segunda-feira, 26 de abril de 2021

Ele veio pra libertar os cativos - 12 - A batalha


Rebecca:
O próximo capítulo a se desenrolar em nossas vidas, seria uma batalha sem tréguas durante oito semanas. Quando olho para trás, certifico-me de que o Senhor nos pusera em um treinamento intensivo, estágio a estágio, para um profundo conhecimento do reino de Satanás e como podemos combatê-lo. O meu conhecimento sobre o mundo espiritual era quase nenhum, até o Senhor me treinar nesta área. Muitas, foram as vezes, nestas oito semanas, em que eu questionava quanto tempo a batalha duraria, e a resposta d’Ele era: “Até que você tenha aprendido o bastante.” O envolvimento de Elaine no Satanismo foi tão profundo que teríamos muito o que aprender até a completa libertação dela.
Nenhuma de nós, conseguiu dormir mais do que duas horas por noite, sem ter o sono interrompido durante as semanas que estavam por vir. Naturalmente, o meu trabalho continuava a todo vapor no hospital. Graças a Deus, que eu estava em um sistema de rotatividade que não me foi exigido plantão noturno. A cada manhã, depois de uma noite exaustiva e mal dormida, antes de ir para o trabalho eu citava Isaías 40.31 reivindicando as promessas contidas no trecho.
“Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.”

A cada vez que eu recitava aquelas promessas, de algum modo, o Senhor dava-me forças para poder enfrentar o resto do dia. Não tive coragem para contar a ninguém o que estava acontecendo. Não havia uma só pessoa que pudesse entender o que se passava comigo. Todos me hostilizavam de alguma maneira. É claro que faço exceção a meus pais, mas eu não queria preocupá-los, assim, lutamos eu e Elaine. Exceto pelo Senhor, estávamos completamente sós, e, quase no final daquele período, Ele instruiu-me a ler o livro de Neemias. Foi aí que descobri a passagem em que os inimigos de Neemias ameaçaram atacar os Judeus para forçá-los a parar a reconstrução dos muros de Jerusalém. Veja o que é dito no capítulo 4:21-23:
“Assim trabalhávamos na obra, e metade empunhava as lanças desde o raiar do dia até ao sair das estrelas. Também nesse tempo disse eu ao povo: Cada um com o seu moço fique em Jerusalém, para que de noite nos sirvam de guarda, e de dia trabalhem. Nem eu, nem meus irmãos, nem meus moços, nem os homens da guarda que me seguiam largávamos as nossas vestes, cada um se deitava com as armas à sua direita.”

Neemias 6.15 falou-me que foram necessários cinqüenta e dois dias para completar o muro. Todo o povo trabalhou esse período sem dormir, nem de noite e nem de dia. Na minha mente ficou claro que, se Deus sustentou Neemias e o povo, Ele iria me dar forças para continuar. Aqueles versículos foram um grande conforto para mim, especialmente porque as pessoas me diziam que eu parecia cansada e que “a minha responsabilidade diante de Deus era dormir adequadamente todas as noites e que Ele não me exigiria nada o contrário além disso.”
A batalha se compôs, simultaneamente, de três inimigos: os demônios, os espíritos humanos de membros da seita e as pessoas na Irmandade. Todos eram enviados para tentar matar-nos.
A batalha começou após a primeira libertação de Elaine. Eu havia me aconselhado com o pastor Pat, na tarde em que descrevi no capítulo anterior, e ele aconselhara-me a não tentar lidar com os demônios estando sozinha. Temia que eles fossem fortes demais para mim. O pior é que Elaine tivera dores no peito naquele dia e não me dissera.
Naquela noite, depois que o pastor saiu, ela sentiu novamente dores fortíssimas no peito. Não esqueço como estávamos desencorajadas quando assentamos no sofá na sala de estar. Voltei-me para Elaine e disse: “Elaine aquela dor só pode ter sido causada por um demônio. Eles devem estar de volta. Por que você não falou sobre isso quando o pastor Pat estava aqui?”
O que eu não pensara era que os demônios fecharam-lhe a boca impedindo que ela falasse qualquer coisa enquanto o pastor estava conosco. Nós duas, assentamos em silêncio por alguns minutos e depois, ouvi a voz dela:
“Bem, eu não serei derrotada pela segunda vez!”
“Mas Elaine quando é que você foi derrotada pela primeira vez?”
Não houve resposta. Então, aproximei-me para tocar-lhe o braço a fim de conseguir-lhe atenção, porém, ela saltou sobre mim, com o rosto contorcido, rosnando, tentou agarrar-me pela garganta. No mesmo instante, conscientizei-me de que não falava com ela mas com um demônio. Escapei do alcance dela e coloquei a mão na minha frente exclamando:
“Demônio, coloco entre você e eu um escudo de fé para que não possa me tocar. Faço isso em nome de Jesus!” Uma voz pesada e gutural disse. “O meu nome é Legião. Eu vou matá-la! Agora, só ficou você, e há quase cinco horas, o próprio pastor disse que não era para você tentar lidar conosco sozinha, porque não é forte o suficiente. No entanto, agora que ele não está aqui, eu vou matá-la, você já se intrometeu demais com a noiva de Satã.”
Não me recordo de ter ficado tão assustada em toda a minha vida. Senti-me esmagada pela presença do mal naquela sala. Lembrei-me de que ele escutara palavra por palavra da minha conversa com o pastor Pat. Sabia do meu desencorajamento e depressão. Instintivamente, procurei não demonstrar-lhe o medo que se passava dentro de mim. Para começar, o corpo de Elaine era mais forte do que o meu e não havia dúvida, que estando sob o controle demoníaco, ela se tornaria ainda mais forte. Assim, engoli seco e respondi da forma que pensava ser em voz de comando.
“Ah não demônio! Isso não! Elaine não é mais noiva de Satã. Você é que é o intruso. Pode parecer que estou sozinha, mas Jesus está comigo e é o poder d’Ele, e não o meu, que irá derrotá-lo. Não preciso ser mais forte do que você porque Jesus já o é.”
“Você não sabe do que está falando. Vou ter prazer em vê-la debater-se quando eu a estrangular até a morte. Apenas veja!”
Acabando de falar, aproximou-se, mas, novamente, eu reivindiquei o escudo da fé em Jesus, e para a minha maior alegria ele foi obrigado a recuar. Havia uma barreira invisível entre nós e ele não conseguiu tocar em mim nas vezes em que tentou, e à medida em que eu louvava ao Senhor pela fidelidade d’Ele em me proteger, o demônio ficava cada vez mais furioso.
Foram quarenta e cinco minutos de batalha. Eu orava, cantava hinos, lia e recitava as Escrituras, e, sempre, ordenava-lhe para sair. Ele tentou diversas vezes usar o corpo dela para ferir-me fisicamente. No entanto, quando eu reivindicava o escudo protetor, ele recuava.
O Espírito Santo fazia-me relembrar um versículo após outro. Citei, repetidamente, Lucas 10.19, Jó 30.2-8 e Colossenses 2.15 e, com isso, ele ficava mais atormentado. Li sobre a queda da Babilônia no capítulo 18 de Apocalipse e disse-lhe que, da mesma forma, ele também iria ruir naquela hora. Ele gritava, me amaldiçoava, me ameaçava e, por fim, começou a me persuadir para que o deixasse em paz. Mesmo assim, eu não desisti. Finalmente, com um grito de raiva ele saiu dela num momento de uma violenta crise de tosse.
Eu fiquei tão aliviada que derramei-me em lágrimas. Pobre Elaine! Ela ficara inconsciente o tempo todo. Ela não conseguia entender porque eu chorava tanto. Eu tremia da cabeça aos pés. Estivera tão apavorada! À medida em que contava a ela o que se passara tive a consciência de que Jesus tinha sido fiel e dera-me seu poder e autoridade sobre a situação. Assustada como eu havia ficado, Ele permanecera firme e preservara-me das garras do meu inimigo. Elaine melhorou muito depois da saída do Legião e fomos dormir a nossa última noite de sono nas oito semanas que começavam.
A batalha continuou implacável, nas noites e dias em que os demônios, através de Elaine, tentavam nos matar, quando não era contra ela, era contra mim. O hospital, afortunadamente, ficava a dois minutos de carro da minha casa. Várias foram as vezes, em que o Senhor instruía-me para ir em casa urgente, porque Elaine estava com problemas, e sempre que chegava, a encontrava inconsciente, quase sempre com um cinto atado ao pescoço, roxa, pela falta de oxigênio. O demônio controlava-lhe as mãos para que ela apertasse o cinto a ponto de não conseguir respirar. Em outras vezes, ela estava sangrando com a faca ainda nas mãos. Encontrei-a várias vezes com dificuldades para respirar porque tentava estrangular a si mesma com as próprias mãos, sob o controle do demônio que queria esmagar-lhe a laringe. Diante desses fatos, sabia que era provisão do Senhor, estar em um sistema de rotatividade que me permitia sair e voltar livremente para o hospital.
No dia seguinte, depois do meu primeiro encontro com o “Legion” (Legião) o Senhor fez-me lembrar de II Timóteo 1.14 que diz assim:
“Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós.”

