Rebecca:
Deus chamou-nos para sermos
soldados e não pacifistas. Em lugar algum da Bíblia há espaço para os cristãos
“moles”. Como foi exposto no capítulo anterior, somos destinados a sermos
lutadores e soldados. E isso tudo, primeiramente, no mundo espiritual. Vivemos
em um mundo governado por Satanás e o tempo se escoa. Por isso, o inimigo se
torna mais e mais ousado.
“Porque
a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças
espirituais do mal, nas regiões celestes.” (Efésios 6.12).
“Porque,
embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da
nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir
fortalezas; anulando sofismas.” (II Coríntios 10.3-4).
“Participa
dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em
serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer
àquele que o arregimentou.” (II Timóteo 2.3-4).
“Maldito
aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente, e maldito aquele que retém a
sua espada do sangue.” (Jeremias 48.10).
Assim que nos apossarmos do poder
e da autoridade que Jesus nos deu, e em seu nome tomarmos a ofensiva na guerra
contra Satanás, a perseguição que inevitavelmente virá, não virá da maneira
como pensamos. As pessoas não irão, simplesmente, parar e dizer: “Nós não
estamos difamando você pela sua prontidão na luta ao lado de Jesus.” Não! Você
será acusado de fazer coisas erradas que, na realidade, não fez, ou de ser
extremamente radical e até mesmo de tornar-se perturbado mentalmente. Será
desacreditado mais por seus “irmãos da fé” do que pelos chamados não cristãos.
Satanás está sempre enganando e mentindo. Nada é o que parece ser. Seus servos
mais eficazes são os supostos cristãos mais fortes, os que vão à igreja
regularmente e os mais bem sucedidos, respeitados e honrados membros de sua
comunidade. São estes os que irão acusar e perseguir aqueles que estiverem
engajados na batalha espiritual por Cristo. Seremos perseguidos sim, por causa
das almas que serão salvas e trazidas à Jesus.
“Bem-aventurados
os perseguidos por causa da Justiça, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem
e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é
grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que
viveram antes de vós”. (Mateus 5.10-12).
Não se surpreenda quando a
perseguição vier de sua própria igreja, ou daqueles que você pensa serem irmãos
e irmãs na fé, e também os de sua própria família.
“Eu
sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes que não
pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando
cousas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles.” (Atos 20.29-30).
“Porque
os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em
apóstolos de Cristo. E não é de admirar; porque o próprio Satanás se transforma
em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se
transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas
obras.” (II Coríntios 11.13-15).
Nos duas queremos deixar bem claro
uma coisa: não estamos tentando ditar regras a você e nem controlá-lo. Estamos,
simplesmente, dividindo com você o que o Senhor nos ensinou. Você deve buscar a
orientação diretamente d’Ele. Deve aprender a ouvir-lhE a voz no espírito.
Somente o Espírito Santo pode ensiná-lo como fazer isto. Contudo, é necessário
que você busque, fervorosamente, a comunicação com Ele. De fato, diante do
Senhor, é responsabilidade sua, como indivíduo, estudar cuidadosamente tudo
o que os outros dizem a você. Deve verificar se o que lhe é ensinado está
dentro do contexto bíblico. E isto inclui este livro, assim como tudo o que é
dito pelos pastores. O próprio apóstolo Paulo instruiu os coríntios acerca
disso:
“Tratando-se
de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem.” (I Coríntios
14.29).
Você, leitor, faz muito bem em ler
todo este capítulo, porque o mesmo contém ordenanças aplicáveis aos nossos
cultos, mas que, na maioria das vezes, são negligenciadas ou desprezadas.
Quem quer que seja que se envolva
em uma batalha espiritual, deve estar preparado para lutar em mais de uma área.
Mas, lembre-se: você não decide onde e nem como lutar. Apenas o Senhor o
faz. É necessário que, tão-somente, fiquemos disponíveis para que Ele nos use
do modo que escolher. Ele é o nosso comandante, e o nosso objetivo deve ser,
sempre, fazer a vontade de Jesus Cristo, para que, como resultado, Ele receba a
glória, e os outros, o conhecimento da salvação. Lembre-se, Jesus é Deus! Quem
disser que Ele é menos do que isso, é falso.
Tenha cuidado em quem você confia,
seja sábio, esteja sempre alerta à orientação do Senhor, pois Ele nos adverte:
“A
ninguém imponhas precipitadamente as mãos.” (I Timóteo 5.22).
Espere, sempre, para ver os frutos
na vida de uma pessoa. Espere, até que o Senhor dê completa paz concernente à
ela.
“Amados,
não deis crédito a qualquer espírito: Antes, provai os espíritos se procedem de
Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora.” (I João 4.1).
Não se esqueça, que Satanás e seus
demônios tentarão, sempre, enganar você, especialmente no que diz respeito a
assuntos espirituais.
Existem, pelo menos, oito passos
que deveriam ser seguidos por todos os que se engajaram na batalha espiritual.
São eles:
1) Você deve aceitar o completo senhorio de Jesus em todas as áreas
de sua vida.
2)
Deverá se dispor à total aplicação da cruz em sua vida, e isso
deve ser experimentado no seu dia a dia. O Dr. A. W. Tozer escreveu um livro
chamado “The pursuit of God” (À procura de Deus) que, penso, todo cristão
deveria ler. A seguir, uma explicação do que significa a aplicação da cruz em
sua vida, extraída do mesmo.
“Tudo
no Novo Testamento concorda com o que é apresentado no figurativo Velho
Testamento. Os resgatados não precisam mais ter medo para entrar no Santo dos
santos. Deus, deseja que avancemos em direção à Sua presença e vivamos toda a
nossa vida lá. E isto deve ser vivenciado por nós em uma experiência
consciente. É mais do que uma doutrina a ser defendida; é uma vida a ser
desfrutada em todos os momentos, de todos os dias...
Igualmente,
a presença de Deus é o ponto central do cristianismo. O ponto central da
mensagem cristã é o próprio Deus esperando que os seus redimidos estejam
conscientes de Sua presença. O tipo de cristianismo que atualmente está em
voga, conhece a presença divina apenas na teoria. Ele fracassa na ênfase do
privilégio cristão. Isto é, de acordo com seus ensinamentos, já estamos
posicionalmente na presença de Deus. Nada é dito acerca da necessidade de experimentarmos,
de verdade, essa presença... O que é que nos impede? Usualmente a resposta que
ouvimos é que somos “frios”. Só que isso não explicará todos os fatos. Há algo
mais sério do que a frieza de coração... E, o quê poderia ser? Não seria a
presença de um véu em nossos corações? Um véu que se não for retirado, como o
primeiro o fora; ainda obstrui a passagem da luz, escondendo-nos a face de
Deus.”
O
“Eu” é o véu opaco que esconde a face de Deus. Ele só pode ser subjugado na
experiência espiritual e nunca pela mera
instrução.
Devemos varrer essa lepra de nosso sistema. Há muito o que ser feito por Deus
no que se refere à nossa morte antes de ficarmos livres. É necessário que
convidemos a cruz para que ela efetue em nós esse trabalho. Devemos trazer os
pecados do nosso eu diante da mesma para julgamento, e nos prepararmos para
aprovação e sofrimento semelhantes aos que nosso Salvador experimentou durante
o governo de Poncius Pilatos.
