Nós
temos um Deus maravilhoso que se deleita em fazer alianças com o seu povo. A
Bíblia inteira é uma história das alianças de Deus com o seu povo. O capítulo
anterior ilustrou apenas uma das ocasiões nas quais Deus fez um pacto com
Elaine e comigo. Temos um Deus que Sabe o fim desde o início. Ele sabia que
Satanás ia pedir a minha vida e a de Elaine, e por isso ele nos pediu para
fazermos uma aliança consigo quase seis meses antes. Satanás não sabia acerca
do nosso pacto até o dia em que pediu nossas vidas. Eu não tenho nenhuma dúvida
de que, se tivéssemos desobedecido a Deus e não tivéssemos feito aquela aliança
particular com Ele, teríamos sido mortas por satanistas em sacrifício na sua
Missa Negra. O, que insondável sabedoria a deste maravilhoso e grande Deus que
temos!
Desejo
discutir aqui mais acerca deste importante princípio. Um grande número de
cristãos está inconsciente do desejo que Deus tem de fazer aliança com o Seu
povo e, assim, não estão alertas para ouvir a orientação do Espírito Santo
quando Deus deseja fazer uma aliança com eles. Vamos ver o que a Palavra de
Deus tem a dizer na área de fazer alianças.
O
próprio dom de Jesus Cristo é considerado uma "nova" aliança de Deus
com os homens. "Ora, o essencial das cousas que temos dito é que possuímos
tal Sumo Sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus,
como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não
o homem... Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente,
quanto é Ele também Mediador de superior aliança instituída com base em
superiores promessas." Hebreus 8:1-6
Esta
"superior aliança" refere-se às promessas de Deus que se cumpriram
quando Jesus pagou o preço por nossos pecados na cruz para nos trazer a um
relacionamento como filhos e filhas de Deus e juntarmo-nos aos herdeiros com
Cristo na eternidade.
"Virá
de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha
aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados." Romanos 11:26-27
Deus
faz uma aliança com cada um de nós quando pedimos a Jesus para perdoar nossos
pecados e tornar-se nosso Senhor, Salvador e Mestre. A maior parte dos cristãos
pára neste ponto, mas este não é o desejo do coração de Deus. Nós somos tão
privilegiados, que Deus tem um plano especial para cada uma de nossas vidas e
um trabalho especial para cada um de nós fazer. Se tão somente estivéssemos
dispostos que Ele usasse a nossa vida à sua maneira, muitas vezes Deus nos
falaria através do seu Espírito Santo, dando-nos conhecimento de que Ele deseja
fazer uma aliança conosco assim como fez com Noé, com Abraão, com Moisés, com
Josué e assim por diante, pelas páginas de toda a Escritura.
Fazer
alianças com Deus tem sido uma parte importante da minha vida, e a coisa mais
importante que me tem dado estabilidade durante os últimos sete anos de intenso
combate com Satanás. Vou compartilhar algumas destas alianças com você, na
esperança de ajudá-lo a compreender este importante princípio.
Eu
nasci como fruto de uma aliança. Meus pais tinham 36 anos de idade quando se
casaram. Era o primeiro casamento para ambos, e os dois eram cristãos. Eles
tiveram meu irmão quando minha mãe estava com 40 anos e o médico disse que ela
não poderia ter mais filhos, Bem, ela e meu pai não ficaram contentes com esta
decisão. Assim, cerca de um ano mais tarde, minha mãe e meu pai ajoelharam-se
juntos e fizeram uma aliança com o Senhor. Eles prometeram a Deus que, se ele
lhes desse mais um filho, eles entenderiam que a criança teria vindo ao mundo
por uma única razão — para servir ao Senhor por toda a sua vida. Eles também
disseram ao Senhor que entenderiam que a criança não pertenceria a eles, mas ao
Senhor, e ensinariam a ela os termos da aliança.
