CAPÍTULO 12 - REIVINDICANDO OS SEGUIDORES DE JEZABEL
NÃO HAVIA OUTRA COISA A FAZER, a não ser voltar para o que
sabia fazer - pescar. Durante três anos, Pedro tinha ministrado ao lado de
Jesus. Tinha sido incluído em seu círculo mais íntimo de discípulos e estado
com Ele no "monte da transfiguração". No final, porém, Pedro negou o
Senhor no momento em que Ele mais precisava de apoio.
Apesar de ter ficado maravilhado ao ver Jesus depois da
ressurreição, Pedro sentia-se envergonhado por causa de o haver negado. Jesus
sabia que ele tinha se arrependido. Mesmo assim, Pedro precisava de
encorajamento para abraçar seu chamado. Depois que terminaram de comer na
praia, Jesus fez uma série de perguntas a Pedro, com a intenção de curar seu
espírito e restaurá-lo (Jo 21.15-17).
De forma similar,
indivíduos que são libertos do espírito de Jezabel precisam ser restaurados.
Precisam ser lembrados de que, se confessarmos os nossos pecados, o Senhor é
fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça
(1 Jo 1.9). Que pecado podia ser pior do que Pedro negar Jesus naquele momento
tão crucial de sua vida? Apesar de sentir a dor de ter sido traído por um dos
seus amigos mais íntimos, Jesus o perdoou.
Nenhuma ferida é mais dolorosa do que aquelas que sofremos
nas mãos dos nossos amigos, especialmente aqueles a quem seguimos. Essas
feridas precisam ser tocadas pelo Senhor, a fim de que Ele traga cura e
restauração. Não faz diferença se você é pastor ou membro de igreja. Todas as
feridas causadas pelo espírito de Jezabel precisam ser curadas.
Jesus ungiu sua Igreja para realizar a obra do seu Reino
-curar os quebrantados de coração e libertar aqueles que estão cativos nas mãos
do inimigo (Is 61.1). A verdadeira cura ocorre quando as seguintes áreas são
tratadas:
DEMOLIÇÃO DE FORTALEZAS
Ministrar aos seguidores de Jezabel envolve demolir as
fortalezas mentais. Em seu livro Healing the nations [Curando as nações], John
Sandford define uma fortaleza mental como a forma prática de pensar que se
torna arraigada e automática. Ela tem vida e vontade própria. Fortalezas são
áreas da mente onde somos mantidos cativos, fazendo com que nossa percepção
fique totalmente distorcida. Por exemplo, certa vez tive uma discussão tola com
minha esposa sobre a cor das flores que víamos ao lado de uma estrada. Eu
achava que as flores eram amarelas. Minha esposa achava que as flores eram
brancas. Eu "sabia" que estava certo, por causa da minha percepção.
Eu não conseguia entender por que ela insistia em que as flores eram brancas.
Somente quando retirei meus óculos escuros, percebi que ela estava certa! As
flores eram realmente brancas. As lentes escuras tinham distorcido minha
percepção, fazendo com que as flores parecessem amarelas. Eu achava que estava
certo e, por isso, respondi rispidamente e com convicção aos argumentos de
minha esposa. No entanto, algo tinha distorcido minha visão da realidade. Este
exemplo ilustra como as fortalezas podem distorcer nossa percepção de uma
situação. Podemos interpretar os acontecimentos por meio de lentes manchadas e
distorcidas pelas nossas feridas.
Quando você caminha em direção da cura, precisa tomar uma
posição firme e pessoal. Pode ser um choque ter de enfrentar a realidade e
abandonar as ilusões. Precisamos da graça de Deus para abrirmos a porta para a
autodescoberta e o autoconhecimento. Quando abrimos nosso coração para a
verdade sobre nós mesmos, inicia-se a jornada da cura.
As áreas apresentadas abaixo podem ter facilitado o acesso
do inimigo em nossa vida e alimentado a compulsão de seguirmos alguém com o
espírito de Jezabel.
1. DEPENDÊNCIA EMOCIONAL
Pessoas que seguem alguém com o espírito de Jezabel tendem a
ser emocionalmente dependentes. Têm uma grande compulsão interior de estarem
conectadas a alguém ou ter um relacionamento especial com uma pessoa em
particular que possa curar sua autoestima ferida. Embora seja normal
precisarmos de outras pessoas, indivíduos exageradamente dependentes sentem que
necessitam de outrem todo o tempo, temendo o abandono físico ou emocional. Em
vez de desenvolverem intimidade saudável, buscam se enredar e se fundir. A
tentativa de preencher a solidão, o vazio e a falta de amor-próprio os impele a
relacionamentos abusivos de profunda dependência.
