22 - Problemas e Perguntas
Existem certas coisas a respeito de demônios e do ministério
de libertação a respeito das quais seria insensato falarmos dogmaticamente. Não
há respostas para uma grande parte das perguntas. Existem divergências honestas
nas opiniões entre as várias autoridades nesse campo. Em vez de ignorar essas
questões por completo, vou mencionar e fazer meus comentários sobre várias
delas, as quais, no meu modo de pensar, são as mais importantes.
1. Nós somos menos eficazes que Jesus, não é?
Isso pode
ser debatido, e com razão, pois a evidência do Novo Testamento é que Jesus
libertou as pessoas dos espíritos demoníacos com maior autoridade e facilidade
do que estamos vendo hoje. Não fujamos deste ministério por causa da falta de
perfeição, esperando o dia em que possamos agir como Jesus. Esse caso é igual
ao da pessoa que não sabia nadar e resolveu não entrar na água até que pudesse
nadar como um campeão olímpico.
Para mim,
existe hoje um erro muito sério nesse ministério. Quando os resultados não são
imediatos, alguns, com toda certeza, declaram que tudo depende da fé. Em
conseqüência disso, eles têm a prática de mandar embora todos os demônios e descansam
na "fé" que eles saíram. Mas suposição não é fé. Quando a pessoa não
é liberta em conseqüência dessa pseudo-fé, então, deveria admitir-se que
alguma coisa está errada.
Alguns
desses casos têm chamado minha atenção. E1es foram vítimas de ilusão e engano.
Foram avisados que estavam libertos, mas nada mudou. Será que o ministro de libertação
foi realmente honesto? Será que ele não se interessou por um trabalho bem
feito? Será que ele estava procurando meio para encurtar a eficácia? Como é
que podemos julgá-lo?
Um dia, um
pastor amigo meu estava discutindo comigo essa espinhosa questão. Durante a
conversa, o Espírito Santo falou ao meu coração dizendo que a Igreja iria
entrar num período de maior poder com relação ao ministério de libertação. O
Espírito Santo me revelou que ia me dar uma amostra prévia do que ia acontecer.
A esposa do
outro pastor estava sentada na sala conosco e havia pedido libertação. Pelo
Espírito Santo, fui dirigido a mandar embora de uma só vez os demônios que a
perturbavam. Ninguém na sala mudou de lugar. Apontei o dedo àquela senhora,
no outro lado da sala, e mandei os demônios saírem dela. Houve um minuto de
silêncio e ela explodiu em tosses. Ao reconhecer que foi liberta, ela se
levantou erguendo as mãos para louvar a Deus. Nisso, ela caiu no chão sob o
poder da unção do Espírito Santo.
Não estou
satisfeito com a unção de minha experiência ou com a que tenho notado, em
geral, no ministério dos outros. Creio em Deus que virão dias melhores. As
lutas espirituais que, no passado, levaram horas, agora levam minutos. Os
demônios, sem dúvida, reconhecem nossa autoridade aumentada pela experiência e
respondem mais rápido, com menos manifestações ou manifestações mais curtas.
Em alguns
casos, os demônios nas pessoas que estavam na mesma sala onde estávamos ministrando
gritaram, simplesmente por reconhecer que nós éramos perigosos e uma ameaça
para eles. Parece que isso é um paralelo à experiência de Jesus quando Ele
entrou na sinagoga e um espírito imundo presente num homem bradou. (Veja Marcos
1:23, 26.) Fiquemos abertos ao ensino do Espírito Santo. Sem dúvida, o problema
é dos homens e não de Deus.
2. Como um cristão pode ter demônios?
Como é
possível para um espírito demoníaco habitar o mesmo corpo ao mesmo tempo que o
Espírito Santo? Parece lógico presumir que é impossível, mas nem tudo que é
lógico é verdade, e há lógica baseada numa posição falsa.
Neste livro,
temos tomado a posição de que os crentes podem ser habitados por demônios. A
explicação dessa possibilidade é principalmente baseada, tanto quanto eu possa
determinar, num entendimento claro da diferença entre a alma e o espírito. A
palavra do Novo Testamento para "espírito" é "pneuma".
