Há várias gerações, as pessoas estão
sendo levadas a pensar que o Espírito Santo não é uma pessoa. Com base em
milhares de vozes, milhões de palavras escritas e uma atitude que vem permeando
a fé cristã, fomos sendo programados para pensar que o Espírito Santo é uma
coisa e não uma pessoa.
Ouvi recentemente um estribilho de um
hino que dizia; “Dá-me mais de Ti”. E pensei – Isso não é bíblico! – Não é
possível tirar uma parte d’Ele. Ele é uma pessoa. Você não pode quebrá-lo em
pedacinhos, um braço esta semana, e uma perna na próxima. Não podemos dizer,
dá-me mais de Ti, mas justamente o oposto. Você deve chamar ao Espírito – Por
favor, tire mais de mim. – Ele não se rende a você! Nada disso. Você se entrega
a Ele.
A mensagem mais negligenciada da igreja
hoje, sem dúvida é que o Espírito Santo é real e devemos abrir espaço para Ele.
É lamentável, mas milhares de ministros
do evangelho não entendem a obra do Espírito no planeta Terra. Temo que tenham
sido programados. Desde a escola dominical até o seminário, eles foram levados
a crer que o Espírito é um membro menor da Divindade que veio no Pentecostes e
ficou flutuando nas nuvens desde então. Muitos na verdade evitam falar no Seu
nome para que as pessoas não os confundam com um desses carismáticos.
Deus queria que a igreja fosse viva e
vibrante. Pouco antes de voltar ao céu, Jesus pronunciou palavras
inesquecíveis: “Estes sinais hão de
acompanhar aqueles que crêem...” (Mc 16.17). A pergunta talvez mais complexa
que tenho a fazer como ministro é esta: Se o Espírito Santo foi enviado para
dar aos cristãos poder para viverem uma vida vitoriosa, por que tantos deles se
mostram desanimados e derrotados?
Nos tempos em que era evangelista, eu
ia a uma igreja, conduzia uma campanha, orava pelas necessidades do povo, e
voltava para casa. Eu não sabia na verdade o que estava acontecendo na vida das
pessoas. Mas agora que sou pastor, minha perspectiva mudou completamente e fico
perturbado com o que vejo.
Compreendo agora que um número
infinitamente maior de pessoas têm grandes problemas, os quais eu jamais
sonhei. O fato de tantos crentes estarem desanimados, abatidos e à beira da
falência espiritual é quase inconcebível. Vejo repetidamente probleminhas se
insinuarem na vida das pessoas e de repente surgirem como verdadeiros gigantes
ou montanhas enormes.
– Deus Pai, – pergunto, - onde está a
vitória? Onde está a alegria? Na semana passada nossa congregação experimentou
um grande derramamento do Espírito na noite de domingo. Quando eu ministrava ao
povo, senti uma unção pouco usual. No caminho para minha casa eu me coloquei a
gritar – Aleluia! – Eu disse à minha mulher, – Suzanne, que culto maravilhoso!
Não é esplêndido o que Deus está fazendo aqui? – Mas no momento em que entramos
em casa o telefone tocou. Durante os trinta minutos seguintes ouvi a história
de um homem que participara daquele mesmo culto. Ele chorou muito, enquanto me
dizia – Não sei mais o que fazer.
Isso acontece muitas e muitas vezes.
O que está errado? Por que a primeira
igreja teve tanto poder e nós temos tão pouco? Com uma palavra eles expulsavam
demônios, e nós parecemos tão temerosos e alarmados. Basta mencionar demônios e
os cristãos saem correndo. Muitos pastores não querem nem falar neles, como se
ignorar o tópico pudesse expulsá-los.
É difícil entender. Em vez de pregar
para as pessoas que elas podem libertar-se, muitos ministros mantêm silêncio,
mantendo-as algemadas. Em lugar de obedecer às palavras de Cristo: “Expelirão demônios” (Mc 16.17), eles
dizem que o que está realmente acontecendo não existe – que não passa de
imaginação. E o povo murmura: – Senhor, não encontro uma resposta. Não consigo
encontrar ajuda!
É de admirar que alguns adeptos do
ocultismo tenham mais poder que certos cristãos? Devemos surpreender-nos quando
os seguidores de Satanás demonstram mais do mundo sobrenatural do que muitos
seguidores de Cristo? Como isso é possível? Se Deus é onipotente e Satanás tem
uma fração mínima do poder, como um discípulo do diabo pode operar com qualquer
autoridade?