Eles
cumpriram o prometido, e o Senhor manteve a sua palavra. Eu fui a filha que o
Senhor deu a eles. Satanás tentou matar-me desde o início. Disseram a meus pais
que eu não viveria até o meu primeiro aniversário, mas Deus conservou a
aliança. Eu nem mesmo me lembro de ter me sentido bem alguma vez em toda a
minha vida. A batalha começou quando Satanás determinou-se a matar-me. Eu
gastei a maior parte dos meus anos de infância sendo internada no hospital e
saindo dele. Eu não sei como minha mãe aguentava ter uma criança que estava tão
continuamente doente, mas meus pais simplesmente creram que o Senhor manteria a
sua parte do acordo, e ele o fez. Eu vivi.
Algumas
de minhas memórias mais antigas envolvem minha mãe relatando-me com muita
seriedade o pacto que eles tinham feito com o Senhor. Muitas e muitas vezes ela
segurava-me pelos ombros e, olhando bem em meus olhos, dizia: - Filha, você não
pertence a nós, você pertence a Deus. Você foi trazida a este mundo por uma
única razão, que é servir ao Senhor Deus toda a sua vida. Nunca se esqueça
disso.
Eles me
apresentaram o Evangelho desde cedo, quando eu era bem pequena. Lembro-me de
ter-me angustiado por meus pecados com a idade de quatro anos, enquanto o
Espírito Santo me convencia da minha necessidade de um Salvador. Claramente me
lembro de gastar noites em meu quarto de dormir, ajoelhada, em lágrimas por
meus pecados, até que, finalmente, um dia, o Senhor confirmou-me que Ele era
real, que Jesus Cristo era real, e que Ele havia morrido na cruz para lavar-me
de meus pecados. Que dia de alegria e regozijo foi para mim e para meus pais
quando o Senhor finalmente me deu a paz de que Jesus havia se tornado o meu
Salvador. Isso foi um pouco antes do meu quinto aniversário.
Os anos
passaram e os problemas vieram. O grupo religioso em que meus pais estavam
tornou-se muito maligno e controlado por demônios. Eles afirmavam ser o único
povo em todo o mundo que conhecia a verdade e que iria ao céu. Alcoolismo e
adultério estavam sem controle dentro do grupo. Eu era desprezada tanto dentro
quanto fora do grupo, o que me causou muitas horas de lágrimas, mas o Senhor
estava mantendo o pacto e livrando-me de relações pecaminosas.
O
controle mental demoníaco era tão grande dentro do grupo que todos eram
completamente dominados pelo medo, inclusive meus pais. Ele tornou-se uma seita
rigidamente controladora. Os membros eram ensinados que perderiam a salvação se
deixassem o grupo ou se desobedecessem aos líderes. Mas minha mãe já havia me
ensinado nos meus primeiros anos de vida que eu era, sempre diretamente
responsável perante Deus por qualquer coisa que fizesse ou dissesse, que não
deveria jamais estar apenas seguindo um grupo, e que eu deveria sempre estudar
a Palavra de Deus (a Bíblia) e decidir por mim mesma o que era certo e o que
era errado, de acordo com a Palavra de Deus. Ela não sabia que estava me
ensinando justamente acerca do grupo em que esteve durante toda a sua vida.
É
interessante, quando olho para trás agora, perceber que quando aceitei o Senhor
naquela tenra idade, ele me deu o dom de discernir espíritos. Eu não sabia o
que era isso porque me fora ensinado que os dons do Espírito Santo não estavam
disponíveis nos dias atuais. Lembro-me de quantas vezes fui de volta para casa,
retornando dos encontros do grupo, chorando e dizendo com os olhos
lacrimejando: - Papai, papai, havia algo maligno lá, eu senti!
Eu
costumava, literalmente, ficar doente fisicamente a cada vez que íamos a uma
reunião, mas meus pais não entendiam o que estava acontecendo. Durante as
adversidades de meus anos de adolescência a aliança foi esquecida tanto por
meus pais quanto por mim mesma, mas não por Deus. Deus guardou a aliança!
