Por que Deus não responde à minha
oração? – Por que não posso receber livramento e cura? A resposta para a sua
necessidade mais urgente está perto – muito mais perto do que você imagina.
Apenas uma palavra, dita do fundo do seu coração, pode fazer desaparecer
rapidamente as nuvens mais negras em sua vida. Está na hora de parar de pensar
que Deus é um Espírito inatingível, residindo a milhares de quilômetros de
distância. O Pai está tão perto, que você pode falar com Ele a qualquer momento
e Seu Espírito está tão próximo que Ele pode dar-lhe conforto, paz e
orientação. Tudo o que você precisa é pedir e confiar
O que descobri no Espírito não é um
segredo envolto em mistério. É algo tão real quanto a própria vida e tão
próximo quanto as batidas de seu coração. Essa razão do meu desejo de
compartilhar essa descoberta com você.
“Fraqueza” ou “Vontade”?
Vamos começar com este fato sobre a Divindade.
O que se aplica a um não se aplica necessariamente aos três. Eles são algumas
vezes diferentes, até de maneira como se movem e como se falam. Já discutimos o
fato dos membros da Divindade serem pessoas distintas – todavia, Eles são Um.
Mas quando se trata de nossa relação e comunicação pessoal com “Deus”, é
essencial ao Pai, ao Filho e ao Espírito.
Toda vez em que você vê Deus trabalhar,
você vê como um só Deus. Mas você começa a perceber algumas diferenças no modo
como pensam e como agem.
Por exemplo, quando o povo judeu sob a
Antiga Aliança pecou deliberadamente na presença do Pai, lembra o que
aconteceu? A escritura registra que eles foram mortos ou castigados.
Mas Cristo tratou de maneira diferente
com aqueles que pecaram deliberada e conscientemente. Exemplo: Considere os
fariseus.
Cristo os matou? Não! Ele os
repreendeu.
Você diz: – Benny, sempre acredita que
Cristo perdoava a todos? – A bíblia não registra se Jesus perdoou o pecado dos
fariseus. Mas ele perdoou o ladrão na cruz, quando este clamou sinceramente –
Sou um pecador!
Não confunda. Deus Pai perdoou, mas ele
também matou ou castigou os que se negaram a deixar de rebelar-se contra Ele.
Deus Filho, porém, respondeu de outra maneira.
Em vez de matar ou julgar o pecador
deliberado, Ele simplesmente o censurou.
Você pergunta: - Mas, e o Espírito
Santo? Qual sua reação a uma pessoa que peca consciente e deliberadamente? Ele
reage de modo diverso do Pai e do Filho. O Espírito não os remove ou repreende
– Ele os condena e retira o poder de Sua presença.
A Trindade, como vemos, é composta de
três pessoas distintas e únicas. Mas você precisa compreender a Sua Unidade. É
essencial que reconheça que a unidade abrangente de que falamos está ligada à
obra e essência da Divindade.
A palavra deixa claro que há diferenças
ou diversidades de administração da Divindade, todavia Eles são UM. Paulo
explicou isto à igreja de Corinto: “E
também há diversidade nos cultos, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas
realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos” (1 Co 12.5-6). E
a seguir escreve: “A manifestação do
Espírito é concedida a cada um, visando um fim proveitoso” (v.7).
Paulo estava desvendando a operação da
Divindade. Ele explicou que o Senhor Jesus é o administrador, o Pai é o
operador, e o Espírito Santo é o manifestador. Essa é uma das poucas vezes na
palavra
Vamos colocá-los de volta na ordem
bíblica “usual”:
Qual a principal obra do Pai? Ele
opera.
E do Filho? Ele administra a operação
do Pai.
E o Espírito Santo manifesta a
administração dessa operação.
Se você precisa de vida, a quem pede?
Pede ao Pai porque Ele é o doador de toda boa dádiva e todo dom perfeito. Você
diz: - Benny, eu pensava que devíamos pedir a Jesus.
– Não. A fonte é o Pai. Mas o doador
dessa fonte é Cristo. E o poder da fonte é o Espírito Santo.