Deixe-nos
lembrar que, quando falamos da entrega do véu, estamos nos referindo à
linguagem figurativa. O pensamento é poético, e de certo modo, bonito. Mas na
realidade, não há nada de agradável nele. Na experiência humana, esse véu é
feito do tecido da vivência espiritual. Diz respeito às sensações do nosso ser.
E tocá-lo, é tocar onde sentimos dor. A retirada do mesmo fere, machuca e
faz-nos sangrar. Se dissermos o contrário, é fazer com que a cruz não seja cruz
e a morte não seja morte, em absoluto. Na verdade não é divertido morrer.
Arrancar através do alto preço o material de que a vida é feita; não deixa de
ser algo profundamente doloroso. Sim, foi isso o que a cruz fez a Jesus e faria
a qualquer outro homem que tentasse tirá-lo dela.
Sejamos
cautelosos no conserto de nossas vidas; no que se refere à esperança de sermos
capazes de rasgarmos o véu. Deus fará tudo por nós. Nossa parte é rendermos e
confiarmos. Devemos confessar, perdoar, repudiar a vida egoísta e considerá-la
como que crucificada. Entretanto, devemos ser cuidadosos para distinguir a
“aceitação preguiçosa” do verdadeiro trabalho de Deus. Devemos insistir que o
trabalho seja feito. Não ousemos descansar, contentes com a simples e elegante
doutrina da auto-crucificação, isto é imitar a Saul e reter o melhor das
ovelhas e dos bois.
Se
insistirmos que o trabalho seja, verdadeiramente feito, ele será feito. A cruz
é rude e é mortal. Mas, é efetiva. Ela não mantém a vítima morrendo nela para
sempre. Chega o momento em que o trabalho termina e a vítima agonizante morre.
Depois de tudo isso vem a ressurreição gloriosa e o poder. Assim, a dor é
esquecida devido a alegria do véu que foi retirado e entramos na experiência
real da presença do Deus vivo.”
3) Ter disposição de abrir mão, tanto de sua própria vida e da vida de seus
amados, se o Senhor assim escolher. E, isso, provavelmente, provocará uma
mudança total em sua vida.
“Quem
ama a seu pai ou a sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim; quem ama seu
filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim; e quem não toma a sua
cruz e vem após mim, não é digno de mim.” (Mateus 10.37-38).
“...quem,
todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á.” (Mateus 10.39).
4) Você deve aprender a ouvir o Senhor falar em seu espírito. A expressão
“Ouvir o Senhor falar em seu espírito,” não significa que seja uma voz audível
que pode ser ouvido com os ouvidos físicos. O que quero dizer é que, quando o
Senhor diz algo no seu espírito, logo a mensagem é projetada em sua mente na
forma de um pensamento. É por isso que se torna tão importante examinar,
atentamente, os nossos pensamentos e pedir ao Senhor que mantenha as nossas
mentes e corações puros.
“Tenho
ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier,
porém, o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda verdade; porque não falará
por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as cousas que
hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de
anunciar.” (João 16.12-14).
“E
disto nos dá testemunho também o Espírito Santo; porquanto, após ter dito: Esta
é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei nos
seus corações as minhas leis, e sobre as suas mentes as inscreverei.” (Hebreus
10.15-16).
O Espírito Santo colocará
pensamentos em nossas mentes, é a maneira como Ele nos fala e é um testemunho
para nós. Satanás pode, também, colocar pensamentos em nossas mentes, mas
lembre-se, o Espírito Santo confirmará em seu coração e espírito o que é de
Satanás e o que não é. A Bíblia é uma segurança para nós. O Senhor nunca
dirá algo que não esteja em concordância com ela. Enquanto você estiver orando
e conversando silenciosamente com o Senhor, Satã não poderá ler o que está em
sua mente e desse modo não será capaz de colocar pensamentos que coincidem com
as circunstâncias que você estiver vivendo. Esta c uma outra razão importante
para que você aprenda controlar sua mente a fim de que a mesma não vagueie
enquanto você estiver em oração e comunhão com o Senhor.
“Eu
amo os que me amam; os que me procuram de madrugada me acham.” (Provérbios
8.17).
A tradução literal, no hebraico,
para a expressão “de madrugada” é: “diligentemente, com inferência em seriedade”.
Conceito esse extraído da “Strong’s Extraustive of the Bible” (Concordância
Bíblica). Você deve procurar um relacionamento assim com o Senhor. Apenas o
Espírito Santo pode ensinar-lhe a ouvir Sua voz. Você deve procurar esse
relacionamento através do jejum, lágrimas e oração. Lembre-se, o Senhor nunca
faz nada às pressas, e provavelmente, ele irá testar-lhe a sinceridade. Se você
não pedir ao Senhor para fazer em você o trabalho da cruz como foi explicado na
citação do Dr. A.W. Tozer, você não será capaz de desenvolver uma relação assim
com Ele e da mesma forma não poderá fazê-lo se não estiver totalmente
compromissado. Quando o senhor falar a você e o que for falado estiver de
acordo com a Bíblia, e também o Espírito Santo confirmar que é realmente a voz
d’Ele, então o que você deverá fazer será firmar-se na fé. Do contrário,
Satanás tentará persuadi-lo de que não foi o Senhor quem falou, e que você está
apenas imaginando coisas.
“O
próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.”
(Romanos 8.16).
“Assim,
pois, como diz o Espírito Santo: Hoje se ouvirdes a sua voz, não endureçais os
vossos corações como foi na provocação, no dia da tentação no deserto.”
(Hebreus 3.7-8).
O Espírito Santo falará se
ouvirmos a sua voz, e se ouvimos não devemos endurecer o nosso coração, mas nos
firmarmos na fé e na obediência em concordância com o que Ele nos disser.
Usualmente, o Espírito Santo começa a nos falar ou despertar a atenção para
algo que não agrada ao Senhor. A tentação é ignorar a comunicação e continuar a
fazer o que não agrada a Ele. Se você proceder assim, estará “endurecendo o
coração” e acabará interrompendo a comunicação com o senhor.
Será testemunhado em seu coração,
que o quê você ouviu procede de Deus, pelo Espírito Santo. Se o que você ouvir
não for d’Ele, aprenda a ser sensível à hesitação ou checar o que sentir. Com
freqüência, ficamos ansiosos para prosseguirmos e fazermos o que está no
coração. Não prestamos atenção à esses princípios. É necessário que aprendamos
a ser pacientes e dispostos a esperar pela confirmação antes de agirmos. A
impulsividade não tem espaço na guerra espiritual.
5) Você deve aprender a controlar a mente. Esta será, provavelmente, uma das
coisas mais difíceis que você já fez. A ordem do Senhor é clara:
“Porque
embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da
nossa milícia não são carnais, e, sim poderosas em Deus, para destruir as
fortalezas; anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.”
(II Coríntios 10.3-5).
“E
não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa
mente...” (Romanos 12.2).
A mente é o maior campo de
batalha. Satanás ataca-nos na mente mais do que em qualquer outro lugar. A
batalha é sem tréguas e não terminará enquanto estivermos aqui sobre a Terra.
