sábado, 1 de maio de 2021

A divina revelação do inferno - 10 - O Coração do Inferno


10 O Coração do Inferno

Eu ia ao inferno à noite com Jesus, mas durante o dia, o inferno sempre estava diante dos meus olhos. Tentei contar a outras pessoas o que tinha visto, mas elas não acreditavam. Sentia-me muito solitária e somente pela graça de Deus é que eu consegui ir em frente. Toda a glória pertence ao Senhor Jesus Cristo.
Na noite seguinte Jesus e eu fomos de volta ao inferno. Andamos ao longo da saliência das entranhas do inferno e reconheci algumas partes dele onde estivemos antes. O mesmo cheiro de carne podre, o mesmo odor de maldade, o mesmo fedor e ar quente por toda parte. Já estava me sentindo muito cansada.
Jesus sabia dos meus pensamentos e disse: "Eu nunca a deixarei ou a esquecerei. Sei que você está muito cansada, mas lhe darei forças." O toque de Jesus real­mente me fortaleceu e continuamos a caminhar. Avis­tamos a nossa frente um grande objeto preto, quase tão grande quanto um campo de futebol, que parecia se mover para cima e para baixo. Lembrei-me que Jesus havia me dito que estávamos no "coração do inferno".
Saindo desse coração preto, havia alguma coisa parecida com braços enormes ou chifres. Eles saíam dele, indo para o alto e para fora do inferno, entrando na Terra e cobrindo-a. Eu fiquei imaginando se estes chifres eram aqueles que a Bíblia fala.
A terra ao redor do coração era seca e amarronzada. Por cerca de nove metros em todas as direções, a terra tinha sido queimada e ficado seca, de uma cor marrom enferrujado. O coração era o mais preto possível, mas havia uma outra cor semelhante as escamas de uma serpente, mesclada com o preto. Um cheiro horrível se desprendia do coração cada vez que ele pulsava. Se mexia como um coração de verdade, pulsando para cima e para baixo. Um campo de força maligno o cercava.
Eu olhava espantada para esse coração maligno e indagava para mim mesmo qual era o propósito dele.
Jesus disse: "Esses ramos, que parecem artérias de um coração, são canais que sobem à terra para derramar o mal sobre ela. Estes são os chifres que Daniel viu, e eles representam os reinos malignos na terra (Daniel 7:7-28). Alguns reinos já passaram, alguns ainda virão e outros existem agora. Reinos malignos surgirão e o Anticristo dominará sobre muitas pessoas, lugares e coisas. Se possível fora, enganariam até os escolhidos(Mateus 24:24). Muitos se desviarão e adorarão a besta e a sua imagem (Apocalipse 13:15).
"Chifres menores crescem desses ramos ou chifres, dos quais saem demônios, espíritos malignos e toda a sorte de forças demoníacas. Eles serão soltos sobre a terra e instruí­dos por Satanás a fazer muitas obras malignas. Esses reinos e suas forças malignas obedecerão a besta (Apocalipse 13:12), e muitos a seguirão até a destruição. E aqui, no coração do inferno, que essas coisas começam."
Essas são as palavras que Jesus falou para mim. Ele me instruiu a escrevê-las e a colocá-las em um livro, e a falar ao mundo sobre elas. Estas palavras são verdadeiras. Estas revelações foram dadas a mim pelo Senhor Jesus Cristo, para que todos venham a conhecer e a compreender as obras de Satanás, e das maquinações diabólicas que ele está planejando para o futuro.
Jesus disse: "Siga-Me." Subimos um lance de escadas para dentro do coração, onde uma poria se abriu para nós. A escuridão era total no coração. Ouvi sons de choro e havia um fedor tão grande que eu mal podia respirar. Tudo que eu podia ver naquela escuridão era Jesus. Eu caminhava pertinho dEle.
Então, de repente, Jesus desapareceu! O inimaginável aconteceu! Fiquei sozinha no coração do inferno. O pânico tomou conta de mim. O temor prendeu a minha alma e a morte tomou conta de mim.
Gritei a Jesus: "Onde Tu estás? Ó, Senhor, volte por favor!", eu O chamava incessantemente, mas ninguém respondeu."Ó meu Deus," eu pranteava, "Eu devo sair daqui." Comecei a correr na escuridão. Quando eu toquei nas paredes, elas pareciam respirar, se retraiam com minhas mãos. Foi então que senti que não estava mais sozinha.