Em contraposição ao natural, o espírito é aquela parte do ser humano que
tem a capacidade de alcançar e perceber as coisas divinas.
"Ora, o
homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura;
e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." (1
Coríntios 2:14.)
A palavra "alma'
é "psique". Ela significa as emoções, o intelecto
e a vontade. Paulo nos mostra que o
corpo humano consiste de três partes.
"O
mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo
sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo." (1 Tessalonicenses 5:23).
A Bíblia
ensina que antes da salvação um homem está morto em seus delitos e pecados.
(Veja Efésios 2:1.) Tal homem não está morto fisicamente - o coração dele ainda
está batendo. Ele está morto espiritualmente - ele não tem comunicação nenhuma
com Deus, ele não tem nenhuma percepção dos mistérios divinos. O novo
nascimento (salvação) conserta o estado do espírito de um homem. O espírito é
estimulado pela vinda da presença divina. Jesus entra na vida humana trazendo
Sua vida.
"E o
testemunho é este, que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu
Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus
não tem a vida." (1 João 5:11, 12.)
Disso vemos
que o Espírito divino passa a habitar no espírito humano na hora da salvação.
Os espíritos demoníacos estão relegados à alma e ao corpo do cristão. Os
demônios afligem as emoções, a mente, a vontade e o corpo físico, mas não o
espírito do cristão.
A finalidade
da libertação é tirar os demônios transgressores da alma e do corpo, a fim de
que Jesus Cristo possa reinar também sobre estas áreas. Jesus fez provisões
para o homem todo, mas uma parte da responsabilidade é do homem, conforme é
demonstrado no seguinte trecho bíblico:
"...desenvolvei
a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o
querer como o realizar, segundo a sua boa vontade." (Filipenses 2:12b,
13.)
Deus está
fazendo uma obra "em você", mas a salvação mencionada não está
completa. Ela precisa ser "desenvolvida". A palavra
"salvação", nesta passagem, é soteria. O sentido primário
desta palavra é "libertação de molestação pelos inimigos". A idéia
está clara. Jesus libertou nosso ESPÍRITO do poder de Satanás; agora Jesus nos
diz: "Desenvolvei a vossa salvação (libertação) da molestação dos inimigos
até que a ALMA. e o CORPO sejam libertados".
3. Um incrédulo pode ser libertado?
A resposta óbvia é "sim". Os demônios têm de obedecer
àqueles que os mandam embora em nome de Jesus. Nunca ministrei libertação a um
descrente, mas não tenho dúvida nenhuma que os demônios responderiam e
obedeceriam. Mas por duas razões duvido seriamente de tal libertação.
PRIMEIRA: Haveria pouca
esperança na conservação de tal libertação. Eles voltariam logo em seguida, não
é? A pessoa tem de resistir pessoalmente ao demônio e ela não tem base para
fazê-lo, a menos que esteja submissa ao Senhor. O pecado abre a porta para a
entrada dos demônios, e um pecador incrédulo, sem o arrependimento de seus
pecados, torna-se vítima do diabo.
SEGUNDA. De
acordo com as Escrituras Sagradas, a libertação de um incrédulo poderia
contribuir para uma piora, em vez de uma melhora. (Note-se em Mateus 12:43-45
que, quando um espírito maligno é expulso, ele fará tudo para voltar. Se nada
de Deus é posto no lugar vazio, o espírito maligno pode voltar, trazendo
outros demônios até piores junto com ele, de modo que "o último estado
daquele homem torna-se pior do que o primeiro".
Não vejo
base nenhuma para ministrar libertação a um incrédulo a não ser por ordem do
Senhor. Somente Deus sabe o futuro e se a pessoa vai aceitar Cristo como seu
Salvador. Ainda mais, qual seria o motivo de um incrédulo em desejar libertação?
Em sua incredulidade o motivo não deve ser o de glorificar a Deus. O motivo
dele seria puramente egoísta:
O ministério
de libertação não é uma brincadeira, nem um jogo. É somente para aqueles que
levam Deus a sério. Ora, a questão não é um incrédulo PODER ficar
liberto, mas se deve um incrédulo receber a ministração de libertação.
