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Rebecca:
A pergunta que muitos me fazem é:
“Por que devemos lutar?” São muitos os cristãos que hoje vivem no extremo
conforto e é claro que não querem ver esse conforto perturbado. Dizem: “Por que
devemos lutar?” Cristo não teve a completa vitória na cruz por nós? Então,
porque deveriam os cristãos pensarem em se tornar soldados e guerreiros? Tudo o
que devemos fazer é reivindicar a vitória que Jesus venceu.” É este o assunto
que desejo tratar aqui.
Vejamos, primeiro, o que o próprio
Jesus falou sobre esse assunto quanto estava na terra. Particularmente, não
penso que haja fonte melhor:
“Não
penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim
causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora
e sua sogra. Assim os inimigos do homem serão os da sua própria casa. Quem ama
seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou
sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz, e
vem após mim, não é digno de mim. Quem acha a sua vida, perdê-la-á; quem,
todavia, perde a vida por minha causa, achá-la-á” (Mateus 10.34-39).
Reflita sobre o verso 34: “Não
penseis, que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada”. Isto,
contraria diretamente, o “evangelho de paz e amor” que está sendo largamente
difundido, quando, no verso 39, Jesus disse: “Quem acha a sua vida, perdê-la-á;
e quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á”. O cristianismo,
envolve violência, se o praticarmos da maneira que Deus quer. A perda de nossas
vidas não significa coexistência pacífica com o mundo.
“Eis
que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes
como as serpentes e símplices como as pombas. E acautelai-vos dos homens;
porque vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas; por
minha causa sereis levados à presença de governadores e de reis, para lhes
servir de testemunho, a eles e aos gentios. E, quando vos entregarem, não
cuideis em como, ou o que haveis de falar, porque naquela hora vos será
concedido o que haveis de dizer; visto que não sois vós os que falais, mas o
Espírito de vosso Pai é quem fala em vós. Um irmão entregará à morte outro
irmão, e o pai ao filho; filhos haverá que se levantarão contra os
progenitores, e os matarão. Sereis odiados de todos por causa do meu nome;
aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo. Quando, porém, vos
perseguirem numa cidade, fugi para a outra; porque em verdade vos digo que não
acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o filho do homem. O
discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo acima do seu senhor.
(Mateus 10.16-24).
Devemos “permanecer até o fim”.
Jesus, certamente, não nos promete “uma corrida fácil” como muitos pensam.
“Porque
a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças
espirituais do mal, nas regiões celestes.” (Efésios 6.12).
Neste
versículo, Paulo enfatiza que a nossa luta é no mundo espiritual. Em Mateus
10.16-24 Jesus fala do mundo físico e das perseguições físicas. Paulo, aqui em
Efésios, enfatiza o mundo espiritual. Os dois estão ligados, entretanto, em
nossos dias c em nosso país, a perseguição não se faz intensa em muitas áreas.
Mas, não tenho dúvidas de que ela virá em breve. Enquanto isso, a nossa batalha
se dá no campo espiritual.
“Participa
dos meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em
serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer
àquele que o arregimentou.” (II Timóteo 2.3-4).
“Amados,
quando empregava toda diligência, em escrever-vos acerca da nossa comum
salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a
batalhardes, diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos
santos.” (Judas 3).
Porque devemos lutar? A resposta
óbvia é: porque Deus assim o quer. Muitos perguntam: Por que Deus quer que
lutemos quando Ele já lutou por nós? Naturalmente, que eu mesma, também, me
faço essa pergunta. Por que tenho sofrido e perdido tanto por estar nesta batalha?
Seria isso necessário? Quero, a seguir, compartilhar a resposta que me foi dada
pelo Senhor à essa pergunta.
A razão básica é porque fiz um
compromisso. Você compreende que, infelizmente, quando o Evangelho é pregado em
nossos dias, o que se ouve é: “Jesus morreu pelos seus pecados, peça-o para
perdoá-los e tudo será maravilhoso.” Nada é dito que para ter seus pecados
perdoados você terá que se comprometer com Ele. Durante muitos anos tem sido
pregado que a salvação é a única saída. Jesus faz tudo e você não precisa fazer
nada.
Isto não é verdade. Não foi o que
Jesus disse. As palavras d’Ele foram que se você não tomar a sua cruz, negar a
si mesmo e, quem sabe, até mesmo morrer por causa da fé n’Ele, você não será
digno d’Ele. Ele disse que quem recebe a salvação é aquele que permanece fiel
até o fim. Ele não fez promessa alguma de dar a salvação e a vida eterna
àqueles que desistirem. Este conceito é sustentado diversas vezes por Paulo no
livro de Hebreus.
“Cristo,
porém, como Filho, sobre a sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos
firmes até ao fim a ousadia e a exultação da esperança.” (Hebreus 3-6).