Ele mostrou-me que Elaine era o “bom depósito” dado a mim e que eu deveria guardá-la diligentemente com a minha própria vida.
Tornei-me cada vez mais preocupada, à medida em que a batalha avançava, com o fato que os demônios, já expulsos, voltavam rapidamente para ela. Orando, especificamente pela situação, o Senhor trouxe à minha mente uma passagem de um livro que eu lera há alguns meses atrás. Ele se chama “The Conquest of Canaan” (A Conquista de Canaã) de Jessie Penn-Lewis. Ela escreve:
“Gálatas 5.24 é uma passagem que se enquadra Justamente aqui: ‘E os que são de Cristo crucificaram a carne com suas paixões e luxurias’. Esta é judicialmente aposição dos filhos de Deus, mas deve ser, também vivida. Porque nesta batalha espiritual, a menos que a ‘faca’ seja aplicada ao que as escrituras chamam de ‘carne’, essa será terreno para Satã atacar-nos e enfraquecer-nos no conflito. A ‘carne’ deve estar sob a faca da cruz, porque se houver algum delito ou algo duvidoso em sua vida e você se aventurar a enfrentar o adversário, ele se voltará contra você e fará pressão na área não crucificada em você, pressionando-o com seu terrível poder. Você precisa manter a carne, firmemente, persistentemente e totalmente sob a cruz. Assim, como seus delitos, vontades e orgulho”.