Tudo na verdade muito simples. A pessoa
que usa cem por cento de uma pequena fração tem mais poder do que alguém que
pode extrair a energia do universo, mas nem sequer tenta. Fico profundamente
perturbado quando penso sobre o fato de um pecador receber mais de Satanás do
que um crente que nada pede a Deus recebe.
Está na hora de você começar a exercer
o poder do Todo poderoso. Você precisa saber que Deus é maior do que qualquer
demônio e que uma só palavra de Jesus destrói o diabo. Um só dos Seus anjos
pode prender a Satanás no abismo (Ap 20. 1-3). Deus não é fraco - o seu povo é.
Esta é a única conclusão a que consegui
chegar. A razão da igreja e tantos de seus membros estarem tão desanimados é
que ela ignorou a pessoa mais poderosa do universo – O Espírito Santo. Eu
repito: “Não por força nem por poder, mas
pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6). As palavras
seguintes são também emocionantes: “Quem
és tu, ó grande monte?... serás uma campina” (v. 7).
Você precisa mais do que um trator para
nivelar a enorme pilha de pedras à sua frente. É uma montanha gigantesca de
futilidade e medo. A escavação que precisa fazer, só será possível através do
poder dinâmico do Espírito Santo.
Através de Sua palavra, Deus dá uma
receita para quebrar o jugo da escravidão. Ele sabe exatamente o que é
necessário para levantar o seu pesado fardo. Isso é chamado de unção: “Acontecerá naquele dia, que o peso será
tirado do teu ombro, e o seu jugo do teu pescoço, jugo que será despedaço por
causa da gordura” (Is 10.27).
Da mesma forma que removeu o fardo de
Israel, Deus removerá igualmente o seu.
Foi o traiçoeiro Satanás que colocou o
jugo pesado sobre você. Mas Jesus, que declarou que o cativeiro seria destruído,
disse: “Porque o meu jugo é suave e o meu
fardo é leve” (Mt 11.30).
O jugo apertado pode ser quebrado pelo
Espírito. Mas não por apenas um momento, não se trata de uma solução
temporária. Ele permanece com você, continuando a levantar o fardo e a guiá-lo
por um caminho completamente novo. O apóstolo João, falando do Espírito,
escreveu: “Quanto a vós outros, a unção
que d’Ele recebeste permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém
vos ensine, como a Sua unção vos ensina a respeito de todas as cousas, e é
verdadeira, e não falsa, permanecei n’Ele, como também ela vos ensinou” (1 Jo
2.27).
Não é preciso ser doutor para perceber
quem tem e quem não tem a unção. Até um pecador não regenerado, girando o botão
do aparelho de TV na manhã de domingo, durante o programa religioso, conhece o
toque do Espírito quando o vê. Ele o reconhece; como um diamante, ele é muito
raro.
Não há nada mais trágico do que as
pessoas que não têm a unção e tentam produzi-la. Eles tentam forçá-la, mas o
toque do Senhor não se acha ali. Quantas vezes você viaja para ouvir um grande
orador ou professor bíblico e acaba descobrindo que a pessoa não passa de uma
concha vazia; que não há nada dentro dela senão conhecimento. Cheia de fatos e
informação, mas absolutamente sem vida. Elas andam e falam, mas suas palavras
são mortas.
Jamais esquecerei o ocorrido numa
conferência que assisti na costa oeste. Numa sessão à tarde, foi apresentado um
jovem cantor. Com uma voz muito bem treinada, ele cantou “O Rei está chegando!”
Todos gostaram e aplaudiram muito ao terminar.
Não sei o que aconteceu, mas na sessão
noturna, uma senhora cantou exatamente a mesma música. Ela não parecia uma
cantora, sua voz era um tanto anasalada e desafinada às vezes. Mas ela tinha
alguma coisa que supria todas essas deficiências. Quando chegou à segunda
estrofe, as pessoas estavam de pé, com as mãos levantadas para o céu.
O poder naquele lugar era eletrizante e
não se interrompeu quando ela terminou de cantar. Nós louvamos repetidamente ao
Senhor. Depois começamos a aplaudir durante muito tempo. Mas não estávamos
ovacionando a cantora e sim, aplaudindo o Doador da música.