Ouvi o som das gargalhadas de dois demônios, envoltos por uma luz fraca amarelada, que agarraram as minhas mãos. Eles rapidamente me acorrentaram os braços e começaram a me arrastar para baixo, para o fundo do coração. Eu gritei por Jesus, mas não houve resposta. Gritei e lutei com todas as minhas forças, mas mesmo assim eles me puxaram, como se eu não oferecesse nenhuma resistência.
Quando descemos mais fundo no coração, senti uma dor terrível, como se alguma força friccionasse meu corpo. Era como se a minha carne estivesse sendo despedaçada. Gritei ainda mais, de terror.
Meus captores me arrastaram para uma cela e me jogaram dentro. Quando eles trancaram a porta, comecei a gritar mais alto ainda. Eles riam sarcasticamente e disseram: "Não adianta gritar. Quando chegar a sua vez, você será levada diante do nosso mestre e ele a atormentará para sua própria satisfação."
O cheiro terrível do coração tinha saturado o meu corpo. "Por que eu estava ali? O que é que estava errado? Estaria louca? Deixe-me sair! Me tira daqui!". Eu gritava para nada.
Depois de algum tempo, comecei a sentir que o lado da cela em que eu estava dentro, era arredondado e macio, como algo vivo, e realmente estava vivo, começando a se mexer! "Ó Senhor" Eu gritei. "O que está acontecendo? Jesus, onde está você?". Somente o eco da minha própria voz retornava como resposta.
Medo - o pior tipo de medo - tomou conta de minha alma. Pela primeira vez desde que Jesus me deixou, percebi que estava perdida e sem nenhuma esperança mesmo. Eu soluçava e clamava a Jesus o tempo todo. Escutei então uma voz na escuridão, que dizia: "Não adianta nada chamar Jesus. Ele não está aqui."
Uma luz fraca amarelada começou a iluminar o local e, pela primeira vez, podia ver as outras celas - celas iguais a minha, embutidas na parede do coração. Havia uma espécie de tela diante de nós e dentro de cada cela, uma substância lodosa e gosmenta flutuava entre elas.
Uma voz de mulher, vinda da cela ao lado, disse para mim: "você está perdida neste lugar de tormento e não há meio de sair daqui."
Eu mal podia vê-la, na obscuridade daquela luz. Ela estava acordada, como eu, porém os outros ocupantes pareciam estar dormindo ou numa espécie de transe. Ela continuava a gritar: "Não há esperança, não há esperança aqui!"
Um sentimento de total desespero e de uma solidão profunda tomou conta de mim. As palavras daquela mulher ainda pioraram as coisas. Ela continuou: "Este é o coração do inferno. Aqui somos atormentados, contudo nossos tormentos não são tão ruins como os de outras partes do inferno." Descobri mais tarde, que ela mentiu ao dizer que ali não havia tanto tormento como em outros lugares do inferno."Algumas vezes", ela continuou: "Somos levadas diante de Satanás e ele nos tortura para sentir prazer. Ele se alimen­ta das nossas dores e fica mais forte com os nossos gritos de desespero e aflição. Nossos pecados estão sempre expostos diante de nós. Sabemos que somos ímpias. Sabemos também que nós um dia chegamos a conhecer o Senhor Jesus mas O refutamos e viramos as costas para Deus. Fizemos o que nos agradava. Antes de vir para cá eu era uma prostituta. Pegava homens e mulheres em troca de dinheiro e chamava o que nós fazíamos de "amor". Destrui muitos lares. Há muitas lésbicas, homossexuais e adúlteros nessas celas."
Clamei a Jesus na escuridão: "Eu não pertenço a este lugar, eu sou salva e pertenço a Deus. Por que estou aqui?" Mas não havia nenhuma resposta.
Então, os demônios voltaram e abriram a porta da cela. Um deles me puxou enquanto que um outro me empurrou por um caminho áspero. O toque dos demônios era como uma chama queimando na minha carne. Eles me machucavam.
"Ó Jesus, onde está o Senhor? Por favor ajude-me, Jesus!" gritei.
Um fogo barulhento surgiu bem na minha frente, mas parou antes de tocar em mim. Agora parecia que a minha pele estava sendo arrancada do meu corpo. Senti a mais dolorosa dor sobre mim. Alguma coisa invisível estava despedaçando o meu corpo, enquanto espíritos malignos em forma de morcegos me mordiam toda.