Normalmente, o espírito tem de ser liberto primeiro, e isso acontece através do
novo nascimento.
4. Sendo expulsos, o que acontece com os demônios?
A Bíblia não
fala muito sobre esse assunto. Nossa referência principal é Mateus 12:43.
Lemos:
"Quando
o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso,
porém não encontra." (Mateus 12:43.)
Nosso
problema é saber até onde devíamos deixar a interpretação deste versículo ser
literal. Uma vez que os demônios são seres espirituais, como seriam afetados
por um lugar árido? Talvez as palavras sejam meras figuras. Assim, elas mostram
os demônios andando e percorrendo um lugar fora da habitação humana. O demônio
é inquieto e insatisfeito fora do corpo humano, pois a única maneira em que
ele pode perpetuar seus desígnios maus é habitando e controlando uma vida
humana.
Há um trecho
muito interessante no livro de Jó, no Antigo Testamento, que descreve bem o
"quadro" daqueles que percorrem lugares áridos. Já que o livro de Jó
é sobre um homem sob o ataque de Satanás, a descrição tem mais sentido. Durante
as libertações, tenho usado essa passagem contra os demônios, lembrando-lhes
que eles vão para lugares áridos. Os demônios são atormentados ao ouvir a
leitura dessa passagem. Parece que eles entendem melhor que nós o que o
capítulo descreve. Examine o capítulo 30 do livro de Jó por completo, do qual
destacamos aqui somente uns versículos:
"De
míngua e fome se debilitaram; roem os lugares secos, desde muito em ruínas e
desolados. Apanham malvas e folhas dos arbustos e se sustentam de raízes de zimbro.
Do meio dos homens são expulsos; grita-se contra eles, como se grita atrás de
um ladrão; habitam nos desfiladeiros sombrios, nas cavernas da terra e das
rochas. Bramam entre os arbustos e se ajuntam debaixo dos espinheiros. São
filhos de doidos, raça infame, e da terra são escorraçados." (Jó 30:3-8.)
5. Podemos indicar para onde os demônios têm de ir?
Essa
pergunta está relacionada com a anterior. Além de dizer-nos que os demônios
expelidos "andam por lugares áridos", não há sugestão nenhuma daquilo
que acontece com eles. Não há registro nenhum de que Jesus ou seus discípulos
impuseram qualquer julgamento aos demônios, mandando-os ao inferno, ao abismo
ou para um lugar qualquer. Parece que os demônios bem entendem que seu
julgamento final ainda vem no futuro. Eles indicaram isso ao falar através do
gadareno endemoninhado.
"E eis
que gritaram: Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui
atormentar-nos antes do tempo?" (Mateus 8:29.)
As
Escrituras não nos autorizam a atormentar os demônios antes do tempo. Esse
tempo é estabelecido somente por Deus.
Podemos
mandá-los a outro país ou localidade? O demônio que se identificou como
"Legião" pediu para que Jesus não o mandasse para outro lugar.
"E
rogou-lhe encarecidamente que os não mandasse para fora do país." (Marcos
5:10.)
Pela leitura
desse versículo, parece que os demônios podem ser mandados para outras partes
do mundo; isso devia ser feito em todas as vezes ou apenas em certos casos?
Houve casos em que fui dirigido pelo Espírito Santo a mandar que demônios
fossem para um país específico. Nesses casos, ouvi deles protestos violentos.
Um demônio
me implorava para não mandá-lo à África, queixando-se de que lá faz calor
demais. Por uma razão ou outra, eles preferem ficar em certa localidade.
Por que os
espíritos malignos no gadareno pediram entrada nos suínos, e por que Jesus o
concedeu? Certamente Jesus não estava de acordo com os demônios. A razão dEle
deveria estar baseada no bem-estar do pobre endemoninhado. É minha própria
teoria que o homem teria sido bastante arranhado pela legião dos espíritos
resistindo à ordem de Jesus. (Jesus nunca impediu que os demônios maltratassem
a pessoa ao saírem.) Desde que os demônios tivessem um destino certo, eles não
resistiriam. No entanto, os suínos logo foram destruídos, e mais uma vez os
demônios ficaram sem "casa".