Quer queira ou não, você não mais deverá permitir, preguiçosamente, que os
pensamentos varrem sua mente. Somos responsáveis diante de Deus para examinar todos
os pensamentos que passam por nossa mente, e do mesmo modo, decidir se os
mesmos significam obediência à Cristo. Enfrentemos o fato de que, basicamente,
somos criaturas preguiçosas, e posso afirmá-lo, porque quando Deus, pela
primeira vez, despertou-me a atenção para isso, foi uma das coisas mais
difíceis que Ele me pediu para fazer. No decorrer do curso de medicina eu tive
que estudar horas a fio. Sabia como manter a concentração absoluta nos estudos
mas, ainda não controlava os meus pensamentos.
Continuamos pela existência com os
pensamentos. É a forma em que fomos criados. Somos responsáveis por trazê-los
cativos a Jesus.
É importante que você entenda, que
Satanás pode injetar os pensamentos em você, da mesma forma que um médico pode
injetar os remédios em seu corpo. Ele e seus demônios, podem fazê-lo do lado de
fora do seu corpo. Eles não precisam estar dentro de você para fazê-lo e do
mesmo modo eles não podem ler sua mente. Somente Deus sabe de nossos
pensamentos e intenções (veja Hebreus 4.12-13 e Jeremias 17.9-10). Portanto,
seguindo o exemplo de Jesus quando estava na terra, devemos rejeitar, em alta
voz a Satanás e seus demônios.
O inimigo colocará os pensamentos
em sua mente, começando com a palavra “Eu”, para que você pense que o pensamento
foi originado por você. A propósito, o pensamento pode começar assim:
“Certamente eu gostaria de fazer...” Algo que você sabe que é pecado. Tão logo
constate o pensamento, é preciso que você ataque a verdadeira fonte. Em voz
alta diga algo semelhante a isto: “Satanás e seus demônios, eu repreendo vocês
em nome de Jesus. Não aceito esse pensamento. Vão embora!”
Imediatamente, tente pensar nas
Escrituras, e se for necessário, recite a passagem bíblica para controlar sua
mente.
“Finalmente,
irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo,
tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma
virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.”
(Filipenses 4.8).
Há um outro modo de controlarmos
nossas mentes. Devemos, literalmente, reeducá-las e renová-las como está em
Romanos 12.2:
“E
não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa
mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus.” (Romanos 12.2).
Esse processo exige tempo,
persistência e muito trabalho!
“Revesti-vos,
pois, como eleitos de Deus, Santos e amados, de ternos afetos de misericórdia,
de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.” (Colossenses 3-12).
Você já se perguntou como poderia
revestir-se de coisas como bondade, misericórdia, etc.? Pois eu já fiz a mim
mesma essa pergunta várias e várias vezes até que, finalmente, o Senhor deu-me
a resposta. Devemos treinar, de antemão, nossas mentes para que, quando em
determinadas circunstâncias, as pessoas nos ferirem, não reagiremos com nossas
emoções naturais. Escolheremos agir com a misericórdia de Deus e devolveremos o
bem pelo mal.
O famoso escritor chinês Watchman
Nee descreve a batalha pela mente da seguinte forma:
“De
acordo com a Bíblia, a mente do homem é notável, porque a mesma constitui um
campo de batalha onde Satanás ê seus espíritos malignos contendem contra a
verdade, e por sua vez, contra o crente. Ilustraremos como se segue. A vontade
do homem, assim como o espírito, são fortalezas que os espíritos malignos
anseiam capturar. O campo aberto onde a batalha é travada em busca dessas
fortalezas, é a mente humana. Veja como o apóstolo Paulo a descreve: “Porque,
embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da
nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir
fortalezas; anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.”
(II Coríntios 10.3-5). Primeiramente, ele nos fala de uma batalha, depois onde
a mesma se passa, e, finalmente, com que objetivo. Ela diz respeito,
exclusivamente, à mente humana. O apóstolo compara os argumentos humanos, que
são resultado de raciocínios, com as fortalezas do inimigo. Me ilustra que a
mente, tendo sido aprisionada pelo inimigo se torna enfraquecida pela guerra
empreendida. Assim, conclui que muitos pensamentos de rebelião ficam detidos na
fortaleza e é necessário que sejam levados cativos à obediência de Cristo. Tudo
isso, plenamente, mostra-nos que a mente do homem é o cenário de batalha onde
os espíritos malignos opõem-se a Deus... A mente, quando firmemente,
aprisionada por Satanás se torna “endurecida”, os homens seguem as inclinações
da carne e dos pensamentos como “filhos da ira” e são também “estranhos e
inimigos no entendimento”porque o “pendor da carne é inimizade contra Deus.”
(II Coríntios 314, Efésios 2.3, Colos-senses 1.21 e Romanos 8.7).
Depois
de lermos todas essas passagens, podemos entender, claramente, como os poderes
das trevas estão especialmente relacionados à mente humana e como esta se torna
tão suscetível aos ataques de Satanás. No que se refere à vontade, emoção e
corpo os poderes das trevas não podem fazer nada se, primeiro, não ganharem
algum terreno. Mas na mente humana eles podem trabalhar livremente sem que,
inicialmente se faça necessário persuadir a pessoa ou conseguir a permissão da
mesma. É como se a mente já fosse posse deles. O apóstolo ao fazer a comparação
das mentes humanas àsfortalezas do inimigo parece sugerir que Satanás e seus
espíritos imundos já estabeleceram um relacionamento profundo com as mentes dos
homens e de alguma maneira eles as usam como baluartes para encarcerar os
cativos. Na mente humana, eles impõe a autoridade deles, e através da mente de
seus cativos eles transmitem pensamentos venenosos aos outros para que possam
também, levantar-se contra Deus. É difícil avaliar quanto da filosofia, ética,
conhecimento, pesquisa e ciência no mundo fluem dos poderes das trevas.
Contudo, de uma coisa estamos certos: todo e qualquer argumento, assim como o
orgulho que constituem obstáculos ao conhecimento de Deus são as fortalezas do
inimigo. Parece estranho que a mente humana tenha esse nível de proximidade com
as trevas? Não foi sob a instigação de Satanás que a humanidade cometeu o
primeiro pecado da busca do conhecimento do bem e do mal? Por conseguinte, a
mente do homem está, especialmente relacionada com Satanás. Se vasculharmos as
Escrituras, cuidadosamente, e observarmos as experiências dos santos,
descobriremos que toda a comunicação entre os humanos e as forças satânicas
ocorrem no órgão do pensamento. Tome como exemplo a tentação vinda de Satanás.
As tentações com as quais ele seduz o homem são apresentadas à mente deste. É
verdade que ele, com freqüência, usa a carne para conseguir o consentimento
humano. Sim, em cada momento da sedução, o inimigo cria algum tipo de tentação
e pensamento. Todas as tentações nos são oferecidas em forma de pensamentos...
A
definição original de arrependimento é a “mudança de mente...”
