sábado, 1 de maio de 2021

A divina revelação do inferno - 19 - A Boca do Inferno


19 - A Boca do Inferno

Na noite seguinte Jesus e eu caminhamos para dentro das mandíbulas do inferno.
Jesus disse: "Já conhecemos quase todo o inferno, minha filha, mas não lhe mostrarei tudo. Contudo o que você conheceu, Eu quero que conte ao mundo e lhe diga que o inferno é real. Diga-lhe que este relato é verdadeiro."
Ao caminharmos, chegamos a uma colina que dava vista para um pequeno vale. Até onde eu podia ver, haviam pilhas de almas humanas alinhadas ao lado desta colina. Podia ouvir seus gritos. Um barulho enorme enchia o lugar. Jesus me disse: "Minha filha, aqui estão as mandíbulas do inferno. Todas as vezes que a boca do inferno é aberta, você escuta este barulho."As almas tentavam sair, mas não conseguiam, porque estavam emparedadas nos lados do inferno. Como Jesus falou, vi muitas formas negras caindo, passando por nós, caindo com um baque no fundo da colina. Demônios levam as almas acorrentadas com enormes correntes. Jesus disse: "Essas são as almas que acabaram de morrer na Terra e estão chegando ao inferno. Essa atividade dura dia e noite."
Subitamente, um grande silêncio no lugar! Jesus disse: "Eu a amo, Minha filha, e Eu quero que você fale ao povo da Terra sobre o inferno."
Olhei lá para baixo, para dentro das mandíbulas do inferno, através de uma espécie de portinhola, que ficava no lado. Gritos de dor e de tormento subiam de lá. Quando tudo isso terminará? Indagava. Eu ficaria muito feliz de descansar de tudo isto.
Então, de repente, senti-me muito só. Não sei como eu sabia, mas meu coração já me havia dito que Jesus tinha ido embora. Fiquei muito triste e virei-me para o local onde Ele estava. Estava certa, Jesus não estava mais lá. "Ó, não" eu gritei: "Não, de novo não! Ó, Jesus, onde está o Senhor?"
O que você vai ler agora, o deixará assustado. Oro para que isto o assuste o suficiente para fazer de você um crente. Oro para que você se arrependa de seus pecados, a fim de que nunca venha para este lugar. Oro também para que você acredite em mim. Não quero que isto aconteça com ninguém. Eu o amo e espero que você acorde antes que seja muito tarde.
Se você é cristão e está lendo isto, certifique-se da sua salvação. Esteja pronto para se encontrar com o Senhor a qualquer momento, pois as vezes não há tem­po para arrependimento. Mantenha a sua chama acesa e a sua lâmpada cheia de óleo. Esteja preparado porque você não sabe quando Ele voltará. Se você ainda não nasceu de novo, leia João 3,16-19 e clame ao Senhor. Ele o salvará deste lugar de tormentos.
Chorando, comecei a descer a colina, procurando por Jesus. Fui parada por um demônio enorme, com uma corrente. Ele riu e disse: "você não tem para onde correr, mulher. Jesus não está aqui para salvá-la. Você ficará no inferno para sempre."
"Ó não!", gritei, "deixe-me passar." Lutei contra ele com toda a minha força, mas logo fui presa pela corrente e jogada no chão. Enquanto eu estava lá estendida, uma película estranha e grudenta começou a me cobrir, com um fedor tão grande, que me senti mal. Eu não sabia o que ia acontecer.
Então, comecei a sentir que a minha carne e a minha pele começavam a cair dos ossos! Gritei muito de total horror. "Ó Jesus," gritei: "Onde está o Senhor?"
Olhei para mim mesma e vi que buracos estavam começando a aparecer na minha carne restante. Eu comecei a me tornar uma alma suja e acinzentada, com carne cinzentada caindo de mim. Haviam buracos por todos os lados, nas minhas pernas, nas minhas mãos e nos meus braços. Chorava e gritava: "Ó, não! Estou no inferno para sempre! Ó, não!"
Comecei a sentir os vermes dentro de mim, olhei para descobrir que os meus ossos estavam cheios deles. Mesmo quando não podia vê-los, eu sabia que eles estavam lá. Tentei arrancá-los de mim, mas quanto mais eu tentava, mas outros apareciam no lugar. Eu realmente podia sentir a decadência do meu corpo.
Sim, sabia das coisas, e podia me lembrar exatamente de tudo que havia acontecido na Terra. Podia sentir, ver, cheirar e provar os tormentos do inferno. Podia me ver por dentro. Eu era somente uma forma esquelética suja, mas mesmo assim podia sentir tudo que estava acontecendo comigo. Eu via os outros como a mim mesma. Havia almas até onde podia enxergar.