No
vigésimo sexto ano da minha vida eu finalmente cortei os laços com o grupo no
qual crescera, deixei a minha casa pela primeira vez e iniciei a Faculdade de
Medicina. Eu morava num grande campus universitário e estava naturalmente muito
excitada por todas as oportunidade que se me apresentavam. Eu tencionava
explorá-las todas. Mas Deus lembrou-se da aliança que Ele tinha feito com meus
pais.
Na
primeira semana na universidade o Senhor colocou a sua mão sobre a minha vida
tão poderosamente que me senti completamente miserável. Eu sabia que não estava
agindo bem com o Senhor, mas não sabia o que fazer a respeito. Eu morria de
medo de ir a uma igreja, porque o grupo no qual cresci e vivi ensinou que as
igrejas formais que tinham pastores estavam operando em pecado contra o
Espírito Santo, e que se qualquer um de nós fosse a uma igreja o Senhor nos
mataria ou nos entregaria a Satanás para sermos atormentados.
Aquele
ensino estava completamente errado, mas eu não estava tão certa disso e estava
aterrorizada de ir a uma igreja. Finalmente, depois de duas semanas de agonia,
pedi a duas colegas de quarto que fossem à igreja comigo. Elas não tinham medo
de ir. Ambas haviam crescido em igrejas. Nenhuma delas era cristã.
Fomos
finalmente a um pequeno ministério no cam¬pus, e eu fiquei bem aliviada ao
descobrir que o Senhor não me matou, mesmo quando eu falei com o próprio
ministro! Pela primeira vez na minha vida fui ensinada, por aquele ministro,
que é possível ter um relacionamento pessoal com o Senhor, de forma que Ele
fale e comunique-se conosco tal como Ele fez com as personagens bíblicas.
Entretanto,
ele também ressaltou que nós não poderíamos ter um tal relacionamento com
Senhor, a menos que assumíssemos um compromisso total com Ele. Eu nunca ouvira
um ensino assim. Pela primeira vez na vez na minha vida eu vi e experimentei o
amor de Deus, através daquele grupo de estudantes cristãos. Eu vi o pastor e
outros vivendo em um andar íntimo com o Senhor e o meu coração clamou por um relacionamento
igual a este com Deus.
Era a
parte do compromisso total que me fazia hesitar.
Eu
achava aquilo extremamente assustador, mas sabia que não tinha escolha.
Finalmente, no final do primeiro semestre, eu não podia suportar mais. Gastei
toda a noite antes da minha prova final de histologia andando de um lado para
outro, em lágrimas e em agonia, ao invés de estudar para a prova. Ao final,
quando já estava amanhecendo, peguei uma folha de papel e escrevi nela cada
área de minha vida. Minha carreira, minha família e entes queridos, onde eu
iria viver, onde iria trabalhar, se teria algum amigo, meu corpo físico, minha
reputação, e a área mais difícil de todas, se algum dia me casaria.
Tudo
isto eu entreguei ao Senhor. Assinei e datei o papel. Eu tinha uma grande
expectativa de que, quando finalmente fizesse uma entrega tão ampla e total, eu
seria atingida por um raio e cairia falando em línguas — afinal,
era como havia acontecido em todos os livros que eu estivera
lendo. Para meu horror, nada aconteceu! Eu nem sequer me senti nem um pouco
diferente! Eu tinha feito um compromisso terrivelmente grande com o Senhor,
esperando que Ele fizesse algo miraculoso de volta, mas Ele decidiu não agir
assim.
Eu
estava arrasada. De alguma forma consegui concluir os exames finais e então fui
para casa para a pausa de duas semanas do Natal. Gastei as duas semanas
inteiras no meu quarto em lágrimas e jejuns. Eu estava desesperada. Atingira o
ponto em. que fui totalmente consumida pelo desejo de ter uma relação pessoal
com o Senhor. Eu simplesmente não podia continuar a viver sem isso! Meus pobres
pais estavam muito perturbados. Eles pensaram que eu tinha ficado louca pelas
pressões da escola. Eles simplesmente não podiam compreender o que eu lhes
falava.
