segunda-feira, 26 de abril de 2021

Ele veio pra libertar os cativos - 18 - As doenças demoníacas



Rebecca:
Tanto é debatido, como é mal entendido o assunto sobre as doenças demoníacas que afligem o corpo humano. Não estou tentando, aqui, estabelecer debates, porque sei que é impossível. Como médica, desejo apresentar a você, leitor, alguns versículos e as experiências que tive nesta área. Quero dividir com você o que o Senhor me ensinou sobre o problema. Estou consciente de que alguns líderes ensinam que todas as doenças físicas são resultados direto de infestação demoníaca e que a única cura é através da libertação. Outros, porém, partem para o extremo dizendo que cristãos não podem ser tocados por demônios.
Sendo médica, me regozijo ao ler o livro de Lucas, vejo nele muitas áreas que foram escritas sob o ponto de vista de um médico. Ele é cuidadoso para mostrar diferenças nas áreas sobre enfermidades que os outros autores não tiveram a mesma preocupação. Vejamos o que diz a Palavra de Deus:
“E, [Jesus] descendo com eles, parou numa planura onde se encontravam muitos discípulos seus e grande multidão do povo, de toda a Judéia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom, que vieram para ouvi-lo e ser curados de suas enfermidades; também os atormentados por espíritos imundos eram curados.” (Lucas 6.17-18).

Verifique que aqui é feita uma distinção clara de doenças que foram curadas e de outras que também foram curadas como resultado da saída de demônios.
“Naquela mesma hora curou Jesus a muitos de moléstias e flagelos e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos.” (Lucas 7.21).

Novamente, neste versículo, podemos ver a mesma distinção sendo feita. Lucas mostra, neste dois relatos que algumas doenças são puramente físicas e outras, são causadas por demônios.
“Quando se ia aproximando, o demônio o atirou no chão e o convulsionou; mas Jesus repreendeu o espírito imundo, curou o menino e o entregou a seu pai.” (Lucas 9.42).
“Deixando ele a sinagoga, foi para a casa de Simão. Ora, a sogra de Simão achava-se enferma, com febre muito alta; e rogaram-lhe por ela. Inclinando-se ele para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou; e logo se levantou, passando a servi-los.” (Lucas 4.38-39).

As expressões em destaque, mostram claramente a diferença. No primeiro caso, Jesus curou ao expulsar o espírito imundo. Já no segundo, Ele curou expulsando a febre física.
Os demônios podem e causam doenças, contudo, nem todas as doenças são demoníacas, embora uma quantidade significativa seja. Devemos lembrar que, tanto a morte física, como a espiritual, foram resultado da queda de Adão. A alteração em nossos corpos físicos causada pelo pecado, torna-nos vulneráveis à uma série de doenças físicas. O Senhor me ensinou muito sobre esse assunto. Os demônios são “experts” em manipular bactérias e vírus e colocá-los nos corpos humanos, mas eles também podem afetar o corpo diretamente. Eles podem prejudicar um corpo ao nível molecular. Podem causar um estrago devastador a vários órgãos sem alterar o aspecto das estruturas celulares quando vistas por nossos microscópios. O estrago feito, exige tratamento com remédios e nutrição, etc. Porém, os médicos só podem saber o que está errado com o paciente e que medidas deverão ser tomadas apenas pela revelação do Senhor. Pouquíssimos são os médicos cristãos que se dispõe a depender completamente do Senhor. Eu não estou alegando que o tratamento de um determinado paciente seja feito sem os testes apropriados para se designar a doença. Mesmo assim, qualquer médico, admita ou não, presencia casos em que todos os diagnósticos não dão a resposta para o que está errado com o doente. Nestes casos, se torna responsabilidade do médico a orientação do Senhor através da oração e do jejum.
Uma das mais notáveis experiências que presenciei, neste tipo de estrago demoníaco, foi um caso que aconteceu perto do fim do meu treinamento.
Na época eu era responsável pelo CTI, Bob, um homem de trinta e cinco anos, deu entrada na unidade, vindo de um hospital de uma cidade das redondezas onde estivera hospitalizado por uma semana. Ele adoecera de repente e atingia níveis altíssimos de febre. Os médicos que cuidavam dele, foram incapazes de descobrir a causa da doença. Também, não consegui descobri a causa da mesma, quando o examinei no dia em que foi internado, mas era óbvio ele estava extremamente doente. Ao iniciarmos a bateria de testes, comecei a pedir fervorosamente ao Senhor para revelar-me o que estava errado com ele e pedi, também outros especialistas para examiná-lo. Na manhã do dia seguinte ele, repentinamente, saltou da cama declarando que deixaria o hospital naquele momento, porque se não o fizesse seria morto. Não importava o que falássemos, nada mudaria a mente dele. Finalmente, o médico particular de Bob, conseguiu uma ordem impedindo a sua saída pelo menos nas próximas setenta e duas horas. Quando ela foi anunciada, Bob, imediatamente “rodopiou” e caiu na cama fixando o olhar no teto e murmurando coisas incoerentes sem responder a estímulos. Permaneceu assim, nos dois dias que se seguiram, enquanto sua condição física deteriorava.