Gritei de novo, cheia de dor:  "Ó, Jesus, por favor ajude-me Jesus." Eu queria morrer, mas não podia. Senti o fogo de novo subindo pelas minhas pernas. Gritava: "Onde Tu estás, Jesus?" Eu rolava pelo chão e chorava como todos os outros. Ficávamos na boca do inferno em pequenos montes, como lixo. Uma dor insuportável tomava conta de nossas almas.
Continuava gritando o tempo todo: "Onde Tu estás, Jesus? Onde está o Senhor?
Eu pensava, e se isso fosse só um sonho? Será que eu acordaria? Estava realmente no inferno? Teria cometido algum grande pecado contra Deus e perdido a minha salvação? O que teria acontecido? Pequei contra o Espírito Santo? Me lembrava de todos os ensinos bíblicos que eu ouvi. Eu sabia que a minha família estava em algum lugar acima de mim. Horrorizada eu percebi que estava no inferno, exatamente como aquelas almas, que eu tinha visto e das quais eu havia falado.
Me sentia muito estranha em ser capaz de ver completamente através do meu corpo. Os vermes tinham começado a rastejar em mim de novo. Podia senti-los rastejando. Gritava de medo e dor.
Aí o demônio disse: "O seu Jesus te deixou na mão, não foi? Agora você é propriedade de Satanás!" Uma gargalhada maligna saiu dele, quando ele levantou a minha forma, e me colocou em cima de alguma coisa.
Logo descobri que estava nas costas de uma forma viva morta que parecia algum tipo de animal. O animal como eu, era cinza escuro, de uma carne morta, em decomposição, cheio de sujeira. Um odor horrível enchia o ar sujo. O animal me levou para cima, por uma saliência. Ó Senhor, Onde Tu estás?
Passamos por muitas almas clamando para serem salvas. Escutei o som barulhento da mandíbula do inferno se abrindo e vi mais almas caindo, passando por mim. As minhas mãos estavam atadas para trás.
A dor não era constante - vinha e ia embora de repente. Gritava cada vez que as dores vinham e esperava com medo até elas diminuírem.
Eu pensava, Como é que eu vou sair? O que é que há à frente? Aqui é o fim? O que fiz para merecer o inferno? "Ó Senhor, onde Tu estás? Eu chorava de dor.
Chorava, mas as lágrimas não vinham — só soluços secos que balançavam meu corpo. O animal parou diante de alguma coisa. Olhei para cima e vi uma linda mulher cheia de riquezas extravagantes e de jóias reluzentes. No centro deste recinto havia uma linda mulher vestida como uma rainha. Eu imaginei no meu desespero o que era aquilo.
Chamei por ela e disse: "Por favor, mulher, me ajude." Ela chegou perto e cuspiu na minha face, me amaldiçoou e me disse palavrões. "Ó Senhor, o que vem a seguir? Eu chorei e ela deu uma gargalhada demoníaca.
Bem diante dos meus olhos aquela mulher transformou-se em homem, em gato, em cavalo, numa serpente, num rato e num jovem. O que ela escolhia ser, ela era. Tinha um grande poder maligno e no alto do seu quarto estava escrito: 'Rainha de Satanás'.
O animal continuou a andar, durante o que me pareceu serem horas e então parou. Com uma sacudida, ele me jogou no chão. Olhei para cima e vi um exército de homens a cavalo, vindo na minha direção. Fiquei bem encolhida no canto, enquanto eles passavam. Eram também esqueletos, com aquela alma suja cinzenta da morte.
Logo que eles passaram, fui levantada do chão e jogada numa cela. Alguém trancou a porta e olhei assustada a minha volta e chorei. Orei, mas já sem esperança. Chorei e me arrependi um milhão de vezes de todos os meus pecados. Sim, eu pensei nas muitas coisas que eu poderia ter feito, para levar outros a Cristo, e de ter ajudado alguém que precisou de mim. Me arrependi das coisas que tinha feito e das coisas que tinha deixado de fazer.
"Ó, Jesus, salve-me", gritei. Clamava a Deus o tempo todo para me ajudar, embora não pudesse vê-lo ou senti-lo. Estava no inferno, exatamente como todos os outros que eu havia visto. Cai no chão, com dor e chorei. Senti que estava perdida para sempre.
As horas se passaram, o som alto sempre vinha de novo, e outras almas caíam no inferno. Eu continuava a clamar: "Jesus, Onde o Senhor está? Mas não havia resposta. Os vermes começaram a rastejar de novo dentro da minha forma espiritual, podia sentir todos eles dentro de mim.
A morte estava em toda parte. Eu não tinha mais carne, órgãos, sangue, corpo, ou esperança. Eu continuava a tirar os vermes da minha forma esquelética. Sabia de tudo que estava acontecendo, queria morrer, mas não podia. A minha alma ficaria ali, viva para sempre.
Comecei a cantar sobre a vida e o poder no sangue de Jesus, capaz de salvar do pecado. Logo que comecei, demônios enormes com lanças vieram e gritaram: "Pare!" Eles me espetaram com lanças e senti as chamas quentes de fogo quando as pontas penetravam na minha forma. Eles me espetaram continuamente.