Enquanto orava e refletia sobre esta passagem e como ela poderia aplicar-se à situação de Elaine com os demônios, o Senhor, como se fosse num flash, colocou, um quadro em minha mente e o Espírito Santo confirmou ser uma visão. Nela, Elaine estava no centro de um círculo formado por animais semelhantes a gatos enormes e perversos. Eram horríveis. Eles circulavam ao redor dela farejando... farejando, e, de repente, um deles parava, farejava e então saltava para dentro dela. Foi aí que eu entendi.
Os gatos representavam os demônios. Circulavam ao redor dela constantemente tentando achar uma porta para entrar. Quando a achavam, imediatamente entravam no corpo e depois se manifestavam a mim. Assim, contei a ela sobre a visão e mostrei-lhe a passagem do livro. Senti-me motivada pelo Senhor de que ela necessitava pedir a Ele que procurasse e mostrasse quaisquer portas abertas que necessitavam ser fechadas pela confissão e perdão no sangue de Jesus. Eu admiro, profundamente, a coragem e a persistência dela nessa busca.
Elaine passou duas noites e dois dias numa intensa procura. Tenho certeza de que foi uma terrível e dolorosa experiência para ela. Durante esse período, a visão continuou persistente na minha consciência, e cada vez que eu via um demônio, imediatamente ele se manifestava e a batalha recomeçava até que fosse expelido. Aí, esperávamos um certo tempo em oração até que o Senhor nos revelasse em que porta ele havia entrado. Então, firmemente, as portas, uma após outra foram sendo fechadas à medida em que ela confessava pecados ou envolvimentos, recebendo o perdão e depois pedia a Jesus que as fechasse com o seu sangue para sempre. Finalmente, em uma segunda-feira às duas da manhã, pude visualizar os “animais” circulando na direção oposta. Surpresa, eu exclamei. “Elaine! Porque será que eles estão indo na direção oposta?”
“O que é que você que dizer com direção oposta?”                                 
Ao ouvir-lhe a resposta pedi ao Pai para que ela pudesse ver também. Imediatamente, Ele o fez. Ela ficou pensativa uns instantes e replicou.
“Suponho que seja porque eles não mais conseguem encontrar as portas na direção em que estavam indo.”
Logo depois que ela falou, ambas, vimos um deles firmar-se nas patas traseiras e com as dianteiras ele tocava o que parecia ser uma barreira invisível. “Elaine!” Gritei. “Devemos fechar o topo!”
Mas, foi tarde demais. Ele saltara sobre a barreira e entrou pelo topo que obviamente tinha ficado aberto. O resultado foi que ela ficou em coma profundo. Estava sobre o controle de um par de demônios chamados Coma e “Endles Sleep” (sono sem fim). Que trabalho eles me deram! Eram muito poderosos e deixaram-na num coma tão profundo que as batidas do coração chegaram a 30 por minuto e em algumas vezes ela parou de respirar. Foi dificílimo lidar com eles porque, estando ela em coma profundo, eles não me ouviam e nem falavam.
Não foi diferente, como das outras vezes, temia pela vida dela, e nada que eu tentasse funcionava. Orei, cantei, gritei para eles e até bati no rosto de Elaine. Porém, nada, a não ser um coma profundo. Assim, totalmente desesperada, não sabendo mais o que fazer, peguei a Bíblia e comecei a ler em voz alta o livro de Apocalipse. Os demônios odeiam esse livro. Li e reli, enquanto o meu coração cantava firmado na fé de que o Senhor iria salvar-lhe a vida, repentinamente, tendo eu já lido cerca da metade do livro, o demônio manifestou-se usando as mãos dela e tentou atirar a Bíblia para longe.
“Cale-se!” Ele rosnou. “Não suportamos ouvir mais nada sobre isso.”
“É isso mesmo. Ele fala da sua ruína e destruição total. E, se você continuar por aqui, eu vou ler e reler novamente. E, sabe o quê mais? Pedirei ao Pai que impeça você de tapar os ouvidos para que seja obrigado a ouvir. Quero que saiba disso e eu sei que o Senhor irá fazê-lo.”
“Você não pode fazer isso!”
“Ah! Sim! Eu posso.” Logo depois, comecei a orar e pedir a Deus que fizesse com que eles fossem obrigados a ouvir cada palavra. Comecei a ler novamente e a resposta foi relâmpago.
“Cale-se!” A frustração dele era tanta que gritava. Como eu recusasse a parar, ele, finalmente saiu. Assim, eu descobrira o ponto chave em lidar com esses demônios difíceis. Eu poderia pedir ao Pai para incomodá-los e Ele o faria.
O topo seria complicado para fechar porque era uma área preciosa ao coração de Elaine. Contudo, a coragem e o compromisso dela com o Senhor prevaleceram e, graças a Deus, Ele também foi fechado. Quase que imediatamente depois eu vi um dos “animais” cavando o chão sob os pés da minha amiga.
“Oh! Não! A base!” Novamente, era tarde demais. O inimigo entrara. Passei mais uma hora de batalha antes que o mesmo fosse expulso. Nós duas começamos a pedir ao Senhor que revelasse a porta da base. E, Ele revelou-nos ao mesmo tempo. Era o orgulho. De novo, foi necessário que eu enfrentasse a teimosia dela, como já fizera no incidente com Mann-Chan. Até aquele instante, ela firmemente recusava-se a ajoelhar para orar. Eu, também, passara pela mesma dificuldade anos antes e o Senhor trabalhou em mim nesse ponto. É humilhante ter que ajoelhar-se. Mas, eu aprendi que conforto isso traz. Haviam outras áreas, além do orgulho, mas estavam interligadas nele, naquele momento. Disse a Elaine que o Senhor, simplesmente, estava pedindo que ela ajoelhasse diante d’Ele, pedisse perdão e também que Ele a ajudasse quanto à questão do orgulho. Mas ela, enfaticamente recusava. Fiquei muito frustrada porque a cada recusa, outro demônio vinha e eu passava mais uma hora de batalha até que ele saísse. Por fim, tomei o livro “A Conquista de Canaã” e mandei que ela lesse alto a passagem mencionada anteriormente. Assim, disse-lhe.
“Agora, vá para a sala e resolva esse assunto com o Senhor. Não volte até que o faça!”
Não sei e nunca perguntei o que aconteceu entre ela e Deus na sala às cinco da manhã daquele dia. O que eu sei é que quando ela retornou havia algo de humildade nela. Possuía uma paz que eu nunca vira antes.
Ambas “vimos”, instantaneamente, o trabalho completado. Um incrível e maravilhoso foco de luz pendurado no teto, encheu o quarto de uma luz quente, brilhante e adorável. Vi os demônios sumirem nas trevas. Aquecemo-nos assentadas à luz cálida do cilindro como se ela fosse a luz do sol. Na época nós não entendemos, mas estávamos vendo e sentindo a glória de Jesus como parte de mais uma etapa terminada na vida de Elaine.
Na realidade, não vimos o cilindro e sua luz com os olhos físicos. Mas, o vimos em nossas mentes através de nosso espírito em uma visão dada pelo Espírito Santo. Também, sentimos o calor e o amor irradiados por Ele em nossos corpos físicos. (Veja no capítulo 14). Assim, fomos dormir pela primeira vez em quatro dias. Uma hora depois, tendo que ir trabalhar, levantei-me e fiquei encantada ao constatar que a luz ainda estava lá. O calor e o amor vindos dela era um tremendo conforto para nós. Nisso, pensei que a batalha estivesse terminado. Como eu estava errada! Não pensei que tudo tinha sido apenas uma parte do trabalho para limpar a vida de Elaine.
À tarde, quando cheguei em casa, quase desmaiei quando a vi no divã, roxa e sem respiração. O cinto atado contra a garganta estava tão apertado que ela não conseguia respirar. O meu coração partiu quando vi que o demônio estava tentando matá-la. Perguntei-me como ainda isso poderia estar acontecendo já que eu via, no meu espírito, o cilindro. Por onde outro demônio conseguira entrar? A verdade é que, novamente, lá estavam eles sempre me surpreendendo. Não conseguia admitir que tivessem entrado. Eu estava tão exausta que o cilindro era no meu entender uma garantia de que eles não mais voltariam. Finalmente, em prantos pedi ao Senhor que retirasse a visão porque conscientizei-me de que estava dependendo dela e não d’Ele. Satanás foi hábil bastante, em usá-la para manipular-me. Tão logo pedi, o cilindro desapareceu e assim, naquela noite, entramos em batalha numa nova área.
Eu estava na cozinha quando fui apunhalada pelas costas com a faca que usara para cortar a carne. Voltando-me vi que Elaine estava com a enorme faca nas mãos. Pensando que ela estivesse sob o controle de um demônio, agarrei-lhe as mãos e disse:
“Não demônio, eu o proíbo no nome de Jesus e quero que me dê a faca.”
Tamanha foi a surpresa quando uma voz feminina me respondeu: “Você não pode me ordenar como se eu fosse um demônio! Não vou obedecer à essa ordem estúpida por que não sou um demônio. E ainda vou ensinar a vocês duas uma lição.”
Lutamos um bom tempo e eu recebi cortes graves pelo corpo. O sangue se espalhava por toda a cozinha enquanto eu lutava pela faca e pelas nossas vidas.
“Não me importo quem você seja. Vou derrotá-la no nome e no poder de Jesus.” Ao mesmo tempo que eu tentava tirar-lhe a faca usei toda a minha força para fazer com que ela assentasse em uma cadeira.
“Agora, no nome de Jesus, eu ordeno a você que me diga quem e o quê você é”.
“Eu sou Sally.”
Fiquei surpresa. Saiba que Sally tinha sido uma amiga de Elaine, e que também fora treinada pela própria Elaine. Ela se tornara a sucessora de Elaine como sacerdotisa superior. Era mais arrogante do que qualquer um dos demônios que eu já enfrentara. Podia sentir o ódio que ela transmitia.
“Bem, Sally, seja você um humano ou demônio terá que ajoelhar-se para Jesus. Não há escolha. A palavra de Deus diz em Filipenses 2.6-11 que:
“Pois ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.”