Finalmente, no terceiro dia de manhã, enquanto me preparava para o trabalho, o Senhor me falou que Bob era, na realidade, um sacerdote superior de uma cidade próxima, e a doença dele era causada pela disciplina satânica. No entanto, ele queria sair do hospital porque estava sendo atacado por “David”, um sacerdote superior local que era médico no hospital. Dois sacerdotes superiores jamais ficam no mesmo território a não ser por mútuo consentimento. Se assim não for, entram numa batalha até à morte. Bob sabia disso e nas condições em que estava não teria chances contra “David”. O Pai me disse para ir e amarrar os demônios que estavam atando e confundindo a mente de Bob e também dizer que sabia quem era e o que estava acontecendo e que compartilhasse o evangelho com ele. Esperando, ardentemente ter ouvido corretamente a voz do Senhor fui fazer-lhe a vontade naquela manhã.
Assim que entrei no quarto de Bob naquele dia, certifiquei-me de que não havia mais ninguém com ele e fechei a porta. Tentei fazer com que ele me respondesse mas não o consegui. Ele continuava com os murmúrios incoerentes. Assim, apoiando meus braços na grade da cama dele, disse:
“Vocês demônios que atam a mente e causam confusão, o meu mestre Jesus enviou-me para amarrá-los, e agora eu o faço no nome de Jesus Cristo. Ordeno que vocês não mais aflijam este homem.”
O resultado foi tremendo. No mesmo instante, os murmúrios de Bob cessaram e ele se voltou para mim completamente lúcido. “Bom dia”, ele disse, “você quer alguma coisa?”
“Sim! Tenho uma mensagem do Deus Altíssimo para você.” Comecei a dizer-lhe as coisas que o Pai me dissera e depois, rapidamente compartilhei o evangelho com ele.
“Bob! Você precisa entender que a sua única esperança é Jesus. Satanás está determinado a matá-lo. Continuar a servi-lo apenas trará destruição a você, e o que é pior, a eternidade no inferno.”
Ele olhou-me fingindo estar surpreso: “Quem é você?! Você está louca! Não sei sobre o que você está falando!”
“Ah! Sabe sim! O meu Deus não mente.”
“Ah! Vá embora. Eu não quero nada com Jesus.”
“Assim seja. Já que essa é a sua vontade”.
Terminando de falar, deixei o quarto. Daquele momento em diante Bob permaneceu completamente alerta e orientado no tempo e no espaço. Devo admitir que perturbei os especialistas querendo que eles me dessem uma explicação porque Bob estava consciente, mas a condição física dele não apresentava melhoras. Ninguém foi capaz de me dar uma explicação razoável.
No entanto, continuei a orar e a jejuar intensamente por Bob pedindo que o Pai desse, pelo menos, mais uma chance a ele. Quatro dias depois, Bob estava muito perto da morte, os seus rins haviam parado de funcionar dois dias antes e o fígado trabalhava com dificuldade. O coração falhava e os pulmões tinham sofrido infiltração. A pressão sangüínea estava tão baixa que ele estava sob medicação intravenosa para tentar mantê-la a um nível razoável. Com tudo isso, eu sabia que em pouco tempo ele precisaria da ajuda de uma máquina para respirar. Ele tinha dores contínuas e nós não as podíamos controlar. Então o Pai falou-me novamente para ir mais uma vez e compartilhar o evangelho com ele.
Procedi da mesma maneira que anteriormente. Certifiquei-me de que ele estava sozinho no quarto. “Bob você está morrendo! Não está vendo? Você não vê que talvez seja a hora de ser honesto comigo?”
“Sim. Talvez você tenha razão.”
“Você se lembra da nossa conversa quatro dias atrás?”
“Sim. Lembro muito bem. Você estava certa. Sou um sacerdote superior e queria sair daqui porque sabia que “David” poderia me matar.”
“Bob é preciso que você entenda que sua única esperança é Jesus. Você não vai pedir que Ele o perdoe e se torne Mestre ao invés de Satã?”
“Sim, mas acho que não me deixarão fazê-lo.” “Por quê?”
“Porque Satã está aqui.” Dizendo isso, moveu a mão para o lado oposto da cama em que estava parada. Não pude ver nada, mas o meu espírito sentiu a presença dele.