Portanto, quando você precisa de vida,
eis o que acontece: Você olha para o Pai e diz: - Pai, dê–me vida! Ou cura, ou
livramento. Veja bem, Deus é a fonte da vida.
Jesus disse: “Pedi ao Pai em meu nome”. Mesmo que esteja se aproximando de Deus
através do Filho, é ainda ao Pai que você está pedindo a dádiva. E o seu pedido
vai através do Filho para o Pai.
Como essa dádiva é devolvida? Digamos
que o seu pedido é de cura. Deus Pai – lembre que Deus é três pessoas – olha
para Deus Filho e diz – Quer, por favor, curá-lo?
Cristo entrega a cura. Por quê? Porque esse é o papel do administrador. A
própria palavra administrar significa ministrar ou servir. O Pai entrega então
a cura ao Filho e o Filho a serve a você.
Você pode imaginar-se estendendo as
mãos para receber a sua cura e, de alguma forma, parece que ela está fora do
seu alcance? Você estica os braços o mais possível, mas o dom de parece
escapar-lhe. Tão perto e ao mesmo tempo tão distante. O que aconteceu?
O que faltou?
É nesse ponto que a obra do Espírito
entra
O início foi o Pentecostes. O Espírito
Santo desceu do céu para manifestar a palavra da Divindade. E onde está
exatamente o Espírito Santo hoje? Onde Ele reside? O Espírito não está ao lado
de Jesus, como muitas pessoas bem intencionadas acreditam. E Ele não está ao
lado do Pai. Ele foi dado a você e a mim como o Consolador ou “aquele que está
ao seu lado”.
O Espírito Santo é o seu ajudador. Ele
é o seu assistente, para ajudar você a receber a vida, a cura ou o livramento
de que precisa tão desesperadamente.
Muitas vezes alguém pergunta: - Benny,
a quem devo orar? Minha resposta é: - Não confunda as coisas. Você deve orar ao
Pai. – Mas,... – replica o interlocutor, - você disse que devemos falar ao
Espírito.
Tenho de ensinar: - Há uma enorme
diferença entre falar e orar. Eu jamais orei ao Espírito Santo.
Você sabe qual o significado da palavra
oração? Oração significa petição. Em outras palavras, você apresenta a sua
necessidade, e pede uma resposta. Você procura e espera receber. Você nunca
procura ao Espírito – é Ele quem ajuda a você procurar.
Eu ainda não disse: Espírito Santo,
dá–me. – Mas posso contar as vezes em que eu disse: - Precioso Espírito Santo,
ajuda-me a pedir!
Você está começando a entender que a
sua resposta está bem perto? Apenas uma palavra, esperando para ser dita. Pode
ser um problema físico que esteja atormentando você há anos. Ou talvez seja um
hábito que parece impossível abandonar. A resposta que você precisa está bem
próxima.
Não está na hora de voltar-se para o
Espírito de Deus e dizer: - Espírito Santo. Tu és meu ajudador. Preciso de Ti.
Quer ajudar-me agora? – No momento em que pronunciar essas palavras com
sinceridade, o Espírito Santo porá a Sua mão sobre você e algo maravilhoso
acontecerá. De repente, você vai encontrar-se literalmente “no Espírito” –
absorvido na Sua presença e na Sua pessoa.
Quando o Pai dá algo a você, ela vem do
Pai. Quando o Filho lhe dá algo, isso é geralmente descrito como vindo através
de Jesus. Mas quando o Espírito Santo supre, isso é dado n’Ele. De, através, em
– três pequenas palavras, mas elas são fortes e poderosas.
Quando lemos a Palavra de Deus, o
padrão é surpreendente. Sempre que o Pai é mencionado, isso é feito em termos
de “o amor de Deus”, “o poder de Deus”, “a graça de Deus”. É Assim que Deus é
apresentado, repetidamente.
Mas, como Cristo é descrito? A
escritura nos ensina muitas vezes que “louvamos através do Filho”, recebemos
por intermédio do Filho, e assim por diante.
Quando se trata do Espírito Santo,
todavia, a terminologia muda. É usada a palavra “em” ou “no”. “Andai no Espírito, e jamais satisfarei a
concupiscência da carne” (Gl 5.16).