"Querido Senhor Jesus" Eu clamava, "Onde Tu estás? Ó por favor, tire-me daqui!"Fui empurrada e puxada até que cheguei a um lugar amplo e aberto no coração do inferno, aí fui jogada diante de uma espécie de altar sujo, onde havia um livro grande, aberto. Ouvi gargalhadas maldosas e me dei conta de que estava no chão, diante de Satanás.
Ele disse: "Finalmente te peguei!"
Recuei de tanto medo, mas logo percebi que ele não estava olhando para mim, mas sim a alguém que estava na minha frente. Ele disse: "Ah, Ah, Até que enfim pude te aniquilar da Terra. Deixe-me ver qual será a tua punição." Ele abriu o livro e passou o dedo pela páginas. O nome daquela pessoa foi lido e o castigo foi anunciado.
"Senhor Deus" Eu gritava, "Isso tudo pode ser real?"
Eu era a próxima e os demônios me arrastaram para cima da plataforma e me obrigaram a cair de joelhos diante de Satanás. A mesma risada maligna saiu dele. "Esperei por você durante tanto tempo, finalmente a peguei" ele falou: "Bem que você tentou escapar, mas agora você é minha."
Comecei a sentir um medo que jamais sentira em toda a minha vida. Minha carne estava de novo sendo arrancada e uma enorme corrente foi passada ao redor do meu corpo. Eu olhei para baixo para mim mesma, quando a corrente estava sendo colocada em mim. Eu parecia com os outros. Eu era um esqueleto cheio de ossos mortos. Vermes se arrastavam por dentro de mim, e um fogo começou nos meus pés, que ficaram envoltos em chamas.
Gritei de novo: "Ó Senhor Jesus, o que está acontecendo, onde Tu estás, Jesus?"Satanás ria sem parar e dizia: "Não há nenhum Jesus aqui, eu sou o seu rei agora e você ficará comigo para sempre. Você é minha agora."
Fui tomada pela pior de todas as emoções. Não podia sentir Deus, nem amor, nem paz, nem calor. Mas, podia sentir com todos os meus sentidos, o medo, o ódio, dores cruciantes e uma tristeza sem medida. Clamei ao Senhor Jesus para me salvar, mas não havia resposta.
Satanás disse de novo: "Agora eu sou o seu senhor" e ergueu os braços para convocar um demônio para ficar ao seu lado. Na mesma hora um espírito feio e demoníaco subiu a plataforma onde eu estava e me agarrou. Ele tinha um corpo muito grande, com uma cara de morcego, garras ao invés de mãos e um odor maligno exalava dele.
"O que devo fazer com ela, senhor Satanás?" o espírito maligno perguntou, enquanto que um outro demônio, todo peludo e com um rosto de javali também me agarrou.
"Leve-a para a parte mais profunda do coração - um lugar onde todos os horrores estarão sempre diante dos seus olhos. Lá ela irá aprender a me chamar de senhor."
Fui arrastada para fora para um lugar muito, muito escuro e jogada dentro de alguma coisa fria e pegajosa. Ó, como é que alguém podia sentir, ao mesmo tempo, frio e ardência? Eu não sabia. Todavia o fogo queimava o meu corpo e os vermes se arrastavam dentro e por cima de mim. Os lamentos dos mortos enchiam o ar.
"Ó Senhor Jesus" Eu gritava desesperada, " Por que estou aqui? Querido Deus, deixe-me morrer."De repente uma luz iluminou o lugar em que eu estava sentada. Jesus apareceu e me tomou em seus braços e num instante estava de volta a minha casa.
"Querido Senhor Jesus, onde esteve?" eu perguntei, enquanto lágrimas escorriam pela minha face.
Jesus respondeu carinhosamente: "Minha filha, o inferno é real, mas você jamais poderia ter certeza plena até que você mesma o experimentasse. Agora você conhece a verdade e sabe o que é estar perdida no inferno. Agora pode falar aos outros sobre ele. Tive que deixar você passar por tudo isso, para que você viesse a conhecê-lo sem nenhuma dúvida."
Fiquei muito triste e cansada e me apaguei nos braços de Jesus. Apesar dEle me reabilitar totalmente, eu queria era estar longe, bem longe - de Jesus, da minha família, de todos.
Durante os dias que se seguiram em casa, fiquei muito doente. Minha alma estava muito triste e os horrores do inferno estavam sempre diante dos meus olhos. Foram precisos muitos dias para que eu me restabelecesse completamente.