Eles cantavam: "Satanás é o deus aqui. Nós odiamos Jesus e tudo relacionado a Ele!"
Como não parei de cantar, tiraram-me da cela e me arrastaram até uma abertura grande e disseram: "Se você não ficar quieta, seus tormentos serão ainda piores." Parei de cantar e depois de um tempo eles me colocaram de volta na cela. Lembrei-me de um versículo da Bíblia sobre anjos caídos, presos por pesadas correntes, até o final do julgamento. Comecei a pensar se este era o meu julgamento. "Senhor, salve o povo da Terra," gritei. Muitos textos da Escritura vieram a minha mente, mas com medo dos demônios, não os recitei.
O ar era cheio de lamentos e um rato chegou bem perto de mim. Enxotei-o para fora da cela e comecei a pensar em minha família. "Ó, Senhor, não deixe que eles venham para cá", pois agora eu tinha certeza que estava no inferno.
Deus não podia me ouvir. Os ouvidos do Todo-Poderoso estão fechados aos lamentos do inferno, pensei. Se pelo menos alguém escutasse!
Um rato enorme pulou na minha perna e mordeu-me. Gritei e joguei-o fora. Só ouvi um grito de dor.
Um fogo vindo sabe-se lá de onde, começou a vir lentamente em minha direção. As horas, os minutos e os segundos passavam. Eu era uma pecadora, no inferno. "Ó morte, por favor, vem." Chorei. O meu choro parecia encher todas as mandíbulas do inferno. Outros pareciam se juntar ao meu choro — perdidos para sempre — sem saída! Eu queria morrer, mas não podia.
Caí no chão num monte, sentindo todos aqueles tormentos. Ouvi as mandíbulas se abrirem de novo e mais almas entraram. O fogo me queimava agora, juntamente com mais uma dor. Eu sabia de tudo o que estava acontecendo. Eu tinha uma mente sã e rápida. Eu sabia de todas as coisas, como que quando as almas morrem na terra e não salvas de seus pecados, vêm para cá.
"Ó, meu Deus, salve-me!" gritei "Por favor, salve a todos nós."Lembrei-me de toda a minha vida e de todos que me falavam de Jesus. Lembrava de orar pelos doen­tes e de como Jesus os curou. Me lembrei de Suas palavras de amor e conforto, e de Sua fidelidade.
Se eu tivesse sido ou fosse mais como Jesus, não estaria aqui, pensei. Pensei em todas as coisas boas que Deus me deu — como Ele me deu o ar que eu respirei, o alimento, meus filhos, um lar e muitas coisas boas para eu desfrutar. Mas se Ele é um Deus tão bom, porque estaria eu ali? Eu não tinha forças para me levantar, mas a minha alma continuava gritando: "Deixe-me sair daqui."
Eu sabia que a vida continuava, acima de mim, e em algum lugar os meus amigos e a minha família, estavam tendo suas vidas normais. Sabia que havia risos, amor e bondade em algum lugar lá em cima. Mas até isso começou a se desvanecer naquela terrível dor.
Uma semi-escuridão e uma neblina fina cobriam esta parte do inferno. Uma luz fraca e amarelada estava por toda parte e o cheiro de carne queimada em decomposição era quase insuportável. Os minutos pareciam horas e as horas uma eternidade.
Não conseguia dormir, nem descansar e não havia comida ou água. Nunca senti tanta fome e sede em toda a minha vida. Eu estava tão cansada e tão sonolenta - mas as dores não cessavam. Sempre que as mandíbulas se abriam, elas jogavam uma outra carga de humanidade perdida para o inferno, ficava pensando se algum conhecido meu, estaria entre eles.Já tinha se passado algumas horas desde que che­guei às mandíbulas do inferno. Mas aí uma luz co­meçou a iluminar o ambiente, imediatamente o fogo parou e o rato foi embora. Procurei um modo de escapar mas não achei.
Indagava o que estava acontecendo. Olhei para fora das portinholas do inferno , já imaginando que era alguma coisa terrível. Aí o inferno começou a tremer, o fogo começou a queimar de novo. As serpentes, os ratos e os vermes voltaram! Uma dor insuportável invadiu a minha alma quando os tormentos começaram de novo.
De repente, fui levantada da cela por uma força invisível. Quando recobrei os sentidos o Senhor e eu estávamos de pé ao lado da minha casa. Gritei: "Por que Senhor, por que?"
Jesus respondeu: "A Paz, aquieta-te." Senti paz na mesma hora. Ele levantou-me carinhosamente e adormeci em Seus braços.
Quando acordei no dia seguinte, estava muito doente. Durante quatro dias eu recordei os horrores do inferno com os seus tormentos. Durante a noite eu acordava gritando e dizendo que haviam vermes rastejando em mim. Fiquei com muito medo do inferno.