E “Se
vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (v.25).
Cristo disse à Samaritana junto ao
poço:- “Mas vem a hora, e já chegou,
quando os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em
verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores” (Jô 4.23).
A palavra ‘em’ aqui significa
simplesmente “um com ele”. Ou seja, Cristo disse que o Pai procura aqueles que
adoram e têm unidade com o Espírito”.
Você está andando em comunhão com o
Espírito? Você está vivendo em comunhão com o Espírito? Alcançar esse
relacionamento não é difícil. É tão simples quanto dizer ao grande ajudador: -
Ajuda-me!
É então que o Espírito de Deus irá
tocar a você e assisti-lo quando estender as mãos para receber aquilo que Deus
quer que receba.
O importante em tudo isso é que você
compreenda que a Trindade está verdadeiramente operando em conjunto para
cumprir um alvo – satisfazer a sua necessidade. Eles são o Pai, o Filho e o
Espírito Santo, mas são Um. São uma equipe de pessoas, unidas com uma natureza,
trabalhando juntas de completo acordo e em eterna harmonia.
Você conserva a cura, o livramento que
recebeu, porque o Espírito Santo está na terra ao seu lado. Foi por esse motivo que Jesus pôde voltar ao
céu e, todavia, você reteve o dom que Ele deu. Se você quer saber como manter
um relacionamento íntimo com o Espírito Santo, ouça as palavras do grande
profeta Ageu: “Segundo a palavra da
aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito. O meu Espírito habita no
meio de vós; não temais” (Ag 2.5).
Quando você pede ao filho de Deus para
entrar em seu coração, está fazendo uma aliança pessoal com Deus. Não se trata
de uma conversa unilateral. Deus também faz um acordo de aliança com você. Ele
sempre agiu desse modo.
O Pai iniciou alianças com Adão, Noé,
Abraão, Isaque, Davi e muitos outros. Do mesmo modo que Deus procurou fazer
acordos, a humanidade também buscou a Deus. É isso que descobrimos ao estudar a
vida de Jacó, Josué, Elias e dos israelitas.
Ao confessarem seus pecados a Deus, os
israelitas disseram: “Agora, pois, ó nosso
Deus grande, poderoso e temível, que guardas a aliança a misericórdia... estamos em grande angustia” (Ne 9.32,37).
Neemias disse então ao Senhor: “Por causa de tudo isso estabelecemos
aliança fiel, e a escrevemos; e assim selaram-na os nossos príncipes, os nossos
levitas e nossos sacerdotes” (v.38).
A aliança foi assinada por não menos
que 84 líderes, os quais “convieram numa
imprecação e num juramento, de que andariam na lei de Deus, que foi dada por
intermédio de Moisés, servo de Deus; de que guardariam e cumpririam todos os
mandamentos do Senhor, nosso Deus...” (10.29).
As alianças com Deus eram confirmadas
por diversos atos, inclusive ficar de pé (Ed 10.14; na bíblia em
português a idéia inferida – N.T), tirar o calçado (Rt 4.7 –11), dar
um banquete (Gn 26.30) , erigir um monumento (Gn 31.45-53) e fazer
um juramento (Js 2.12-14).
A aliança mais importante de todas
talvez tenha sido a que Deus fez com você através de seu Filho, quando Ele
trouxe “dentre os mortos a Jesus nosso
Senhor... pelo sangue da eterna aliança” (Hb 13.20).
Do mesmo modo que Deus tem uma aliança
relativa à sua salvação, você pode fazer um voto ou juramento com o Deus que
trata das suas necessidades pessoais. Tomei vários compromissos com Deus e
creio que Ele reconhece a sinceridade do compromisso quando você declara
categoricamente o que está disposto a fazer em resposta à sua benção.
Um fato é evidente, o Antigo Testamento
está repleto de alianças que agradaram a Deus. Por que isso é importante para
você? Porque Deus opera de acordo com as alianças e através delas, e você pode
entrar em aliança com Ele em relação a qualquer necessidade especial. Você vai
descobrir que o Pai está mais do que disposto a manter a sua palavra.