Entretanto,
mesmo depois do arrependimento a mente do crente não fica totalmente liberada
do toque de Satanás, ele continua trabalhando do mesmo modo como trabalhava
antes. Paulo, em sua carta aos crentes de Corinto, confessou que estava receoso
de que “...como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam
corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a
Cristo.” (II Coríntios 11.3). O apóstolo também reconhecia que, assim como o
“deus deste mundo cegou as mentes dos incrédulos”, então ele iria cegar a mente
dos crentes. A mente é a via de acesso mais fácil para o inimigo concretizar
seus propósitos. O coração de Eva era puro e ainda assim, ela recebeu os
pensamentos sugestivos de Satanás. Desse modo, foi iludida pelo engano dele ao
perder a linha do raciocínio de tombar para a armadilha. Se, um cristão que se
vangloria de possuir um coração honesto e sincero, não aprender como expulsar
os espíritos malignos em sua mente, ele continuará a ser tentado e enganado na
perda da soberania de sua vontade. Deus deseja restaurar a nossa mente para que
ela seja como quando Ele nos criou. Assim, poderíamos não só glorificá-lo com
nosso proceder como também em nossos pensamentos. Quem é capaz de estimar o
crescente número dos filhos de Deus que, devido ao descuido para com suas
mentes, crescem limitados, obstinados e mesmo em algumas vezes, se corrompem e
decaem um pouco da glória de Deus? O Povo do Senhor precisa saber que para
desfrutar de uma vida plena com Ele, as mentes precisam ser renovadas. Quando
um cristão constatar que não mais está sendo capaz de governar a própria mente,
ele deverá perceber, que o inimigo a está subjugando... A intenção de Deus é
que o homem controle a si mesmo, pois, uma vez tendo a autoridade para regular
cada um de seus dons naturais, o seu processo mental deveria estar sujeito ao
poder de sua vontade. Um cristão deveria inquirir a si mesmo: “estes
pensamentos são meus? É o que estou pensando? Se não são meus então deve ser o
espírito maligno que é capaz de trabalhar na mente humana. A pessoa deverá
concluir que uma vez não tencionando pensar e ainda assim os pensamentos
continuarem, que eles não são seus, mas do espírito maligno.” (O homem
Espiritual, Volume III de Watchman Nee).
Deixe-me mostrar alguns exemplos:
A. São três as fontes dos pensamentos que chegam à mente de um crente
verdadeiramente nascido de novo: o da própria pessoa, o do Espírito Santo e o
de Satanás e seus demônios. Em quase todos os lugares que vamos, as pessoas nos
criticam dizendo que não deveríamos falar sobre Satã porque, procedendo assim,
estamos dando glória a ele etc., etc. Porque será que as pessoas agem dessa
maneira? A resposta é porque quase sempre há bruxas na platéia. Elas se sentam
atrás e com um simples encantamento envia um demônio à cada pessoa no recinto
(por favor, observe: os demônios não entram nas pessoas). Eles jogam os
pensamentos: “Estas mulheres não deveriam falar sobre Satã porque assim elas
estão dando glórias à ele.” A pessoa os assume, e eles parecem ser verdadeiros.
B. A minha companheira de quarto na época em que conheci Elaine não era
cristã, e para ser franca, eu não gostava nada dela. De um modo relutante
concordei em deixá-la ficar comigo no ano letivo, na esperança de trazê-la ao
Senhor. No entanto, aquele ano foi extremamente difícil para mim. Nossas
personalidades eram divergentes e ela me irritava na maior parte do tempo.
Durante a ocasião, o Senhor estava me ensinando a controlar a minha mente. O
que o Espírito Santo me mostrou foi que, em quase todas as manhãs, enquanto eu
me preparava para o trabalho, mesmo não tendo visto Sue, ainda, ela ficava em
minha mente e lutávamos o tempo todo. Assim, quando eu a via estava tão
irritada com ela que não era capaz de dizer um civilizado “bom dia”. Pois é, de
onde procediam esses pensamentos? Não eram meus. Tamanha era a luta para
controlá-los que muitos foram os momentos em que tive de dizer a mim mesma:
“Rebecca cale-se!” Porém, isso não funcionava porque os pensamentos de raiva
continuavam. E porque eles continuavam? A resposta é, que quando eu dizia a mim
mesma para ficar calada, na verdade, eu estava resistindo a Satanás com minhas
próprias forças, e quando tentamos resisti-lo com nossos próprios recursos,
perdemos a batalha antes mesmo de iniciá-la.
Graças a Deus que, à medida em que
o Espírito Santo me treinava para reconhecer que aqueles pensamentos vinham de
fora e do inimigo, eu comecei a ter vitória quando passei a repreendê-lo, em
voz alta no nome de Jesus. Logo que percebia que os primeiros pensamentos
depreciativos ou de ira à respeito de Sue começavam a surgir na minha mente,
imediatamente eu dizia: “Satanás e seus demônios eu os repreendo no nome de
Jesus! Não aceito esses pensamentos sobre Sue”. No mesmo instante, forçava a
mim mesma para pensar numa parte da Bíblia e recitava-a em voz alta. Então, eu
tinha vitória porque eu estava resistindo ao inimigo com o poder de Jesus e
todo o meu relacionamento com ela melhorou consideravelmente. Quantos
casamentos, famílias, igrejas e até comunidades inteiras são destruídos por
essa tática simples do diabo (veja as figuras I, II, e III).
6) Memorizar as Escrituras é um outro ponto muito importante.
“De
que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a
tua palavra. Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.”
(Salmos 119.9 e 11).
O modo de guardar a Palavra de
Deus no coração é memorizá-la. Não sou capaz de enfatizar o quanto isto
é importante, acredite-me, quando se luta contra os demônios, não há tempo para
ficar folheando a Bíblia. Se todas as vezes que precisar da Palavra de Deus,
você tiver que abrir as Escrituras, poderá perder a própria vida ou a vida daquele
por quem está lutando para libertar.
Existe um jeito fácil de memorizar
as Escrituras. Separe um tempo a cada dia. No meu caso, são necessários vinte
minutos ou o tempo que gasto na frente do espelho para secar meus cabelos.
Escreva os versículos que você quer decorar em um cartão com cerca de 8cm x
12cm. Ao escrevê-los não se esqueça de colocar a referência antes e depois dos
mesmos. Não ultrapasse o limite de dois ou três versículos em cada cartão.
Então, em voz alta, repita os versos e a respectiva referência até que consiga
fazê-lo, uma ou duas vezes, de olhos fechados. Por exemplo:
João 3.16- Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o
seu filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna. - João 3-16
Faça isso uma vez por dia, e a
cada semana troque os versículos no cartão. Se fizer assim todos os dias,
fielmente, durante três meses, a Escritura ficará gravada em sua mente para
sempre. Logo, você constatará o Espírito Santo trazendo de volta esses versos em
sua mente várias e várias vezes ao dia. Este será um jeito fácil, rápido e
indolor para decorar a Palavra de Deus.
7) Autoridade. Deus sempre coloca seu povo debaixo de autoridade. Está é uma
lição que devemos aprender logo, se quisermos sobreviver na guerra espiritual.
A menos que estejamos dispostos a obedecer as autoridades delegadas, nunca
obedeceremos, verdadeiramente, a autoridade que vem diretamente de Deus, e
dessa maneira perderemos muitas batalhas porque não ouviremos e
conseqüentemente não obedeceremos nosso capitão Jesus Cristo. Penso que seja
sábio destacar, aqui, uma seção do livro “Spiritual Authority” (Autoridade
Espiritual) de Watchman Nee, da Christian Iellowship Publishers Inc, 1972.