“Não. O Senhor já o amarrou. Você quer um sinal de que o que eu estou falando é verdade?” (O Senhor havia dito que eu poderia expulsar o demônio da dor como sinal de que o que eu estava falando era verdade. Ao expeli-lo, Bob sentiria um alívio imediato da dor).
“Não. Só o fato de você ser louca o bastante para ter vindo aqui e correr riscos como estes, já é o bastante para mostrar-me.”
Assim, com lágrimas rolando pela face ele tomou minha mão e com voz tremulante, pediu a Jesus para perdoá-lo e tornar-se o seu Mestre. Depois virou para o outro lado da cama e dirigindo-se diretamente a Satanás, disse-lhe que não mais o serviria independentemente do que acontecesse.
Sob a direção do Senhor eu expulsei os demônios responsáveis pela febre, dores, paralisação dos rins, etc. As dores cessaram imediatamente, e pela primeira vez, em muitos dias, ele já não as sentia. Passadas as duas horas ele não mais precisou de remédio para a pressão. Saiu do CTI dentro de dois dias e em menos de duas semanas ele recebeu alta completamente curado! Os especialistas atribuíram a causa da doença a um “vírus”. É o diagnóstico usado com freqüência, quando não se sabe realmente a causa de uma determinada moléstia.
Várias vezes, fico pensando nos inúmeros pacientes que morreram de enfermidades devastadoras, sem que as mesmas fossem realmente diagnosticadas. Normalmente, casos assim, são atribuídos a “vírus”. Os médicos cristãos deveriam, seriamente, com muita oração e jejum buscar orientação e a revelação em tais casos. O capítulo 5 de Tiago nunca é levado a sério, nem pelas igrejas, e nem pelos médicos. Freqüentemente a única maneira de curar as feridas e doenças demoníacas é pela oração da fé e pela unção com óleo.
Uma outra maneira comum dos demônios afligirem os corpos das pessoas é através da dor. Ela pode variar na intensidade, mas normalmente é devastadora e a causa não é encontrada pela medicina. Toda vez que examino um paciente que experimenta muita dor e eu não consigo descobrir a causa, imediatamente começo a buscar de Deus a revelação, e, normalmente, descubro que a fonte é demoníaca. Sempre que os satanistas lutam entre si usando os poderes da feitiçaria, o perdedor, quase sempre, termina na sala de emergência de algum hospital com dores agudas e a causa não é descoberta. Os demônios nem sempre infligem danos físicos ao mesmo tempo que causam dores. Também não precisam estar dentro do corpo para causá-las.
Os cristãos também podem ser afligidos com este tipo de dor e normalmente não sabem que o problema é demoníaco ou de onde os demônios estão vindo. Eles são enviados pelas bruxas, e, em geral afligem a pessoa do lado de fora do corpo. Isso acontece, especialmente com aqueles que são verdadeiramente nascidos de novo. Da mesma forma, os espíritos humanos (mostrados na figura F do capítulo 14) podem prejudicar uma pessoa quando a porta do ódio está aberta. Presenciei casos em que o dano causado a uma determinada pessoa era resultado do ódio direcionado a ela. Nestes casos, basta uma simples unção com óleo e oração pedindo ao Senhor para guardar a pessoa do ódio enviado a ela. Quando tudo o mais falha, esta atitude tem se mostrado bastante efetiva.
Um bom exemplo é o caso de um jovem, de trinta e poucos anos, a quem chamarei de John. Ele deu entrada na sala de emergência, uma noite, reclamando de dores agudas no peito. Parecia um caso típico de infarto. Internei-o e iniciei inúmeros testes que demonstraram estar tudo normal. Duas semanas depois de receber alta, ele voltou ao meu consultório, à tardinha, agonizando com a mesma dor. Assim, suspeitei que ele fosse um satanista que estava perdendo uma batalha. No momento, ainda, não recebera uma revelação clara do Senhor. Após terminado todos os testes possíveis no hospital em que trabalhava, mandei-o para uma cidade mais próxima para ser avaliado pelos cardiologistas da mesma. Internaram-no em um hospital local e realizaram mais testes. Fizeram, também, o que é chamado de cateterismo onde um cateter é introduzido nas artérias do coração para verificar se o fluxo sangüíneo está sendo bloqueado, e mesmo assim, tudo estava normal.
Depois desta completa avaliação, John retornou para me ver. Estava por demais desencorajado, porque ainda sentia dores freqüentes no peito. Com a orientação do Senhor, assentei-me com ele e diretamente o desafiei com o fato de que eu pensava ser ele um satanista e que a dor era o resultado de uma luta demoníaca entre ele e uma outra pessoa. Ele ficou tão assustado, que nem mesmo tentou negar o que eu estava dizendo. Conversamos muito e eu compartilhei o evangelho com ele e disse que a única esperança era Jesus Cristo. Mas, infelizmente aquele jovem queria o poder a qualquer preço. A despeito de tudo o que acontecera, ele ainda estava determinado a ficar no satanismo. John reconheceu que sabia que a causa de sua dor era a luta demoníaca. Finalmente, para fugir de um outro satanista mais forte, ele se mudou para outro estado e começou a participar de uma outra Assembléia tentando adquirir mais poderes. Oro sempre por ele, e fico pensando no que estará lhe acontecendo. Como é triste ver uma vida desperdiçada por causa da luxúria do poder.