O que fez a diferença? Meu amigo, foi a
unção. Foi o poder do Espírito na vida daquela mulher. Durante meu ministério
no Canadá, nosso grupo foi um dos patrocinadores de uma cruzada de Billy
Graham. Os preparativos para os encontros foram organizados até os últimos
detalhes e os cultos propriamente ditos foram “mansos”, comparados aos que eu
estava acostumado. Quando Graham começou a falar, porém, havia um toque
indiscutível do Espírito em sua mensagem. O conteúdo era Cristo, mas eu senti
estar na presença de um homem que tinha comunhão pessoal profunda como
Espírito.
Palavras que surpreenderam a Sinagoga
Desde a criação, as pessoas ficaram
fascinadas pela unção. Ela tem sido
objeto de admiração, tem sido manifestada e até imitada. Mas a verdadeira unção
sempre foi e continua sendo uma função de Deus Espírito Santo.
Qual o seu propósito? A fim de que você
possa proclamar a mensagem com poder.
“O Espírito do Senhor está sobre mim; porque o
Senhor me ungiu; para pregar boas novas aos quebrantados: Enviou-me a curar os
quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e por em liberdade
os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor ...” (Is 61. 1-2).
Mas essas não são apenas palavras de um
profeta do Antigo Testamento. Jesus citou-as para uma audiência atônita na
sinagoga de Nazaré (Lc 4.18-19).
Não se esqueça que para compreender o
Espírito Santo você deve saber que Ele é Deus. Essa descrição pode parecer
estranha para você, mas ela é tão básica quanto a própria palavra. E tem o
poder de criação. Você lembra das palavras no livro de Jó? “O Espírito de Deus me fez; e o sopro do Todo Poderoso me dá vida” (Jó
33.4).
Enquanto Deus Pai estava no céu no
trono da glória, dizendo: “Façamos o
homem”, o Espírito Santo fazia a sua obra na terra. O segundo versículo
declara que na criação “o Espírito de
Deus pairava por sobre as águas” (Gn 1.2). Ao falar das criaturas na terra,
o salmista escreveu: “Envias o teu
Espírito, eles são criados, e assim renovas a face da terra” (Sl 104.30).
Se você quer que a unção do Espírito se
torne evidente em sua vida, tudo começa com a compreensão de que Ele é, e como
você pode entrar em comunhão com Ele. O Espírito Santo não foi enviado apenas
para fazer você sentir-se bem. Ele fará certamente isso, mas é muito mais que
isso. Ele tem uma posição de igualdade na Divindade e merece nossa adoração
tanto quanto Deus Pai e Deus Filho. Esse é, no entanto, apenas o início. O seu
crescimento espiritual não difere de um carvalho gigante. Ele precisa se
alimentado e nutrido.
Um homem falou-me recentemente: –
Benny, quero agradecer por ter-me apresentado ao Espírito Santo em 1978.
Respondi: – Que bom. O que vem
acontecendo desde então?
Sua expressão não mudou quando
respondeu: - na verdade nada. Só me lembro como foi quando o conheci. – Por que
você acha que não aconteceu nada? – perguntei.
Não vou esquecer a sua resposta: – Acho
que eu não sabia o que fazer. Eu talvez tenha esperado que toda a pessoa
apresentada ao Espírito reagisse ao Espírito como eu reagi. Eu literalmente
isolei-me com a palavra e o Espírito e absorvi o que Ele tinha a oferecer como
uma esponja. Levou tempo, centenas e centenas de horas com o precioso Espírito
Santo.
Compreendo que para muitas pessoas é
quase impossível encontrar tempo para examinar atentamente as escrituras. Mas,
ao ler este livro, você está recebendo de maneira resumida o que levou anos para
o Espírito compartilhar comigo. Existe, porém, algo que não posso fazer por
você. Não posso brandir uma vara espiritual sobre a sua cabeça e ungi-lo.
Isso só vem através de um encontro
pessoal, profundamente privado com o Espírito. E continua e cresce com uma
amizade e comunhão que só você pode estabelecer.
O seu crescimento no Espírito começará
no momento em que entender que o Espírito de Deus é verdadeiramente Deus. Não
posso repetir demais essa idéia, pois o quadro mental de uma personalidade
fraca foi plantada em nossa psique desde a infância.
“O Espírito Santo é um servo do Corpo
de Cristo”. Esse é o tipo de erro de que falo. Ele não é um servo. É o
encarregado. É o líder do Corpo de Cristo.