Os demônios
preferem habitar corpos humanos. A segunda preferência deles é habitar num
animal. Não me alegro muito ao saber que se o demônio não pudesse habitar em
mim, ele preferiria um porco! Os demônios podem habitar e realmente habitam
em animais.
6. Podemos proibir a volta dos demônios à pessoa já
libertada?
Aprendemos
que Jesus não permitiu a volta do demônio em uma ocasião. Foi no caso do rapaz
possuído por um espírito mudo e surdo trazido a Jesus pelo pai.
''Vendo
Jesus que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe:
Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem e nunca mais tornes a
ele." (Marcos 9:25.)
Parece que
foi uma exceção. Como vimos em Mateus 12:43-45, um demônio tentará voltar e vai
conseguir entrar, se a pessoa libertada não fizer nada para impedi-lo. No caso
de crianças, os pais são responsáveis pela proteção espiritual dos filhos.
O pai, no
caso citado, mostrava uma fraqueza em sua fé, dizendo: "Creio, ajuda-me na
minha falta de fé." Jesus estava fortalecendo a fé do pai quando foram
interrompidos pela multidão. Pode ser que Jesus tenha agido soberanamente a
favor de um filho que não tinha a proteção espiritual adequada do pai.
Nesse caso,
um exemplo só é pouca evidência para servir de precedente. Se tivéssemos a
autoridade de, em todos os casos, proibir a volta dos demônios, a libertação
seria facilitada bastante, mas eliminaria o incentivo do indivíduo em
conservar sua libertação, a qual faz parte do crescimento espiritual do crente.
Sem dúvida nenhuma, o Senhor nos revelará Sua intenção em qualquer situação em
que Seu propósito for o de limitar a atividade demoníaca, negando-lhe acesso à
pessoa.
Deus é capaz
e bem pode limitar o poder de Satanás contra alguém. Satanás precisou pedir
licença a Deus antes que pudesse maltratar Jó.
"Disse
o Senhor a Satanás: Eis que ele está em teu poder; mas poupa-lhe a vida."
(Jó 2:6)
Se Deus, por
meio da palavra de conhecimento, mostrar que é proibido ao demônio habitar na
pessoa de novo, podemos dizer ao demônio: "Na autoridade do Senhor Jesus
Cristo, não entre mais nela".
7. As casas deveriam ser purificadas dos espíritos
imundos?
Devido ao
fato de eu estar envolvido no ministério de libertação, tenho ouvido falar de
estranhas atividades demoníacas em lares e objetos. Muitas vezes sou convidado
para limpar lares de demônios. Livros e objetos relacionados com o reino satânico
têm servido como ímãs na atração dos demônios. Atividades pecaminosas da parte
dos moradores anteriores de uma habitação dão motivo para uma
"limpeza". Muitas pessoas têm
contado que ouvem vozes ou barulho estranho em sua casa. Tais manifestações
chamam-se "poltergeist", uma palavra alemã que significa
"espíritos barulhentos".
Uma vez,
numa ministração com uma menina de 9 anos, sua mãe nos contou que a menina
acordava todas as noites bem assustada. Eles não podiam saber o porquê. A
ministração à menina não revelou nada de suspeito. Pedimos licença para revistar
o quarto dela. Descobrimos três coisas que podiam atrair espíritos maus. Havia
um livro sobre uma bruxa - tomado por empréstimo da escola pública. Havia um
grande brinquedo na forma de um sapo e, sobre sua casa, havia um móbile
composto de meia dúzia de corujinhas incandescentes.
A família
deu fim a todas essas coisas. Em nome de Jesus mandamos embora imediatamente
todos os demônios escondidos naquele quarto e clamamos pelo sangue de Jesus
sobre a menina. Ela tem dormido sossegadamente desde aquele dia.