Os diversos problemas emocionais causados por demônios, são intermináveis. Contudo, novamente aqui, não podemos responsabilizá-los por todos as desordens emocionais. Estive em contato com muitos cristãos que foram grandemente prejudicados quando outros disseram que a origem de seus problemas eram demoníaca, quando, na verdade, os mesmos estavam sofrendo uma reação natural de “stress” em suas vidas. Nunca devemos esquecer que somos seres humanos. Não é o fato de sermos cristãos que nos torna “super-seres” não suscetíveis à fraqueza e as reações do “stress”.
Penso que devemos discutir, aqui, sobre um dos problemas que mais aflige a raça humana, a depressão. Muito é escrito sobre ela na Bíblia.
“Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu. Sinto abatida dentro em mim a minha alma; lembro-me, portanto, de ti, nas terras do Jordão, e nos montes do Hermon, e no outeiro de Mizar.” (Salmos 42.5-6).

Tanto nos Salmos como em outros livros, há inúmeras referências sobre a depressão. Esta é uma batalha real, e nós somos seres humanos. Sou tremendamente grata a Deus por ter incluído tais versículos na Palavra d’Ele. Veja os seguintes versos:
“Desperta! Por que dormes, Senhor? Desperta, não nos rejeites para sempre. Porque escondes a tua face, e te esqueces da nossa miséria e da nossa opressão? Pois a nossa alma está abatida até ao pó, e o nosso corpo como que pegado no chão.” (Salmos 44.23-25).

Se um crente, verdadeiramente nascido de novo, tenta me dizer que nunca sentiu as emoções expressadas nestes versos, devo dizer que o mesmo nunca se dispôs a estar numa batalha espiritual pelo Senhor ou está mentindo.
Olhe a tremenda honestidade com que o apóstolo Paulo escreveu:
“Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tributação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e, sim no Deus que ressuscita os mortos.” (II Coríntios 1.8-9)

São muitas, muitas as causa da depressão, mas infelizmente, as pessoas envolvidas nos ministérios de libertação dizem que toda depressão é demoníaca. Penso que isto seja porque nós, os humanos, sempre procuramos as saídas mais fáceis de qualquer situação. Se toda depressão é demoníaca, então a solução é simples: expulse os demônios que a depressão acabará! A maioria dos casos sérios de depressão que presenciei não foram resultado de demônios possuindo uma pessoa.
A causa mais comum que já vi para depressões graves é o resultado direto da falta de controle da mente (assunto discutido no capítulo 16). A Palavra de Deus claramente nos mostra que devemos levar cativos todos os pensamentos à obediência de Cristo (II Coríntios 3-5). As pessoas que ficam seriamente deprimidas (incluindo os cristãos) quase nunca obedecem esta ordem direta do Senhor. Recebem em suas mentes quaisquer pensamentos enviados por Satanás e seus demônios. Nunca param para avaliá-los ou relacioná-los com a realidade da situação. Também não analisam essa situação com a Palavra de Deus. Aceitam todos os pensamentos como se fossem seus. Em resumo, são preguiçosos! Deixam suas mentes deslizarem sob uma passividade preguiçosa e ficam num estado de tremendo tormento emocional causado pelas forças demoníacas.
A luta para reconquistar o controle de sua mente é uma das mais difíceis batalhas que você enfrentará, mas o esforço valerá a pena. O fato de ser uma médica cristã se espalhou e eu pude ver muitos casos de depressão no exercício da medicina. Todos eles melhoraram, consideravelmente, com a observação dos passos em direção ao controle da mente, apresentados no capítulo 15. Por favor, note como Davi agia no Salmo 42.5: “...eu ainda o louvarei...” Ele estava usando a vontade para subjugar os pensamentos de depressão que estavam em sua alma (mente). Ele declarava que louvaria o Senhor. O louvor desempenha um papel importante para vencer a depressão. Reveja a minha própria experiência ao final do capítulo 14.