Deus colocou no íntimo de cada ser humano um clamor do
coração. Ele nos criou para desenvolvermos relacionamentos e buscarmos a
comunhão. No entanto, quando não permitimos que nosso Pai celestial preencha
essa necessidade íntima, nossa identidade se torna como a de um órfão. Ficamos
vagando, buscando desesperadamente alguém que nos adote e supra nossa carência.
Para essas almas feridas, Deus tem o bálsamo da cura. Ele
gentilmente nos chama e nos atrai para o único lugar onde nossa sede pode ser
satisfeita. Nossos anseios só podem encontrar real satisfação no Deus Pai.
Então, quando o Espírito Santo testifica que Deus é nosso Pai, Ele também
afirma que somos seus filhos (Rm 8.16). Recebemos um espírito de adoção, pelo
qual somos capazes de clamar "Aba, Pai"! Reconhecer Deus como Pai
significa amá-lo e aceitar sua autoridade. Nossa dependência então recai sobre
Ele, e não sobre outras pessoas.
2. ATITUDE DE MEDO
Geralmente o medo começa com uma imaginação profana. Nossos
processos mentais começam a focalizar coisas que potencialmente podem nos
causar dano. Então um espírito de medo começa a criar raízes em nossa alma.
Muitas vezes, aqueles que seguem o espírito de Jezabel têm
um histórico de escravidão ao medo de serem negligenciados, rejeitados,
punidos, medo de solidão e, talvez, de não fazer a vontade de Deus. Esses medos
surgem a partir de experiências passadas e são aplicados às circunstâncias
atuais.
O espírito de medo é sinal do espírito de escravidão. Ele
leva o indivíduo a ser subserviente ao controle de outros. Aqueles que seguem o
espírito de Jezabel têm um medo recorrente de serem novamente enganados. São
tentados a encarar a autoridade como tirânica.
Todo o medo de ser dominado ou
controlado deve ser depositado aos pés da cruz de Cristo. Medos recentes, bem
como aqueles que têm raízes na infância, devem ser considerados mortos na cruz
(Rm 6.11), a fim de que a nova vida comece (2 Co 5.17). Morrer para esses
temores nos libera para nos relacionarmos com outras pessoas sem medo.Para
começar nossa cura, temos de pedir a Deus que nos mostre as circunstâncias que
abriram nossa alma ao medo. Pela fé, temos de lançar fora o que a Bíblia chama
de "imaginação vã". Pela fé, precisamos nos purificar do medo e pedir
ao cristão que esteja livre do medo que se alie a nós em concordância. Também
precisamos pedir a Deus que nos encha com amor, poder e pensamento saudável,
porque seu amor perfeito lança fora todo medo.
Quando nossa mente é governada pelo nosso espírito, focamos
nossa atenção nas virtudes que emanam do Senhor. Somos capazes de nos
concentrar naquilo que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, de boa
fama, em que há virtude e louvor (Fp 4.8).
3. MEDO DE TOMAR DECISÕES
Quando transferimos nossas escolhas e decisões a outras
pessoas, corremos o risco de atrofiar nosso próprio espírito. Ele perde a
habilidade de discernir o que procede de Deus. Também corremos o risco de cair
no pecado da iniqüidade (Hb 5.14).
Deus nos deu a habilidade de exercermos o livre-arbítrio - a
liberdade de fazer escolhas e tomar decisões. Sem ele, seríamos como um robô,
que só faz o que lhe ordenam. Ao nos conceder o livre-arbítrio, Deus nos dá
condições de tomarmos decisões e vivermos de acordo com elas. Portanto, quando
submetemos nossa vontade a outras pessoas, damos a elas o direito de tomar
decisões por nós. Daí, perdemos nossa habilidade de receber informações e
revelação diretamente de Deus. Ao fazer isso, tornamos o espírito de Jezabel
nosso ídolo, o qual assume o lugar de Deus.
Quando evitamos tomar decisões, nosso motivo pode estar
baseado na autocondenação e num senso de incompetência. Podemos jamais ter sido
ensinados sobre como tomar decisões responsáveis. Ou, então, nos sentir
incapazes de tomar decisões corretas. Se for este o caso, é possível que
tenhamos sido criados num ambiente de pessoas severas e críticas, onde a
punição pelos erros superava a ofensa. Era como se nunca fizéssemos nada
direito!