“Os
filhos de Deus não só deveriam aprender a reconhecer a autoridade como também
ter consideração por aqueles a quem são destinados a obedecer. O centurião
falou ao Senhor Jesus dizendo: “Pois também eu sou homem sujeito à autoridade,
tenho soldados às minhas ordens...” (Mateus 8.9). Ele era, verdadeiramente, um
homem que conhecia autoridade. Assim, como Deus sustenta todo o universo com
sua autoridade, todos os seus filhos estão sob essa autoridade, entretanto, se
um deles for independente e auto-confiante, não se sujeitando à autoridade
delegada por Deus então nunca poderá se empenhar no trabalho divino sobre a
terra. Cada um dos filhos de Deus deve estar sujeito à autoridade, em
obediência, para que possa relacionar-se em harmonia com os outros. Embora seja
triste dizer que muitos falham neste aspecto”.
Se você se sente incapaz de se
sujeitar à autoridade de um chefe em seu trabalho, como então, poderia
realmente se sujeitar à autoridade de Deus? Por isso também, seja cuidadoso sob
a autoridade de quem você irá se colocar. Não se apresse em se tornar membro de
uma determinada igreja, até que tenha absoluta certeza que é o lugar onde Deus
o quer. Uma vez que estiver sob a autoridade escolhida, o próprio Deus
considera a sua desobediência à ela, algo muito sério. Em resumo, se você
desobedece à essa autoridade, estará dando terreno legal a Satanás em sua vida.
O mesmo se torna verdadeiro, no
que se refere às mulheres. Muitas são as moças que sentem que não podem
sobreviver sem se casarem. Desse modo tendem a comprometer-se com homens que se
interessam por elas. Inúmeras foram as tragédias que presenciei de mulheres
jovens profundamente interessadas em servir ao Senhor mas que estavam presas em
um casamento em que o cônjuge não tinha o mesmo interesse. Assim, por terem se
comprometido em um relacionamento dentro do matrimônio, Deus não honrará
qualquer rebelião por parte delas contra o marido. Nunca serão livres
para servir ao Senhor da mesma maneira como quando solteiras.
Se chegar uma época em que, para
obedecer a autoridade de Deus, será preciso que você desobedeça a uma
determinada autoridade governamental, então deverá estar preparado para sofrer
a punição. O exemplo disso foi quando Daniel recusou-se a obedecer o decreto do
rei Dario que proibia a quem quer que fosse de orar a Deus por um período de
trinta dias. Entretanto, Daniel não o fez em secreto.
“Daniel,
pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa, e, em
cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas da banda de Jerusalém, três
vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus,
como costumava fazer.” (Daniel 6.10).
Daniel fez a opção de obedecer a
Deus e não ao governo. Mesmo assim ele agiu abertamente se dispondo a receber a
punição. Deus no entanto, honrou a Daniel livrando-o dos leões que estavam na
cova em que foi atirado. Muitos foram os mártires que deram suas vidas por
obedecerem a Deus e não aos governos. Quantos de vocês, leitores deste livro,
estariam dispostos a perderem o emprego por não consentir em parar de
compartilhar o evangelho e orar no trabalho?
Recomendo, firmemente, àqueles que
de qualquer modo estiverem envolvidos na batalha espiritual que leiam o livro
“Spiritual Authority” (Autoridade Espiritual) de Watchman Nee.
8) Nunca subestime o poder de Satanás ou trate-o com desrespeito, e
também, não pense que ele não pode ou que não está ativo em sua vida.
“Ora,
estes, da mesma sorte, quais sonhadores alucinados, não só contaminam a carne,
como rejeitam governo, e difamam autoridades superiores. Contudo, o arcanjo
Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de
Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário,
disse: O Senhor te repreenda! (Judas versos 8 e 9).
“Sede
sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão
que ruge procurando alguém para devorar” (II Pedro 5.8).
Nunca se esqueça que a batalha é real.
Se estiver na linha de frente é bem provável que você seja abatido. Em quase
todos os desastres que presenciei, o ponto em que a pessoa, que antes lutava
por Deus e de repente foi enganada por Satanás, foi a perda do respeito pelo
inimigo. Não estamos dando qualquer glória ou honra a Satanás, porém,
ele é um adversário astuto e é muito mais inteligente do que nós. Não se
esqueça do que Deus disse quando criou Satanás.
“...Tu
és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura.” (Ezequiel 28.12).
Satanás é a mais linda e
inteligente criatura que Deus criou. Não podemos esperar vencê-lo com a nossa
pequena inteligência humana, ou entender suas táticas. Devemos permanecer
totalmente dependentes do Senhor para revelá-las a nós. Podemos resistir e superá-lo
somente através do poder de Jesus Cristo.
Quando uma pessoa deixa de
respeitar Satanás, ela se torna descuidada e a porta fica aberta ao orgulho e
muitos outros enganos do inimigo.
***
Discutiremos aqui cinco áreas de
batalha. Não estamos afirmando que o que vamos dizer seja completo. Porém, o
Senhor direcionou-nos a compartilhar com você o que temos aprendido até então.
Também, oramos seriamente para que o próprio Senhor conduza você em todo
entendimento espiritual. As áreas são: os demônios, os espíritos humanos dos
satanistas, criaturas físicas como os animais malignos (a palavra “Ly
canthrope” se refere apenas aos lobisomens e não a outros animais malignos), os
humanos e a batalha espiritual em seu corpo espiritual.
As duas fontes especiais de instruções
sobre como se luta na batalha espiritual estão nos Salmos e no livro de Josué.
Qualquer arma mencionada na Bíblia está à nossa disposição para usarmos no
mundo espiritual. Estude a Palavra de Deus. Tenha um caderno de anotações para
escrever tudo o que o Senhor revelar a você à medida em que for lendo. Assim,
você terá a informação para revê-la sempre que desejar. Do contrário, gastará
muito tempo tendo que aprender de novo coisas que sabe, mas que no momento,
esqueceu.
DEMÔNIOS
Os demônios são criaturas muito
inteligentes. São espíritos e não possuem, normalmente, corpos físicos. Embora,
possam, por um determinado tempo manifestar-se com corpos físicos que podemos
ver e sentir. Eles eram anjos a serviço de Deus, e Satanás, o líder deles, era
um arcanjo. Ele é uma das mais poderosas e inteligentes criaturas criadas por
Deus. A inteligência humana não se compara em nada à dele. Desde a eternidade,
ele escolheu rebelar-se contra o criador e tentou exaltar a si mesmo acima de
Deus. Um grande número de anjos seguiram-no preferindo servi-lo do que a Deus.
Estes anjos, com freqüência, são chamados de “anjos caídos” e são vários
demônios. São todos mentirosos e malignos. Recebem diferentes nomes em várias
partes do mundo. Possuem uma hierarquia de forças e habilidades e só
podem ser derrotados com o poder de Jesus. Mesmo estando em uma notável posição
de autoridade em Jesus sobre eles, devemos fazer uso dela respeitosamente. É
tão extenso o número e a variedade de demônios, que não poderíamos nomear a
todos. E também um mesmo demônio terá diferentes nomes dependendo da área
geográfica em que estiver. O reino de Satanás é altamente organizado e muito
eficiente. A Bíblia se refere aos mais poderosos, como príncipes e governadores
sobre várias áreas do inundo.
Eles conhecem muito bem a Bíblia.