Existem outras causas comuns para a depressão e entre elas podemos citar: A perda de entes queridos, doenças físicas e fraqueza, grandes e adversas mudanças na circunstância da vida e, naturalmente, a exaustão pelo envolvimento na guerra espiritual. Todos os envolvidos na batalha espiritual devem ser extremamente sensíveis e obedientes à liderança do Senhor. Quando Ele disser: Pare! O melhor a fazer é obedecer e descansar. Mesmo que julgue o descanso desnecessário, a sua obediência evitará que você seja abatido rapidamente. O que quero dizer é que você pode sofrer sérias dificuldades físicas ou emocionais (isto no que diz respeito à área de | relacionamento com os outros), ou poderá cometer equívocos ou ser enganado por não estar alerta como precisaria estar. Muitos se esquecem de que ainda são humanos e sujeitos a fraquezas e limitações. Se permitirmos ao Senhor nos orientar nestas áreas, evitaremos tremendos transtornos.
Um dos mais poderosos demônios que já encontrei, entraram em uma 1 pessoa através do incesto e de outras determinadas perversões sexuais como o sadomasoquismo, tão comum entre os adeptos do “rock heavy metal”.
Estes poderosos demônios são capazes de habitar as três áreas dos seres humanos: corpo, alma e espírito. Deixe-me dar-lhe um exemplo disto.
Numa tarde, em meu consultório, recebi um telefonema de um pastor em uma cidade vizinha. Ele perguntou se eu era “a médica envolvida no ministério de libertação”. Ao receber a minha afirmação ele disse que precisava que eu examinasse uma jovem naquele dia. Concordei, e eles chegaram ao meu consultório algumas horas depois no final de meu expediente.
Jane (não é esse o nome real dela) era uma mulher jovem de vinte e cinco anos que já estava casada havia uns dois anos. O marido era um homem inteligente e um pouco mais velho, e ambos, cerca de um ano antes de se casarem, tinham entregue suas vidas a Jesus e freqüentavam a igreja regularmente. Eles procuraram o pastor e o assistente dele para aconselhamento, porque Jane era completamente frígida e, por isso, eles não haviam ainda, consumado o casamento.
O pastor e outros membros da igreja, três dias antes de virem a mim, discerniram corretamente que o problema era demoníaco e estavam dispostos a libertar Jane. Não conseguindo fazê-lo, Jane, como conseqüência, nas quarenta e oito horas anteriores, havia perdido todo o controle do corpo.
Ela balbuciava constantemente coisas sem nexo e não era capaz de controlar as funções físicas como comer e beber. Não sabia nem mesmo quem era ou onde estava.
Eles estavam apavorados porque o marido dela recebera um telefonema dos pais de Jane. Eles eram dominadores e disseram que chegariam no dia seguinte para levar a filha com eles e... “interná-la em um hospital psiquiátrico que era o lugar dela.” Ser colocada em um lugar daqueles era a última coisa que ela precisava no momento. O tratamento à base de drogas fortes e a provável terapia do eletrochoque causariam apenas mais danos. Que situação! As implicações legais eram tremendas e o meu desejo sincero era pedir-lhes para desistirem. Entretanto, fiquei profundamente impressionada de ver o compromisso daquele marido de permanecer, por mais de dois anos, em um casamento não consumado. Pude notar, também, que ele estava desesperado. Assim, disse-lhes que precisava de vinte minutos para consultar a vontade de Deus e ver o que poderia ser feito.
Subi as escadas e cai de joelhos diante do Pai, buscando sinceramente, a vontade do Senhor na oração. Quase que imediatamente, Ele me deu paz completa e disse que estava disposto a libertar Jane. O Senhor revelou-me que ela estava possessa por um dos mais poderosos demônios que habitam as três áreas na vida humana. As pessoas que tentaram libertá-la não haviam constatado isso e assim não foram felizes na tentativa. O que tinham feito era agitar o demônio e este, por sua vez, estava tentando matá-la antes que pudesse ser expulso. O Senhor abriu-me os olhos espirituais permitindo que eu visse o que estava acontecendo tanto no cérebro como no corpo de Jane. Era como se o cérebro dela estivesse rasgado por enormes garras que tentavam despedaçá-lo. Outras áreas em seu corpo estava nas mesmas condições. O Senhor instrui-me a ungir Jane com óleo, colocar minhas mãos sobre sua cabeça e orar até que ela fosse liberta. Disse, também, que eu deveria, neste caso particular, proibir que os outros colocassem, sobre ela, as mãos.
Voltei ao consultório e expliquei aos outros as características do demônio e porque eles não foram capazes de expeli-lo. Depois procedi como o Senhor me ordenara. Assentei-me no braço da poltrona em que Jane estava e coloquei as mãos sobre sua cabeça. Imediatamente a batalha estava iniciada. Em primeiro! lugar, precisei ganhar controle sobre um demônio menos poderoso que estava balbuciando através dos lábios de Jane e não a deixava descansar. Assim que ele saiu, ela ficou quieta. Contudo, ainda estava completamente confusa. Muitos outros demônios queriam impedir tentando tirá-la do alcance de minhas mãos, mas rapidamente foram expulsos. O último deles manifestou-se aos berros:
“Você pensa que é esperta demais não é! Mas nunca conseguirá expulsar Yurashuha! Ele é forte demais e está aqui há bastante tempo”.