Acabando de citar esses versos maravilhosos pude sentir que o Senhor fortalecia o meu corpo.
“Pois é, Sally, você não tem escolha. Não faz diferença se é demônio ou humano, terá que se ajoelhar do mesmo modo diante de Jesus.”
Ela começou a rir e a zombar dizendo: “Você pensa que o seu Jesus é tão poderoso? Isso tudo não passa de mentiras. Eu nunca irei me ajoelhar diante dele!”
A minha fúria era tão grande que sem pensar eu a agarrei pelos ombros e literalmente a levantei da cadeira. Puxei-a para o chão fazendo com que ela se ajoelhasse e com as mãos nas costas eu a fiz ficar de nariz no chão.
“Agora, que é que você disse? Disse que nunca iria se ajoelhar diante de Jesus? Pois é, exatamente o que está acontecendo agora. Jesus está aqui com toda a autoridade.”
Não posso dizer quem estava mais surpresa, se eu ou Sally. Elaine não é do tipo físico raquítico e eu já estava extremamente cansada pela luta que enfrentara há poucos minutos. Deixei que Sally usasse o corpo de Elaine, enquanto ela ficou de nariz no chão e eu a mantive de joelhos.
“Sally, você precisa ver, Satanás mente para você como ele mentiu para Elaine. Jesus é o vencedor e ele é o perdedor. Ele apenas quer destruí-la. Se ele é tão poderoso como diz porque é que você está no chão ao invés de ser eu? Sally, a sua única esperança é comprometer-se com Jesus!”
“Não estou escutando mais as suas palavras, mas voltarei e vocês duas irão se arrepender!” Instantaneamente ela se foi e o corpo de Elaine inconsciente vergou-se. Depois, ela voltou a si e olhou para mim.
“Hei! O que está acontecendo? Porque é que eu estou no chão? Esta é mais uma lição de humildade?”
Sorri um pouco e retirei a poeira da ponta do nariz de Elaine.
“Lamento, mas por um momento eu esqueci que era o seu corpo. Fui tão má com a Sally!”
“Quem?”
“Sally. Ela insultou a Jesus e disse que nunca iria se ajoelhar diante dele. E... bem, eu a obriguei.”
“Ah! Entendo. Mas, o que ela estava tentando fazer?”
“Matar-nos com uma faca enorme.”
“Ah! Garota! Que bom que ela não conseguiu.
Depois que Elaine ajudou-me a cuidar da cozinha e dos meus ferimentos eu lhe perguntei:
“Você costumava fazer coisas como aquelas? Digo entrar no corpo de alguém, mover e falar através da pessoa?”
“Claro! Isso era fácil.”
“Você estava consciente do que fazia e dizia?”
“Sim!”
“Mas, como é que você fazia? Penso que esta seja uma outra porta. De outra maneira, como ela poderia ter entrado?”
“Para ser sincera, eu não sei como. Eu apenas fazia. Foi uma das primeiras coisas que aprendi. À medida em que ganhava poder, podia levar o meu corpo e ir a qualquer lugar que quisesse e fazer o que pensasse. Ficava consciente do que acontecia e o que estava fazendo, também, com o meu corpo físico.”
De repente algo estalou. O Espírito Santo me fez lembrar de um livro que eu lera há mais de um ano. Excitada, corri para a estante e peguei-o. Disse a Elaine que provavelmente ele continha a resposta para o nosso dilema. Ele falava sobre o “poder da alma” que é, na verdade, o poder no corpo espiritual humano quando sob o controle da alma. São dois os livros que tratam desse assunto: “The Latent Power Of The Soul” (O Poder Latente da Alma) de Watchman Nee, e “Soul and Spirit” (A Alma e o Espírito) de Jessie Penn-Lewis. Nos dois dias que se seguiram, Elaine e eu lemos juntas em voz alta todo o livro “Latent Power of The Soul.”
Começamos a entender, exatamente, o estranho poder que ela, ajudada pelos demônios, usara durante tantos anos. Satã nunca diz aos seus o que é que estão usando. Ele só ensina como usá-los. (O tópico que fala do controle do espírito do homem pela alma será estudado detalhadamente no capítulo 14). O fato é que Elaine controlava conscientemente seu corpo espiritual.
À medida em que aprendíamos sobre espíritos humanos, começamos a identificar muitos dos bruxos e bruxas da redondeza que vinham em seus corpos espirituais para tentar matar-nos. A nossa maior dificuldade foi enfrentar um bruxo que tinha por nome-código, David. Este era um sacerdote superior de uma Assembléia enorme e poderosa na nossa cidade. Ele era médico no hospital onde eu estava treinando e disse-me que tinha jurado me matar a qualquer custo. Era mais difícil enfrentar os espíritos humanos do que os demônios. Porque eles não tinham qualquer respeito por Deus. Eu sempre recordava-me de Tiago 2.19 “Até os demônios crêem e tremem,” e de Judas 8-11,13:
“Ora, estes, da mesma sorte, quais sonhadores alucinados, não só contaminam a carne, como rejeitam o governo e difamam autoridades superiores. Contudo o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda! Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas cousas se corrompem. Ai deles! ...ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades; estrelas errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre.”

