim, disfarcei e procurei esconder minha compra. Mas ela é muito observadora e perguntou o que eu tinha comprado para ler. Mostrei-lhe, então, o livro, e ela sorriu e disse:

— Ótimo! Quem sabe ele não irá colocar algum juízo em sua cabeça?

Aquele livro ajudou-me bastante. Explicou-me que o “Jesus” do ocultismo e do espiritismo é um falso Jesus, assim como o “Jesus” do mormonismo. Também me ensinou que eu deveria orar e renunciar aos meus poderes do ocultismo e que eu teria de queimar todo o meu material de magia que estava escondido.

Decidi, então, telefonar para várias igrejas da cidade, que achei que seriam bíblicas. Disse-lhes: “Sou um ex-satanista e mórmon e tenho um montão de livros do ocultismo. Gostaria que vocês me ajudassem a queimá-los.” Como seria de esperar, muitos deles desligaram o telefone na minha cara. Outros me disseram que o pastor não se encontrava ou que não poderia atender-me naquela hora. Finalmente, consegui encontrar um pastor que realmente cria na Bíblia, num bairro afastado do centro da cidade. Ao me ouvir, ele disse:

— Louvado seja o Senhor! Traga-os com você, que vamos queimar tudo!

Sentindo-me de repente atemorizado, sem que houvesse razão para isso, enchi todo o porta-malas não só com caixas de livros, mas também punhais, espadas, mantos e incensórios. Dava para eu quase ouvir sedutores sussurros daquelas caixas, dizendo: “Não nos queime. Você não pode viver sem nós?1 Engolindo um nó na garganta do tamanho de uma bola de golfe, fechei rapidamente o porta-malas e me pus a caminho.

Enquanto me dirigia para a igreja, pude quase sentir terremotos acontecendo ao meu redor e a estrada abrindo-se para a minha passagem. Parecia que um raio poderia cair sobre o carro a qualquer momento. Fiquei encharcado com o suor frio de um terror apavorante quando nem mesmo três quadras tinha percorrido. Não percebi na hora, mas o fato é que estava sob um ataque demoníaco. Felizmente, o pastor estava em seu gabinete orando por mim!

Foi com um alívio tão grande, para o qual não tenho palavras, que finalmente entrei na área de estacionamento da igreja. O pregador veio, então, cumprimentar-me. Surpreendi-me ao ver que ele era um jovem robusto, cheio de entusiasmo, de camisa esporte e barbado. A idéia que eu tinha feito era a de um fanático vestido de terno preto, cabelos grisalhos e austero. O jeito de ele se comportar me foi uma agradável surpresa. Ele realmente estava satisfeito consigo mesmo. Eu não sabia que os cristãos tinham permissão para serem daquele jeito... Ele me ajudou a tirar tudo aquilo do porta-malas e, em seguida, levou-me para o seu gabinete e me pediu que sentasse. Depois de algumas perguntas para certificar-se de que eu de fato tinha nascido de novo em Cristo, ele começou a responder às minhas perguntas. Finalmente, senti que estava no caminho certo. Eu havia destronado Lúcifer da minha vida e tinha entronizado o Senhor Jesus Cristo em seu lugar!

Depois de um ano frequentando aquela igreja, circunstâncias nos levaram a nos transferir para outra congregação. Lá, o rebanho era pastoreado por um casal, o pastor e sua esposa, que tinha uma considerável experiência em aconselhamento espiritual. Discerniram corretamente que, embora estivéssemos salvos e a caminho da glória, havia ainda algumas fortalezas demoníacas em nós por causa de todo o mal que havíamos praticado no ocultismo, e com o qual nos tínhamos deleitado.

Louvado seja o Senhor, pois eles investiram tempo conosco, discipulando-nos e ajudando-nos realmente a entender a Bíblia.