“Como Yurashuha entrou?” Perguntei rapidamente. O demônio riu: “De um modo estupidamente fácil! Ele entrou enquanto o pai de Jane fez sexo com ela quando era pequena.” O Senhor, no entanto, já me revelara que aquela era a porta aberta em que aquele poderoso demônio entrara.
É muito difundido entre os profissionais da saúde que os abusos sexuais na infância são uma das causas mais comuns de frigidez feminina. E isso é verdade, especialmente no que diz respeito ao incesto. Na escola de medicina, ensinaram-nos, nos cursos de psiquiatria, que a percentagem de mulheres que foram bem sucedidas com a ajuda psiquiátrica é terrivelmente baixo.
Depois de vinte minutos, ou mais, o pastor e os outros membros saíram dizendo que não tinham mais tempo a perder. Confesso que fiquei mais aliviada. Foi uma experiência memorável para mim. Enquanto assentada e com as mãos na cabeça de Jane pude sentir, ao orar e louvar ao Senhor, o poder que fluía sobre mim e passava pelos meus braços e mãos. Fiquei tão quente, especialmente nos braços e mãos, que me senti desconfortável. Jane chegou a reclamar que minhas mãos estavam quentes demais e que elas chegaram a queimar-lhe a cabeça. Era como se ela estivesse com queimaduras de primeiro grau no couro cabeludo. Tudo isso desapareceu depois de uma hora ou mais. A batalha terminara e eu havia ficado naquela posição por mais de duas horas. Como sempre, o Senhor fora fiel e o último demônio saíra gritando todo tipo de maldições.
Imediatamente depois da saída dele, uma grande mudança se fez notar em Jane. Ela ficou completamente alerta e orientada. O marido dela ficou na dúvida sobre a libertação, porque ela, em alguns intervalos ainda estava um pouco confusa. Expliquei-lhe que o prejuízo causado à mente dela ainda levaria um pouco de tempo para ficar totalmente sarado. Assim, nos dias que se seguiram fiz muitos testes tanto para tranqüilizá-los e também para ter a certeza de que não me esquecera de nada. A cada dia eu via uma grande melhora nas condições de Jane. Todos os testes deram resultado normal, do jeito que eu esperava. A completa recuperação se deu dentro de um mês. A última vez em que vi aquele casal foi três meses depois da libertação de Jane. Estavam muito felizes e o marido dela jubilante. Disseram-me que estavam mantendo relações sexuais normais e que ela estava grávida do primeiro filho. Não sei como agradecer ao Senhor pela tremenda obra na vida daquele jovem casal!
O vasto reino de Satanás está além da nossa compreensão. Devemos estar diariamente na inteira dependência do Senhor para recebermos sabedoria e orientação. As pessoas são diferentes e os ataques de Satanás são diferentes, também. Não somos espertos o bastante para desmascará-lo. Oro, continuamente, para que o Senhor dê-nos sabedoria porque esta batalha é real e se não estivermos em plena comunhão com o nosso “capitão”, poderemos causar grandes feridas naqueles em que estamos tentando ajudar.
O caso de Jane faz-me lembrar de um ponto que é triste dizer, mas muitas pessoas que ministram libertação tendem a esquecer. É dito que Isaías 42 tem melhor descrição profética sobre Jesus:
“Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios. Não clamará, nem gritará, nem fará ouvira sua voz na praça. Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega; em verdade promulgará o direito. Não desanimará, nem se quebrará até que ponha na terra o direito; e as terras do mar aguardarão a sua doutrina.” (Isaías 42.1-4).
“Filhinhos, não amemos de palavras, nem de língua, mas de fato e de verdade.” (I João 3.18).

Vi, muitas pessoas que não foram libertas, ou quando muito, de modo parcial. E isto pela falta de amor daqueles que ministram a libertação. Até que ponto você ama a pessoa que está tentando libertar? Você a ama o suficiente para ficar assentado horas a fio e trabalhar pacientemente em mais de uma sessão para que a mesma fique totalmente liberta?
Seria capaz de levá-la para a sua própria casa, se assim for necessário, para continuar a batalha? Você a ama o bastante para levá-la a um lugar particular com o objetivo de evitar o constrangimento para a mesma? Vocês, homens, amam a ponto de abrir mão do orgulho e sair de uma sala quando é o momento de lidar com demônios ligados a área sexual em uma mulher, e deixar com que elas cuidem do caso? Ou o seu orgulho impede que você ouça o pedido do Senhor? Jesus não esmagaria a cana quebrada. O amor sempre protege. Por que não pensar a respeito e procurar de todo o modo possível proteger uma pessoa de todos os constrangimentos que envolvem um trabalho de libertação? A saída de demônios poderosos assim como a libertação de uma pessoa profundamente envolvida no satanismo não é algo que possa ser feito em cinco ou dez minutos no altar em frente de toda a igreja ou em frente às câmeras de uma TV. Nosso Deus é um Deus de amor e compaixão. Se você não tem o amor e a compaixão por todas as pessoas que lida, então você não é o mais indicado para um ministério de libertação. Se está “por demais ocupado” para gastar tempo com indivíduos, então, não deveria estar neste ministério.