Portanto, evitamos tomar decisões devido ao medo de sermos
penalizados por tomar decisões erradas. Para compensar, adquirimos uma
mentalidade que antecipa o fracasso. Ficamos com medo de correr riscos. Pelo
contrário, damos ouvidos aos sussurros em nossa mente que predizem o fracasso.
Fugindo das responsabilidades, então crescemos incapazes, indiferentes,
desmotivados ou sem interesse em tomar decisões.
Para vencer o medo do fracasso, precisamos mudar nossa
maneira de pensar. Temos de aprender a visualizar o sucesso, e não o fracasso.
Quanto mais capazes nós somos, mais somos capazes de tomar boas decisões.
Lembre-se de que Deus é fiel e revela sua vontade a todo aquele que a busca com
humildade e disposição de obedecer.
4. PROFUNDO SENSO DE VERGONHA
Vergonha é o senso de se sentir fundamentalmente mau,
inadequado, derrotado, indigno ou que não se enquadra em nenhum padrão. Muitas
pessoas precisam ser curadas desse sentimento.
Em algum ponto da vida, todos nós sentimos vergonha. No
entanto, para o indivíduo que seguiu o espírito de Jezabel, a vergonha será uma
lembrança dolorosa constante. Ele duvidará de sua capacidade de ouvir a voz de
Deus, como se estivesse perpetuamente em dívida ou maculado. Pode acreditar que
Deus o rejeitou para sempre. Portanto, pode ser útil lembrar a essas pessoas
que nem tudo está perdido. Pelo contrário, ela aprendeu uma importante lição.
Muitas vezes, é quando estamos no fundo poço que descobrimos
a maravilha da graça de Deus. A graça é o oposto da vergonha. Enquanto a
vergonha traz depressão, a graça traz esperança e leveza interior.
A graça representa a bondade divina para conosco, embora não
mereçamos. Por meio da graça, podemos nos unir ao nosso amoroso Pai celestial,
que almeja derramar seu amor sobre nós. Quando aceitamos seu Filho Jesus, o
sacrifício expiatório pelo nosso pecado, Ele nos chama seus "filhos e
filhas". Quando caminhamos pela "noite escura da alma", somos
capazes de ouvir Deus sussurrando: "Eu o amo e o aceito. Os planos que
tenho para você são para o bem e não para o mal" (Jr 29.11, versão livre).
5. MEDO DE CONFIAR NOVAMENTE
Sempre que buscamos fortalecimento espiritual em outros
seres humanos, nosso coração se afasta de Deus. Permitimos que outra pessoa
seja a nossa fonte de força.
A Bíblia nos admoesta a colocar nossa confiança no Senhor
(SI 37.3; 71.5; Pv 3.5; Is 50.10). Pessoalmente, faço isso aquietando meu
coração e olhando para Deus.
Saber que pertenço a Ele me ajuda a confiar em sua vontade
para minha vida e a obedecer. Saber o que Ele deseja que eu faça, momento após
momento, é uma busca diária. Deus nos chama para viver pela fé, confiando nele.
A oração nos ajuda a esperar em Deus por sua direção, em vez de agir
impulsivamente na busca dos interesses pessoais. Quando colocamos nossa
confiança em Deus, Ele nos capacita a confiar nas autoridades espirituais que
colocou em nossa vida (1 Pe 2.13-3.6; 5.5,6).
Apegar-se a Deus é a base para reconstruir os
relacionamentos humanos. Quanto maior for nosso vínculo com Deus, maior será
nossa habilidade de criar e manter relacionamentos saudáveis com as pessoas.
Nossa coragem de confiar flui a partir de nossa conexão com Deus.
Embora tivesse contato com muitas pessoas, Jesus só abriu
seu coração para uns poucos amigos mais chegados, que estavam comprometidos com
Ele. Semelhantemente, só devemos confiar em outros indivíduos à medida que
enxergamos Jesus (não apenas uma aparência religiosa) em suas vidas (Mq
7.5-13).
6. AS CONSEQÜÊNCIAS DA INGENUIDADE
A ingenuidade pode colocar a pessoa em grande perigo. Pessoa
ingênua é pessoa simplória, ignorante, tola e que pode ser enganada e iludida
com facilidade (Pv 27.12). Assim, pessoas ingênuas são crédulas e muitas vezes
são exploradas pelo espírito de Jezabel. Pessoas controladoras e manipuladoras
instintivamente "farejam" a oportunidade de tirar vantagem delas.
