PREFÁCIO
É-me grande honra escrever o prefácio
deste excitante livro de autoria do meu irmão em Cristo, Paul Yonggi Cho.
Sou-lhe pessoalmente grato pela força espiritual e pelas introspecções que
recebi de Deus mediante este grande pastor cristão.
Eu estava pregando em sua enorme igreja
em Seul. na Coréia, quando recebi um telefonema dizendo que nossa filha fora
tragicamente ferida em um horrível acidente automobilístico no estado de Iowa.
Nosso querido amigo, Paul Yonggi Cho, acompanhou-nos ao aeroporto com suas
orações e seu apoio. Horas depois de chegar a casa e ver pela frente a
perspectiva de horas negras ao lado do leito de dor de minha filha, cuja perna
esquerda havia sido amputada e cuja vida por pouco escapara da morte, encontrei-me
lendo página após página do manuscrito ainda não publicado deste livro que
agora, com entusiasmo, tenho a honra de apresentar. Descobri a realidade dessa
dimensão dinâmica da oração que vem mediante o visualizar a experiência de
cura. Linha após linha do manuscrito original foi sublinhada por este pastor,
cansado da viagem; este pai que sofria. Só posso esperar e orar para que muitos
cristãos — e não--cristãos também! — leiam este livro e dele tirem as
espantosas verdades espirituais contidas em suas páginas.
Não tente compreendê-lo. Simplesmente
comece a desfrutá-lo! É verdadeiro. Funciona. Testei-o.
Obrigado, Paul Yonggi Cho, por permitir
que o Espírito Santo desse esta mensagem a nós e ao mundo.
Deus o ama e eu também!
INTRODUÇÃO
No caos que se seguiu ao conflito da
Coréia, encontrei-me entre os que lutavam pela sobrevivência. Pobre, mas
persistente, trabalhava em vários empregos no decurso de um dia.
Certa tarde, estava dando uma aula
particular. Subitamente senti alguma coisa emanando-me do peito. Senti a boca
cheia. Pensei que ia sufocar-me.
Abri a boca e o sangue começou a
escorrer. Tentei estancar a hemorragia, mas o sangue continuava a sair-me pelo
nariz e boca. Logo meu estômago e peito encheram-se de sangue. Severamente
fraco, desmaiei.
Ao voltar a mim, tudo parecia rodar.
Trêmulo, mal consegui chegar a casa.
Eu tinha dezenove anos de idade e estava
morrendo.
Assustados, meus pais imediatamente
venderam parte de suas posses a fim de levar-me a um bom hospital para
tratamento. Os médicos fizeram exames cuidadosos; o diagnóstico: tuberculose
incurável.
Ao ouvir esse julgamento, compreendi o
quanto desejava viver. Minhas aspirações do futuro iam-se acabar antes de eu
ter tido a chance de começar a viver.
Desesperado, voltei-me para o médico que
dera o diagnóstico sombrio.
— Doutor — implorei — não há nada que o
senhor possa fazer por mim?
Sua resposta muitas vezes ressoaria em
minha mente.
—
Não. Este tipo de tuberculose é muito raro Espalha-se tão rapidamente
que não ha jeito de contê-la. Você tem três, no máximo quatro meses de vida. Vá
para casa, jovem. Coma tudo o que desejar e diga adeus a seus amigos.
Desolado, deixei o hospital. Passei por
centenas de refugiados na rua e senti-me ligado a eles. Sentia-me totalmente
só. Eu era um dos que não tinham esperança.
Voltei para casa num estado mental de
total confusão. Pronto para morrer, pendurei um calendário de três meses na
parede. Por ter sido criado no budismo, orava diariamente para que Buda me
ajudasse. Nenhuma esperança me vinha e a cada dia que passava eu ficava pior.
Percebendo que meu tempo de vida se
encurtava, desisti da fé em Buda. Foi então que comecei a clamar ao Deus
desconhecido. Pouco sabia eu do grande impacto que sua resposta teria sobre
minha vida.
• •
• • •
Alguns dias mais tarde, uma colegial veio
visitar-me e começou a falar a respeito de Jesus Cristo. Contou--me do
nascimento virginal de Jesus, sua morte na cruz, sua ressurreição e a salvação
mediante a graça. Essas histórias pareciam não fazer sentido para mim. Eu não
aceitava as histórias dela nem prestava muita atenção a essa jovem ignorante.
Sua partida deixou--me com uma única emoção: alívio.
Mas no dia seguinte ela voltou. Voltou
várias vezes, e toda vez perturbava-me com as histórias a respeito do
Deus-homem, Jesus. Depois de mais de uma
semana destas visitas, fiquei grandemente agitado e repreendi-a asperamente.
Ela não saiu correndo envergonhada nem
retaliou com raiva. Simplesmente ajoelhou-se e começou a orar por mim. Grandes
gotas de lágrimas escorreram-lhe pelas faces, refletindo uma compaixão estranha
às minhas filosofias e rituais budistas bem organizados e estéreis.
Ao ver suas lágrimas, meu coração foi
profundamente tocado. Vi algo diferente nesta garota. Ela não recitava
histórias religiosas para mim; ela vivia sua fé. Por intermédio de seu amor e
lágrimas pude sentir a presença de Deus.
— Jovem —, implorei — por favor, não
chore. Sinto muito. Agora conheço o seu amor cristão. Já que estou morrendo
tornar-me-ei cristão para você.
Sua reação foi instantânea. Seu rosto
iluminou-se e ela louvou a Deus. Apertando-me as mãos, deu-me sua Bíblia.