Não importava quão desesperadora fosse a batalha. O Senhor sempre me dava a força física necessária. Enquanto líamos e aprendíamos, Deus começou a me falar sobre a necessidade de Elaine desistir de toda a habilidade de controlar seu corpo espiritual através da alma. Ele revelou-me que ela a havia usado por muitos e muitos anos. Foi aí que comecei a entender o que se passara no hospital durante todo o tempo da internação dela. Ela e as enfermeiras enfrentaram-se através de poderes da bruxaria e eu não o percebera. As peças do quebra-cabeça começaram a ajuntar-se. Agora, não me espanto de que as enfermeiras tivessem sido tão hostis. Elaine vencera a todas!
Foi, então, que o compromisso dela com Cristo enfrentaria o teste mais árduo. Através do controle consciente do seu corpo espiritual ela podia ver e comunicar-se com o mundo espiritual quando quisesse. Isso também dava-lhe capacidade para ver um ataque quando ele estivesse chegando. Assim, sob a orientação do Senhor eu disse-lhe o que pensava ser a única solução para que aquela porta fosse fechada aos espíritos humanos. No meu entender, ela deveria pedir-lhe que retirasse toda a capacidade que tinha de lidar com os poderes e habilidades da bruxaria e, também, a capacidade de controlar seu corpo espiritual. O trabalho dele deveria ser tão exato a ponto de, no caso de rebelião por parte dela, ela não conseguir mais usá-los novamente.
Elaine, agonizou com a decisão uma boa parte do dia, sabia muito bem que desistir daqueles poderes a deixaria completamente indefesa diante de todos os que estavam tentando torturá-la e matá-la. Ela deveria tornar-se “totalmente” dependente do Senhor. Entretanto, o amor e o compromisso dela com o Senhor, mais uma vez venceram, confirmando mais um grande passo quando, juntas, e de joelhos, pedimos ao Senhor para levar-lhe todos os poderes e também dividir-lhe a alma do espírito como está em Hebreus 4.12. Mais uma vez, aprendêramos uma importante lição naquela noite. Acabara de deitar, quando, de repente, o Senhor me acordou e corri para o quarto de Elaine. Encontrei-a assentada na cama sob o controle de um demônio. Ele apontava numa determinada direção usando-lhe o braço esticado. Tendo o Senhor me capacitado para entender o que ele dizia. Fiquei horrorizada ao constatar que ele usava o corpo espiritual dela e apontava para Sally tentando matá-la. Imediatamente, levantei a mão e comecei a passá-la para cima e para baixo na frente do dedo que ela apontava dizendo:
Não demônio. Bloqueio você no poder do nome de Jesus! Você não tem mais o direito de usar o espírito dela porque ela pediu ao Senhor para selá-lo.” Como eu estava grata de que ela tivesse tomado aquela decisão! De outra maneira, o demônio teria o direito legal de usá-la.
Furioso, ele voltou para mim e gritou: “Como você ousa interromper-me! O espírito dela pertence a mim e eu o usarei como desejar.”
“Não, demônio, você não pode. O espírito dela está sob o sangue de Jesus e foi selado para que ninguém mais possa usá-lo. Agora, saia. Eu ordeno no nome de Jesus.”
Ele revirou os olhos dela cintilando todo o ódio possível. “Eu, Yahshum, o príncipe, retornarei para matar você pelo que fez esta noite.” E, com essas palavras ele se foi.
Depois que Elaine voltou à consciência falei-lhe sobre o ocorrido e como Yashshun tentou usar-lhe o espírito.
“Diga-me Elaine, os demônios usavam o seu corpo dessa maneira antes de você entregar-se a Jesus?”
“Sim e com freqüência. Eu não podia pará-los. Fui disciplinada muitas vezes por tentar fazê-lo. Yashshun é um demônio muito poderoso. Ele, assim como outros, também poderosos, usam os espíritos de membros da seita do modo que desejarem. Quase que sempre, isso resulta em fraqueza e doença para a pessoa, Satanás nunca questiona, ele apenas usa!”
Na mesma noite, mais tarde, acordei, abruptamente, com as mãos de Elaine, sob o controle de Yahshun, apertando-me a garganta. Estava tão cansada que adormecera e não percebi quando ela entrou no quarto. Debati freneticamente para livrar-me daqueles dedos que, como aço, estavam estrangulando-me. O Senhor deu-me forças quando, em espírito, clamei por Ele. De algum modo, consegui retirar-lhe as mãos antes de quase morrer pela falta de oxigênio. Rolamos da cama para o chão em uma batalha desesperadora. Ondas de terror varreram-me e arfan-do pelo ar eu disse:
“Eu vou vencê-lo no nome de Jesus. Você vai sair agora.”
Ele lutou desesperadamente, amaldiçoando-me e ameaçando-me, mas continuei a ordenar para que saísse no nome de Jesus e, finalmente, com um último guincho ele se foi. Instantaneamente, veio sobre nós uma quietude tamanha e uma paz que não experimentávamos desde a primeira aparição, do cilindro de luz no quarto. Mais uma vez, o Senhor dera-me a força necessária, contudo, as feridas que recebi levaram semanas para cicatrizar. A minha laringe ficou tão danificada que tive dificuldades, para falar durante muitas semanas.
Respiramos aliviadas, certas de que os nossos problemas com as portas para os espíritos humanos já estavam todas fechadas. Estávamos completamente equivocadas. Nos dois dias que se passaram, repetidamente, os espíritos de vários bruxos e bruxas vinham nos atormentar. Depois de muita oração e pesquisas, descobrimos que são três os níveis da alma que controlam o espírito: o consciente, o subconsciente, e um terceiro nível mais profundo. (Todos, naturalmente, estão na mente). E o terceiro nível é o inconsciente que os demônios usam tanto. Foi, necessário, que Elaine entregasse ao Senhor os três níveis que eram controlados pela alma. Acabando de fazê-lo, ela estava selada pelo Senhor. A partir daquele dia, nada, nem mais ninguém foi capaz de usar-lhe o corpo espiritual.
No decorrer da batalha, passei a conhecer mais e mais o mundo espiritual, assim, como os anjos de Deus. Numa determinada noite, depois da luta com Yahshun, fiquei exausta, doente e bem mais fraca do que de costume. Os demônios sabiam disso e tornavam-se mais agressivos nos ataques físicos. Assim que um deles manifestou-se e agarrando-me pela garganta bradava ser mais forte que os outros, o Espírito Santo ordenou-me:
“Não o resista. Eu cuidarei dele.”
Obedeci imediatamente, acreditando de todo o coração que ouvira, corretamente, a voz do Senhor, enquanto o demônio, controlando o corpo dela, apertava mais e mais minha garganta. Repentinamente, os dedos, um a um, iam sendo retirados do meu pescoço. Também observei, que as mãos se abaixaram para longe de mim. Depois, vi quando cruzou os braços sobre o próprio corpo, como que prendendo a si mesmo. O demônio estava completamente rendido. Não pude ver quem prendia as mãos dela, mas era óbvio que o demônio havia sido preso por alguém, porque praguejava o tempo todo. Tendo os braços, totalmente seguros, e a despeito de todos os protestos, ele virou-se para mim e rosnou:
“Tire esses anjos de cima de mim, eles estão me machucando!”
Com grande alegria, louvei ao Senhor pelo socorro e disse ao demônio:
“Oh! Não. Eles não estão sob o meu comando. Apenas o Senhor é quem dá ordens a eles. Se quer que eles o libertem, deve pedir a Jesus, não a mim.”
Assim, ele se foi mais uma vez. Nos outros dias que se seguiram, recebi mais e mais ajuda dos anjos. Em algumas ocasiões, os demônios dirigiram-se a eles chamando-os pelo nome. Já em outras, eu os ouvia praguejar e responder as perguntas que, tendo sido feitas pelos anjos, não ouvia com os ouvidos físicos. Mais de uma vez, os anjos iriam parar em pleno ar as mãos de um determinado demônio, antes que o mesmo pudesse me atacar. Recebi grande conforto e encorajamento ao constatar que os anjos estavam lá.
Depois de quase da metade das oito semanas de batalha, Deus deu-nos uma nova direção. Eram quase três horas da manhã e eu estava exausta porque lutara, desde a chegada do trabalho, com os demônios em Elaine e, ela também cansada, já tinha ido dormir. Estava assentada sobre o divã, com os joelhos dobrados em cima dele, o queixo sobre os joelhos e os braços ao redor deles, ponderava os acontecimentos da batalha naquela noite. À medida em que eu me sentia mais fraca era mais difícil lidar com eles porque pareciam muito mais fortes. Eu me preocupava com isso e na semana passada pedira ao Senhor para revelar-me como eu poderia ficar mais forte contra eles.
Subitamente, embora não fosse feito qualquer ruído, senti uma “presença” perto de mim no divã. Saltei e olhei para cima. Ao meu lado estava assentado o mais alto e poderoso jovem que eu já vira. Reconheci imediatamente que não era um humano.
O cabelo era louro e brilhante. Os olhos profundamente azuis e o sorriso mais lindo que eu já vira. Parecia que ele acabara de se barbear e nas bochechas surgiram profundos sulcos quando ele sorriu. Estava vestido de um branco brilhante com um cinto dourado. Tinha a seu lado uma espada enorme. A sua roupa, tipo uma túnica, fora bordada, sem sombra de dúvida, com ouro puro. Usava também, calças brancas bem folgadas e sandálias douradas. A pele estava lindamente bronzeada. A luz irradiava dele com um poder que eu nunca experimentara. Imediatamente ele disse:
“Mulher, trago uma mensagem para você do Pai.”
Antes que pudesse dizer mais coisas eu o interrompi. Penso que fui um tanto indelicada.
Pare! Quem é você?”
“Sou o seu anjo guardião.”
Fiquei impressionada, não apenas pelo tamanho dele como pela pureza que via em seus olhos. Entretanto o versículo 14 de II Coríntios capítulo 11 ecoou em minha mente:
“E não é de admirar; porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz.”