Finalmente,
dois dias antes do fim das férias, fiz as malas e voltei ao campus da
universidade. Nunca esquecerei o dia seguinte. Fui ao ministro do grupo e
sentei-me chorando em seu escritório, dizendo-lhe que tinha feito o compromisso
e que nada acontecera. O Senhor não havia falado comigo nem uma vez, e eu nem
mesmo me sentia diferente! Ele começou a rir.
- Aposto
que você pensou que seria atingida por um relâmpago de luz e começaria a falar
em línguas, não é?
- Sim,
não é assim que sempre acontece?
- Não,
Deus é Deus, e Ele trabalha da forma que Ele quer. Ele trabalha na vida de cada
pessoa de forma diferente. As Escrituras ordenam: "Enchei-vos do
Espírito" (Efésios 5:18). Você pediu ao Senhor para enchê-la com Seu
Espírito Santo e você fez uma entrega total a ele. Agora você deve colocar-se
de joelhos e, em fé, agradecer a Ele por cumprir a sua promessa e pedir-lhe que
trabalhe em sua vida como Ele quiser. Então prossiga assim e verá o Senhor
começar a mudar a sua vida.
Agradeço
a Deus pela sabedoria daquele pastor. Eu fiz como ele me aconselhou e dentro de
três semanas eu era uma pessoa diferente. A primeira mudança que experimentei
foi uma incrível fome de ler e estudar a Palavra de Deus. Eu li a Bíblia
completamente, do início ao fim, pela primeira vez em minha vida. Rapidamente o
Senhor me apontou numerosas áreas da minha vida que não estava lhe agradando.
E, cerca de um mês mais tarde, após eu lhe ter feito aquela entrega total, ele
falou comigo pela primeira vez. (Uma discussão mais profunda do tópico de ouvir
o Senhor é encontrada no capítulo 7).
Depois
disso o meu relacionamento com o Senhor desenvolveu-se rapidamente.
A
questão de minhas expectativas de ter uma experiência emocional intensa
acompanhada pelo falar em línguas traz à tona um importante ponto. Satanás tem
atacado a área de dons do Espírito Santo, o "batismo no Espírito
Santo", como alguns o chamam, mais intensamente do que qualquer outra,
especialmente nestes últimos dias. A maior parte dos pentecostais querem o
poder sem a cruz.
Eles
especializam-se em experiências emocionais, infelizmente. Os tradicionais
também não querem a cruz, assim eles dizem que o poder não é para os nossos
dias.
Ambas
as posições estão erradas. O problema que a humanidade sempre teve e sempre
terá é que Deus é Deus, Ele não deve satisfação a nós, e nós não podemos
controlá-lo de forma alguma. Ele não tem que fazer nenhuma coisa como pensamos
que Ele deveria fazer.
Os dons
do Espírito Santo são apenas isso, presentes, que nos são concedidos e que
operam quando e como o Espírito Santo determinar, não como nós determinamos.
Nós não podemos invocar os dons ou forçá-los a operar
em nossas vidas quando nós quisermos. Eles estão em operação
somente quando Deus assim determina. Devemos andar em obediência e fé. Parte
desta fé é a compreensão e a aceitação de que os dons operam somente da forma
que o Senhor deseja.
Os cristãos
parecem gastar a maior parte do seu tempo tentando formular doutrinas para
evitar depender da soberania de Deus. Isto simplesmente não pode ser feito!
Quanto an¬tes aceitarmos isso, mais cedo chegaremos mais perto do Senhor em
nosso relacionamento pessoal com Ele.