Além disso, sentaram-se conosco por várias horas, numa noite, em nosso apartamento, e nos ministraram a renunciar ao satanismo, à feitiçaria, ao mormonismo, ao espiritismo, à mediunidade e, até mesmo, ao catolicismo. Expulsaram, em nome de Jesus, espíritos imundos que ainda estavam em nós. Eles realmente nos ajudaram, dando-nos condições para que pudéssemos andar com nossas próprias pernas.

Um ano depois de termos sido assim ministrados, o Senhor nos chamou para o ministério, e desde 1986 temos trabalhado para levar o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo aos ocultistas e adeptos das seitas..

Nos últimos anos, o Senhor nos mostrou como é necessário o segundo passo, a libertação da escravidão ainda mantida pelos espíritos das trevas nas pessoas que se convertem. É a destronização final de Satanás! Isto é especialmente necessário para aqueles que vêm do ocultismo, da feitiçaria, ou que tenham ascendentes praticantes da magia (Êx 20.5).

Cremos que Jesus Cristo nos libertou das incríveis trevas e do mal, de modo que agora podemos testemunhar a quem queira ouvir que Ele pode salvar, de fato, até o pior pecador e libertar sua alma da luta contra toda opressão espiritual.

Conclusão

Oramos para que este livro seja, antes de tudo, um testemunho do poder totalmente suficiente e capaz do amor do Senhor Jesus Cristo para salvar! E evidente, pela nossa narrativa, que estivemos envolvidos com os poderes das trevas num grau bastante elevado. Entregamos totalmente a nossa vida ao estudo da “magia negra” por quase 16 anos.

Mas, por meio de simples orações, o céu desenredou tudo que o inferno tinha tentado fazer. Se você, leitor, está envolvido com satanismo, feitiçaria, candomblé ou qualquer tipo de ocultismo ou espiritismo, tem um desafio à sua frente.

O testemunho da Bíblia contra as práticas de feitiçaria e magia é definitivo e bem claro:

Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte. (Ap 21.8).

Queira compreender o que estamos dizendo! Estas palavras são de um livro que até hoje ninguém provou estar errado, nem jamais o fará! Se a Bíblia estava certa ao predizer a vinda de Jesus Cristo milhares de anos antes de isso acontecer, e... Se a Bíblia estava certa na previsão do aparecimento de um rei chamado Ciro, que libertaria o povo hebreu do seu cativeiro na Babilônia, ocorrido há mais de cem anos antes do nascimento desse rei, então por que erraria quanto ao destino daqueles que praticam feitiçaria e satanismo?

É por isso que Satanás treme cada vez que o Senhor Jesus entra em cena, pois sabe que, independentemente das suas artimanhas, o Senhor sairá plenamente bem-sucedido. Satanás não é estúpido. Sabe muito bem qual é o destino que o aguarda! Ele só quer fazer com que você ignore qual é o seu.

Se você quiser deixar de lado suas obras de feitiçaria e tornarse servo do verdadeiro Deus, Jesus Cristo, nada mais simples:

1. Confesse a Deus que você é pecador.

Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus. (Rm 3.23 — n v i) .

2. Arrependa-se (literalmente, repense) por haver cometido todos os seus pecados — especialmente o pecado da feitiçaria, do ocultismo, do satanismo — e disponha-se a renunciar a eles e rejeitá-los, totalmente.

(...) mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis. (Lc 13.5)

3. Creia de todo o coração que o Senhor Jesus Cristo morreu

na cruz, derramou seu sangue para pagar o preço pelos seus pecados e ressuscitou dos mortos para dar-lhe vida eterna.

Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. (Rm 10.9,10)

4. Peça ao Senhor que o salve de seus pecados.

Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. (Rm 10.13)

5. Peça a fesus Cristo que assuma o controle total da sua vida e seja 0 seu Senhor.

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm 12.1,2)

Como você acabou de ler, se possui livros ocultistas, artefatos, mantos, imagens e outras quinquilharias, deve destruir tudo isso no fogo, tão logo seja possível. (Veja Atos 19.19.) Não apenas os jogue fora, pois outras pessoas poderão encontrar esses objetos e serem enganadas por eles. Se você não tiver como queimá-los, peça a um pastor da sua localidade que o ajude. Como você viu nesta narrativa, precisa ser persistente, telefonando para diversas igrejas.