É por isso que devemos conhecê-la no lodo. São “experts” em torcer as
Escrituras para dar outro significado ao que Deus disse. Se não soubermos a
Bíblia seremos presas fáceis para eles.
Não achamos necessário listar ou
nomear os demônios, porque além de ser uma tarefa impossível, o Espírito Santo
nos dará a sabedoria necessária, a cada vez que precisarmos de lidar com eles.
O tempo e o espaço não nos permite
falar mais sobre libertação. Ficaremos apenas com os detalhes apresentados no
caso de Elaine e nos outros que eu mencionei, assim como as áreas na vida de
uma determinada pessoa e as portas que são abertas nas vidas de muitos. As
publicações posteriores falarão muito mais à respeito e com mais detalhes.
0S ESPÍRITOS HUMANOS DOS SATANISTAS
Lidar com os espíritos dos
satanistas é quase o mesmo que lidar com os demônios, exceto que é preciso
lembrar, sempre, de que se trata de uma vida humana e o objetivo primário é a
salvação. Aceitamos muito mais os tormentos dos espíritos humanos sem lutarmos
contra, porque não desejávamos feri-los e sempre pregávamos o evangelho à eles.
Lembro-me de uma noite, pouco
depois da última libertação de Elaine, de estar na cozinha lavando a louça da
janta. Estava sozinha e chorava, enquanto lavava os pratos, orando ao Pai.
Aquele tinha sido um dia particularmente árduo. Elaine e eu estávamos
constantemente sendo atormentadas pelos espíritos dos satanistas. Nada parecia
controlá-los. Éramos constantemente levantadas por essas forças invisíveis e atiradas
ao chão ou contra a parede ou, quando não era assim, os objetos eram atirados
em nós. Ficávamos exaustas além de espancadas. Podíamos deter os demônios
simplesmente repreendendo-os no nome de Jesus. Mas, quanto aos espíritos
humanos não podíamos detê-los da mesma maneira. Eu chorava diante de Deus em
desespero: “Pai, por favor o que podemos fazer? Parece que minha casa tornou-se
uma via pública aos poderes e espíritos malignos que desejam entrar. Tu sabes
como eles estão nos atormentando. Não posso mais agüentar isso!”
Naquele exato momento, o Espírito
Santo fez fluir em minha mente a estória do cordeiro da páscoa que está em
Êxodo capítulo 12. Depois me disse: “Desde a morte de Jesus não há mais
sacrifícios com sangue. Assim, em contrapartida, o que você diria que pode ser
usado para substituir o sangue?”
“O óleo?” Perguntei.
“Muito bem!” Então o Senhor me fez
lembrar de Êxodo capítulo 40 onde ele instruíra a Moisés sobre a unção com
óleo.
“Ungirás
também o altar do holocausto, e todos os seus utensílios, e consagrarás o
altar; e o altar se tornará santíssimo.” (Êxodo 40.9).
Enquanto refletia sobre essa
passagem, o Senhor mostrou-me a necessidade de pegar o óleo, ungir minha casa e
santificá-la a Ele. Assim, peguei o óleo que tinha (óleo de cozinha) e passei
nas portas, do mesmo modo que nos marcos e fechaduras. Passei também, nas
janelas. Terminando de fazê-lo, pedi ao Senhor que santificasse a minha casa
diante d’Ele e a selasse com o escudo do seu precioso sangue. Assim, deixei as
portas abertas, voltei para dentro de casa e de pé no meio dela pedi ao Senhor
para purificar e retirar todos os espíritos malignos que estivessem dentro
dela. A mudança foi imediata e dramática. Desde aquele instante nem os demônios
e nem os espíritos humanos conseguiram mais entrar.
Quando se está envolvido com
trabalhos de libertação, é normal que as pessoas, constantemente, entrem e
saiam de nossa casa. Algumas vezes, julgamos necessário ungi-la novamente e
limpá-la ocasionalmente. Os envolvidos na guerra espiritual acharão esta
atitude benéfica. O Senhor também nos ensinou que todas as vezes em que
mudássemos para uma casa diferente, deveríamos andar nas bordas da propriedade
e reivindicá-la para Ele, seria importante que pedíssemos que a santificasse
para Si mesmo, que a selasse e a protegesse.
Se o Senhor revelar a você que
está sendo afligido por um espírito humano (não apenas de um satanista mas, até
mesmo de um irmão na fé que tem ódio no coração contra você), será benéfico que
um irmão ou irmã unja você e ore pedindo ao Senhor uma cobertura especial, não
apenas contra as forças demoníacas, mas também, contra os espíritos humanos.
Fique alerta para a possibilidade
de espíritos humanos falarem e agirem através de uma pessoa ainda não liberta.
No mais, o Espírito Santo dará, pessoalmente, a você a orientação apropriada
para cada ocasião.
AS FERAS MALIGNAS E A MANIFESTAÇÃO FÍSICA DE DEMÔNIOS
Os vampiros e os lobisomens são
conhecidos como lendas há muitos e muitos anos. Muito já se escreveu acerca
deles e foram o centro de inúmeros filmes e estórias. Infelizmente, quase todo
mundo acredita que eles são criaturas “simuladas” da fantasia e que quase tudo
o que é dito sobre eles é inexato.
Espantem-se. Estas criaturas existem.
Deixe-me definir o que quero dizer com feras malignas e vampiros. Vejamos,
então, alguns versículos interessantes.
“Eu
nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe...” (Salmo 51.5).
Desde a queda de Adão, os humanos
nascem pecadores e suas formas físicas são peculiarmente afetadas pela
iniqüidade (iniqüidade significa maldade ou perversidade). Como conseqüência,
os demônios têm grande poder sobre os nossos corpos físicos. As pessoas que são
totalmente comprometidas com Satã, podem e pedem certos demônios para morarem
dentro delas. Estes demônios, podem provocar tremendas mudanças físicas nos
corpos em que residem. É de grande conhecimento também, que os mesmos podem dar
uma força incomum. Lembre-se do endemoninhado geraseno de Lucas 8. As feras
malignas são produzidas por estes demônios eles produzem as mudanças físicas no
corpo da pessoa, fazendo com que a mesma fique parecida com um animal, mas com
a força e características de um super humano.
São muitos os versículos que falam
sobre esse assunto. Naturalmente, os termos “animais malignos” ou “feras
malignas” não são usados por serem termos imparcialmente modernos. Vejamos:
“Estabelecerei
paz na terra... farei cessar os animais nocivos da terra...” (Levítico 26.6).
“...enviarei
para o meio de vós as feras do campo...” (Levítico 26.22).
Nestas duas referências uma
distinção clara é feita entre os animais nocivos e os animais selvagens. Aqui,
Deus está dizendo aos israelitas que se eles obedecessem, os seus mandamentos,
Ele faria cessar da terra dos cananeus os animais nocivos, no entanto, se eles
não obedecessem, Ele enviaria os animais selvagens para matá-los.
Anteriormente, quando Deus dera a Moisés a lei, Ele designara certos animais
puros e impuros entre os animais domésticos e entre os selvagens. Assim, os
animais nocivos são claramente diferentes dos animais selvagens.
“...
são meus os animais selvagens...” (Salmos 50.11).
Existem muitas referências sobre
os animais selvagens pertencerem ao Senhor. Porém, o mesmo não se pode dizer
quanto aos animais nocivos.