“Porque
nos temos tornado participantes de Cristo, se de fato guardarmos firmes até ao
fim a confiança que desde o princípio tivemos.” (Hebreus 314).
A salvação não é por obras, mas,
também não é simplesmente dizer “Jesus me perdoe” e continuar o nosso caminho.
Ela é o total e completo compromisso com Jesus. Literalmente, nos vendemos à
Deus da mesma maneira que as pessoas no satanismo se vendem à Satanás. Somos,
então devedores. Fomos comprados e pagos por Ele e não pertencemos mais a nós
mesmos. Não temos mais quaisquer direitos, pois somos servos. A palavra “compromisso”
não é mencionada e nem mesmo praticada. Muitos nem mesmo sabem o que significa.
Compromisso não é só “trabalho”. É
um contrato que implica, literalmente, na venda de si mesmo. Paulo diz em
Romanos que é um devedor (Romanos 1.14). Do mesmo modo que Cristo comprou
Paulo, Ele nos comprou. A salvação é uma venda, uma transação. O compromisso
não é uma tarefa, é, realmente, uma venda. Jesus comprou e pagou por nós, de
outra maneira pertenceríamos a Satã e iríamos diretamente para o inferno. O
único escape foi através da venda. Que terrível preço Jesus pagou por nós!
Não estou segura de que algumas
pessoas entendam isso. A proporção dos ataques satânicos parece depender
diretamente do quanto estamos nesta venda, isto é, do nível do nosso
compromisso com o Senhor.
Jó estava completamente
comprometido e Deus conhecia-lhe o coração, sabia do total comprometimento
dele. Foi por isso que Ele se dispôs a aceitar o desafio de Satanás porque
sabia que Jó não desfaleceria. Somente Deus sabe o grau do seu comprometimento
com Ele. Da mesma forma, o Pai sabia do compromisso de Jesus quando Este estava
na terra como homem. Jesus se comprometera totalmente com Deus ao extremo de
morrer, e não somente isso, Ele também sofreu terrivelmente por nós.
Satanás odeia Jesus mais do que
qualquer outra coisa, porque sabe que Jesus tem a propriedade legal do mundo e
logo despojará a Satanás de seu reino. Não temos idéia da intensidade do ódio
de Satã por Deus. A verdade é que no instante em que somos comprados por Jesus
e nos tornamos sua propriedade, Satanás tem por nós o mesmo ódio que tem de
Jesus. Esta é a razão porque, no exato momento em que somos salvos, passamos a
fazer parte de uma batalha fenomenal. Satanás planeja nos destruir e Jesus já
nos advertiu:
“Se o
mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se
vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do
mundo, pelo contrário dele vos escolhi, por isso o mundo vos odeia. Lembrai-vos
da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me
perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha
palavra, também guardarão a vossa. Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu
nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou. Se eu não viera, nem lhes
houvera falado, pecado não teriam; mas agora não têm desculpa do seu pecado.”
(João 15.18-22).
São dois os pontos importantes
aqui. O primeiro, é que Jesus está dizendo que no instante em que nos
identificamos com Ele (quando nos tornamos sua propriedade) o mundo passa a nos
odiar da mesma forma que odeia a Jesus. Isto, porque o mundo está sob o
controle do maligno. O segundo ponto, é o que as pessoas dizem: “porque eu
deveria sofrer ou morrer se Jesus já sofreu e morreu por mim? Assim, o
sofrimento não é necessário para mim”. Mas o que Jesus disse foi: “Digo a vocês
que o servo não é maior do seu senhor. Se perseguiram a mim, perseguirão a vós
outros...” Quem quer que seja que diga, que não precisa sofrer porque Jesus já
fez tudo na cruz, está realmente afirmando ser maior do que seu mestre!
E, nesse caso, o mestre em questão é Jesus Cristo, esta pessoa está indo
totalmente contra a palavra de Jesus. A doutrina “nenhum sofrimento, saúde e
riqueza” que tem sido ensinado em nossas igrejas, é doutrina de demônios, e
não há outra classificação para ela a não ser esta.
O evangelho não está sendo
apresentado da maneira como deveria ser. Quantas vezes você já ouviu o
seguinte? “Você pode receber a salvação, mas somente sob uma condição: que
esteja totalmente comprometido com Cristo, integralmente vendido a Ele. Não
pertencerá mais a si mesmo e não mais terá o direito a coisa alguma. Você se
tornará um servo. Estará na verdade assinando a própria morte porque Satã o
odeia e tentará matá-lo. Terá que abrir mão de sua vida aqui para receber a
vida eterna e a cidadania no céu.” Quantos pregadores você conhece que
apresenta o evangelho dessa maneira? Nenhum!
Por que será que Satanás e o mundo
odeiam tanto a Jesus? A resposta é que uma vez tendo Ele vindo, eles “...agora
não têm desculpa do seu pecado”.