Se você seguiu estes cinco passos, tão simples, para receber Cristo, é agora um nascido de novo, em Cristo, um filho de Deus, tendo a certeza de que Satanás não poderá nunca mais arrebatá-lo das mãos de Jesus! Você está nas mãos de Alguém infinitamente 3Ó:|

mais poderoso do que o diabo!

Para crescer como cristão, é importante ler a Bíblia Sagrada e orar. Orar é apenas falar com Deus. É também vital que você encontre uma igreja em que Jesus Cristo seja exaltado como Senhor e Deus. Como mencionamos anteriormente, nem todas as igrejas que se declaram cristãs são verdadeiramente cristãs. Portanto, procure encontrar uma igreja que se enquadre nos seguintes pontos:

1. Creia em um só Deus, eterno e triúno — o Pai, o Filho e o Espírito Santo — três distintas Pessoas em um só Deus. (Veja

1 João 5.13; Mateus 28.19; Deuteronômio 6.4).

2. Creia que Jesus Cristo é Deus Todo-Poderoso, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que morreu na cruz para nos salvar dos nossos pecados e ressuscitou literalmente dos mortos, no terceiro dia. (Veja 1 Timóteo 3.16; Romanos 10.9-13; 1 Coríntios 15.1-5.)

3. Creia que a salvação não é alcançada por qualquer coisa que possamos fazer, mas, sim — e apenas — , por pedir a Jesus que aplique em nós o que já fez na cruz. Para ser verdadeiramente crente, uma nova criatura em Cristo, não são necessárias “boas obras”, nem “ser simplesmente membro de uma igreja”, nem mesmo o batismo. (Veja Efésios 2.8,9; Gálatas 2.16; 3.10.)

4. Creia que a Bíblia Sagrada nos foi dada pela inspiração de Deus, e portanto ela não é maculada, mas inteiramente perfeita e singularmente sem erros. E que ela deve ser o único padrão pelo qual a conduta, a doutrina e os princípios da igreja sejam aferidos. (Veja 2 Timóteo 3.16,17; Mateus 5.18; 24.35; Lucas 9.26; João 6.63.)

Estes são os pontos fundamentais da fé cristã que “não são negociáveis”, e que toda igreja cristã firmada na Bíblia tem de aceitar.

Agora, para todos os crentes, salvos pelo sangue do Cordeiro, que tiveram uma origem de práticas pecaminosas no ocultismo, na feitiçaria, no candomblé ou na umbanda, no espiritismo, esoterismo ou satanismo, o que se segue é especialmente para vocês.

Muitos, mas não todos, os crentes egressos do ocultismo têm problemas que os impedem de ter um caminhar pleno e vitorioso com Jesus Cristo. Talvez você tenha problemas em ler a Bíblia ou orar regularmente. Talvez haja certos pecados que ainda estejam sendo constantemente praticados, e que você tenha dificuldade em vencê-los. Ou, quem sabe, há enfermidades ou depressões em sua vida?

Descobrimos, orando por centenas de pessoas — todos cristãos — , que, se você teve ancestrais que participaram de seitas ou do ocultismo, ou se você mesmo praticou tais coisas, romper com elas, formalmente, perante o Senhor para ser totalmente liberto de envolvimentos carnais. Isto não significa que você não seja salvo e que não esteja a caminho do céu. E claro que você é salvo!

Apenas significa que Satanás está procurando atingi-lo na carne.

Se você achar que esta parte do livro está falando com você —especialmente se tem uma origem no ocultismo ou na feitiçaria —,o que precisa fazer é dobrar os joelhos diante de nosso Pai e fazer esta simples oração:

Em nome do Senhor Jesus Cristo, e com a autoridade que me foi dada por crer nele, declaro que sou remido das mãos do diabo. Mediante o sangue de Jesus, todos os meus pecados estão perdoados. O sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, está me purificando agora de todo pecado. Mediante esse sangue, sou justificado, como se nunca tivesse pecado.