Encontramos em Ezequiel a mais
interessante das passagens. Aqui, o Senhor instrui, Ezequiel para ir ao templo
em Jerusalém a fim de que o mesmo pudesse ver o que estava acontecendo lá. Na
época, os israelitas estavam adorando à Satanás e seus demônios e praticando
todos os tipos de perversões.
“Disse-me:
Entra, e vê as terríveis abominações que eles fazem aqui. Entrei, e vi; eis
toda forma de répteis e de animais abomináveis, e de todos os ídolos da casa de
Israel, pintados na parede em todo o redor.” (Ezequiel 8.9-10).
Na então citada referência de I
Coríntios 10.19-20, fica claro que estes ídolos eram imagens de demônios que
eram adorados. Acredito que os desenhos vistos por Ezequiel não eram apenas de
demônios mas, também, das feras malignas. Israel estivera no Egito por mais de
quatrocentos anos antes dessa época. Os hieróglifos encontrados no Egito contém
desenhos de criaturas meio homem, meio animal. Neles destacam-se os de corpos
humanos com cabeças de lobo. Vários versículos mostram que os Israelitas
praticavam as tradições egípcias do mesmo modo que as formas de adoração.
No Novo Testamento são encontrados
referências a esses animais nocivos:
“Foi
mesmo dentre eles, um seu profeta que disse: Cretenses, sempre mentirosos,
feras nocivas, ventres preguiçosos. Tal testemunho é exato.” (Tito 1.12-13a).
“Como
Sodoma e Gomorra e as cidades circunvizinhas que, havendo-se entregado à
prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo
do fogo eterno, sofrendo punição. Ora, estes, da mesma sorte, quais sonhadores
alucinados, não só contaminam a carne, como rejeitam governo, e difamam
autoridades superiores. Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o
diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir
juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: o Senhor te repreenda!
Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que
compreendem por instinto natural, como animais irracionais, até nessas cousas
se corrompem. Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim e, foram
levados pelo engano do prêmio de Balaão [o erro de Balaão era a adoração a
demônios, especialmente Baal]” (Judas 7-11).
Existe uma passagem idêntica em II
Pedro 2.10-12. Em Judas 7-11 podemos ver como os homens são corrompidos e
transformados em animais pela perda do respeito e pela associação e adoração
aos demônios. É clara a referência à corrupção da carne e uma alusão à “carne
estranha” (“outra carne”). Devemos buscar a sabedoria do Senhor para
entendermos tudo o que está escondido nas Escrituras. Acreditamos que estes
versículos fazem referência ao fenômeno de seres humanos literalmente
transformados em animais nocivos. Essa transformação provoca uma mudança física
temporária.
A maioria das pessoas considera os
lobisomens, vampiros e zumbis como pura fantasia. Os cristãos precisam
entender, que Satanás e seus servos lidam seriamente com eles e, que eles
realmente existem. A atividade satânica na Idade Negra era intensa, porque a
luz do evangelho de Jesus estava quase extinta. A prática da feitiçaria estava
desenfreada durante aquela época, até que Deus trouxe a Reforma e o evangelho
foi pregado novamente. Os únicos relatos precisos que fomos capazes de
encontrar acerca da existência desses animais malignos foram as traduções dos
escritos de uns poucos cristãos da Alemanha durante o início da Reforma. Nosso
Senhor Jesus Cristo disse que, nos últimos dias antes de sua volta, o mau iria
aumentar tremendamente, muito mais do que na Idade Negra. Satanás se move com
agilidade e estamos para ver mais e mais as manifestações de seu poder. A
explosão de filmes sobre o oculto (filmes de terror), o rock, jogos e
literaturas, as religiões orientais e os cristãos mornos dão-nos a indicação do
fim dos tempos.
“Porque
nesse tempo haverá grande tributação, como desde o princípio do mundo até agora
não tem havido, e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados,
ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados.
Então se alguém nos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acredites;
porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e
prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.” (Mateus 24.21-24).
Vejamos um pouco do que se sabe
sobre esses animais malignos especialmente os lobisomens. Em primeiro lugar, é
dito que se uma pessoa for mordida por um lobisomem, ela se tornará um deles.
Sinto que isso está completamente errado. A Bíblia indica que, para uma pessoa
ser afetada à esse nível, ela deve estar em um relacionamento com os demônios
que é proibido por Deus. Por outro lado, de minha própria experiência e pela
experiência de outros, é pouco provável que uma pessoa seja mordida por um
lobisomem. Porque o que estes demônios humanos desejam é a destruição dos outros.
Se chegarem perto de uma pessoa, o bastante para mordê-la, o mínimo que farão
será rasgá-la ao meio. Não se contentarão com uma simples mordida. Satanás os
usa para a disciplina. Penso que irão se multiplicar demasiadamente na grande
tribulação.
Uma outra crendice a respeito dos
lobisomens que considero falsa, é a seguinte: eles se transformam em animais
apenas à noite e quando é lua cheia. Posso afirmar que isso é falso porque eu,
pessoalmente, encontrei um lobisomem durante o dia e não era época de lua
cheia.
A pergunta chave aqui, é: como
podemos, efetivamente, lutar contra estas criaturas? E a resposta hão poderia
ser outra: no nome e no poder de Jesus Cristo. Até a presente data, não tenho
conhecimento da libertação de nenhum deles. Contudo, o trabalho de Cristo na
cruz foi tão perfeito que estou segura de que se a pessoa envolvida estiver
disposta a sacrificar a própria vida, poderá obter a libertação. Estas pessoas
entregaram seus corpos a tal ponto para serem controlados pelos demônios que,
se não for por um milagre absoluto do Senhor, duvido que estes demônios possam
ser expelidos sem resultar na, morte das mesmas.
Como já mencionei, eu mesma me
encontrei frente a frente com um lobisomem. Talvez seja útil descrever essa
experiência. Certa vez, na penumbra do anoitecer eu estava indo do meu
consultório para o hospital para ver um paciente que tivera piora do quadro
clínico. Estava sozinha no carro e dirigia por um trecho isolado numa estrada
do campo onde não havia casas e nem construções num raio de, pelo menos, uma
milha. De repente, cerca de um quarteirão à minha frente, um enorme lobisomem
saltou para o meio da estrada. Quando cheguei mais perto, ele ergueu-se
firmando nas pernas traseiras. Coloquei o pé no acelerador com a intenção de
desviar-me dele, mas, o carro não respondeu. A despeito de todas as orações e
tentativas com o motor ainda funcionando, ele não andava. Fiquei assentada,
olhando aterrorizada, para aquela horripilante criatura que eu nunca tinha
visto. Senti-me como que estivesse afogando no poder maligno que irradiava
dele. Ele voltou a cabeça para trás e soltou um som terrível de um uivo que
nunca esquecerei.
A seguir olhando-me diretamente
nos olhos disse: “Você, não pode ir a lugar algum. Veja, eu parei o seu carro e
não há nada que você possa fazer. Agora terei o maior prazer de rasgar a sua
garganta e beber o seu sangue. Você já interferiu demais com Satanás; vou
puni-la e você não pode resistir o meu poder.” Com um rosnado profundo ele
parou de falar e saiu da frente do carro em direção à minha porta.