Estes mesmos princípios se aplicam a área da cura, seja de doença demoníaca ou física. Tiago 5 e Marcos 16 não marcam tempo ou limite.
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: Em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma cousa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.” (Marcos 16.17-18).
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” (Tiago 5.14-15).

Porque nós estamos sempre com pressa? Por que, normalmente pensamos que Deus trabalha na pressa? Não nos mostra a Bíblia de capa a capa que Deus nunca se apressa? Vou falar, claramente, porque estamos sempre com pressa - somos egoístas. A última coisa que queremos perder, é o nosso tempo. Não são inúmeras as pessoas que vão ao altar em fé e pedem aos anciões oração e não são curados? Ficaríamos estarrecidos se soubéssemos a percentagem. Contudo, a baixa consideração do mundo pela igreja deveria dar-nos uma indicação. No livro de Atos, descobrimos que a consideração do mundo pela igreja era bastante diferente do que é agora.
“E sobreveio grande temor a toda a igreja e a todos quantos ouviram a notícia destes acontecimentos. Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo, pelas mãos dos apóstolos. E costumavam todos reunir-se, de comum acordo, no Pórtico de Salomão. Mas, dos restantes, ninguém ousava ajuntar-se a eles; porém o povo lhes tributava grande admiração. E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor.” (Atos 5.11-14).

Estão vocês, anciões, dispostos, pelo amor, passar trinta minutos, uma ou duas horas em oração, a fim de que uma pessoa possa ser curada? Deus é tão poderoso que Ele pode curar instantaneamente e, em algumas vezes, Ele o faz. Mas devido ao seu grande amor e compaixão, Ele não age com freqüência, dessa maneira, porque isto causaria uma tremenda reorganização celular em pouco tempo. Quantas pessoas não são curadas porque os anciões são extremamente egoístas para passarem mais tempo em oração por elas enquanto o Senhor trabalha?
“E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e, desde aquela hora, ficou o menino curado. Então os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?... Mas esta casta de demônios não se expele senão por meio de oração e jejum. “(Mateus 17.18,19 e 21).

Não é preciso amor e tempo para a oração e jejum? Deus não escolhe curar ou libertar da mesma maneira em todas as vezes. Se Ele o fizesse, logo não dependeríamos mais Dele e sim do método. Se somos egoístas no que concerne sobre o tempo então não seremos capazes de discernir a orientação do Senhor nesta área. O trabalho de Deus deve ser feito no tempo d’Ele e não no nosso.
Há um outro tópico no que se refere à cura que pouquíssimos estão dispostos a discutir:
“Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante? Então, romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda. “(Isaías 58.6-8).
“Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” (Gáliatas 6.2).

À luz destes versículos e de outros, estou absolutamente convencida de que a razão de haver pouquíssimos milagres na igreja de hoje é a recusa egoísta do povo de Deus em levar as cargas uns dos outros.
“O meu mandamento é este, que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.” (João 15.12-13).

Você já se perguntou se seria capaz de dar a sua vida por um irmão ou irmã ao ficar de frente a uma arma de fogo e ser baleado no lugar dele ou dela? Não precisa ser necessariamente assim, há muitas outras maneiras. Veja tudo o que Deus listou em Isaías 58.6-8. O que dizer de levar alguém para viver com você em sua casa? Isto realmente choca! As pessoas gostam de manter a privacidade em suas casas, mas a realidade é que nossas casas pertencem a Deus e são para o uso d’Ele. Isto significa, que não temos direito algum sobre nossa “privacidade”. Há pessoas lá fora que, muitas vezes, necessitarão ser trazidas para dentro de nossas casas. Pouquíssimos cristãos sequer ouvem o pedido do Senhor para acolher alguém porque são egoístas demais nesta área.