O meu
primeiro pacto com o Senhor foi na época da minha salvação. O meu segundo pacto
foi quando eu fiz de Jesus o Senhor total da minha vida, ao fazer aquela
entrega total. Eu fui a parte que tomou a iniciativa nestes dois pactos. Todos
os demais pactos nos anos seguintes foram da iniciativa de Deus. Acredito que
Deus quer que cada pessoa tome a iniciativa nestes dois pactos por si mesmas, e
então Deus tomará a iniciativa nos restantes. Meus pais solicitaram um pacto
com o Senhor, com o qual Ele demonstrou concordar, ao realizar o milagre da
segunda gravidez de minha mãe. (Eles tiveram apenas dois filhos).
O
terceiro grande pacto que eu fiz com o Senhor foi quando aceitei sua chamada
para a batalha espiritual. Escrevi sobre isso em meu primeiro livro, Ele Veio
Para Libertar os Cativos. Este terceiro pacto aconteceu cinco anos após o
segundo.
Eu
havia, por ordem do Senhor, trazido Elaine para morar comigo em minha casa,
para protegê-la do ataque dos satanistas. Depois que o Senhor nos guardou em
segurança, houve um breve período de espera, antes do começo da batalha com os
demônios em Elaine. Quando olho para trás, para aquela época, percebo que
precisava de um outro pacto com o Senhor antes de prosseguir naquela batalha,
assim como Deus tinha feito aliança com Josué, antes que ele cruzasse o Jordão
para derrubar Jericó. Deus deteve os espíritos demoníacos inativos por cerca de
duas semanas, até que eu pudesse decidir sobre este novo pacto.
Durante
aquele tempo o Senhor falou-me muito claramente e disse-me que desejava fazer
um pacto comigo. Os termos desse pacto eram como segue: primeiro, eu deveria
entregar a minha vida a Deus para ser usada da forma que ele quisesse para
combater diretamente Satanás e seus demônios. Em segundo lugar, eu deveria
compreender que tal compromisso traria um preço muito alto. Eu acabaria por
perder a minha carreira, e minha família, todos os meus amigos e quase tudo que
eu considerava precioso. Eu iria também sofrer tremendamente, física e
emocionalmente. Mas Deus
prometeu que Ele estaria a meu lado à medida que eu passasse
por tudo isso e que, através disso, Ele se revelaria a mim de uma forma
profunda e pessoal que não seria possível de nenhuma outra forma em minha vida.
Muitas almas seriam salvas e retiradas do cativeiro de Satanás.
Deus
também me deixou claro que este compromisso era a primeira escolha dEle para a
minha vida. Entretanto, se eu não optasse por seguir esta escolha e fazer com
Ele este pacto, Ele iria ainda assim me abençoar na carreira
que eu havia escolhido, no campo da oncologia. Eu não iria,
sem este pacto, conhecê-lo pessoalmente tanto quanto conheceria seguindo pela
estrada da guerra espiritual. Foi uma decisão difícil!
Angustiei-me
com a decisão por cerca de uma semana, avaliando o custo o melhor que podia. Eu
sabia sem sombra de dúvida que, uma vez que fizesse esse pacto, não haveria
oportunidade de voltar atrás. Quando as coisas ficassem difíceis, eu não
poderia mudar de ideia. Se eu fizesse, iria perder o meu relacionamento com o
Senhor, e isto eu não podia suportar. Finalmente, no fim daquela semana,
dobrei-me de joelhos e fiz aquele pacto com o Senhor, mudando assim o curso da
minha vida para sempre.
O
Senhor aproximou-se de mim propondo vários pactos, com muito mais frequência,
depois disso. Logo depois da libertação final de Elaine ele falou comigo um dia
com relação a minha "hora silenciosa". Ele disse-me para fazer um
pacto com Ele novamente. Ele me disse que sabia quanto tempo eu precisava
gastar com Ele a cada dia lendo a sua Palavra e orando. Ele me disse para pôr
de lado o meu despertador e deixar que ele mesmo me acordasse. Ele me disse que
sempre que me acordasse eu deveria levantar-me e gastar o resto do tempo com
Ele, antes de me preparar para o trabalho. Eu concordei com o pacto e desde
então não tenho mais utilizado o despertador.