Onde estão
as corujas e os sapos? Eles estão classificados entre as criaturas mencionadas
em Deuteronômio 14:17-19. Eles são tipos de espíritos demoníacos. Esse
ministério que Deus me deu tem-me levado a muitos lares, de modo que estou
ciente de quantas dessas criatura impuras estão sendo transformadas em objetos
de arte e usados como enfeites.
Isso é
verdade especialmente em relação a corujas e sapos. É mais do que coincidência
que os dois são criaturas da escuridão. Eles saem à noite em busca de alimento.
Os demônios também são criaturas da escuridão. Eles não podem operar na luz!
Em outro lar
havia um menino de 12 anos que não podia dormir sossegado. Ele era muito
nervoso e medroso. A casa estava repleta de objetos trazidos da África onde os
pais haviam sido missionários. Entre outras coisas havia uma máscara de bruxa e
fetiches usados pelos bruxos-médicos nos ritos pagãos. Às vezes o valor
econômico e sentimental de tais objetos são mais importantes que o bem-estar da
família. Ouça o que Deus falou ao povo dEle, Israel, a respeito dessas coisas.
"As
imagens de escultura de seus deuses queimarás; a prata e o outro que estão
sobre elas não cobiçarás, nem os tomarás para ti, para que te não enlaces
neles; pois são abominação ao Senhor, teu Deus. Não meterás, pois, cousa
abominável em tua casa, para que não sejas amaldiçoado, semelhante a ela; de
todo, a detestarás e, de todo, a abominarás, pois é amaldiçoada."
(Deuteronômio 7:25, 26.)
Os espíritos
malignos e imundos definitivamente são atraídos às casas pelos objetos e pela
literatura que trata de religiões falsas, de seitas, do oculto, do espiritismo,
etc. Todas essas coisas devem ser queimadas ou destruídas de qualquer maneira.
Os lares e/ou prédios suspeitos de infestação demoníaca devem ser purificados
pela autoridade do nome de Jesus. Aqueles que moram ou trabalham nesses lugares
devem clamar pelo sangue de Jesus Cristo.
8. É necessário chamar os demônios pelo nome específico para
expulsá-los?
Coisas
interessantes surgem durante a ministração de libertação a respeito dos nomes
ou das designações dos demônios. Às vezes, eles saem sem serem identificados.
Tal tipo de libertação pode continuar por uma hora ou mais sem que chamemos
espíritos específicos. Em outras situações, acontece que demônio nenhum sairá
até que ele seja chamado por seu próprio nome.
Em certa
ocasião, eu tinha mandado o espírito de rejeição sair. Mais tarde, o
demônio de medo de rejeição foi discernido. Eu lhe perguntei: "Por
que você ainda está aí? Por que não saiu como rejeição?''
Respondeu o demônio: "Porque você não me chamou pelo meu
próprio nome. Não sou rejeição, mas eu sou medo de rejeição".
Os demônios
costumam responder à descrição daquilo que eles mesmos provocam. Por exemplo:
"Você, demônio que está fazendo com que esta pessoa tenha pesadelos à
noite". A maioria dos demônios aceitará essa abordagem, em vez de um nome
específico, e sairá.
Penso que a
insistência em ser chamado pelo nome é uma maneira de prolongar a luta. Conheço
casos em que os demônios resistiram a identificar-se, dizendo: "Mas este
não é meu nome". Nesses casos, eu geralmente digo: "Você tem de sair
de qualquer maneira", e eles saem.
O principal
valor em saber o nome ou a classificação dos demônios é o de habilitar a pessoa
liberta a saber o que foi realizado. Quando qualquer um deles tentar retornar,
é importante reconhecê-lo. Dessa maneira, a pessoa está de sobreaviso e pode
tratar com aquela parte da carne e fechar a porta ou tampar a brecha contra a
volta deles.
Alguns dos demônios
são muito orgulhosos. Parece que eles ficam supersatisfeitos em ouvir falar
seus nomes. Um deles falou ostensivamente: "Sou o único que resta",
assim se vangloriando em ser o último a ser expulso. Ele continuou dizendo:
"Sou o orgulho. Todo orgulho vem de mim".