A ingenuidade também pode fortalecer nossa necessidade de
endeusar outros seres humanos. Sempre que sentimos uma admiração excessiva por
outra pessoa, começamos a criar expectativas não realistas em relação a ela.
Exageramos seus pontos positivos e ficamos cegos para seus defeitos. Essa
afeição mórbida, na verdade, atrapalha, em vez de edificar a pessoa.
Em toda a Bíblia, somos encorajados a abraçar a sabedoria, o
conhecimento e o bom senso, os quais preservam nossa vida e nos guardam do mal
(Pv 2.10-13). A sabedoria e o bom senso repelirão aqueles que buscam nos
oprimir e dominar.
Nunca é tarde para aprendermos a sabedoria piedosa, o
bom-senso e o discernimento. Não importa quantos erros já comei, mos no
passado, a misericórdia de Deus se renova a cada manhã (Lm 3.22,23). A
capacidade divina de perdoar é maior do que nossa capacidade de falhar.
7. PERDA DA ALEGRIA E DA INOCÊNCIA
A perda da alegria será evidente na vida daquele que está se
recuperando da dor de seguir o espírito de Jezabel. Sua alma ressequida tornará
difícil para ele expressar seus sentimentos. A pessoa pode começar a pender
para um sentimento tenebroso de depressão. Quando começar a acolher a graça de
Deus, sua alegria retornará, trazendo forças.
Deus nos criou para sermos cheios de alegria. O conhecimento
pessoal dele traz alegria, o que enriquece nossa vida. Descobri que a alegria é
como uma fonte da juventude. Ela previne e cura as enfermidades da alma (Pv
17.22) e nos dá vitalidade espiritual. Experimentar alegria também nos capacita
a cultivar relacionamentos humanos saudáveis (Ne 8.10).
Andar num senso profundo e adequado de alegria requer uma
inocência infantil. A inocência nos permite abraçar a fé simples que olha para
o Pai celestial amoroso para resolver todos os nossos dilemas. Com o tempo,
quando o nosso relacionamento com o Senhor vai se aprofundando, nossa
espontaneidade e inocência infantil vão sendo restauradas. Quando deixamos de
tentar controlar as outras pessoas, paramos de tentar prever o que elas farão
e, assim, redescobrimos a inocência infantil.
COMEDO DO SOBRENATURAL
As pessoas que foram feridas pelo espírito de Jezabel podem
ler medo de tudo o que se relaciona à esfera espiritual ou sobrenatural. Esse
medo surge como uma reação ao engano inicial. Assim, o indivíduo ergue um muro
de proteção em sua alma, a fim de se guardar de outro engano.
Lamentavelmente, essa reação de proteção impede que a pessoa
experimente a variedade dos dons sobrenaturais de Deus, tais como sonhos e
visões. Ela pode suspeitar de tudo o que estiver além dos seus cinco sentidos.
Pode se sentir desconfortável durante os cultos de adoração, quando a presença
de Deus se manifesta poderosamente. No entanto, essa reação só servirá para se
manter afastada de Deus. - Você já
percebeu que os dons sobrenaturais são na verdade ferramentas com as quais
atacamos as forças do inimigo? Ao rejeitar esses dons, involuntariamente nós
cooperamos com os planos dele. Revertemos o antigo adágio que diz: "Não
podemos ser feridos por aquilo que não conhecemos.”
Nossa habilidade de acolher os dons sobrenaturais se
fundamenta no conhecimento de Deus como nosso Pai celestial amoroso. Como um
Pai, Ele anseia em dar bons presentes a seus filhos. Quando Ele manifesta sua
presença sobrenatural, vemos sua glória tremenda e seu esplendor majestoso. De
fato, não há outro Deus como Ele! Assim, chegamos ao "monte Sião e à
cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e
à universal assembléia" (Hb 12.22-24).
9. ACREDITAR EM MENTIRAS
Infelizmente, muitos seguidores do espírito de Jezabel têm
sido enganados por demônios. Cegos, tornam-se incapazes de enxergar o laço
demoníaco em que estão presos. No passado, viram pessoas (inclusive pastores)
que estavam fora do seu controle serem enganadas e influenciadas por demônios.
O espírito de Jezabel se apresenta como sendo uma elite
espiritual, imune aos ataques dos demônios. Aqueles que ficam presos na rede de
engano desse espírito encaram – erroneamente - Jezabel, e não o Senhor, como a
fortaleza de proteção contra o inimigo.