“O
julgamento é este: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas
do que a luz; porque suas obras eram más.” (João 319).
Devemos entender, que quando
aceitamos Jesus como o nosso Senhor e Mestre, estamos também, aceitando a
cidadania celestial e a morte aqui na Terra. Pessoalmente, não acredito que
recebamos a salvação sob quaisquer outras condições. Por todo o evangelho
ordena-se o total comprometimento com Jesus. Estou receosa que, já a esta
altura um número estrondoso de pessoas descobrirão que não estão realmente
salvas. O evangelho nunca lhes foi apresentado por completo.
A salvação não pode estar separada
da guerra. A verdadeira salvação, colocará você em conflito direto com Satanás.
Sei que o meu conflito com ele começou no dia em que fiz o total
comprometimento da minha vida a Jesus no primeiro ano da faculdade de medicina.
Quatro anos depois, quando o Senhor me perguntou se eu estava disposta a
comprometer minha vida para ser usada por Ele na luta direta contra Satanás, eu
não estava na verdade fazendo um compromisso novo. O Senhor estava me
desafiando a mostrar o tanto que eu estava disposta a permanecer no compromisso
que de antemão eu já havia feito. Ele estava abrindo o meu entendimento para
mostrar o que realmente significava aquele compromisso. A verdade é que ao
identificar-me com Cristo, eu fizera de Satanás o meu pior inimigo.
Mais e mais Jesus fala que devemos
segui-lo até, se preciso for, a morte. Vejamos mais dois versículos.
“Se
alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e
irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E
qualquer que não tomar a sua cruz, e vier após mim, não pode ser meu
discípulo.” (Lucas 14.26-27).
Agora, o que significa para você
tomar sua cruz? A maioria das pessoas interpreta essa pergunta como sendo as
coisas ruins que surgem em nosso caminho. Olhe Mateus 16.24-27:
“Então
disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se
negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida,
perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa, achá-la-á. Pois, que
aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará
o homem em troca de sua alma? Porque o Filho do homem há de vir na glória de
seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas
obras.”
Eu declaro a você que a cruz é
um instrumento de morte. Ela não só se refere às lutas aqui, mas significa,
literalmente, nossa morte. Então, o que exatamente é esta morte? No meu caso,
em particular, significa que quando fiz o meu compromisso com Deus, também
comprometi tudo o que me diz respeito à Ele. Isto é, todas as coisas foram
entregues em suas mãos. Sei que desde o exato momento em que fiz a entrega,
Satanás poderá pedir, como no caso de Jó, e Deus poderá entregar-lhe essas
coisas. Para mim, morrer diariamente significa a perda de tudo o que amo sobre
a face da terra. É claro que Deus não exige isso de todos, porque a maioria das
pessoas não estão dispostas a este tipo de comprometimento, não estão dispostas
a tomar a cruz.
Uma vez comprados por Cristo, nos
tornamos estrangeiros no mundo. Jesus se torna a barreira entre nós e tudo o
mais na terra. Nada, aqui, nos pertence, e isto é terrível, pois a cruz é,
provavelmente, o mais doloroso método de morte. O que implica em
comprometer-nos à uma vida de dor ao tomar a cruz diariamente, lista não é a
maneira em que as pessoas desejam apresentar o evangelho, entretanto, é assim
que Jesus o apresenta. Deixe-me esclarecer algo: você não pode fazer o trabalho
da cruz, só quem pode é Deus. Em outras palavras, as pessoas que infligem sobre
si mesmas a dor, pensando que estão no caminho da cruz, enganam-se
completamente. O fato, é que somos servos, simplesmente obedecemos aos comandos
do Mestre. Não decidimos que tipo de sofrimentos devemos suportar.
Sugiro àqueles que já se
comprometeram com o Senhor, que se assentem tomem uma folha de papel e nela
escreva todas as áreas de sua vida. Coisas como: estudos, carreira, os amigos a
escolher, a família, o futuro da mesma, o futuro do corpo, onde e como você irá
morar, o que irá acontecer à sua reputação, a vontade de ter dinheiro, etc.
Esta não é uma entrega fácil de se fazer, e a partir do momento em que a fizer,
você poderá ser tentado(a) ou testado(a) nessas áreas.
Você não crescerá realmente, na
fé, se não fizer um compromisso, já que a fé é puramente um dom de Deus, então,
você poderá fazer, primeiramente, o compromisso. Os dois estão fortemente
interrelacionados. Assim que, através dos testes você permanecer firme, estou
convencida de que Deus dará a você mais e mais fé enquanto prosseguir. A sua fé
crescerá e se fortalecerá. A fé é na verdade a afirmação: “Fiz o compromisso,
assumi o contrato e vou cumprir minha parte nele”.