Lembrei-me, também, de I João 4.1-3:
“Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus;...”

Tendo em mente esses versículos, respondi:
“Sim, bem, já vieram demônios tentando dizer que eram meus guardiões. Quem é o seu mestre? A quem você serve?
“Sirvo ao Senhor dos Exércitos.”

“Não é o bastante. Satanás chama a si mesmo desta forma.”
Ele sorriu novamente e disse: “Sirvo ao Senhor dos senhores, Rei dos reis, Jesus Cristo que nasceu de uma virgem, veio à terra em carne, morreu na cruz e ressuscitou três dias depois. Esse mesmo Jesus é Deus e agora está assentado no céu à direita do Pai. Ele é o meu Senhor e Mestre.”
Fiquei aliviada porque ele passara no teste que o Senhor nos dá em I João 4. Estava convicta de que nenhum demônio faria tal declaração porque Satanás poderia rasgá-lo se o fizesse.
“Ok! Tudo bem, lamento mas eu tinha que ter certeza de quem você é. Fiquei temerosa de que fosse um demônio manifestado como um anjo tentando me enganar.”
Ele consentiu com a cabeça e depois disse: “O Pai enviou-me a dizer-lhe que seja corajosa. Não tenha medo porque estamos protegendo você a cada passo que der. Daqui em diante a batalha ficará mais intensa e Ele diz que você deve assegurar-se de sempre colocar a armadura de Deus.”
“Você quer dizer a armadura de Deus que está em Efésios capítulo 6?”
“Sim é a isso mesmo que eu estou falando.”
Efésios 6:10-18 diz:
“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade, e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito, e para isto vigiando com toda a perseverança e súplica por todos os santos.”

“Mas, diga-me. Como é que eu coloco esta armadura?”
“Ore assim: Pai, poderias por favor colocar a sua completa armadura sobre mim agora? Peço-te e agradeço no nome de Jesus.”
“Com que freqüência eu deveria pedir?”
Ele parou uns instantes com o olhar fixo e depois sacudindo a cabeça voltou-se para mim.
“Bem. O pai diz que uma vez a cada 24 horas será suficiente. O próprio Jesus disse que deveríamos tomar a nossa cruz diariamente. Assim, você deve colocar a armadura e preparar-se para a batalha diariamente. Você precisa entender que isso é muito importante. Não se esqueça de pedi-lo todos os dias. Se você não estiver revestida irá se machucar.”
“Mas, eu não posso entender. Não consigo vê-la e nas escrituras ela parece simbólica.”
“A armadura de Deus é no seu corpo espiritual. A Palavra de Deus diz que você está compromissada em uma batalha espiritual. Portanto, a sua armadura é espiritual. Você deverá pesquisar nas Escrituras mais a respeito.”
No dia seguinte, encontrei um versículo, que não é salientado, em I Coríntios 15.44 que diz: “Há um corpo natural e há um corpo espiritual”.
Assim, a expressão do anjo iluminou-se. “Já que você sempre tem muitas perguntas, o Pai disse que eu poderia respondê-las.”
Muitas perguntas soavam em minha cabeça, contudo, havia uma que eu ansiava demais pela resposta: “Diga-me do que realmente Jesus gosta? Por favor, você pode me dizer mais a respeito d’Ele? Anseio conhecê-lo melhor!”
O anjo assentou-se cruzando as pernas, numa posição bem descontraída “Bem, Jesus é maravilhoso! Um só relance do sorriso d’Ele envolve todo o universo com calor e amor. Ele trabalha intensa e incansavelmente pela Sua igreja. Nem um só detalhe, em qualquer um de Seu povo, é insignificante para a atenção d’Ele Ele trabalha constantemente para os seus e também para acrescentar outros à igreja. A Sua glória se estende por todo o universo e nunca se finda.”
Assentei-me, pensando nas palavras dele, tentando imaginar a cena:” Eu sempre me pergunto se a glória de Jesus é algo semelhante a um maravilhoso nascer do sol. Isto é, supondo que tudo esteja escuro, uma luz maravilhosa, juntamente com as cores, começam a surgir no horizonte. A intensidade dela aumenta à medida em que o sol surge na linha do horizonte. As cores ficam cada vez mais lindas e brilhantes. Seria a glória de Jesus semelhante, quando movida em nossa direção?”
“É exatamente isso!”
Conversamos durante duas horas. Nunca esquecerei aquela experiência maravilhosa, o amor de Deus era irradiado de uma maneira tão forte através daquele anjo que eu pude entender um pouco do quanto somos amados por Deus. O anjo disse-me que o cuidado de Deus é tão intenso, que a cada choro de um de seus filhos, Ele envia um anjo para abraçá-lo e confortá-lo. As pessoas não entendem isso, mas é justamente, o que acontece.
O anjo, disse ainda, que Deus os criara também com muito amor e que a cada pessoa, Ele destina um anjo guardião desde o seu nascimento. Lembrei-me de Hebreus 1.13-14 que diz:
“Ora, a qual dos anjos jamais disse: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés? Não são todos eles espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?”

Naquela noite aprendi um novo e profundo significado do versículo que diz:
“Mas, como está escrito: Nem olhos viram nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (1 Coríntios 2.9).