Quero contar-lhe algo que vim a saber.
O Espírito Santo não é apenas Deus, Ele é também o Pai do Senhor Jesus Cristo.
Antes que você diga: - Espere aí! O que é isso? – Permita que lhe indique a
palavra.
Você diz: - Pensei que Deus Pai era o
Pai de Jesus – Você está certo, mas também errado. Vou mostrar-lhe a razão. No
primeiro capítulo dos evangelhos, aprendemos que o Espírito Santo é o Pai do
Senhor. “Ora, o nascimento de Jesus
Cristo foi assim: Estando Maria, Sua mãe, desposada com José, sem que tivessem
coabitado antes, achou-se grávida do Espírito Santo” (Mt 1.18).
Até Maria ficou preocupada. Ela disse
ao anjo, “Como será isto, pois não tenho
relação com homem algum?” E o anjo respondeu, dizendo: “Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá
com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer, será chamado
Filho de Deus” (Lc 1.34-35). Isso é tudo. Ele é chamado Filho de Deus, mas
foi o Espírito Santo que desceu sobre a mãe de Cristo. Essa a intimidade da
Trindade – o filho de Deus Pai e o filho do Deus Espírito Santo em um só.
Os atributos de Jesus também lhe foram
dados pelo Espírito. Ao falar do Cristo que viria, Isaías escreveu:
“Do trono de Jessé sairá um rebento e das suas
raízes um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito da sabedoria e do entendimento, o Espírito de
conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is
11.1-2).
Jesus Cristo é o filho do Espírito. Da
mesma forma que os pais terrenos amam seus filhos recém nascidos, o Espírito
Santo amou ao Senhor. Você já viu um pai orgulhoso carregar seu filho nos
braços, apertá-lo e mostrar o seu amor? Acho que nos esquecemos que o Espírito
Santo tem emoções também. Ele ama o que criou; essa a razão de querer colocar os
seus braços ao redor de você.
Pode imaginar Deus Pai no céu, dizendo
ao Espírito: – Tome meu filho e o encarne?
– Foi o milagre dos milagres. O
Espírito Santo tomou essa semente e a plantou no corpo de Maria. Mas Ele não
foi somente o Pai do Senhor, foi também aquele que ungiu.
Imagine, se quiser, Deus Pai sentado em
seu trono no céu e Jesus na terra curando doentes e realizando milagres . E o
Espírito Santo?
Ele é o canal, o contato entre ambas as
personalidades. O Pai pega agora o telefone (como se Ele precisasse de um) e
diz: - Espírito Santo?
Sim Senhor – diz o Espírito, pegando o
aparelho. Deus fala: – Quero que leve Jesus ao deserto, porque vou enviar o
diabo para testá-lo.
O Espírito responde: – Sim, Senhor – e
se apressa ao encontro de Cristo. – Jesus, venha comigo – diz Ele.
Esta vendo como o Espírito Santo é o
contato entre as duas personalidades?
Ou imagine isto: Jesus está passando
por um homem muito doente. O Pai pega de novo o telefone e diz: - Espírito
Santo? Faça Jesus parar! Diga-lhe para ficar onde está.
O Espírito diz – Está bem. - Jesus,
pare!
Ele fala ao telefone: - Pai, o que Ele
deve fazer? - Diga-lhe para curar esse
homem – responde a voz de Deus.
Jesus imediatamente impõe as mãos sobre
o homem, com o poder do Espírito fluindo através d’Ele, e o homem é
milagrosamente curado.
O ponto vital para você compreender é
este – e, quando entender, o véu que está sobre os seus olhos no que se refere
ao papel do Espírito Santo será levantado.
Jesus era completamente homem. Ele não
tinha “conhecimento revelador” sem a voz do Espírito e não podia mover-se a não
ser que o Espírito Santo o movesse.
Você já se perguntou por que alguns não
foram curados quando Jesus passou por eles? Por que não orou a favor deles? Por
que não estendeu as mãos e os tocou? Foi porque o Pai não solicitou ao Espírito
Santo para pedir a Jesus que fizesse isso. Cristo disse “para que o mundo saiba que eu amo ao Pai e que faço como o Pai me
ordenou” (Jô 14.31)
Jesus dependia do Espírito. Ele era a
corda de salvação entre Jesus e o Pai.
Mesmo antes de enfrentar o Gólgota, Ele
se ofereceu ao Pai através do Espírito Santo.