Confiar em espíritos malignos - sabendo ou não que são
demoníacos - coloca o indivíduo sob a autoridade deles e sob uma falsa
proteção. Assim, ele oferece aos espíritos as chaves de sua vida. Desde que
eles exercem uma autoridade nociva, o indivíduo precisa ser liberto de tal
domínio. Se tiver aversão a essa libertação, deve pedir a Deus que remova toda
fortaleza mental que o esteja impedindo de enxergar a solução e a cura.
10. DIZER AS OUTRAS
VOZES QUE PAREM
Durante um tempo, os espíritos malignos testarão seus
ex-seguidores para ver se estão determinados. O indivíduo terá de ordenar às
vozes e dominadores em sua mente que cessem de dar ordens e de tentar
enganá-lo. Se esses espíritos sedutores retornarem, é preciso resistir a eles. A
partir do momento de entrega, não deve mais seguir nenhuma outra voz, a não ser
a voz do Senhor Jesus. Precisa acolher as palavras dele: "As minhas
ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem" (Jo 10.27).
11. REJEITAR A
INFLUÊNCIA DE JEZABEL
Não receba conselho, oração ou imposição de mãos de ninguém
que você suspeite que esteja sob o domínio do espírito de Jezabel. Pode ser
sábio se desfazer de qualquer objeto de uso pessoal - roupas, jóias, livros,
CDs de música, quadros ou fotos que tenham sido dados por essa pessoa. Esses
itens podem representar laços da alma que impedirão sua jornada para a
liberdade. Peça ao Senhor que lhe mostre se você deve destruir tais objetos (At
19.19).
12. RECONCILIAR-SE
COM PARENTES E AMIGOS
Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te
lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a
tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze
a tua oferta. — Mateus 5.23,24 Enquanto estiver operando sob a influência do
espírito de Jezabel, é fácil o indivíduo ficar cego para as feridas que inflige
a outras pessoas. No processo de libertação, deve pedir ao Senhor que o ajude a
reconhecer suas próprias ações e enxergar por meio dos olhos de outras pessoas.
Isso abrirá seus olhos para ver como a manipulação e o controle causaram dano a
elas. Perdoar não é o mesmo que desculpar o comportamento de alguém. O perdão
reconhece a ofensa e depois escolhe não exigir nada do agressor. Quando Jesus
Cristo morreu na cruz, seu sangue foi o pagamento pelos nossos pecados, de modo
que pudemos ser totalmente perdoados. Da mesma forma, quando estendemos nosso
perdão a alguém, refletimos a profundidade do perdão de Deus para conosco.
Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e
blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros
benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em
Cristo, vos perdoou. - Efésios 4.31,32 Você terá de pedir perdão aos indivíduos
que prejudicou ou feriu e aos líderes cujas igrejas ou ministérios você causou
dano.
Peça a ajuda de Deus para fazer a confissão. Diga que reconhece que suas
ações foram injustificáveis. Quando você for capaz de sentir a dor que
sentiram, terá condições de pedir humildemente o perdão.
Talvez você tenha de fazer restituição para com seus entes
queridos. Essa reconciliação promoverá restauração e maior liberação
espiritual. Como resultado, as maldições pronunciadas pelo espírito de Jezabel
ficarão anuladas e sem poder.
O processo de perdão leva tempo. Você precisará de tempo
para se recuperar e reassumir as antigas rotinas. Obrigações familiares que
foram deixadas de lado precisarão ser cumpridas, não com murmuração, mas com
uma atitude de gratidão. Essa bondade ajudará a restaurar os relacionamentos
saudáveis. Conselheiros piedosos também podem ser úteis no processo de cura.
13. CRIAR
RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS
A energia necessária para iniciar novos relacionamentos pode
ser obstruída pela letargia, a qual surge quando somos dominados por outra
pessoa. O processo de cura pode ser cansativo. Você pode se sentir exausto
física e emocionalmente. Ao mesmo tempo, precisará ser encorajado a não se
isolar das outras pessoas. Precisará ser motivado a ter disciplina e a
estabelecer limites sadios em relação aos outros. Dessa maneira, reconquistará
a vontade liderada pelo espírito.
14. APRENDER A HUMILDADE
A humildade e a obediência sempre nos levam a Deus e abrem a
porta de sua graça sobre nós. O verdadeiro arrependimento é a expressão suprema
da humildade. Sabemos que "Deus resiste ao soberbo, mas dá graça aos
humildes" (Tg 4.6). A cada dia, precisamos pedir ao Espírito Santo que nos
convença, a fim de expor tudo o que for nocivo ou perigoso em nossa vida. Então,
devemos nos aproximar do nosso Pai celestial e uns dos outros com a tristeza
segundo Deus. O verdadeiro arrependimento sempre nos liberta das cadeias.