Mediante o sangue de Jesus, sou santificado, tornado santo, separado para Deus, pois sou membro de uma raça eleita, de um sacerdócio real, de uma nação santa, de um povo de propriedade exclusiva de Deus. Que eu proclame as tuas virtudes, Senhor Deus, pois tu me chamaste das trevas para a tua maravilhosa luz! (1 Pe 2.9). Meu corpo é templo do Espírito Santo, remido e purificado pelo sangue de Jesus.

Eu pertenço ao Senhor Jesus Cristo — corpo, alma e espírito. Seu sangue me protege de todo mal. Em nome de Jesus, repreendo agora todos os mentirosos e enganadores espíritos de... (mencione, conforme o seu caso: ocultismo, astrologia, Nova Era, cartas de tarô, artes marciais, adivinhação, quiromancia, trabalhos de magia, operações espirituais, espiritismo de mesa ou de terreiro, esoterismo, maçonaria, seitas heréticas, incorporação, mediunidade, feitiçaria, satanismo...)...os quais podem achar que ainda têm algum direito sobre mim ou minha família. Em nome de Jesus, renuncio a esses espíritos de Satanás e declaro que não têm mais poder algum sobre mim, pois fui comprado e pago pelo sangue de Jesus derramado no Calvário.

Se você foi feiticeiro, bruxo, pai-de-santo ou satanista, ore ainda “Renuncio a todos e quaisquer juramentos (se houve) feitos por mim ou em meu favor no altar de Satanás — conhecidos ou desconhecidos por mim —, no santo nome de Jesus e pelo poder do seu sangue derramado. Peço ao Senhor Jesus Cristo que quebre todos os pactos, contratos, dedicações, encargos, trabalhos e consagrações que tenham sido feitos por mim ou para mim, por outros, nos altares do satanismo e da feitiçaria — conhecidos ou desconhecidos — e que use de todo o poder da Cruz, da Ressurreição, da Ascensão, da Glorificação e da Segunda Vinda para destruir o poder de tais coisas sobre mim.

Renuncio também a todo pecado e às amarras das gerações anteriores que ainda estejam me oprimindo por causa de juramentos feitos por meus pais e ancestrais, e peço que o Senhor Jesus Cristo purifique minha linhagem familiar com o seu sangue derramado.

Cravo todas essas coisas na cruz de Cristo.

Por causa do sangue de Jesus, Satanás não tem mais poder sobre mim, nem sobre minha família, e não tem mais lugar em nós. Renuncio inteiramente a Satanás e a suas hostes e declaro que eles são meus inimigos. Em nome de Jesus, exerço a autoridade que me foi dada, expulso todos os espíritos malignos, e resisto a todos os inimigos de Jesus Cristo que estejam operando contra mim (e contra meus filhos). Eu corto toda relação com vocês, espíritos de Satanás, e quebro todo poder que vocês têm sobre a minha vida.

Pelo poder do nome de Jesus Cristo de Nazaré, retiro o direito de afligirem a mim e a meus filhos e proclamo o juízo de Deus sobre vocês. Com a autoridade de Cristo, amarro agora todos os espíritos malignos presentes, num laço só, e ordeno que vocês vão para o lugar que Jesus Cristo os enviar, pela voz do Espírito Santo. Ordeno que todos vocês saiam de mim agora, de acordo com a Palavra de Deus e em nome de Jesus.

Também peço a ti, ó Pai, que feches todas as brechas pelas quais os demônios tiveram acesso a mim, por quaisquer pecados, de todos os modos, e peço-te que seles estas brechas para sempre com o sangue do Cordeiro, derramado na cruz do Calvário.

Agradeço-te por fazeres isto, no poderoso nome de Jesus.

(...) esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo jesus. (Fp 3.13,14)