Nos
dois anos seguintes, com bastante frequência o Senhor me acordou às duas ou
três da madrugada. Muitas vezes Ele me permitia dormir somente uma ou duas
horas e eu gastava, o resto da noite em oração, e lendo e estudando a sua
Palavra. Ele me treinou para despertar instantaneamente ao seu chamar a
qualquer hora da noite. Isto salvou as nossas vidas em mais de uma ocasião,
pois somos frequentemente atacadas fisicamente por satanistas e o Senhor me
acorda para me avisar do perigo. (Estou certa de que no início deste período de
treinamento houve vezes em que eu acordei, sem que o Senhor tivesse de fato me
chamado. Entretanto, à medida em que eu andei em fé, e sempre levantava cada
vez que despertava, o Senhor treinou-me para ser mais e mais sensível à sua
chamada.)
Eu não
sou a única pessoa a quem Deus tem treinado desta forma. Vou dar um outro
exemplo. Há cerca de um ano fiquei muito doente com um problema no pulmão. Eu
estava com tanta dificuldade de respirar que tive de permanecer sentada ereta
em uma cadeira por duas semanas. Na primeira noite em que finalmente melhorei
de modo a conseguir deitar-me, estava totalmente exausta e caí num profundo
sono. Eu estava dormindo em uma poltrona na sala de estar quando o Senhor me
chamou, cerca de duas da madrugada e me disse para levantar e verificar a porta
da frente. Escutei o nosso cachorro rosnando, rosnando, mas eu parecia não
conseguir fazer o meu corpo obedecer levantar-se. O Senhor compreendeu, como
sempre o faz.
Enquanto
eu estava esforçando-me para despertar de forma a forçar o meu corpo a
levantar-se da poltrona, o Senhor acordou um de nossos irmãos cristãos que é
advogado. Ele disse a este irmão para levantar-se e telefonar para nós.
Felizmente, Bud foi obediente. Apesar de ter se sentido um pouco tolo fazendo
isso, ele nos telefonou. O telefone estava no quarto de Elaine mas ela tem um
sono profundo e praticamente não ouve nada. Elaine não iria normalmente ouvir o
telefone mas o Senhor aumentou o som da campainha de tal forma que ela acordou.
Bud disse a ela que se sentia um pouco tolo por ligar, mas o Senhor lhe havia
dito para telefonar e nos dizer que nós estávamos em perigo.
Elaine
veio até onde eu estava, conseguiu acordar-me plenamente e contou-me do
telefonema de Bud. Eu lhe pedi para verificar a porta da frente, como o Senhor
me havia dito. De fato, alguém tinha acabado de quebrar a tranca
e já estava no processo de abrir a porta quando Elaine
chegou. Ela falou alto e ordenou-lhes que fossem embora, em nome de Jesus, e
eles fugiram.
Pouco
depois do pacto que eu descrevi no primeiro capítulo, Elaine ainda estava no
hospital, muito doente. Um domingo, enquanto eu me dirigia para casa após o
culto da manhã, o Senhor falou comigo e me disse que em breve eu teria que
enfrentar, face a face um dos demônios de alta posição a serviço de Satanás, e
que ele tentaria me matar. Eu disse: "Oh, Senhor, eu não sinto que estou
preparada espiritualmente para um confronto desses."
O
Senhor replicou: "Decida o que quer receber de mim para se preparar para
esse confronto; então vá à frente após o culto da noite e eu pactuarei com você
para lhe dar o que for necessário."
Naquela
noite eu me debrucei em intensa oração sobre a minha Bíblia. Num dado momento
cheguei a uma lista com doze coisas, cada uma com versículos nas Escrituras
para respaldá-la. Pedi coisas tais como a habilidade para ter resistência e
permanecer firme, como bom soldado de Cristo Jesus (2 Timóteo 2:3). Pedi um
espírito de "poder, amor e moderação" (2 Timóteo 1:7). Também pedi
dos Salmos passagens tais como Salmo 144:1: "Bendito seja o Senhor, rocha
minha, que me adestra as mãos para a batalha e os dedos, para a guerra".