15. CONFIAR EM JESUS
DIARIAMENTE
Quando nossa necessidade de amor não é suprida, ela cria uma
dependência exagerada de outras pessoas e a tendência de "se ligar" a
outrem. Em vez de buscar satisfação em outro ser humano limitado e indigno de
confiança, precisamos desenvolver nosso bem-estar espiritual. A cada dia,
precisamos olhar para Jesus, crendo que Ele é suficiente para suprir todas as
nossas necessidades - emocionais, físicas, espirituais e relacionais. Ele é
todo-suficiente e nele reside toda a plenitude (Jo 1.14).
Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no
teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele
endireitará as tuas veredas. — Provérbios 35,6 16.
ORAÇÃO DE
PURIFICAÇÃO
Os ex-seguidores do espírito de Jezabel precisam orar e
repetir estas palavras de arrependimento e libertação ao longo de sua jornada
para a restauração:
"Pai celeste, preciso que o teu Espírito Santo me ajude
a não pensar e viver de acordo com os meus velhos caminhos. Rejeito meus medos
de infância e as maldições sobre minha linhagem. Peço que o Senhor cancele tudo
isso, em nome de Jesus. Escolho não permitir mais que me escravizem.
"Rejeito meu medo de enfrentar a dor das amizades,
romances e outros relacionamentos passados. Renuncio a todo orgulho, a toda
amargura, bem como a todos os laços com oocultismo e com o satanismo. Rejeito o
espírito da mentira e da exaltação própria. Escolho abominar a rebelião e a
feitiçaria. Não andarei mais nesses caminhos. Pelo contrário, desejo responder
com santidade quando for colocado à prova por esses espíritos enganadores.
Peço-te que removas toda fortaleza mental e me ajude a pensar e a enxergar com
clareza.
"Escolho não dar ouvidos a outras vozes espirituais; a
ouvir apenas a tua voz. Doravante, não confiarei mais em espíritos mentirosos
nem em espíritos que me prometam proteção contra o mal. Fecho todas as portas
para Satanás. Não buscarei uma falsa defesa para me guardar do erro, da
exploração e do perigo. Pelo contrário, quero olhar somente para ti e colocar
minha confiança em ti, para me proteger do perigo de pessoas bem-intencionadas e
dos espíritos maus. Escolho a ti, Espírito Santo, para ser meu defensor.
Escolho a ti, Jesus, para ser meu Salvador.
"Senhor Jesus Cristo, perdoa meus pecados. Confesso que
não tenho vivido corretamente. Tenho magoado outras pessoas e reconheço que
isso é pecado. Confesso tudo isso a ti e escolho perdoar aqueles que me
feriram. Por meio do teu sangue, perdôo a mim mesmo assim como tu me perdoaste.
Lamento pelos meus pecados. Confesso e renuncio a todos eles, os conhecidos e
os desconhecidos. Creio que tu morreste na cruz pelos meus pecados e que,
depois, o Senhor ressuscitou e se assentou à direita de Deus Pai. Intimamente
arrependido, clamo ao Senhor por tua libertação. Peço que me libertes do laço
do passarinheiro e me protejas como um escudo. Tua verdade é o meu escudo. Sob
tuas asas, eu busco refúgio.
"Reivindico a promessa da tua Palavra: 'Eu coloquei meu
amor em ti, e por isso o Senhor me livrará; me colocará num lugar alto porque
conheço o teu nome. Eu clamarei, e o Senhor me responderá. Estarás comigo nas
dificuldades. O Senhor me livrará e me honrará'" (paráfrase do Salmo
91.14,15).
Minha oração é que aqueles que foram purificados e curados
do espírito de Jezabel e da sua influência se tornem fortes no Senhor Jesus e
sigam adiante na edificação do Reino de Deus. Que a sabedoria do Senhor aumente
grandemente em sua Igreja, e que Ele nos conceda a capacidade de ministrar
restauração uns aos outros.
Enquanto o Espírito Santo é derramado sobre os servos e as
servas do Senhor em nossos dias (At 2.18), que as profecias, sinais e
maravilhas de Deus se multipliquem e transformem nossa geração. Que venha o seu
Reino e que sua vontade seja feita na terra, como é feita no céu!