Está você disposto a dizer ao Senhor, na enfermidade de um de seus irmãos: “Senhor deixe-me levar a carga de meu irmão, deixe-me, literalmente, ter um pouco da fraqueza ou da dor para que ele possa sarar mais rapidamente.” Sim, oramos pela cura e Deus cura; sim, expulsamos Satanás e ele se vai. Mas estamos dispostos a levar as cargas uns dos outros? Vocês estão entendendo, queridos? Penso que esta seja a maneira de abrirmos mão de nossas vidas pelos outros. Também penso que ao agirmos assim, Deus libertará através de muitas curas milagrosas. Em Isaías 58, ele diz que quando procedemos dessa maneira “...a cura brotará sem detença...” (verso 8). Certamente que Deus tem todo poder nos céus e na terra. Em todos os casos Ele tem o poder de curar e levantar os mortos. Porém, digo firmemente que em muitos deles, Deus deixa de agir livremente, devido à nossa indisposição egoísta de compartilhar as cargas uns dos outros. E, “...assim cumprimos a lei de Cristo” (Gálatas 6.2).
Não muito tempo atrás, um irmão em Cristo com quem trabalhava diariamente, machucou a coluna. O dano foi tão grave, que o médico dele recomendara repouso absoluto. Sabia que ele era grandemente requisitado no trabalho e assim orei pela cura, e disse ao Senhor que se fosse da vontade d’Ele, eu estava disposta a compartilhar do ferimento na coluna do meu irmão. Depois, envolvida nas atividades do dia, esqueci completamente da oração.
Naquele dia, mais tarde, quando levantei da cadeira, na pressa de sempre, retrai-me surpresa. Minha coluna doía tanto, que mal eu conseguia me mover. Imediatamente perguntei ao Senhor o que estava acontecendo e Ele, rapidamente, me lembrou da oração que eu fizera naquela manhã. Ele estava permitindo que eu compartilhasse do sofrimento do meu irmão. Naquela noite, o irmão chegou ao trabalho regozijando-se, porque podia firmar-se sobre os pés, embora ainda sentisse dores.
Para o espanto de seu médico, o Senhor o curou completamente nos cinco dias que se seguiram. Deixe-me dizer que nem uma só vez eu me esqueci de orar pelo meu irmão naqueles cinco dias. Todas as vezes em que tentava fazer qualquer movimento eu me lembrava de orar pela dor que estava compartilhando. Quando o Senhor curou o meu irmão eu também fiquei completamente curada. Este é um exemplo prático do que estou falando. Sei, através do meu próprio treinamento médico, que a cura pode ser um processo doloroso. Acredito que o Senhor possa retardar o processo da cura, devido à dor que o mesmo acarreta. Se estivermos dispostos a compartilhar, a cura poderá acontecer muito mais rapidamente.
A guerra é real, e as feridas também. Devemos estar dispostos a ajudar uns aos outros. Quando alguém estiver falando ou passando pelo processo de libertação, deixe que um outro, assentado lá atrás, diga: “Senhor deixe-me levar a carga do meu irmão.”
Quero dar a você mais um exemplo. Acolhi em minha casa uma jovem e bela mulher com quem conversei longamente. Ela se envolvera na bruxaria, mas ficou completamente liberta. Ela tem o que chamo de “um coração delicado.” E uma pessoa amável e gentil. Por causa do envolvimento dela na feitiçaria, Satanás irá persegui-la o resto da sua vida. É o que acontece a todos os que se comprometeram profundamente com ele. Esta jovem mulher estava sendo terrivelmente bombardeada e ela não é forte fisicamente. Ela é forte no Senhor, mas na personalidade é uma pessoa delicada e tem um imenso amor no coração pelos outros.
Algumas pessoas são, por natureza, mais lutadoras do que outras. Deus tem uma série de ministérios. Esta jovem mulher não é, por natureza, uma lutadora mas mesmo assim, está gastando todo o tempo e a energia ao se posicionar contra os ataques demoníacos. Ela foi criada para ministrar gentileza e amor e não lutar como uma guerreira.
Fiquei bastante transtornada após minha conversa com ela. O meu coração ficou partido e eu cheguei diante de Deus com lágrimas e perguntei: “Pai, por quê? Pessoas com um coração desses é coisa rara, o amor dela é necessário entre o teu povo, por que ela precisa gastar tempo e energia guerreando?” A resposta de Deus foi: “Porque o meu povo não está disposto a levar a carga dela.” Se as pessoas na igreja dela estivessem dispostas a compartilhar a sua carga, ela estaria livre para ministrar a gentileza e o amor e não precisaria ficar lutando o tempo todo. Aqueles que Deus levantara com personalidade e força estariam lutando por ela e, em troca, ela estaria ministrando com os dons recebidos de Deus, e tudo seria uma grande bênção para todos. Assim, Satanás não a atacaria tão duramente porque descobriria que seus ataques seriam inúteis. Não quero dizer com isso que ela não tenha o poder de Cristo para resistir os ataques, na verdade, ela o tem, mas precisamos compartilhar.
Esta é uma guerra de estragos! Que possamos levar as cargas uns dos outros. Isto significa ser parte do corpo, do corpo de Cristo. É o que isso significa.