O anjo indicava-me muitos versículos que, depois de estudá-los e orar, pude entender mais dos planos que Deus tem para os seus filhos no futuro.
A Batalha itensificara-se depois do encontro com o anjo, e constatei que, a cada dia, quando pedia ao Pai pela armadura, o meu corpo se fortalecia e eu não sofria mais fisicamente como resultado das lutas com os demônios.
Nesse estágio da batalha, eu não mais me importava com bens materiais ou quaisquer das atividades sociais que estava acostumada a freqüentar. Sentia-me cada vez mais diferente das pessoas ao meu redor. Não podia compartilhar as minhas experiências com mais ninguém, exceto, com o pastor Pat. Não conhecia ninguém mais que pudesse entendê-las. Preocupei-me de que não estivesse no juízo perfeito, e coloquei diante do Pai, em oração, todas as minhas dúvidas e temores. Sabia que nunca seria esperta o suficiente para detectar e desmascarar os enganos de Satanás. Era necessário que eu confiasse inteiramente no Senhor e que Ele iria me guardar de cair nas armadilhas do inimigo. No preciso momento, o Senhor instruiu-me para ler a primeira epístola de Pedro. Devo admitir que fiquei um tanto desapontada ao constatar o pouco que aquela leitura poderia me ajudar. Entretanto, em obediência, fiz exatamente o que Ele me pedira, mas, à proporção que lia, comecei a ter um novo entendimento desses preciosos versos:
“... aos eleitos que são forasteiros da Dispersão...” (I Pedro 1.1).
“Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois,...” (I Pedro 2.11).

E, o Senhor despertou-me a atenção para outros versos:
“Bendito seja o Senhor, rocha minha, que me adestra as mãos para a batalha, e os dedos para a guerra; minha misericórdia e fortaleza minha, meu alto refúgio e meu libertador, meu escudo e aquele em quem confio, e quem me submete o meu povo.” (Salmos 144.1-2).
“Porque a nossa leve e momentânea tributação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas cousas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” (II Coríntios 4.17-18).

Há um preço a ser pago quando fixamos nossos olhos e atenção no que não se pode ver. Somos para o mundo como alienígenas e estrangeiros. Na realidade, não temos um lar aqui na terra, nosso lar será quando Jesus voltar e nos levar para morar com Ele.
Comecei a me preocupar intensamente com Elaine, à medida em que o tempo passava, porque os demônios estavam destruindo-lhe o corpo. Sempre que perguntava ao Pai quanto tempo duraria aquela situação, Ele respondia: “Até que vocês tenham aprendido o bastante.” Finalmente, chegou o dia em que Ele me disse para chamar o pastor Pat para a libertação completa dela. Assim, eu o fiz. Contudo, não falei nada a ela, sabia que se o fizesse os demônios no corpo dela ouviriam e tentariam atrapalhar-nos.
Aproximando-se o dia marcado, os demônios e espíritos das bruxas e bruxos das vizinhanças tornaram-se mais e mais problemáticos para nós. Como não podíamos vê-los e não tendo quaisquer avisos dos ataques, éramos constantemente surpreendidas. Atiravam-nos pela sala. Jogavam em nós a mobília e outros objetos e ficávamos feridas da cabeça aos pés por seres que não podíamos ver.
Na última noite, antes da libertação final de Elaine, estávamos exaustas. Tremendamente preocupada, porque Elaine estava muito debilitada. Tentávamos dormir, mas continuamente éramos retiradas da cama e jogadas contra a parede. Podia se sentir no espírito a crescente presença do maligno dentro da casa. Inclusive o próprio ar era difícil de se respirar por estar tão pesado.
Tarde da noite, estava à beira da cama de Elaine, embalando-a em meus braços, e, desesperadamente eu tentava protegê-la, fazendo do meu próprio corpo um escudo para guardá-la dos ataques. Ela estava tão fraca, que não tinha forças para tentar resisti-los, e, com lágrimas rolando pelo meu rosto, clamei ao Senhor por socorro.
“Fuja!” Foi a palavra que ecoou em meu espírito e em minha alma. “Fuja”. O Senhor me fez lembrar de Mateus capítulo 2, onde José recebera instrução pelo anjo do Senhor para fugir com Maria e o menino Jesus, no meio da noite, para o Egito. Sabia que deveria tomar Elaine e fugir ou do contrário poderíamos ser mortas.
Pedi ao Senhor para que nos cercasse, a fim de que os demônios e os espíritos humanos não nos vissem saindo. Imediatamente, os meus olhos espirituais foram abertos e pude ver que estávamos rodeadas por anjos guerreiros. Elaine estava quase consciente, mas incapaz de andar. Eu não era muito mais forte do que ela, mas sabia que deveria obedecer ao comando. Ao tentar sair com ela nos braços, tropecei. Quando comecei a cair devido o peso dela, ouvi um estalo de uma ordem vinda de um dos anjos e, logo a seguir, dois deles levantaram-nos. Eles praticamente nos levaram até o carro. Puseram-na no banco de passageiros e arrumaram o cinto de segurança e, cuidadosamente, fecharam e trancaram a porta. Já a esta altura, ela estava completamente inconsciente.
Quando comecei a dirigir, não estava certa para onde iria. Era uma noite linda, e tanto as estrelas como a lua, cintilavam no céu. Enquanto estava na estrada, o Senhor me permitiu ver o que estava acontecendo na minha casa. Os demônios e os espíritos humanos freneticamente procuravam por nós tanto dentro dela como no jardim. Louvei ao Senhor pela bondade e misericórdia d’Ele para conosco. Satanás e seus servos não faziam a menor idéia de onde estávamos. Assim, o Senhor instruiu-me para ir à casa de meu irmão. Chegamos às três da madrugada e passamos o resto da noite lá.
Na manhã seguinte, faltando cerca de meia milha para chegarmos, ela virou-se para mim perguntando:
“Rebecca, até agora você não me disse onde estamos indo, agora, por favor seja honesta e diga-me o que está acontecendo!”
“Bem estamos, indo para a igreja. Hoje é o dia que o Senhor escolheu para a sua libertação total.”
“Grande!” Foi a única palavra que ela disse tentando sair do carro. Imediatamente os demônios se manifestaram. Estavam furiosos e praguejavam. Fui grata por ter obedecido a Deus e cuidadosamente atado o cinto à ela e trancado a porta. De outra maneira eles poderiam ter atirado Elaine para fora. Desse modo enquanto virei a esquina que dava para a igreja eles começaram a lutar para escapar. Entretanto, o Senhor já tinha tudo muito bem planejado. Assim que freei o carro e voltei-me para ajudá-la, minha amiga Judy, que estava lá para ajudar-nos, caminhou rapidamente para a porta aberta do lado de Elaine e com a Bíblia aberta disse:
“Ouçam a mensagem que o Senhor deu-nos hoje.”
“Render-te-ei graças, Senhor, de todo o meu coração, na presença dos poderosos te cantarei louvores. Prostrar-me-ei para o teu santo templo, e louvarei o teu nome, por causa da tua misericórdia e da tua verdade, pois engrandeceste acima de tudo o teu nome e a tua palavra. No dia em que clamei, tu me acudiste, e alentaste a força de minha alma. Render-te-ão graças, ó Senhor, todos os reis da terra, quando ouvirem as palavras da tua boca, e cantarão os caminhos do Senhor, pois grande é a glória do Senhor. O Senhor é excelso, contudo atenta para os humildes; os soberbos ele os conhece de longe. Se ando em meio a tributação, tu me refazes a vida; estendes a mão contra a ira dos meus inimigos; a tua destra me salva. O que a mim me concerne o Senhor levará a bom termo; a tua misericórdia, ó Senhor, dura para sempre; não desampares as obras das tuas mãos.” (Salmo 138).