Ao comparar o sangue de Cristo ao sacrifício de animais, o livro de
Hebreus diz:
“Muito mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito
eterno a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência
de obras mortas para servimos ao Deus vivo” (Hb 9.14).
Se Ele não tivesse se oferecido
mediante o Espírito Santo, não seria aceito aos olhos de Deus Pai. Nem teria suportado
os sofrimentos da cruz. Se não tivesse se apresentado através do Espírito
Santo, seu sangue não teria permanecido puro e sem mácula.
Quero acrescentar: Se o Espírito Santo
não estivesse com Jesus, Ele talvez tivesse pecado. É isso mesmo. O Espírito
Santo foi o poder que o manteve puro. Ele não foi só enviado pelo céu, mas foi
chamado de Filho do homem - e como tal podia operar. O fato de não ter pecado
não significa que não podia fazê-lo.
Se você acredita que Jesus não podia
pecar, então por que Satanás perderia tempo em tentá-lo? O diabo sabia o que
estava fazendo. Sem o Espírito Santo, Jesus talvez não cumprisse o seu
propósito.
Jesus na verdade se ofereceu através do
Espírito Santo para permanecer sem pecado.
Ele dependeu do Espírito Santo até para
ressuscitá-lo. Lembra-se do que Paulo disse?
Cristo foi “poderosamente demonstrado Filho de Deus, segundo o espírito de
santidade, pela ressurreição dos mortos” (Rm 1.4).
Cristo foi ressuscitado pelo poder do
Espírito. A escritura diz: “Se habita em
vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que
ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos, vivificará também os vossos corpos
mortais, por meio do seu Espírito que habita em vós” (Rm 8.11). O Espírito
Santo não só ressuscitou a Cristo, é Ele quem vai ressuscitar a você! Podemos
colocar n’Ele a nossa esperança.
Mesmo depois de ter mudado o curso da
história, saindo do túmulo vazio, Cristo continuou a depender do Espírito. De
fato, Ele disse aos discípulos que não saíssem de Jerusalém até receberem poder
do alto. Ordenou que “esperassem a
promessa do Pai, a qual... de mim ouvistes. Porque João na verdade, batizou com
água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes
dias” (At 1.4-5).
Cristo estava sob controle de Deus, ao
falar essas palavras. Ele repetiu o que o Pai disse ao Espírito Santo.
Cristo dependia tanto do Espírito Santo
que o consultou antes de dar instruções aos seus seguidores. A escritura diz
que Ele foi levado ao céu depois desses mandamentos aos apóstolos “por intermédio do Espírito Santo” (At 1.2).
Não me entenda mal! Não estou dizendo
de forma alguma que Cristo tinha uma posição inferior à do Espírito.
Absolutamente não. Jesus não é menos que
o Espírito Santo, nem este é inferior a Jesus.
Existe igualdade completa na Trindade.
Cada membro tem características e propósitos únicos.
O que quero que saiba é que o Espírito
não é fraco. Ele não é imaturo ou incapaz de falar por Si mesmo. O Espírito
Santo é perfeito, poderoso e glorioso.
O Espírito merece a nossa adoração.
Devemos pôr em prática o que temos cantado durante gerações: “Louvemos a Deus
de quem fluem todas as bênçãos... Louvemos ao Pai, ao Filho e ao Espírito
Santo”.
Como você pode reconhecê–lo? É tão
simples quanto aquela vozinha que ouve quando vai dormir, a voz que o faz
lembrar: “Você não orou hoje”. Ou Ele
talvez diga:
“Você não leu a bíblia hoje”. É o
Espírito falando, tocando a sua alma. Você já o conhece, mas Ele quer que o
conheça ainda melhor.
O Senhor predisse o que aconteceria
quando você desse lugar ao Espírito Santo:
“Quem crer em mim como diz a escritura, do seu
interior fluirão rios de água viva” (Jo 7.38). E qual era a unção de que Ele
falou? “Isto que ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os
que nele cressem” (v.39).
Você tem um plano mestre detalhado para
a sua vida. A Sua unção e o Seu Espírito estão inclusos no plano: “Mas aquele que confirma convosco em Cristo,
e nos ungiu, é Deus, o qual também nos selou e nos deu como penhor o Espírito
em nossos corações.” (2 Co 1.21-22).
Você abriu espaço para o Espírito
Santo? Tudo o que ele pede é um lugar no seu coração.