11 - A Libertação: Individual e em Grupo, em Público e em
Particular
O ministério
de libertação pertence à Igreja. Ele deveria acompanhar a pregação, o ensino e
a cura. Na Grande Comissão, conforme está registrada em Mateus, lemos:
"Jesus,
aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na
terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas
que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação
do século." (Mateus 28:18-20.)
A
expulsão dos demônios é uma parte vital daquilo que Jesus mandou os Seus
discípulos fazerem. No Evangelho de Marcos, Jesus diz: "Estes sinais hão
de acompanhar AQUELES que crêem: em meu nome, expelirão demônios...". Note
os plurais — "eles", "aqueles" - sugerindo ser esse um
ministério da Igreja, em vez de ser de um indivíduo: Hoje, o Espírito Santo
está levantando um ministério bem intensivo na Igreja, pois ele o fora
negligenciado por muito tempo, e a Igreja de hoje deve tê-lo como preparação para
a vinda do Senhor Jesus.
A Ministração Individual
A
libertação PODE acontecer como uma parte do culto na Igreja. Jesus não hesitou
em expulsar demônios em público nem em lugares de ensino e louvor.
"Depois,
entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, foi ele ensinar na sinagoga[...] Não
tardou que aparecesse na sinagoga um homem possesso de espírito imundo, o qual
bradou:[...] Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai desse homem."
(Marcos 1:21, 23, 25.)
Tenho
estado presente em cultos semelhantes. A mera presença daqueles que se movem no
poder de Deus sobre espíritos demoníacos pode fazer com que os espíritos reajam
gritando ou falando. A maneira de agir será influenciada pelo ponto do culto em
que a interrupção aconteça. Às vezes, aos espíritos é mandado que se calem até
o fim da mensagem. Assim, os demônios ficam amarrados até a hora apropriada
para expulsá-los.
Em
outra situação, a libertação pode ser feita imediatamente. Isso aconteceu uma
vez comigo durante o culto. Ao fim da mensagem, os espíritos demoníacos tomaram
um casal. Eles eram cristãos, mas não conheciam nada sobre o batismo no
Espírito Santo. Vieram ao culto para zombar e apontar o dedo aos
"pentecostais", mas durante o culto se tornaram convictos. A mensagem
enfatizou o poder do sangue de Jesus.
A
mulher começou a tremer violentamente. Quando seu marido foi para mais perto
dela a fim de ajudá-la, os demônios começaram a gritar também através dele, o
qual começou a tremer. A congregação continuou a cantar louvores, e alguns de
nós ministramos ao casal na ala entre os bancos da igreja até eles ficarem
libertados do ataque demoníaco. Logo em seguida, pela oração, eles
"ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar cm outras línguas,
segundo o Espírito lhes concedia que falassem" (Atos 2:4). Os dois ficaram
libertados dos demônios de álcool e nicotina e de vários outros. O casal tem
progredido na sua vida espiritual com zelo e grande prazer.
Até
este ponto no meu próprio ministério, a maioria dos casos de libertação tem sido
na base de uma entrevista — particular.
Nossa
equipe vai a uma igreja ou comunidade. Há reuniões de ensino e orientação sobre
o assunto de demonologia e libertação. As pessoas são encorajadas a marcar uma
hora para a ministração, como uma consulta médica. Reservamos duas horas para
cada pessoa.
Encorajamos,
com um pouco de insistência, que a família toda receba a ministração,
juntamente com a participação dos pais e dos filhos de todas as idades. Mais ou
menos de 30 a 45 minutos do tempo são usados em conferência, e o resto no
processo de libertação.
Essa
abordagem tem seus pontos fortes. Primeiro: a entrevista traz à luz quando e
como os demônios entraram na vida da pessoa. Sabendo como vários dos demônios
operam, tal conhecimento a ajuda a fechar as portas, de uma vez, aos Demônios,
depois de serem expulsos.