Acima de tudo, pedi ao Senhor para tornar a Sua direção muito clara para mim e
fazer-me especialmente sensível à Sua voz.
Aquele
pacto foi o segundo que eu fiz com o Senhor numa igreja. Eu nunca me esquecerei
daquela noite. Depois de terminado o culto, silenciosamente fui ao altar
esperando orar por mim mesma, já que não tinha havido chamada formal ao altar
após o culto, naquela noite. Porém o Espírito Santo deve ter alertado o Pastor
Pat, pois ele rapidamente veio a mim e me perguntou como poderia ajudar.
Contei-lhe resumidamente a situação. Eu havia escrito meus pedidos em um bloco
de anotações que não abri. Não senti que era necessário o pastor conhecer os
meus pedidos. Ele concordou em orar comigo e simplesmente ser uma testemunha do
pacto. Eu orei primeiro, então o pastor orou uma das mais incríveis orações que
eu jamais havia ouvido.
No
poder do Espírito Santo ele listou um a um todos os pedidos que eu havia
escrito no bloco de notas fechado e pediu ao Senhor para cumpri-los em minha
vida! Corno sempre o Senhor permaneceu fiel ao seu pacto. Não somente eu
sobrevivi ao confronto com o alto demônio (o que aconteceu algumas semanas mais
tarde), mas as promessas que o Senhor me fez naquele pacto estão ainda atuantes
em minha vida hoje, muitos anos depois.
O
simples conhecimento de que Deus sempre cumpre a sua Palavra tem-me dado a
segurança e a força para lutar na terrível guerra com Satanás, que tem
continuado sem uma pausa pelos sete últimos anos da minha vida.
Um dos
pactos mais recentes que fiz com o Senhor foi na época em que Ele me chamou
para mudar-me para a Califórnia.(A Califórnia é um dos últimos lugares na face
da terra para onde eu desejaria ir, devo acrescentar).
Eu não
posso revelar todos os termos deste pacto, mas aqui estão alguns deles. Eu
deveria mudar-me para a Califórnia e andar em completa obediência ao Senhor.
Eu
deveria também compreender que lá eu finalmente entregaria a minha vida para o
Senhor. Ele, por sua vez, iria suprir as nossas necessidades (não os nossos
desejos), proteger-nos (até que chegasse o tempo de rendermos as nossas vidas),
e abriria para o nosso ministério as porta que Ele quisesse abrir e fecharia
aquelas que Ele quisesse fechar.
Lembre-se,
Deus nunca lida com duas pessoas de forma idêntica. Cada um de nós é tão
precioso para Ele como um indivíduo único no universo, que ele nos trata como
tal. Porém, uma vez que você esteja consciente deste princípio de fazer aliança
com Deus, Ele estará livre para lhe propor pactos específicos, segundo a
vontade dEle. O problema porém, é que a maioria das pessoas quer fazer um pacto
com o Senhor nos termos delas, não nos termos dEle! Elas querem saúde, e
riqueza conforto e satisfação para os desejos carnais. Tiago diz isso muito
bem:
"Pedis
e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres".
Tiago 4:3
Há dois
pactos que todo cristão deve fazer com o Senhor. Estes são claramente ordenados
na Palavra de Deus. O primeiro é o pacto da salvação; o segundo é o senhorio
completo de Jesus. Ninguém pode progredir para uma relação mais profunda com o
Senhor sem primeiro fazer estes dois pactos. Depois disso, normalmente o Senhor
inicia outros pactos. Esteja alerta à orientação do Espírito Santo. Busque ao
Senhor com todo o seu coração, e você o encontrará. Ele virá a você, e se
deleitará em fazer pactos com você.