Não deve permitir as dúvidas de
Satanás em sua mente no que se refere ao seu compromisso. Atire-as longe,
imediatamente. Você precisa entender que, enquanto está sendo tentado e
testado, tudo o que acontece no mundo físico reflete-se no espiritual. Por
exemplo, se Satanás chegar diante de Deus e disser: “Peço pelos pais dessa
garota” e o Pai responder: “Tudo bem, pode tomá-los” (refiro-me aqui à morte
física, porque Satanás não pode tocar a alma), e a garota continuar servindo
ao Senhor, então, haverá uma vitória no mundo espiritual que reterá para trás
as forças das trevas e então mais almas poderão vir a Jesus. Há sempre um
efeito no mundo espiritual. Não temos idéia do que aconteceu no mundo
espiritual, quando Satanás foi derrotado no caso de Jó.
Jó perdeu todas as coisas de uma
só vez. Normalmente, Satanás não trabalha dessa maneira, é claro que é uma ação
sobrenatural quando tudo é tomado assim. Satã não trabalha desse modo em nossas
vidas. Ele tira uma coisa aqui, um amado lá, e nem bem a pessoa começou a se
refazer do incidente, ele vem e toma outro. Ele é mestre em causar agonia.
Enquanto você se mantiver firme,
servindo a Deus, independentemente das circunstâncias, entenda que isso faz
parte, literalmente, de sua morte, como resultado de carregar diariamente a sua
cruz e ser um “aliem” odiado neste mundo. A partir do momento em que aceitamos
a Jesus, passamos a viver uma vida de morte, porque a mesma fica estabelecida
no campo espiritual e passamos a ter a vida eterna em nossas almas e corpos
espirituais. Mas a existência física, no todo, se torna morte. Isto é porque no
instante em que você se torna um salvo, passa, também a fazer parte da guerra
contra Satanás. Não há outra escolha.
“...
Como se estivéssemos morrendo e contudo eis que vivemos...” (II Coríntios 6.9).
As pessoas dirão: “Você realmente
está sofrendo muito.” Deus diz em Isaías:
“Porque
os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os
meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a
terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os
meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” (Isaías 55.8-9).
O fato é que Deus é Deus. Não
podemos questioná-lo.
“Muitos
dos seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: Duro é este
discurso; quem o pode ouvir? À vista disso, muitos dos seus discípulos o
abandonaram e á não andavam com ele.” (João 6.60,66).
O que aconteceu a Jó? Depois de
todo o sofrimento porque passou, o que realmente aconteceu a ele? No meio de
tanta aflição, Jó teve um vislumbre de Deus e assim nada mais importava.
Uma vez que ele teve um relance do próprio Deus ele não mais se importou com o
que aconteceria em sua vida. No livro do Apocalipse quando diz que Deus
enxugará de nossos olhos as lágrimas, sei que por experiência própria, que nada
mais importará. Isto é algo incrível. Deus é tremendamente maravilhoso e maior
que qualquer coisa que possamos imaginar. Deus é puro poder, puro amor, pura
justiça, pura santidade, pura grandeza e pura beleza. Com apenas um vislumbre
d’Ele, os nossos relacionamentos e tudo o mais que diz a nós se torna
insignificante. Nada tem mais importância quando temos um vislumbre de Deus.
“Então
respondeu Jó ao Senhor: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode
ser frustrado. Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o
conselho? Na verdade falei do que não entendia; cousas maravilhosas demais para
mim, cousas que eu não conhecia. Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu
te perguntarei, e tu me ensinarás. Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os
meus olhos te vêem. Por isso me abomino, e me arrependo no pó e na cinza.” (Jó
42.1-6).
Note que aqui Jó fala: “Eu te
conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e
me arrependo no pó e na cinza” (versos 5-6). Na verdade Jó não tinha do que se
arrepender. O começo do livro deixa claro que ele não pecara.
“Em
tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.” Jó 1.22).
“...Em
tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.” Jó 2.10).
Entretanto, quando Jó teve um
vislumbre de Deus, como na verdade Ele é, nada mais importou. Apenas, não mais
importou.
A minha oração, é que Deus se
revele, como Ele é, tanto para mim, como a todos os que lerem este livro. Não
saberíamos como agradecer tamanha bênção. Deus chama a diferentes pessoas para
diferentes tipos de serviço. Contudo, todos seremos um dia atacados
terrivelmente, por Satanás, e quando esse dia chegar, será preciso que
estejamos preparados e firmes para a luta. Se o fizermos, permanecendo fiéis
até o fim, o Senhor Jesus nos dará a coroa da vida e teremos a indescritível
bênção de ver Deus como realmente Ele é, em toda a Sua glória.
“Então
ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis, o tabernáculo de Deus com os
homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará
com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já
não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras cousas passaram.”
(Apocalipse 21.3-4).