Naturalmente,
os demônios estão ouvindo a conversa e sabem que a presença deles não é mais oculta
e que suas obras más estão sendo expostas. Isso serve para provocar distúrbios
nos demônios, e , quando a pessoa está pronta para a ministração, os demônios
já estão desligados e saem com mais facilidade. A ministração do tipo
entrevista tem a desvantagem de tomar muito tempo, mas tem a vantagem de ser
mais completa do que a ministração em grupos ou em público.
O
coração de Jesus clama por mais obreiros. No contexto de Mateus 10, Jesus é
envolvido no Seu ministério de ensino, pregação, cura e EXPULSÃO DE
DEMÔNIOS.
Vendo
ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como
ovelhas que não têm pastor.
E,
então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os
trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande
trabalhadores para a sua seara." (Mateus 9:36-38.)
A Ministração em Grupos
A
ministração em grupos envolve a expulsão dos demônios em mais de uma pessoa de
uma vez. O grupo pode variar em tamanho, de duas até uma multidão. Que isto
pode acontecer tem sido provado muitas vezes pelos líderes deste ministério. O
ministro de libertação mandará os demônios saírem em nome de Jesus, e eles
começarão a sair.
Nos
grupos grandes de cem ou mais pessoas, se não houver um número suficiente de
pessoas treinadas para ajudar cada indivíduo, alguns não vão receber a
ministração completa, de acordo com suas necessidades. Na ministração em grupos
há quem recebe uma libertação bem adequada, uns recebem menos que o necessário
e outros não recebem libertação nenhuma.
A
ministração de libertação em grupos pode funcionar bem com crianças. Tive a
experiência de ministrar a um grupo de crianças de 7 a 12 anos.
Nós
começamos chamando os espíritos comuns em quase todo menino ou menina, isto é,
medo, ego, ressentimento e raiva. Depois que uma lista dos espíritos comuns
tinha sido completada e eles tinham sido expulsos, crianças com problemas particulares
foram ajudadas mais especificamente. Os pais e os pastores das crianças estavam
presentes e participaram nas libertações particulares. Duas crianças receberam
o batismo no Espírito Santo e uma ganhou libertação em línguas estranhas. Há
mais sobre o ministério com crianças em outro capítulo.
É
inconcebível que Jesus tenha ministrado a cada pessoa individualmente. Ele era
cercado pelas multidões de pessoas à procura de cura e de libertação em toda
parte por onde Ele andava. Ele e os doze não podiam ter tomado conta de cada
pessoa individualmente, e o registro dos fatos deixa bem claro que Ele
ministrou a "todos" que vieram. No seu sermão em casa de Cornélio.
Pedro nos conta:
"Como
Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo c com poder, o qual andou por
toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus
era com ele." (Atos 10:38.)
Ministração Particular ou em Público?
Às
vezes parece que temos de tomar uma decisão entre duas coisas. Temos, de fato,
de escolher entre libertação em público ou em particular.
Está
claro que o Espírito Santo tem operado nos dois casos. Deixe cada crente agir
de acordo com a maneira como o Senhor o dirigir.
A
ministração em particular é importante, se não essencial, em alguns casos.
Estamos notando que a maioria dos cristãos tem páginas escuras em sua vida. Há
coisas que nunca foram confessadas a ninguém. Os demônios prosperam nos pecados
escondidos e ignorados pela pessoa. Eles trarão culpa e indignidade, para
impedir o desenvolvimento espiritual e o testemunho do crente.
Em
geral, as pessoas sentem-se à vontade ao confessar essas coisas ao conselheiro
de libertação. Explicamos que mexemos no passado para revelar as portas pelas
quais os demônios ganharam entrada, de modo que estas mesmas portas possam ser
fechadas para sempre.
Alguns
indivíduos requerem mais instrução do que outros sobre como conservar sua
libertação. Alguns compreendem logo a técnica da luta espiritual enquanto
outros são lentos em aprender. Alguns são mais vulneráveis ao ataque em sua
vida do que outros, especialmente no lar. O ministro pesa a importância de cada
caso e deve fazer o quanto pode, diante de Deus, para que a pessoa que recebe
libertação possa continuar vitoriosa.