O temor me envolveu. Contudo, eu
estava certa de que deveria resistir porque sabia que não era da vontade de
Deus a minha morte. Naquele momento ele me dissera que havia muito trabalho
para fazer, três anos antes durante a doença que quase me matara. Assim que
tomei a decisão de ficar firme, o Espírito Santo fez fluir dentro de minha alma
a calma, a paz e a força. Também, falou-me que o lobisomem estava tentando
amedrontar-me para que eu entrasse em pânico e corresse. Se eu o fizesse ele
seria capaz de me matar.
Respirando fundo, estendi a mão
direita na direção d’Ele e gritei: “Pare! No nome de Jesus, pare!
Servo tolo de Satanás! Sou serva de Jesus Cristo que é Deus altíssimo e não é a
vontade d’Ele que eu morra agora. Você não pode me locar porque ainda tenho
trabalho a fazer.” No mesmo momento, o lobisomem ficou parado em suas patas
traseiras, rosnando e furioso, incapaz de se mover.
Apontei novamente para ele e
disse, olhando diretamente em seus olhos: “No nome de Jesus ordeno que você
saia do meu caminho e se vá. A hora da minha morte ainda não chegou. Agora,
vá!”, ele uivou mais uma vez e ficando novamente de quatro saiu da estrada
desaparecendo no meio de uma plantação de milho.
Eu tremia tanto e ao mesmo tempo
estava aliviada que mal conseguia dirigir. Porém, quando o meu carro ganhou
velocidade eu dirigi louvando o Senhor por mais uma vez: “... estender a mão
contra a ira dos meus inimigos.” (Salmos 138.7). Parei uma milha depois e tive
“uma crise de nervos” antes de chegar ao hospital.
Muito se escreveu sobre os
diversos métodos para matar os lobisomens enquanto estes estiverem na forma de
lobos. Eu nunca consideraria tais métodos porque eles implicam na morte de
pessoas de quem a salvação é o mais importante para mim. E também, uma pessoa
assim, depois de morta, volta à forma humana porque o demônio deixa o corpo e
isto causaria uma situação extremamente complicada porque: quem iria acreditar
que um morto, quando vivo, tinha outra forma? Assim, o matador seria,
certamente acusado de assassinato.
Os vampiros também existem. Este
também é um termo, relativamente, moderno. Essencialmente, o vampiro é um pessoa
que bebe sangue. O vampirismo cresce a cada dia entre as estrelas do rock e de
seus adeptos. Existem muitas canções sobre o assunto. O ato de beber sangue no
palco durante as apresentações é comum para essas estrelas. Assim, como o fato
de exibirem a alteração no formato dos dentes que se tornam pontiagudos.
Recentes publicações de shows mostram o cantor Dee Snider do grupo de rock
“Twisted Sister” exibindo dentes pontiagudos na frente da boca. Vejamos um
fascinante versículo que fala a respeito.
“Acha-se
a minha alma entre leões, ávidos de devorar os filhos dos homens; lanças e
flechas são os seus dentes...” (Salmo 57.4).
Ao lembrar que a maioria dos
escritos de Davi, nos Salmos, dizem respeito à batalha espiritual e o fato de
que sua alma, e não o corpo, estava sendo atacada, fico me perguntando se ele
não estaria se referindo às pessoas habitadas pelos demônios do vampirismo.
Novamente, o que dizem a respeito
deles não é verdade. Na realidade, agem durante o dia, não precisam dormir em
um caixão, etc. Pessoalmente, nunca encontrei um vampiro. Entretanto, conversei
muito com pessoas que afirmam tê-los encontrado. Nestas situações, também,
devemos nos firmar no poder e autoridade de Jesus Cristo.
Os demônios podem se manifestar
numa forma física. As formas variam desde a extrema beleza à feiúra
horripilante. Eles também podem se manifestar com a aparência perfeita de um
ser humano. Os satanistas os chamam de “changelings”, “incubi” ou
“dopple-gangers.” O dicionário assim define: Os “changelings” são supostas
crianças que nas estórias são deixadas pelas fadas no lugar de outra que elas
roubaram. Um “dopple-ganger”é o espírito de uma pessoa viva que tem a mesma
aparência física dela. Os “incubi” são demônios que adotam uma forma masculina
geralmente humana, a fim de ter relações sexuais com mulheres.
A BATALHA FÍSICA
Não posso dizer muito sobre os
inevitáveis conflitos que você terá com as pessoas como resultado de seu
envolvimento na guerra espiritual. Peça ao Senhor para ensiná-lo a ouvir
claramente a voz d’Ele. E, quando a ouvir obedeça, não se importando com o quanto
isso possa parecer ridículo no momento. A fé, seguida da obediência
imediata, são chaves fundamentais.
Nunca me esquecerei de uma tarde,
no mês de julho, logo depois da libertação final de Elaine, quando cheguei em
casa depois do trabalho. Entrei e deixei algumas coisas lá. Como ainda tivesse
quarenta e cinco minutos antes de pegar Elaine no trabalho, decidi ir até à
mercearia. Voltei depois de vinte minutos e, quando coloquei a chave na
fechadura da porta da frente, o Espírito Santo fez passar rapidamente no meu
espírito e mente a palavra “não!” Olhei em volta e tudo parecia estar em
paz. Os pássaros chilreavam, a brisa levava as folhas das árvores e os meus
dois gatos dormiam no balanço da varanda. Olhei para a janela perto da porta
mas não pude ver nada incomum.
“Devo estar louca!” Pensei. “Não
devo ter ficado fora de casa mais do que vinte minutos e o dia ainda está
claro.” Imediatamente, ouvi novamente a mesma ordem: “Não!”
“Mas Senhor!” Eu disse. “Estou com
sorvete e ele vai derreter nesse calor!” “Não entre.” Foi a última ordem.
Depois, silêncio. Sabia no íntimo que Ele não a repetiria para mim. Ele nunca
discute conosco. Assim, dando de ombros, virei-me e voltei para o carro. Estava
treinada o bastante para não desobedecer. Fui buscar Elaine no trabalho e uma
hora e meia depois nós e o sorvete derretido entramos em casa. Descobrimos,
então, que os fundos da mesma tinham sido vasculhados! Quem quer que seja que o
tivesse feito, estivera lá no exato momento em que o Espírito Santo me impedira
de entrar. Juntas, louvamos ao Senhor pela orientação que Ele me dera. Se eu
tivesse entrado, com certeza teria morrido. No mais, poderia citar inúmeras
outras experiências. Mas, acredito que o Senhor guiará você em tudo.
Seja cuidadoso com todos. Não
confie em ninguém até que tenha tido tempo suficiente para conhecê-lo bem.
Verifique como são os frutos e a vida cristã do mesmo. Espere até que tenha
completa paz no espírito e no coração vindos do Senhor para poder confiar em
alguém. Ore, constantemente, pedindo ao Senhor para revelar a você, os servos
de Satanás, assim como as suas mentiras. Não devemos nunca subestimar Satanás.
Somente o Senhor poderá revelar-nos a suas armadilhas,
A BATALHA NO MUNDO ESPIRITUAL
Esta área já foi discutida no
capítulo 14. Mesmo assim, como todas as outras áreas de batalha, os oito passos
discutidos no início deste capítulo se aplicam muito bem aqui.