—
Examine a Bíblia — instruiu ela. — Se a ler fielmente encontrará as
palavras de vida.
Essa era a primeira vez em minha vida que
tinha em mãos uma Bíblia. Lutando com esforço para respirar, abri no livro do
Gênesis.
Ela sorriu, abrindo a Bíblia no evangelho
de Mateus:
—
O senhor está tão doente que se começar em Gênesis, acho que não durará
o tempo suficiente para terminar o Apocalipse. Se começar com o evangelho de
Mateus, acho que terá tempo de terminar.
Esperava encontrar profundos ensinamentos
morais e filosóficos, mas o que eu li chocou-me. "Abraão gerou a Isaque;
Isaque, a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos."
Senti-me ridículo. Fechei a Bíblia,
dizendo:
—
Senhorita, não vou ler esta Bíblia. Isto é uma
história de um homem gerando outro.
Preferiria ler uma lista telefônica.
— O senhor não reconhece esses nomes
agora — respondeu ela. —
Mas à medida que continuar a leitura, esses nomes terão significação especial
para o senhor.
Encorajado, comecei a ler a Bíblia de
novo.
• •
• • •
Ao ler não encontrei filosofias nem
teorias sistematizadas nem ciência médica nem quaisquer rituais religiosos.
Mas encontrei um tema marcante: a Bíblia constantemente falava a respeito de
Jesus Cristo, o Filho de Deus.
A iminência de minha morte tinha-me levado à
compreensão de que eu precisava de algo maior do que a religião, mais profundo do que a
filosofia e mais alto do que a simpatia pelas tribulações da existência humana.
Precisava de alguém que partilhasse minhas lutas e meus sofrimentos; alguém que
pudesse dar--me a vitória.
Mediante a leitura da Bíblia descobri que
esse alguém era o Senhor Jesus Cristo:
Essa Pessoa chamada Jesus Cristo não
apresentava uma religião, um código de ética, nem uma série de rituais. De um
modo profundamente prático, Jesus trazia a salvação à humanidade. Odiando o
pecado, Cristo amava o pecador, aceitando a todos os que a ele se chegavam.
Profundamente cônscio de meus pecados, sabia que precisava de seu perdão.
Cristo curou os doentes. Os enfermos
vinham a ele, e ele curava a todos os que tocava. Isto trouxe fé a meu coração.
Fiquei esperançoso de que ele pudesse me curar também.
Cristo deu paz aos perturbados. Ele
insistia: "Tenham fé em Deus! Não se perturbem! Não há motivo para
temor!" Cristo odiava o temor, mostrando que o homem nasceu a fim de viver
pela fé. Cristo infundiu confiança, fé e paz aos que foram a ele pedindo ajuda.
Essa tremenda mensagem emocionou-me o coração.
Cristo ressuscitou os mortos. Nunca
encontrei um incidente na Bíblia em que Cristo tivesse dirigido um culto
fúnebre. Ele trazia os mortos de volta à vida, transformando os funerais em
magníficas ressurreições.
E o que mais sobressaía em minha mente
era a misericórdia de Cristo para com os possessos do demônio. Durante a guerra
da Coréia muitas pessoas perderam as famílias e os negócios. Sofrendo de
esgotamentos nervosos, muitos tornaram-se completamente possessos pelo diabo.
Destituídos de abrigo, andavam sem rumo pelas ruas.
Cristo estava pronto até mesmo para
enfrentar esse desafio. Ele expulsou os demônios e restaurou os possessos à
vida normal. O amor de Cristo era poderoso, tocava a vida e as necessidades de
todos que vinham a ele.
Convencido de que Cristo Jesus estava
vivo, e movido pela vitalidade de seu ministério, ajoelhei-me. Pedi que Cristo
entrasse em meu coração e me salvasse, me curasse e me livrasse da morte.
Instantaneamente a alegria da salvação e
a paz do perdão de Cristo me envolveram. Sabia que estava salvo. Cheio do
Espírito Santo, levantei-me e gritei:
“Glória seja dada ao Senhor!"
Dessa hora em diante li a Bíblia como a
pessoa que está morrendo de fome digere seu alimento. A Bíblia provia
fundamento para toda a fé de que eu necessitava. A despeito do prognóstico e
dos antigos sentimentos de temor, logo fiquei sabendo que ia viver. Em vez de
morrer em três meses, levantei-me do leito da morte em seis.
Desde esse dia tenho pregado o evangelho
dinâmico de Jesus Cristo. A garota, cujo nome jamais vim a saber, ensinou-me o
nome mais precioso que jamais conhecerei.
Através dos anos Deus tem-me ajudado a
compreender vários princípios importantes de fé. Esses são os princípios que
partilho com você nos capítulos que se seguem, para que você possa entrar numa
dimensão mais profunda e numa vida mais abundante.
Cristo jamais muda. Ele é o mesmo ontem,
hoje e para sempre.
Cristo deseja carregar seus fardos. Jesus
pode perdoar-lhe e curá-lo. Ele pode expulsar Satanás e dar-lhe confiança, fé e
paz.
Cristo deseja dar-lhe a vida eterna a
fazer parte do seu viver diário. Ao passo que os ladrões vêm para matar e
destruir, Jesus Cristo vem para dar vida, completa e livre.
Mediante a presença do Espírito Santo,
Jesus está com você neste instante. Cristo deseja curá-lo e libertá-lo da
morte. Ele é o seu Senhor redivivo. Coloque sua fé em Jesus Cristo e espere um
milagre hoje.