Assim que Judy terminou de ler esses versos, os demônios em Elaine aquietaram-se, ficando sob controle. Desse modo, fomos capazes de retirá-la do carro. Quando atravessamos a porta da igreja eles começaram a lutar, freneticamente, outra vez. E novamente o Senhor já tinha tudo sob controle. O pastor Pat e o pastor assistente encontrou-nos à porta da igreja. Cada um segurou um dos braços de Elaine.
“Posso ver que os demônios que temos aqui, estão muito infelizes.” Exclamou pastor Pat. “Agora, demônios, calem-se e fiquem quietos. Nós os amarramos no nome de Jesus!” Duvido que Judy e eu fôssemos fortes o bastante para segurá-la, se o Senhor não tivesse enviado aqueles dois homens para nos ajudar. Conseguimos levá-la para o gabinete pastoral, e assim que entramos, os cinco, a porta foi fechada e começou uma batalha que duraria pelas próximas dez horas. Os demônios pareciam animais selvagens enjaulados e lutavam desesperadamente porque sabiam que a hora final chegara, mas não tiveram a mínima chance porque o poder e a presença de Deus tomara por completo e de uma forma marcante aquele lugar. Este dia estará sempre em minha mente, como uma das mais lindas experiências porque passei. O Senhor estava no controle total, e usava-nos um após o outro. Não fôramos capazes de libertar Elaine, totalmente antes, porque não sabíamos que portas deveriam estar fechadas. Naquela noite, o Senhor mostrou-nos uma a uma.
Estando possessa do jeito que estava, os demônios em Elaine deveriam ser descobertos e expelidos. A seguir, faço uma lista das portas que devem ser fechadas, respectivamente. O Senhor revelou-nos que em muitos casos, é mais fácil e mais eficiente libertar uma pessoa pelas áreas do que especificar os demônios. Dessa maneira, aquele que ministra a libertação, controla os demônios, ao invés de esperar qual deles irá se manifestar. O líder ou o “cabeça”, sobre a área em questão, é expelido ao mesmo tempo, juntamente com seus subordinados. Inúmeros são os demônios, que se tentarmos expeli-los um a um, isso levará muito tempo e os envolvidos poderiam tornar-se extremamente cansados e desencorajados. A propósito, o demônio “Legion” (Legião) deve ter mais de quatro mil subordinados que o acompanham. O Senhor Jesus deu-nos o exemplo, ao expulsá-los, todos, de uma só vez, no capítulo 8 de Lucas.
1) Na maioria das pessoas que se envolveram profundamente no satanismo, existe uma porta para o próprio Satanás. Esta porta que é muito íntima, é aberta por um demônio poderoso que refere a si mesmo como sendo “o filho de Satã”.
(Observação: este título poderá mudar de acordo com a área geográfica e os nomes específicos desses demônios também mudam. Eles são numerosos para colocarmos seus nomes em uma lista. Especificar o demônio pela função que o mesmo exerce, será suficiente para exercer autoridade sobre ele). É por esta porta que o próprio Satanás entra em uma pessoa, fala e age através dela.
2) A área seguinte é a do espírito humano. Existe um demônio poderoso, freqüentemente chamado de “Guiding spirit” (Guia). Ele controla todo o espírito da pessoa. Dependendo da área ele pode receber diferentes títulos.
No caso de Elaine o “guia” era Mann-Chan. Assim, são três as áreas no espírito que são controladas, cada uma por um demônio líder, tendo muitos outros sob o seu comando. São elas:
Consciência - A capacidade de discernir o que é certo ou errado.
Intuição - A capacidade para discernir o Senhor e sentir a Sua presença.
Adoração - É através dela que adoramos ao Senhor “em espírito” como está em João 4.23 “Mas vem a hora, ejá chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade.”
3) A alma possui muitas áreas. O demônio líder atua sobre a alma como um todo, denomina-se a si mesmo como sendo “demônio do poder”. Discutiremos a respeito deles no capítulo 14 no tópico da alma. São seis as áreas na alma, e as três primeiras dizem respeito ao controle do espírito.
Consciente
Subconsciente
inconsciente
E, as outras três são:
Vontade
Mente
Emoções
Aí, novamente, sobre cada uma, atua um demônio com seus subordina
4) Por último, temos o corpo físico. O demônio que atua sobre ele, é, normalmente, um “demônio da morte”. Podemos citar Yaagog. Eles são poderosos, capazes de levar a pessoa à morte, em um curto espaço de tempo, se não forem impedidos pelo Senhor. As áreas no corpo são:
O cérebro - Principal órgão com o restante do corpo.
A sexual - O demônio líder que atua nessa área abre a porta que dá a Satã o direito legal de manter relações sexuais com a pessoa da mesma forma que outros demônios também.

São muitas as passagens que citam e confirmam as áreas mencionadas. Só que o tempo e o espaço não me permite citar todas elas. A mais importante para nós é:
“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Tessalonicenses 5.23).

Se você desejar saber mais sobre essas áreas, recomendo que leia o livro “The Spiritual Man” (O Homem Espiritual) de Watchmann Nee. Ele dá excelentes explicações acompanhadas de citações bíblicas.
O pastor assistente, nunca experimentara uma sessão de libertação, e não sabia nada a respeito até, pelo menos, uma hora ou mais antes de tudo começar. Foi até engraçado, quando paramos para um pequeno intervalo, e ele fez o seguinte comentário:
“Vocês sabiam que tudo isso, de alguma maneira serviu para esclarecer alguns fatos?” Com estas palavras, ele começou a descrever a experiência que tivera na noite passada. “Era tarde da noite, quando, assentado em meu gabinete pastoral, lia. Repentinamente o Espírito Santo puxou-me o livro das mãos e atirou-o pelo ar. Após fazê-lo disse-me para pegar uma garrafa de óleo e ir para o gabinete do pastor Pat. Naquele instante, eu era a única pessoa na igreja. Então, o Espírito Santo instruiu-me a fechar e trancar as portas, queria que eu as ungisse, assim como marcos, vergaduras, e da mesma maneira, as janelas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, pedindo ao Senhor para selar aquela sala. Eu o fiz, mesmo não entendendo o porquê. Assim, a sala ficou fechada e selada até entrarmos essa manhã.”

Todos nós louvamos ao Senhor pela provisão. A unção do lugar era para proteger-nos de quaisquer interferências durante a libertação de Elaine.
No mais, a batalha durou cerca de dez horas. Louvamos a regozijamos quando ela chegou ao fim. Novamente, o Senhor se mantivera fiel à Sua Palavra, libertando os cativos. Daquele dia em diante, Elaine ficou livre dos demônios, nunca seremos capazes de louvar suficiente e agradecer ao Senhor pela sua maravilhosa libertação.