Vim a crer que o Espírito Santo entra em
sua vida como resultado da aliança eterna que Deus fez com você no que se
refere à sua salvação. Ele é o mensageiro de Deus e de Cristo para você, a
partir desse momento. Esse acordo deve ser levado a sério. Lembre-se do que
aconteceu com Sansão. Depois de Dalila ter mandado raspar a cabeça dele
enquanto ele dormia, ela gritou: “Os
filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse consigo
mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes, e me livrarei; porque ele não sabia
ainda que já o Senhor se tinha retirado dele” (Jz 16.20). Quem partira fora
o mesmo “Espírito do Senhor” que de tal maneira se apossara dele antes (Jz
15.14).
Você pode imaginar-se nessa
dificuldade? Você pensa que está cheio, mas não está.
Acredita estar ungido, mas o Espírito
foi embora. Sansão não percebera absolutamente que havia traído seu chamado e
sua aliança com Deus. Ele julgava ter ainda força, mas o Espírito desaparecera
de sua vida.
A mesma coisa aconteceu com Saul. O
Senhor rejeitou a Saul como rei “porquanto
deixou de me seguir, e não executou a minhas palavras” (1 Sm 15.11). O
Espírito não só abandonou a Saul, como algo pior aconteceu: “Tendo-se retirado de Saul o Espírito do
Senhor, da parte deste um espírito maligno o atormentava” (1Sm 16.14).
Você sabia que todo incrédulo é
influenciado por demônios? Isso parece
chocante, mas é o que a bíblia diz: “Ele
vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais
andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade
do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência” (Ef 2.1-2).
Você pode dizer: - Mas isso nunca
aconteceria comigo! Estou cheio com o Espírito Santo. – Isso talvez seja
verdade, mas se por qualquer razão a presença do Espírito Santo abandonar você,
surge um vácuo e é justamente isso que Satanás está esperando. A sua influência
se transforma em opressão.
Ninguém gosta de falar de demônios. Os
pregadores não fazem sermões a esse respeito. Os cristãos não o discutem. Os
pecadores apagam este terrível tópico de suas mentes. É o mesmo que faz o
político quando evita o problema das drogas e da criminalidade, pensando que de
alguma forma ele vai desaparecer. Mas Cristo falou do assunto sem medo. Ele
falou que os demônios estão ansiosos para invadir nossas vidas.
Jesus disse aos fariseus: “Quando o espírito imundo sai do homem, anda
por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. Por isso diz:
Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida
e ornamentada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos, piores do que
ele, e, entrando, habitam ali” (Mt 12.43-45).
Preste atenção no que o Senhor diz em
seguida: ”E o último estado daquele homem
torna-se pior do que o primeiro” (v.45).
O plano de ataque de Satanás é este:
Todo demônio que partiu volta para uma visita, para ver se ainda há
oportunidade. Se houver uma chance, ele trará outros em sua companhia. É uma
situação amedrontadora, mas você pode evitá-la mantendo-se sempre completa e
totalmente cheio do Espírito Santo e jamais quebrando a aliança com Deus.
Está lembrando da história dos
discípulos que falharam na sua tentativa de curar uma criança? Isso aconteceu
quando Cristo estava no Monte da Transfiguração sendo glorificado. Quando o mestre
desceu do monte, o pai do menino disse: “Senhor,
compadece-Te de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes
cai no fogo, e outras muitas na água. Apresentei-o aos discípulos, mas eles não
puderam curá-lo” (Mt 17.15-16).
Havia, porém, necessidade de mais que
uma cura física. Cristo disse: “Trazei-me
o menino. E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino: e desde aquela
hora ficou o menino curado” (vv. 17-18).
O Senhor não quer somente remover
Satanás e aos seus demônios de sua vida – aquelas coisas que são uma barreira
para sua cura e livramento – mas Ele quer encher esse vácuo. Essa razão de ter
enviado o Consolador. Ele quer que você seja cheio com o Espírito.
O Espírito está neste momento na terra.
De fato, Ele aguarda pacientemente seu convite.
Basta apenas uma palavra ou até um
sussurro – Espírito Santo, por favor, me ajude!
A sua resposta está a pouca distância.